O álbum Time To Be King da banda Masterplan, lançado em 2010, foi escolhido por The Magician para análise.
Phantom Lord
Ao ouvir Time to be King da banda Masterplan, tive a impressão de que os músicos da banda são muito bons (tanto o vocal como toda parte instrumental)... A maioria das melodias não tem foco na velocidade, mas transmite a sensação de “peso” seja pela distorção das guitarras ou pelas notas graves utilizadas nas composições... O vocal (que em alguns pontos do álbum surge em um estilo "Dio") não é só tecnicamente bom, Jorn consegue por uma dose de emoções na maioria das músicas. Porém, ainda assim algumas das músicas me pareceram semelhantes umas às outras. Como sempre, prefiro prestar maior atenção nas músicas (melodias) do que nas letras, mas percebi (superficialmente) que os temas variam entre os clássicos clichês de heavy metal (thunder, devil, fire...) e solidão? (a palavra "lone" me pareceu freqüente...). As músicas que mais me chamaram atenção foram: The Black One, The Sun is in Your Hands e Fiddle of Time. Blue Europa é uma música diferenciada, pois me lembrou a sonoridade de algumas bandas (fora do estilo "power metal", mas não sei citar exatamente quais) que tocavam no rádio entre 1998 e 2004. Concluo que Time to be King é um disco de heavy/power metal que está longe de ser ruim, mas poderia ter mais algumas músicas impactantes. Nota: 6,7.
Álbum peculiar, está longe de ser ruim mas eu poderia dizer que possui um "sabor" um tanto exótico, por quê? Bem, definitivamente teclado em heavy metal tem que ser muito bem dosado para produzir algo "digerível" pelos meus ouvidos, uma coisa é o solo de teclado de Highwaystar do Deep Purple, a outra é a presença de sonzinhos felizes por todo um álbum de heavy metal. Os outros dois pontos importantes já foram citados por Phantom Lord: as composições são parecidas na maioria das faixas (tive a sensação de ouvir o mesmo refrão em duas músicas pelo menos), às vezes surge um riff de guitarra legal, mas logo cai na mesmice; letras, bem realmente, "loneliness" faz parte de muitas faixas (se essas letras fossem do A7X eu não estaria aqui escrevendo, pois teria sido apedrejado), mas as letras variam entre melancólicas, felizes e sombrias. Meu destaque vai para a faixa-título, embora exótica, é muito inspirada (de onde sai aquele efeito nos primeiros riffs quando entra o vocal? Parece que veio de alguma rave) e para a faixa bonus da versão digipack, Kisses From You (parece cover de Queen mas não é, talvez os caras devessem pensar seriamente em mudar o estilo da banda para rock clássico, pois essa música é muito boa). Resumindo, álbum razoável, se eu abster a faixa Time to Be King, considero mais fraco que Power Plant do Gamma Ray. Nota: \m/\m/\m/
Eu não conhecia de perto o Masterplan até gora, então vou me restringir ao que pude ouvir no Time to be King - TTBK. De cara se percebe que o álbum é muito bem produzido, gostei muito da sonoridade em geral, destaque para o teclado e o baixo, muito fortes e presentes em todas as faixas, o vocal é muito bom gostei em todos os aspectos, até me lembrou David Coverdale. As guitarras e a beteria não me impressionaram muito, aliás deixaram a desejar, alguns solos interessantes como na faixa "The Black One", mas nas composições em geral eu achei fraco. Talvez fosse interessante se os guitarristas fizessem algo em conjunto com o tecladista, como em outras bandas mais melódicas. Enfim o álbum é muito bom e não é cansativo, isso me agradou bastante, destaque para as músicas Fiddle of Time, The Black One, The Sun In Your Hands e The Dark Road. NOTA: 8,7
Kill, Crush n' Destroy...
