segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Phantom - CyberChrist

O álbum Cyberchrist, lançado pelo Phantom em 1993, foi escolhido por Pirikitus Infernalis para análise.


Faixas: 01 - Well of Souls; 02 - Six Feet Under; 03 - Big Daddy; 04 - Cyberchrist; 05 - Graveyard Shift; 06 - Psycho Zoo; 07 - Queen of the Damned; 08 - Blind Man's Sight; 09 - Alive and Well; 10 - Preying With the Mantis; 11 - Last Man Standing; 12 - Say Your Prayers.

  Phantom Lord


Desenterrado de sabe-se lá onde, o álbum Cyberchrist da banda Phantom chega neste blog... 
O vocalista parece tentar seguir o estilo de cantar do Rob Halford (Judas Priest), porém é mais limitado. O modo dele cantar (em alguns momentos das músicas) também me lembrou o vocal da banda russa Arya e da "banda" brasileira Massacration. 
 A parte instrumental, que é bem competente, me lembrou diversas bandas, entre elas, Loudness... seria por causa da produção? ou porque o Loudness também parece um reciclado de diversas bandas de heavy metal? Enfim, é comum que um riff ou um solo se pareça com algum trecho de músicas de bandas famosas, afinal contrariando o desertor dos metalcólatras, Joe-The-Barbarian: O difícil é inovar na velha fórmula do Heavy Metal. E é justamente que o Phantom parece tentar criar aqui: Um bom álbum de heavy metal tradicional. 
Em minha opinião, o resultado final foi bom, pois Cyberchrist consegue apresentar músicas razoavelmente diversificadas dentro de um estilo excessivamente explorado por milhares de bandas. 

 Blindman`s Sight tem um ritmo diferenciado (talvez mais puxado para um hardrock?), mas o destaque é a porrada de abertura, Whell of Souls... A faixa título me pareceu o ponto fraco deste disco... os corinhos geraram quebras de ritmo, enfim, esta faixa sujou o álbum (e consequentemente sua nota final, é claro). Existem mais umas poucas falhas em Cyberchrist... Talvez seja o mesmo tipo de falha que me impediu de dar uma nota 10 para o Painkiller do Judas Priest? 

Wheel of Souls 8 
Six Feet Under 8 
Big Daddy 6 
Cyberchrist 5,2 
Graveyard Shift 7 
Psycho Zoo 7 
Queen of Danmed 7 
Blindman`s Sight 7,3 
Alive and Well 7,5 
Preying with the Mantis 7,7 
Last Man Stand 7 
Say Your Prayers 7,3 

 Modificadores: nenhum 
 Nota: 7,6

Pirikitus Infernalis


Eis que em uma bela madrugada “farmando” o Metal Achives, fui recompensando com o drop desse cd. O terceiro e melhor cd da banda, que se separou logo depois.
Este cd conta com 5 ótimas músicas, Well of Souls que já dá as boas vindas dando uma bela pedrada na janela. Ademais, temos Psycho Zoo, Blind Man’s Sight, Preying With the Mantis e Say your Prayers. Um ponto interessante desse cd, é que ele vai melhorando gradativamente no seu final, o que geralmente é o inverso do que ocorre em muitos outros álbuns.
A banda como um todo está de parabéns nesse cd. Buckland deixa a base com um peso muito foda, Fate Taylor tem momentos inspiradíssimos, Borsellega possui poucos momentos de destaque no cd e o vocalista “Falcon” Eddie Green às vezes tem momentos d+. O que eu achei de negativo foram alguns momentos forçados onde a banda expõe os agudos de Eddie até um momento onde aquilo não faz mais sentido, dando uma quebrada naquilo que estava anteriormente fluindo bem.
Eu honestamente não sei porque o Phantom e (principalmente esse cd) não são conhecidos, pelo menos como segundo ou até terceiro escalão do metal. Algo semelhante ocorreu com o Exodus em 1985 quando eles lançaram seu primeiro e melhor cd Bonded by Blood. Em qualquer situação corriqueira, uma banda com aquele cd naquela época, iria com certeza estourar. Mas os americanos foram abafados por 2 lançamentos de seus compatriotas do thrash metal: Killing is my Business (Megadeth) e Hell Awaits (Slayer). Houve uma tentativa de prolongar a turnê em 1986 para tentar mostrar ao mundo o sucesso de Bonded by Blood, porém em 21 de Ferereiro de 1986, o lançamento de Master of Puppets (Metallica) enterrou de vez os planos e o Exodus nunca conseguiu ir além de um segundo escalão no mundo do Heavy Metal, uma pena.
CyberChrist não está entre os melhores da história ou algo do tipo, mas é um cd que está acima da média e definitivamente um ótimo álbum de heavy metal.
Top3: Well of Souls, Psycho Zoo, Blind Man’s Sight. Shame Pit: CyberChrist.
Nota: \m/\m/\m/\m/


The Trooper
3
Não sei por que mas essa banda me lembra as bandas japonesas que já ouvi, e o ponto mais similar é a faixa "Six Feet Under", que parece trilha sonora de algum jogo de ação do Nintendinho (o que a ajudou a ser a melhor faixa do álbum).

