Phantom Lord
Pode parecer que esta banda não traz algo novo ao blog, mas a verdade é que o tal Folk Metal ainda não foi devidamente explorado no espaço dos Metalcólatras.
Folk Metal?
Pois é, como não sou estudioso de música nem adoro estes rótulos, tentarei ser breve na "classificação" do estilo musical. Folk Metal pode ser considerada a vertente do Heavy Metal que explora musicas tradicionais de uma determinada região. A palavra Folk está relacionada aos termos povo, tribo, folclore etc. Bom, então, existe um estilo folk para cada canto do planeta... e já passou alguns estilos "folk" aqui pelo blog...
Vide Arya, que em algumas de suas músicas mostrava melodias/ritmos típicos da Rússia...
O Folk aqui no disco do Tyr, é do "canto do mundo" conhecido como Ilhas Faroe... Embora 99% da população mundial nem deve saber que as Ilhas Faroe existem, não é necessário estudar geografia para saber que o trabalho do Tyr aborda a cultura nórdica, basta ver o nome de algumas músicas.
Enfim, podemos concluir que o Folk Nórdico é o "Viking"... Eu não tenho certeza de como eram as músicas vikings (acho que nunca ouvi alguma), mas este é o rótulo dado pelos críticos de música... O que me faz pensar qual seria o (sub) rótulo do álbum Holy Land do Angra... Tupi-Metal, Pataxó-Metal? ...Sei lá...
Falando do álbum em si, excluindo os elementos "folk" (ou vikings) do trabalho, temos o que eu, genericamente chamo de metal melô, ou seja, músicas que flutuam entre o power e o speed... como sempre. Afinal de contas estas vertentes do metal sempre veneraram a cultura nórdica, desde o Manowar até centenas de outras bandinhas que eu não me lembro dos nomes agora. Então é natural que o Folk nórdico tenha elementos power/speed e é melhor que seja assim, porque quando as bandas do norte da Europa optam por fazer outro tipo de "Folk Metal" elas tendem a utilizar elementos do Death/Black Metal com os não-tão-clássicos vocais urrados e/ou destribuchados.
Voltando ao Valkyria do Tyr, podemos notar um trabalho bem executado porém com um vocal que alterna entre um estilo desanimado-tristonho e um estilo vagamente Blind Guardian... As letras parecem quase todas relacionadas a cultura nórdica (como era de se esperar), mesmo a bizarra faixa 2, ainda que esta possa ser interpretada como uma visita a um bordel-sado-masoquista.
Hel Hath No Fury apresenta trechos mais cafonas do que as mais cafonas músicas do Helloween e Another Fallen Brother possuí quebras de ritmo um tanto desconexas, mas nenhum destes defeitos chega a estragar as músicas por completo, pois os instrumentistas parecem bem competentes.
Enfim, acho que como eu não tinha nenhum álbum "viking metal" em meu computador, deve valer a pena manter o Valkyria do Tyr aqui em meu pc para que eu escute de vez enquando...
Blood of Heroes 7,2
Mare of My Night 6,1
Hel Hath No Fury 6,7
The Lay of Our Love 6,9
Nation 7,0
Another Fallen Brother 7,0
Grindavísan 7,0
Into the Sky 6,8
Fánar Burtur Brandalijoo 7
Lady of the Slain 7,6
Nota Final: 7,0
PS.: Para quem odiou os discos com músicas cantadas em russo, italiano, alemão, japonês que passaram por este blog... Neste álbum temos algumas cantadas em... feroês, que deve ser algo como uma mescla de dinamarquês com islandês.
The Magician
Para que uma data tão importante como o Ragnarok - fim do mundo na versão da mitologia nórdica - não passe batida por esse blog repleto de cultura e conhecimento, trouxe aos queridos colegas Metalcólatras a banda Týr, direto das Ilhas Faroé.
Os escandinavos e sua cosmologia singular não poderiam ser melhor representados do que por uma banda como "Týr", sendo que suas letras focam quase que completamente os contos e lendas do "Edda em Prosa" e as antiquíssimas histórias de Asgard. Não que as epopeias nórdicas sejam uma verdadeira novidade para Heavy Metal, aliás bem sabemos, que o Manowar já explorava suficientemente essas referências folclóricas no início dos anos 80. Mas convenhamos, na contextualização desses vikings existe uma nuança própria e genuína que não engana, e modifica a ambientação normalmente apresentada pelas bandas comuns de Power Metal.
Esses asgardianos levam a sério seu estilo de música, já que a maioria das canções, se filtrarmos as distorções pesadas, poderiam muito bem ser entoadas por batidas de copos sobre uma mesa de carvalho secular de alguma taverna na Escânia medieval (termo original germânico utilizado pela descrição de Plínio, o Velho em 1D.C); ou adaptadas como um hino de batalha / elegia fúnebre (baritus) ou ainda como um canto ritualístico da época. Ou seja, notoriamente é inserido um conteúdo cultural/regional nas canções, seja pelo padrão do intervalo dórico comum na música celta, pelo padrão de voz do vocalista ou pelos andamentos totalmente descontinuados da música folclórica dos vikings.
Mas os homens das neves embutiram todos esses fatores sem eliminar os dogmas mais fundamentais do Heavy Metal, i.e. sem ceifar as distorções e ainda por cima com grandiosas sequências de bumbos galopantes, e principalmente por isso chamou a atenção deste metalcólatra que lhes escreve. No fim das contas é um álbum bastante criativo e diferente, muito peculiar e que talvez possa lembrar em algumas passagens alguns registros do Blind Guardian (acredito eu que principalmente pelo timbre de Heri Joensen se assemelhar ao de Hansi Kursh).