Metal Mercante
Tem uma coisa que precisa ser dita logo de início neste post: - “Jorn Lande é o melhor vocalista de Heavy Metal da atualidade” Já a banda Masterplan que pode ser considerada um “dream team” do metal, com participações de Jorn Lande(é claro), Roland Grapow, Uli Kursch(ex) – agora substituído por Mike Terrana (Savage Circus, Axel Rudi Pell, Rage), não é lá essas coisas... Depois do lançamento do ÉPICO (com letras maiúsculas) Masterplan – s/t em 2003 a banda trocou de vocalista, mandou baterista embora e lançou dois cds meh, ótimos candidatos a Heavy Metal genérico e agora tenta voltar as raízes com o retorno de Jorn Lande aos vocais da banda no lançamento de “Time to be King”. Esse CD é bom, só bom...Algo nele me incomoda demais, ele me parece mais melódico, mais lento, mais...chato...Principalmente se comparado ao primeiro álbum da banda que tendia muito mais para o Power Metal do que para o Melódico. Não estou implicando que a inequação Power > Melódico seja verdadeira, mas sim que nesse caso a direção tomada pela banda não me agradou muito. Algum Metalcólatra comentou em um outro CD (os quais eu não me lembro os respectivos nomes) que apesar dos talentos individuais serem muito proeminentes, a soma das partes deixa a desejar. OU talvez eu estivesse esperando algo a altura do primeiro CD e estou só decepcionado... PS: Não escute esse CD muitas vezes seguidas e beba, você pode se pegar cantando “Kisses from you” em momentos indesejados...
A escolha do álbum para análise se deve ao estilo e técnica de Jørn Lande que chegou ao meu conhecimento de outra maneira, não propriamente pelo Masterplan. A primeira vez que o escutei foi ao vivo no show do Avantasia em 2008 em São Paulo, e realmente me surpreendeu, sendo que de todas as performances dos vocalistas foi a dele a mais marcante da noite. Depois disso, com a morte recente de DIO, estourou na Internet sua homenagem para o falecido na música “Song For Ronnie James”, de seu álbum “DIO” de 2010.
Embora após pesquisa sobre a carreira do norueguês descobrir que sua jornada como vocalista começara há mais de quinze anos, e com participação em trabalhos de artistas bem conhecidos no mundo do Rock/metal (como o lendário guitarrista Ymgwie Malmsteen), preferi optar pelo trabalho do presente – Time to be King.
O quarto álbum dos alemães do Masterplan é mais uma peça do grande quebra-cabeça chamado Metal Melódico. Não se destaca entre as diversas outras tesselas, mas me parece que de certa forma preenche bem o espaço devido a ela nesse grande mosaico.
Aqui a comparação com a arte musiva é na tentativa de ilustrar esse universo peculiar de técnica exuberante e criatividade duvidosa, onde todas as músicas (audaciosas), procuram passar pelas mais diversas escalas e abordagens harmônicas, mas com marcação rítmica muito semelhante, resultando assim na impressão de que parte da primeira música possa ser escutada na quinta faixa, ou parte da terceira na sétima e dessa forma no decorrer de todo o disco em estruturas aleatórias. Se deixar o álbum todo no repeat do seu mídia player dificilmente perceberá quando o álbum começa e quando termina, pelo menos até escutar todo o trabalho por pelo menos três vezes.
Ainda assim como qualquer outro trabalho, Time to be King possui características que podem ser comentadas independentemente do cenário em que está inserido. A equalização do som me parece ser estritamente equilibrada, e todos os instrumentos e linhas sonoras (incluindo o vocal) falam na mesma altura; daí tem um problema: a voz, a guitarra, o baixo, bateria e teclados parecem competir pelos pedais-baixos e linhas-solo, nada nesse embolo se destaca e as composições acabam correndo o risco de se tornarem sonolentas.
Outro ponto é o intenso uso de sintetizadores, sim, por que como dito uma vez pelo mestre Alex Lifeson, o teclado nem se trata de um instrumento musical. É um sintetizador, interpreta diversos sons de instrumentos musicais e não musicais. Em linguagem de informática: É um emulador com interface de piano!