A banda tem como ponto forte a criatividade nos instrumentos, com faixas bem trabalhadas, boa base de guitarra, bem como os solos. A parte mais oscilante é o vocalista, que varia de um estilo meio Rob Halford para o dos vocalistas japoneses, talvez com um vocalista mais sólido este álbum se aproximasse dos clássicos.

Enfim, um bom álbum para aumentar sua coleção.

Destaque para Wheel of Souls e Six Feet Under.

Nota: \m/\m/\m/\m/

The Magician
Razoável.

Nem tinha como ser diferente por causa das limitações da banda e principalmente da produção simples do álbum.

Vocais Halfordianos (conforme já comentado pelos demais Metalcólatras) de falsetes manjados e cozinha apenas suficiente e segura que não se arrisca para não escorregar e fazer feio; e dentro do cenário descrito é óbvio que quem protagoniza são as guitarras.

Elas são responsáveis pelas conduções principais e criação das harmonias, e não fazem feio, na verdade em alguns pontos chegaram até a me surpreender positivamente, só que se encurralaram em certos riffs e levadas, que no sufoco (de criatividade) para sustentar as músicas, se recriam de forma MUITO semelhante nas passagens de 4 ou 5 faixas do disco.

Não existe muita coragem de arriscar em Cyber Christ, isto já está bem explícito na produção, entretanto a influencia oitentista-farofa da banda criou partes melódicas e abordagens "semi-hard-rock" que dão outra coloração para algumas faixas, e assim permite que escutemos o trabalho até seu final sem ficar de saco completamente cheio.

Gostaria de reiterar que este lançamento está longe de ser ruim, mas convenhamos que a especulação de Pirikitus - alimentada pelo pragmatismo e conservadorismo de Phantom Lord - de que a banda teria potencial para figurar entre o primeiro ou segundo escalão do Metal, não tem o menor cabimento. A obra em questão é super mediana, não tem pretensão nenhuma e por pouco passa do genérico que tanto comentamos aqui no blog... é um CD simples para gente simples, por isso enganou o pessoal por aqui só que comigo não cola: aqui a critica é profissional, afinal foram anos e anos dedicados a este ofício, gostaria de lembrá-los que não estou aqui brincando como alguns outros "colaboradores" do site.

As melhores músicas são a faixa título, "Blind Man's Sight" e "Last man Standing", a pior é a ridícula "papaizão".

Nota: 6,6 ou \m/\m/\m/.

Ah sim, caso houvesse um motivo misterioso - fora a música - para Phantom ser considerada uma banda secundária, este motivo seria obviamente por ser uma banda americana de Power Metal, que como eu já cansei de falar aqui, o mercado americano de rock pesado (metal) foge do termo "power" como o diabo da cruz, para eles ser espadinha é uma vergonha, uma cafonisse; se o Phantom assumisse o gênero "Progressive" como o Savatage ou Kamelot, teriam mais aceitação... 




domingo, 5 de agosto de 2012

Impellitteri - Screaming Symphony

O álbum Screaming Symphony, lançado pelo Impellitteri em 1996, foi escolhido por The Trooper para análise.


Faixas: 01-Father Forgive Them; 02-I"ll Be With You; 03-Walk Away; 04-Kingdom Of Light; 05-Countdown to The Revolution; 06-17th Century Chicken Pickin'; 07-Rat Race; 08-For Your Love; 09-You Are The Fire


The Trooper
3
Cá estou eu novamente, enchendo o saco com a mesma banda. Após ouvir toda a discografia dos caras (e ser zoado por comprar o Crunch por R$ 120,00), cheguei a conclusão que o Screaming Symphony é a obra-prima da banda, seu "Master of Puppets". Retificando aqui parte de meu texto confuso da resenha de Wicked Maiden, Rob Rock cantou em grande parte dos álbuns da banda, e portanto compôs a grande maioria das letras com inspiração cristã.

Este álbum em questão está no meio da fase transitória de um som mais hard rock para o heavy metal, e é, para mim, o álbum mais equilibrado.

Destaque para Kingdom Of Light e Rat Race.

Tomando emprestado um costume do nosso querido Pirikitus, vou citar parte da letra de uma das faixas para prestar uma homenagem à meu velho, R.I.P., nós nos veremos novamente.

