sábado, 13 de novembro de 2010

Twisted Sister - Come Out And Play


O álbum Come Out and Play (lançado em 1985) da banda Twisted Sister foi escolhido por Venâncio, para análise e comentários...


Phantom Lord
Não conheço muitos álbuns do Twisted Sister, pois escutei apenas o Stay Hungry e o Come Out and Play (este último apresentado por Venâncio) mas começarei comparando este dois cds:

Interessante como o Come Out and Play praticamente sem "hits" pode ser melhor de se ouvir do que o popular Stay Hungry que contém as "manjadíssimas" I Wanna Rock e We're Not Gonna Take It. Digo isso porque gosto muito destes dois hits do Stay Hungry, mas de resto, acho o Come Out and Play melhor (ou menos entediante).

Neste álbum, podemos ouvir uma sonoridade um pouco mais diferenciada: a maioria das músicas me pareceram pairar entre um Hard Rock típico dos anos 80 (com uma ou duas "farofas"), porém algumas se aproximam mais do Heavy Metal e outras do Rock n Roll mais das antigas (Be Chrool to Your Scuel com participação do "tio Alice"). Apesar desta variedade de sonoridade, não encontrei músicas com ritmo acelerado (talvez só a Kill or be Killed...), o que dá a impressão de que o Come Out and Play, como um todo, é meio paradão. Achei as músicas I Believe in Rock n Roll, Look Out for #1 e Kill or be Killed as mais interessantes do cd. Nota 6,8

Joe The Barbarian

Twisted Sister... eu não classificaria como Heavy Metal, mas não seria de total disperdício tecer alguns comentários sobre essa banda, na minha opinião, de Hard Rock, ou mais especificamente Glam Rock, o que seria mais uma das diversas ramificações do estilo, marcada por perucas, maquiagem, lycra e brilhinhos. Bom devemos voltar no tempo, para a época dos anos 80, onde coisas estranhas apareciam e ganhavam a mídia, e uma delas com certeza foi o Twisted Sister, o sujeito aparece na TV, com o saudoso clip de "We're not gonna take it", com a maquiagem bem forçada, tipo drag-queen (glam), cantando para uma juventude, até então, segundo o líder da banda Dee Snider, oprimida, sugerido que todos se rebelassem e fizessem aquilo que bem entendenssem, mostrando que seu visual, nada discreto, passava a seguinte mensagem: "Ei! Se eu sou assim, você pode ser de qualquer jeito!", como um verdadeiro soco na cara de moralistas e consevadores que achavam aquilo bizzaro e ofensivo. "Um bando de bixas roqueiras..." falaram, nem é preciso dizer que, ainda mais nos EUA, houveram protestos contra e a favor, que incendiaram as questões polêmicas sobre a censura e afins. Talvez essa tenha sido a maior contribuição do TS para o mundo do rock, que assim como o Heavy Metal, sofreu e sofre preconceitos diversos e não era incomum ver nos filmes dos anos 80 os bandidos, normalmente caracterizados como metaleiros, com roupas de couro, cabeludos, tatuados e etc... hoje restaram apenas os negros, hispânicos, amarelos (Korea, China, Japas) e atualmente os árabes e afins. Graças ao TS? Talvez sim, basta dizer que não foram poucas as brigas que a banda enfretou por todo os EUA, para se apresentar e ter seus vídeos divulgados. É acho que devíamos mais ao TS do que pensávamos.
Agora falando mais específicamente do álbum COAP, faixas bem variadas incluindo desde baladas como "I Believe in you", algumas pegadas mais pesadas como a faixa título e coisas interessantes como a faixa "Be Chrool to your Scuel", com a presença de alguns metais e piano, numa levada estilo anos 70, em todo o álbum algumas passagens bem pegajosas tanto na letra como nos riffs, sendo que o que mais me chama a atenção nas composições, são as letras cômicas com duplo sentido, muito inteligentes. Individualmente o instrumental é bem simples e modesto, mas bem bolado no conjunto da obra como um todo. Enfim eu recomendo para saudar os bons tempos de uma época que ficou para trás e é cada vez menos lembrada, porque talvez os jovens fossem realmente oprimidos, afinal, se houve mais falar dos anos 50, 60, 70 do que dos anos 80, que foi a época (para sujeitos da minha idade), onde começamos a escutar música e ver TV. Afinal quais são os anos dourados? Ou melhor, para quem? Até hoje se fazem filmes e programas baseados nos anos 50/60/70. Enfim, talvez isso seja material de discussão para outro lugar e tempo. Mas é fato, nossos pais sabiam engolir e desfrutar a cultura da época e, no entanto, não deixaram que seus filhos fizessem o mesmo. A nota se baseia mais pelo contexto e história. NOTA: 7,0

Kill, Crush n' Destroy...