A utilização dos teclados deve ser muito bem dosada, pois podem extrair a característica principal do Heavy Metal – as distorções de guitarra.
Embora a leitura dessa minha resenha pareça transmitir um certo desapontamento com relação ao álbum, não acredito que o produto final de Time To Be King seja ruim. A competência dos grandes músicos que o criaram consegue sustentar bem o conteúdo musical, destaque para “Blow Your Winds” e “The Dark Road”. Mas fica o recado:
Pirikitus Infernalis
Embora após pesquisa sobre a carreira do norueguês descobrir que sua jornada como vocalista começara há mais de quinze anos, e com participação em trabalhos de artistas bem conhecidos no mundo do Rock/metal (como o lendário guitarrista Ymgwie Malmsteen), preferi optar pelo trabalho do presente – Time to be King.
O quarto álbum dos alemães do Masterplan é mais uma peça do grande quebra-cabeça chamado Metal Melódico. Não se destaca entre as diversas outras tesselas, mas me parece que de certa forma preenche bem o espaço devido a ela nesse grande mosaico.
Aqui a comparação com a arte musiva é na tentativa de ilustrar esse universo peculiar de técnica exuberante e criatividade duvidosa, onde todas as músicas (audaciosas), procuram passar pelas mais diversas escalas e abordagens harmônicas, mas com marcação rítmica muito semelhante, resultando assim na impressão de que parte da primeira música possa ser escutada na quinta faixa, ou parte da terceira na sétima e dessa forma no decorrer de todo o disco em estruturas aleatórias. Se deixar o álbum todo no repeat do seu mídia player dificilmente perceberá quando o álbum começa e quando termina, pelo menos até escutar todo o trabalho por pelo menos três vezes.
Ainda assim como qualquer outro trabalho, Time to be King possui características que podem ser comentadas independentemente do cenário em que está inserido. A equalização do som me parece ser estritamente equilibrada, e todos os instrumentos e linhas sonoras (incluindo o vocal) falam na mesma altura; daí tem um problema: a voz, a guitarra, o baixo, bateria e teclados parecem competir pelos pedais-baixos e linhas-solo, nada nesse embolo se destaca e as composições acabam correndo o risco de se tornarem sonolentas.
Outro ponto é o intenso uso de sintetizadores, sim, por que como dito uma vez pelo mestre Alex Lifeson, o teclado nem se trata de um instrumento musical. É um sintetizador, interpreta diversos sons de instrumentos musicais e não musicais. Em linguagem de informática: É um emulador com interface de piano!
A utilização dos teclados deve ser muito bem dosada, pois podem extrair a característica principal do Heavy Metal – as distorções de guitarra.
Embora a leitura dessa minha resenha pareça transmitir um certo desapontamento com relação ao álbum, não acredito que o produto final de Time To Be King seja ruim. A competência dos grandes músicos que o criaram consegue sustentar bem o conteúdo musical, destaque para “Blow Your Winds” e “The Dark Road”. Mas fica o recado:
Pirikitus Infernalis
Conheci essa banda quando eles lançaram Aeronautics, foi tiro e queda. Uma banda com Jørn, Grapow e Uli é sensacional e Aeronautics ficou muito bom. Depois disso Jørn e Uli caem fora e no lugar de Uli entrou um dos meus bateras favoritos: Mike Terrana. Logo pensei algo como “P*ta que o p*riu!!! Como Jørn não lançou um álbum com o Mike Terrana na batera???” Eis que o primeiro volta e eles lançam Time to be King!
Jørn Lande tem a capacidade de colocar emoção em músicas e nisso transformar músicas ruins em boas (Lonely Winds of War) e boas em melhores ainda (Far From the End of the World). Esse cara é um dos melhores vocais da atualidade indiscutivelmente. Grapow continua mandando bem, não achei o instrumental ruim, mas não me chamou a atenção momento algum, nem a batera de M. Terrana (q nem precisa mostrar todo o seu potencial nessa banda).