"Another time, another place, and we'll be standing face to face
Life will be an open page, in the kingdom of the light"

Kingdom Of Light - Impellitteri

Nota: \m/\m/\m/\m/\m/


Phantom Lord


Mais um do Impellitteri no blog... 
É possível perceber que o álbum Screaming Symphony é mais velho que o Wicked Maiden só pela produção vagamente mais humilde. 
Como o Trooper citou o estilo musical parece um heavy metal levemente puxado pro hard rock. 
A guitarra virtuosa está presente (assim como em Wicked Maiden), mas o teclado está praticamente ausente (gracias!) e o vocal me pareceu meio limitado... não desafinado ou sem alcançar os agudos... mas um pouco “engessado” de modo similar ao álbum Skull Colectors do Hibria. Outro ponto negativo (ao meu ver) é que faltou um pouco de criatividade ao todo. É difícil explicar, mas vou tentar: Ao ouvir este disco, achei que algumas músicas soam do tipo “passa batido”. Talvez pelo excesso de fritação da guitarra solo e pelo vocal meio engessado que eu já comentei. Por um outro lado, não falta técnica e se ouvirmos as músicas em um modo aleatório juntamente com melodias de outras bandas, será fácil perceber que não há músicas ruins em Screaming Symphony. 

Father Forgive Them 7,0
I'll Be With You 7,4 
Walk Away 7,0 
Kingdom Of Light 7,9 
Countdown To The Revolution 6,8 
17th Century Chicken Pickin' 6,4 
Rat Race 7,6 
For Your Love 7,6
You Are The Fire 7,0 

 Resumindo: Apesar de soar quase "genérico" em alguns momentos, Screaming Symphony é (com certeza) um bom cd de heavy metal. 
 Modificadores: nenhum 
 Nota: 7,3

The Magician
Van Halen, Page, Iommi, Blackmore, Clapton, Hendrix, Jeff Beck e Satriani. Os grandes monstros da guitarra Rock criaram um legado perene, suas abordagens diferenciadas tinham uma declaração subjacente: "não se trata apenas de rock, se trata da guitarra".

A intersecção do período de 66 a 71 foi definitivo nesse sentido, ao criar o totemismo da guitarra onde conforme o discos eram lançados, cada vez mais suas linhas se sobressaiam das demais.

Foi como uma indução genética, da mesma forma que os Kennels Clubs ingleses fizeram nos últimos 3 séculos ao moldar as linhagens de cães atrás das características das "raças ideais" ou "sangue-puros".

A mutação definitiva, o resultado dessa empreitada no "violão elétrico maciço" foi revelada em 1978 por Van Halen com o mega-solo de guitarra "Eruption", e o resto é história...

Dessa história alguns caras se destacam e outros nem tanto assim, embora ambos sejam produtos diretos dessa campanha de guitarristas. E aí está Chris Impelliteri para provar o que estou falando. O homem não se destacou tanto assim, mas consegue se afirmar em uma carreira de + de 20 anos. E acredito que isso se deve por causa de sua sagacidade, de perceber que uma vez que não estaria no topo do gênero por causa de sua criatividade, criou sua própria "horta" em dois públicos bastante fiéis: os metaleiros religiosos e os guitarristas rockeiros virtuosos. 

Particularmente o trabalho neste álbum me agrada, de modo bem parecido com o que foi postado há um ano atrás aqui no blog; as músicas se sustentam em padrões bem interessantes mas que não variam muito, de forma que o total de 9 músicas pareçam ser apenas 3 ou 4. São músicas diretas e aderentes, de riffs precisos e solos ultra (ultra mesmo!) esmerilhados, completados pelos vocais agressivos e bem executados de Rob Rock.

A dosagem de duração é bem equilibrada, pois acredito que com músicas mais compridas ou mais faixas no CD, Impelliteri se arriscaria a nos envenenar com o líquido do enjoo, o que não acontece se você escutar o disco por somente uma vez e em seguida trocá-lo por algo mais pesado ou não-melódico. Ao meu ver se o guitarrista abusasse de outros setups no equipamento utilizado, agregaria muito mais ao material final. Contudo os caras que se valem de um título de "grande guitarrista" prezam pelas suas assinaturas super genuínas, e acreditam que o som, quanto mais orgânico (sem interferências de camadas e canais intermediários externos) melhor. Só que o cara tem que ter MUITA criatividade para se garantir dessa forma, o que normalmente não acontece...

Impelliteri é um dos super guitarristas mais rápidos do mundo, mas acaba fazendo um ótimo feijão com arroz, e por isso, só por isso, ganha meu respeito.

Nota 7 ou \m/\m/\m/\m/.  

A cultura da guitarra pode ser às vezes entendida, e às vezes até confundida com a cultura do Rock, mas não é a mesma coisa. E basta estar dentro dela apenas uma vez para saber disso. Os cabeludos são "educados para a música" e aprendem a admirar caras como Di Meola, Ray Vaughan, Stanley Jordan e Eric Johnson... e acham isso bonito pra caramba; que se tornarão verdadeiros músicos por causa isso. Pois afirmo que isso não é musica, é experimentalismo em níveis estelares, que talvez até sirva de material de estudo de caras que venham a criar música um dia e que poderão citar um desses nomes. Mas normalmente a única coisa que esses músicos ajudam a formar são bichinhas ranhetas e cheias de marra, que acabam no máximo como professores frustrados de música.

A fórmula da música não está nas pautas de conservatórios e institutos renomados de música, não está também propriamente na técnica dos músicos. