O álbum Fireworks lançado em 1998 pelo Angra é um dos mais votados pelos Metalcólatras.
The Trooper
Esse foi o ápice, da intolerância, da divergência de idéias, mas também da técnica e da perfeição. As músicas podem parecer video-aulas e os vocais serem agudos demais (como os próprios membros da banda se alfinetaram), mas para mim está perfeito, o álbum mais equilibrado do Angra, não é o mais pesado mas é demasiadamente bom, aliás a discografia do Angra até esse ponto estava perfeita, ainda fizeram um trabalho muito bom em Temple of Shadows, mas daí em diante foi ladeira abaixo.
Aqui também há a divergência de idéias entre os metalcólatras, por exemplo, Mercante escreveu algo sobre cabeludos chorões e técnica apurada não ser metal (uma clara alfinetada ao Angra), discordo plenamente, o Angra era uma das melhores bandas de metal do planeta, e não é porque seus membros são brasileiros e nós podemos assistir shows baratos ou gratuitos desses e porque tocaram com bandas como CPM 22 que eles perdem o mérito. Como sempre a mentalidade do tipo "brasileiro só copia" ou "bom mesmo é importado" não vale nada, embora vários aspectos da nossa cultura me desagradem bastante, é indiscutível que talento e originalidade aparecem com frequência por aqui.
Este trabalho é um exemplo disso, Lisbon é uma das melhores músicas que já ouvi, Metal Icarus, Speed, enfim, acabarei citando todas as faixas (até a baladinha Gentle Change, compare com alguma baladinha do álbum Aqua, dá até pena). No geral o álbum é bem light, um pouco melancólico talvez, mas com um instrumental impressionante, e o mais importante, uma musicalidade que não é tediosa, com trechos lentos e rápidos se encaixando perfeitamente. Enfim, não deixa nada a desejar das tais bandas que "contribuíram pra história do metal".
Nota: \m/\m/\m/\m/\m/
Phantom Lord
Não me lembro como ou quando foi a primeira vez que ouvi Angra. Acho que foi Holy Land... ou o Angels Cry... em 1998 ou 1999. A primeira impressão que eu tive destes álbuns foi boa mas aparentemente um tanto virtuosos ou firulentos...
Com o passar dos anos ouvi os outros trabalhos da banda mas nada mudou minha opinião: Angels Cry é o melhor álbum do Angra. Acredito que seja comum entre as bandas de metal melódico / power metal lançarem músicas “super-trabalhadas” que acabam tornando-se entediantes... ao menos para mim. Este álbum se enquadra nesta categoria: é um bom cd, mas possuí umas faixas que me causam sonolência. Fireworks parece resgatar características do 1º disco da banda (Angels Cry) e isso é muito bom, fazendo dele um álbum mais consistente do que o experimental (?) Holy Land. Concluindo... considero 80% das músicas do Fireworks realmente boas, sendo os destaques: Metal Icarus, Petrified Eyes, Lisbon e Extreme Dream. Os pontos fracos ficam por conta de Gentle Change e da faixa título (Fireworks). Nota: 8,1.
Pirikitus Infernalis
Wowww! Eu sempre resolvo dar uma lida nas resenhas antes de postar a minha para ver se posso citar ou comparar com algo que foi escrito. Mas dessa vez a resenha do Trooper foi além. Fireworks é o terceiro álbum da banda e último antes da separação, só pra fechar aquela formação com chave de ouro!
A banda vinha de um cd impressionante (Holy Land) e por mais que muitos pensem que não conseguiram manter a qualidade eu discordo completamente, Fireworks é tão bom quanto Holy Land e Temple of Shadows.
Creio que a palavra que descreve esse álbum, como o Trooper já citou, é equilíbrio. Parece que tudo está no seu devido lugar, desde os músicos, os ritmos musicais que se alternam e até na ordem das músicas. Lisbon seguida de Metal Icarus e Gentle Change seguida de Speed traz a sensação de que entramos em um cenário completamente diferente.
Meu top 3 vai para Lisbon, Gentle Change e Speed. O ponto fraco do cd fica por conta da única ”mais ou menos” Extreme Dream.
“...But now no matter what I say,
Just look at the fireworks...” Metal Mercante
A palavra da moda hoje em dia é Bullying, tudo hoje em dia é resultado de Bullying e todo mundo já foi vítima de bullying. Crimes acontecem, bullying. Políticos perseguidos pela mídia, bullying e por aí vai. A pergunta que fica é:
- Quem nunca sofreu bullying?
Quando este álbum do Angra apareceu no blog para comentários a primeira coisa que me veio a cabeça foi exatamente isso....Bullying...
...Vou explicar melhor...
Como é de conhecimento popular, a juventude é uma !@#$%, na escola TODA classe contém uns dois ou três garotos que são alvo de Bullying e no meu colégio não foi diferente. Uma dessas figuras que era alvo constante de chacotas era baterista de uma banda e um grande fã de Angra.
Na época, por não ter !@#$% nenhuma na cabeça eu achava mais “engraçado” fazer piadinhas com Angra só para pentelhar o camarada do que realmente parar e escutar a banda e ter uma opinião firme (senãoehmetallicanãoehbom!!!).
Alguns anos depois, cortesia do Trooper, do Phantom e do Magician, escutei Angra com mais calma e quebrei a cara, a banda é realmente boa e se bobear Fireworks é o seu álbum mais consistente, mesmo sem ter músicas do nível de “Nothing to say” e “Carry on”.