Mas para aquele que nunca ouviu falar da banda e que pensa que sou um profundo olheiro do Metal, afirmo que é muito pelo contrário; o grupo já é bem badalado em algumas mídias especializadas do gênero, e para os conhecedores das sub-ramificações (atribuo esse estilo ao "Viking Metal" mesmo, já que a temática foi arreganhada, e folk, em minha opinião seria no caso de haver presença de instrumentos acústicos com o acréscimo de alguns aerofones) é até certo ponto, uma banda já consagrada, de modo que o álbum anterior "The Lay of Thrym" foi muito bem recebido pela crítica.
É bom saber que ainda florescem ideias produtivas nos vastos desertos gelados do Metal.
Destaque para a faixa de abertura "Blood of Heroes". Nota 7,4 ou \m/\m/\m/\m/.
P.S: Os covers de Maiden e Pantera são destruidores, com menção especial para uma das melhores e mais ignoradas músicas da donzela "Where Eagles Dare", o cara simplesmente se esgoela nessa interpretação (ao seu modo é claro).
Ah, ... já ia me esquecendo. Sobre as Ilhas Faroé:
Føroyar (Feroês) Færøerne (Dinamarquês) Ilhas Feroé/Faroé/Feroe | |
Hino nacional: Tú alfagra land mítt ("Minha terra, a mais bela") | |
Gentílico: Feroês, feróico | |
Localização das Ilhas Feroé (em verde). No continente europeu (Norte da Europa) (em cinza). | |
Capital | Tórshavn 61° 57' 15" N 6° 51' 25" W |
Cidade mais populosa | Tórshavn |
Língua oficial | Feroês e Dinamarquês |
Governo | Região autónoma daDinamarca;Democracia parlamentar no contexto de umamonarquia constitucional |
- Rainha | Margarida II da Dinamarca |
- Alto Comissário | Dan M. Knudsen |
- Primeiro-Ministro | Kaj Leo Johannesen |
- Unificada com aNoruega | 1035 |
- Cedida à Dinamarca | 14 de Janeiro de 1814 |
- Transformação em região autónoma | 1 de Abril de 1948 |
Área | |
- Total | 1399 km² |
População | |
- Estimativa de 2010 | 48917 hab. |
- Censo 2007 | 48760 hab. |
- Densidade | 35 hab./km² |
PIB (base PPC) | Estimativa de 1,56 mil milhões (biliões) (estimativa 2008) |
- Total | US$ 2,45 mil milhões (biliões) (estimativa2008) ((não está presente no ranking).º) |
- Per capita | US$ 50300 ((não está presente no ranking).º) |
IDH (2006) | 0,943 (15.º) – muito elevado |
Moeda | Coroa feroesa (DKK ) |
Fuso horário | GMT (UTC0) |
- Verão (DST) | EST (UTC+1) |
Cód. ISO | FO |
Cód. Internet | .fo |
Cód. telef. | ++298 |
The Trooper
Excepcional, este trabalho sai do comum e atinge um alto grau de criatividade. Não há uma faixa fraca no álbum todo, e a banda não toca um power metal padronizado, traz seu próprio estilo e músicas com características independentes, se uma única banda representasse todo um estilo musical eu diria que a partir de hoje sou fã de folk metal.
Não achei que o vocalista lembrasse o Hansi não (as guitarras sim, lembraram Blind Guardian em alguns trechos), o cara aliás manda muito bem, canta em tons médios, quando grita, arrebenta e até quando se arrisca nos agudos, destroça, que o diga o cover Cemetery Gates, aliás, que escolha de covers do c@$@%¨*, esta música do Pantera é uma das que eu mais gosto, e Where Eagles Dare idem, sou fã da versão inglesa do Best of The Beast (álbum duplo por lá), justamente por causa dela. E além da escolha, a execução foi excepcional, a banda (e o vocalista) segurou a bronca muito bem em ambas as músicas (embora Cemetery Gates tenha ficado um pouco mais lenta).
Valkyria abre muito bem com uma bela porrada, segue com peso e criatividade, tocam uma baladinha bem bacana (com outra vocalista de voz belíssima), e arrebentam bem no meio do álbum com as melhores faixas, para fechar com os dois covers destruidores. Aliás as músicas cantadas em feroês encaixaram de maneira bem legal, o Julião havia dito no post do Arya que escolheria russo como a segunda língua para se cantar metal, e eu havia concordado com ele ... até agora.
Por fim, pode ser que da primeira vez que você escutar este álbum, ache apenas um trabalho legalzinho, mas aqui, quanto mais se ouve, mais legal fica.
Concluindo, não pode ficar fora da coleção.
Destaque para Blood of Heroes, Nation e Another Fallen Brother (a melhor do cd).
Nota: \m/\m/\m/\m/
Completamente inesperado esse cd vindo do Magicha...
ResponderExcluirFiquei entre esse e algum do FreakKitchen, que seria apelar em "alternatividade"....
ResponderExcluirDá-lhe Viking Metal !
Me veio uma dúvida: Mercante, Magician, vocês vão abandonar o blog neste fim de semana prolongado para "pular o carnaval" como o Trooper?
ResponderExcluirficarei por aqui mesmo... no blog
ResponderExcluirPIB per capta 4.8 x o do Brasil........... :S
ResponderExcluirserá verdade o que os boatos dizem?? que o Trooper abandonou o blog?
ResponderExcluirBoato de c% é r*&%!
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