Musicalmente o cd começa muito bem, se perde no meio e retoma a pegada no final. Um top 3 dos destaques iria pra Fiddle of Time, Far From the End of the World e Kisses from you (essa ultima que parece uma mistura de Queen com Arctic Monkeys, e ficou muito boa). O vexame do cd vai pra horrível The Dark Road! Uma atenção especial para Blue Europa.
Honestamente, eu achei que esse cd pecou um pouco. Talvez pela minha empolgação de ver essa formação tocar ou pelo excesso de melancolia, mas eu realmente esperaria um cd no mínimo nota 8. Não foi dessa vez que eles alcançaram a coroa, mas o grupo tem totais condições pra isso no futuro.
“The SS-Officer of death he was just a marionette
An evil play inside the game
Freezing out the truth sending coldness to the youth
Their souls were taken"
oloko...
ResponderExcluirPor essa eu não esperava...
Vou aproveitar que o blog está um tanto devagar, e que minha resenha de Avantasia ainda parece recente, para fazer uma comparação: Em Avantasia – The Metal Opera podemos ouvir trabalhos de bons músicos como acontece em Time to be King do Masterplan...
ResponderExcluirPorém, em The Metal Opera (1º cd do Avantasia)não deveria existir o desgaste que acontece em outras bandas, por isso citei que era difícil não prestar atenção naquele álbum... Os caras deviam estar com a criatividade em alta. Já em Time to be King, ouvi algumas músicas (duas, talvez três) que me causaram sono... Será que o primeiro disco do Masterplan é mais interessante...?
Comparativamente o 1° do Masterplan é melhor na minha opinião, acho que o fator 'novidade' pesou um pouco...
ResponderExcluirEu podia jurar que "Kisses From You" era cover de alguem, mas não achei nada...
ResponderExcluirEu li algo sobre ser uma homenagem ao Queen em algum lugar se não me engano...
ResponderExcluirDroga, meu selo não saiu tão legal quanto o do Metal Genérico...
ResponderExcluirAh sim... repeti e reforcei, com sua licença, sua observação quanto ao teclado, Trooper.
ResponderExcluirPois o exagero desse item fica muito claro neste album.
Trooper, eu encontrei também em alguns lugares que era um tributo ao Queen, mas nenhum desses sites poderia ser uma fonte confiável...
ResponderExcluirPois é...vi num site algumas pessoas dizendo q é uma música de autoria do Masterplan prestando homenagem a uma banda q eles gostam muito - Queen.
ResponderExcluirEsqueci de mencionar no meu post, mas nesse CD deu para ver bem a influência do Jorn na composição, pois esse CD está BEM mais parecido com os cds da carreira solo dele....
ResponderExcluirEu li algo sobre o tecladista participar mais das composições (incluindo líricas) também...se não me engano ele tem créditos em Blue Europa (que eu não gostei nem um pouco - embora pareça querer passar uma mensagem positiva), na verdade talvez seja esse o problema do álbum para mim: tentar passar algo "feliz" via heavy metal (isso me lembrou de Lavdate Dominum do Helloween, que o Phantom tanto desce a lenha), não sei se o problema é comigo, mas parece algo díspare, e entra pelo meu tímpano como uma esfiha que forma uma piscina de óleo entraria no meu estômago.
ResponderExcluirp.s.: tá autorizado Magician... :) ...vc ainda adicionou algo ao argumento (a metáfora do emulador ficou muito boa).
Cara sinceramente, não entendo o Magician se ele acha a merda do Álbum chato, porque indicá-lo? CARALHO! VAI PRO INFERNO!
ResponderExcluirMinha proposta por enquanto é conhecer a banda Joe, mas de qualquer modo este não é um álbum (completamente) ruim.
ResponderExcluir