The Magician
jjjAngra ao lado de Sepultura pode ser reconhecida como a maior banda de Metal brasileiro, com envergadura internacional e com qualidade técnica de fazer inveja a muitos gringos.
Sua sonoridade é marcada desde o primeiro trabalho – Angels Cry – pelo flerte com a música clássica e pela busca dos sons de origem nacional mesclados com o Heavy Metal, conhecido por aqui como “melódico”.
Criada bem longe de qualquer garagem, como um produto comercial direcionado para este universo, a banda paulista não teve sua formação original repleta de garotos de 18 anos e muito menos havia afinidade entre seus membros, músicos profissionais já formados.
Fireworks reflete bem o choque de egos do grupo, com as guitarras super-presentes e com apresentação de extrema técnica, com os vocais fortes e colocados de forma marcante por todo o álbum e por fim com a mais impactante, memorável e avassaladora demonstração na bateria de toda a carreira de Confessori. E esse é com certeza o trabalho definitivo do Angra, o estágio mais sublime da banda de virtuoses.
O resultado final do CD, muito bem produzido, é uma explosão sonora muito mais “suja” e encorpada do que os trabalhos anteriores de timbres bem definidos. As canções trazem em diversas passagens a mensagem de melancolia ou nostalgia, o que de certa forma ofusca as breves abordagens rítmicas brasileiras.
A partir da segunda faixa o trabalho feito nas guitarras extrapola os padrões de composição comuns, e fornecem enxurradas de solos, transposições e riffs (destaque para as faixas Metal Icarus, Extreme Dreams e Speed) em duetos e revezamentos que asfixiam o ouvinte, não deixando tempo para respirar. Creio que foi em Fireworks que Kiko Loureiro projetou de fato sua imagem mundialmente como um dos maiores guitarristas da atualidade.
As faixas Lisbon, Fireworks e Mystery Machine são os últimos registros realmente convincentes de André Matos, de fazer jus ao titulo de um dos melhores do mundo e quase ter assumido os vocais do Iron Maiden.
Destaco todas as faixas, mas enfatizo a obra prima “Paradise” e uma das três melhores músicas do Angra – ao lado de “Carry On” e “Nothing to Say” – a quarta faixa “Metal Icarus”.
Fireworks fecha com chave de ouro o ciclo da formação original do Angra, e prova que bandas sem afinidade podem produzir grandes obras, mas não podem durar muito.
Saudades.
@Trooper,
ResponderExcluirNão sei o que me mais me preocupa...Nossa clara discordância de idéias musicais ou políticas...
Nem com shows de Heavy Metal gratuitos, com intenções totalmente eleitoreiras eu seria capaz de vender minha alma e ir em um show "patrocinado" pela Marta!
Só de pensar que alguns Metaleiros mais inocentes deram seus votos para os políticos do PT, por eles "serem do Metal" me dá convulsões...
"Pão e circo" \o/
ResponderExcluirPelo menos dessa vez não foi futebol e carnaval.
p.s.: eu votei no PSTU
Vc eu sabia que era mais vermelho do que sangue. O que me preocupa são as outras mentes inferiores e fáceis de serem manipuladas...
ResponderExcluir..Vc sempre foi um caso perdido...
Depois de 6 meses de blog, enfim Angra!
ResponderExcluir@Phantom - Conclusão: bom e sonolento...
ResponderExcluirNão fui claro? Este álbum tem duas faixas passa-batido-tediosas (já citadas). Talvez duas boazinhas (nota 6,7 acho) e resumindo, o restante é definitivamente "bão".
ResponderExcluirAndré Matos poderia ouvir esses cds da fase Viper/Angra e ver a merda que ele tá fazendo na carreira dele...
ResponderExcluirO freqüente uso do termo "Bullying" provavelmente foi motivado pelo movimento da juventude EMO!
ResponderExcluirAlguns pais desses viadinhos que deviam ser aloprados no colégio lançaram essa idéia de merda na mídia, e é até crime um moleque zoar o outro hoje em dia...
Por isso que o número de veados só aumenta.
Pois é Magician...Angra R.I.P. we'll miss you...
ResponderExcluirQuanto rancor Magician, provavelmente vc foi vítima de Bullying...
ResponderExcluirInfelizmente só fui conhecer o Power Metal este ano, perdendo assim a oportunidade de ver o André aqui em Santos simplesmente por não conhece-lo (se arrependimento matasse...), mas quando descobri que o metal tinha gêneros e sub-gêneros e sub-sub gêneros me apaixonei no mesmo segundo pelo power e a partir dai comecei a consumir desenfreadamente bandas como Stratovarius, Angra, Shaman, Almah, Dragonforce, Sonata Artica, Falconer, Viper, Tuatha de Dannan, Hammerfal, Elvenking, Dreamtale, Dream Theater, Cain's Offering, Kiuas, entre outras dezenas, mas enfim... Concordo com os comentários de que Fireworks fechou com chave de ouro a formação com o André no Angra, além de Fireworks depois de Angels Cry ser (para mim) o melhor seguido por Holy Land que também é um álbum que não decepciona nem deixa por menos...
ResponderExcluirAdorei as análises meninos :3
esqueceu crow black sky da africa do sul (stars of god) essa faixa é extrema!
ExcluirSobre a formação do Angra ser 'montada' por gravadora: https://www.youtube.com/watch?v=QxX_YeAfy-E
ResponderExcluir