The Trooper
3
Paradaço esse álbum, dá pra deixar de fundo. Se todas as músicas tivessem a pegada de Kill or Be Killed, seria bem melhor.









Metal Mercante


O CD que marcou a início da queda do Twisted Sister, depois de ouvi-lo ficou bem claro que existem coisas que nem deveriam ter “ascendido” primeiro lugar.
Twisted Sister é um erro, é um erro de um povo patético em uma era patética. Cantando músicas de protesto contra o sistema educacional, influenciando crianças e adolescentes desmiolados com musiquinhas pegajosas e fáceis de decorar (já que seu público alvo não eram as crianças mais inteligentes) eles até conseguiram gravar uma coisa ou outra que pudesse ser aproveitada, mas no conjunto da obra esse CD é uma merda.
Estamos hoje em 2010, 25 anos depois do lançamento de “Come out and play” e a pergunta que fica é:
1 – Você aceitaria um conselho sobre como comportar-se na escola do indivíduo abaixo?

The Magician

Primeiramente gostaria de parabenizar Venâncio. Quem o conhece jamais imaginaria que um “Berseker Dwarf” como ele um dia indicaria um álbum deste calibre.
Dito isso afirmo: Come Out and Play é um bom CD.
Sua proposta se encontra no Hard Rock, e aproveitando o ensejo, Glam = Hard Rock + batom + Meia Calça; sou defensor do Hard Rock. Acho que este estilo é o berço dos grandes guitarristas, e o coração de todo o Rock´n Roll. Nomes como Vai, Satriani, Page, e Van Halen, participaram efetivamente da criação dessa escola.
“COAP” (Come Out and Play) entretanto apresenta um “Hard cru”, pois as guitarras tendem à utilização de drives com menos reverbs (aquele som que da impressão de o guitarrista estar tocando em um salão vazio, característico desse estilo), que apenas aparecem nas linhas de solos.
Os “echoes” nos vocais claramente estancam as limitações de Snider, e acabam por colocar peso na sonoridade final.
Falando em peso, achei que “The Fire Still Burns” com seus refrãos em coro, cadenciados, é um puro Heavy Metal resultando no ponto mais alto do CD.
Além dela “Kill Or Be Killed” e “Out On The Streets” se destacam como ótimas músicas, enquanto a chatíssima “I Believe in You” e “Leader Of the Pack” são os pontos mais fracos de COAP.
Uma rápida abordagem filosófica:
A Música transcende, emociona, cativa..., é a linguagem universal. Permite mesmo quando há texto cantado, que o ouvinte insira suas experiências na música e a perceba de uma forma particular. Ela se comunica com indivíduo ao seu próprio modo.
Essa argumentação foi utilizada por Dee Snider no tribunal, em defesa contra a acusação de apologia à violência e à pornografia em suas composições, feita pelo PMRC (Parents Music Resource Center).
Ao taxarmos musicas pela aparência de seus locutores aleijamos o que de fato é o seu conteúdo.
Afinal você daria crédito ao que esses indivíduos possam pronunciar, dizer ou aconselhar?


Se não déssemos não seriamos os “metalcólatras”...







Dee Snider em 2008.




Treebeard
Hola, que tal? Bem, cá estamos nós para falarmos de mais um CD, porém desta vez, vamos analisar uma das bandas mais influentes do GLAM ROCK! Twisted Sister possui alguns clássicos que pegaram MUITO nos Anos 80, como " I wanna Rock " e " We're not gonna take it ". Foi uma grande banda que impulsionou o movimento GLAM, que seria aquele Hard Rock onde os integrantes da banda e seus respectivos fãs se vestem como travestis... Por alguns centimetros, eu diria que o Kiss não se encaixaria no GLAM, pois aquelas bota salto alto e batom, poderiam leva-los a este caminho, porém eles preferiram ser vistos de outras maneiras, até mesmo como os Cavalheiros do Satã...Enfim, falando sobre o "Come out and Play" diria que é um CD fraquinho do Twisted Sisters. A primeira faixa até que empolga bastante, porém as musicas em seguidas não te fazem balançar muito o esqueleto e cai num ritimo chato e sonolento. Não é um CD que irei escutar sempre, mas sei que em alguns dias de tédio, sem nada pra fazer e pra ouvir, ele pode cair bem como uma luva, ou caso voce esteja querendo dar aquela dormida depois de um almoço "ogro" ele é bom pra te fazer pegar no sono e dormir como uma criança!

\m/ Cheers Mates!





Pirikitus Infernalis


Comentando o cd que nosso querido amigo Venâncio indicou, me deparo com algo que meus ouvidos estão habituados a ouvir: Glam/Hard Rock. O resultado é positivo, o disco é muito bom, porém não chega perto de ser tão bom como o seu antecessor, e melhor cd do TS, Stay Hungry.

O disco tem seus pontos altos na performance dos músicos e em várias músicas como Come Out and Play, You Want What We Got, The Fire Still Burns, Kill or be Killed e King of the Fools. Essa última, aliás, os vocais de Dee Snider me lembram Dio, obviamente nas suas devidas proporções. (Sei que irei enfrentar as cornetas por isso mas foda-se).

Concordo com meu amigo The Magician nos pontos fracos, pule as músicas Leader of the pack e I believe in you e você terá em mãos um ótimo cd.

Em suma esse disco é o feijão com arroz do Glam/Hard Rock. Revezamento de músicas com riffs bons e baladas grudentas, músicos de maquiagem e um monte de gostosas nos shows.


“It's kill or be killed
Rock or let it roll
Kill or be killed
Burn or save your soul”



Venâncio
Com este álbum do TS percebi que minha visão desta banda era pautada apenas em duas músicas... Claro que atribuir uma opinião numa banda embasado apenas em 2 musicas seria desmerecer o resto de sua obra... Neste álbum temos a verdadeira face do TS, aqui temos seu lado menos pop e mais heavymetal, apesar de alguns chamarem de glamrock (muitas subcategorias em minha opinião).

A falta de notoriedade deste talvez se de por não ter continuado na linha do Stay Hungry (pop). Como ponto alto da obra, temos as letras bem elaboradas e ponto baixo temos os arranjos musicais, talvez um pouco mais de agressividade fosse necessário para torná-la mais metal.

Bem, não se trata de uma obra de arte, mas também não chega a ser uma porcaria como algumas bandas que dizem fazer metal. 6 pitus pra eles.

22 comentários:

  1. O clip de Leader of the Pack é uma das coisas mais ridículas que eu já vi (fora que a letra bate bem com o banana do Dee Snider).

    ResponderExcluir
  2. Eu ainda não vi o clip, mas imagino que todos do Twisted sejam rídiculos e nem preciso dizer o porquê.
    Trooper, provavelmente teu "post" foi o mais curto do blog...

    ResponderExcluir
  3. Trooper, que post ridículo ein?
    Cara se for parar pra pensar quase tudo era rídiculo naquela época: Sweet Child o'mine = Meu docinho?

    ResponderExcluir
  4. Ainda que diferente do Twisted, o mais rídiculo do Guns é o visual gayzíssimo, porém creio que eles começaram a fazer sucesso só uns 3 anos depois do Come Out and Play. Não sei exatamente o que tínhamos no glam rock em 85... Só sei que já existia toda essa "baitolagem".

    ResponderExcluir
  5. Meu alinhamento lawful me forçou a ter um post igual ao que o Venancio fez no álbum que eu indiquei, e o álbum chinfrim me permitiu.

    p.s.: vc quer discutir o visual "gay" do Guns com Leeroth ou Snider?

    ResponderExcluir
  6. Na verdade só faltou a maquiagem pesada na fuça pros membros do Guns ficarem mais rídiculos que os caras do Twisted. Imaginem o Dee Snider vestido como o Axl!! Shortinho de vadiazinha, colete de redinha sem camisa!? Os caras dessas bandas "oitentistas" eram um pior que o outro...
    p.s.: Quem é Leeroth? Uma biba do Van halen?

    ResponderExcluir
  7. não é a toa que chamam a década de 80 de década perdida

    ResponderExcluir
  8. The Trooper, isso tem um nome - picuinha!
    Barbarian, GUNS >>>>> MTV;
    Phanton, que vergonha! não saber quem é o David Lee Roth??? é só lembrar de "Jump", e do pulinho ridiculo!
    Merchant, embora eu concorde com pouca coisa que você escreveu, eu nunca ri tanto ao ler um post neste blog "é um erro, é um erro de um povo patético em uma era patética", HAHAHAHAHA!

    ResponderExcluir
  9. É claro que eu sabia que era o (ou um dos) vocalista do Van Halen. Minha pergunta, foi um mero sinal de "semi-desprezo" por tal banda. Digo "semi" porque os caras fizeram umas poucas músicas boas...

    ResponderExcluir
  10. É melhor esperarmos alguém postar Van Halen...

    ResponderExcluir
  11. "Digo "semi" porque os caras fizeram umas poucas músicas boas..." vou interpretar como uma ignorância musical fora do heavy metal, então creio que você possa sair um pouco do "repeat" de Metallica, para ver ou ouvir Van Halen em qualquer época da banda SEMPRE fenomenal, mesmo sendo rock ou no máximo hard rock.

    "É melhor esperarmos alguém postar Van Halen..." sou contra ficar postando álbuns que não seja heavy metal, porque se os blogueiros aqui se perdem com coisas medíocres dentro do Heavy Metal, imagina falar sobre um universo infinitamente mais abrangente que HM.

    Mercante você é um preconceituoso tolo! Não entende que as vezes é necessário um mal, para atingir bem mnaior? Se não fosse coisas grotescas como as que haviam nos anos 80, talvez não existissem as maravilhas dos anos 90/2K etc...

    Me recuso a continuar falando sobre Guns 'n Roses.

    ResponderExcluir
  12. Não conheço a discografia inteira do Van Halen, Sr. Barbarian, mas ouvi uma coletânea (The Best of Van Halen), o Van Halen (1), o 1984 e vários "hits" deles que tocaram nas rádios-rock entre 1996 e 2010. E entre todas as que ouvi, gostei de aproximadamente 15 músicas. Como tu mesmo disse, gosto não se discute, se lamenta, por isso sinta-se a vontade para postar um bom álbum do Van Halen que eu ainda não conheça, e TALVEZ eu mude de idéia a respeito desta banda.

    Obs.: Não espere só heavy metal neste blog, pois aqui mesmo há individuos que não enxergam a diferença entre rock e metal...

    ResponderExcluir
  13. Considerando que tal diferença não é assim tão clara. Afinal varias bandas são colocadas por especialistas ao mesmo tempo como de Heavy Metal e de Rock, e atualmente, percebo que tais classificações se fazem melhor por música e não por álbum ou banda.

    ResponderExcluir
  14. Exatamente, Venâncio...
    Alguns exemplos de bandas classificadas em gêneros diferentes com o passar dos anos: Motorhead: Rock / Heavy Metal; Megadeth: Thrash Metal / Heavy Metal; Manowar: Heavy Metal / Power Metal / Symphonic Metal... e por aí vai. Apesar dos críticos de música geralmente classificarem os álbuns dentro de determinados estilos, concordo que a classificação deveria ser feita por música.

    ResponderExcluir
  15. Classificação verdadeira de Manowar: TRUE METAL

    ResponderExcluir
  16. Venancio, o sr. nunca falou algo tão certo!

    @Barbarian - Já foi decidido que postaríamos Hard ou Prog aqui a muito tempo, desça do seu "trono da verdade absoluta". Como você mesmo disse: "Se não fosse coisas grotescas como as que haviam nos anos 80, talvez não existissem as maravilhas dos anos 90/2K";
    varias bandas de metal buscaram referência em Led Zepplin Rush e Deep Purple!

    ResponderExcluir
  17. Sintetizando, Barbarian: é NECESSÁRIO que os blogueiros aqui escutem Van Halen para entender por que metade das bandas de heavy metal só existem por causa deste guitarrista!

    ResponderExcluir
  18. The Magician, you can call it "picuinha", but I call it justice or balance, I am a philodox, never forget it...
    p.s.: sinceramente, esse cd me deu sono, não dá pra escrever muita coisa sobre algo que te dá sono...
    p.p.s.: Van Halens sim, me PARECE banda de coletânea

    ResponderExcluir
  19. The Trooper, repito: melhor esperarmos alguém postar esta banda...

    ResponderExcluir
  20. Sorry master...
    A propósito, massa a dentadura do Ozzy...

    ResponderExcluir
  21. Pootz Magician, essa foto do Dee Snider em 2008 me lembrou de uma pergunta nada a ver...

    "Porque não existe Punk velho?"

    ResponderExcluir
  22. Rsrs, talvez pela quantidade de porcarias ingeridas durante a juventude... na verdade o Danzing é um punk velho... mas ele pinta a cara.

    ResponderExcluir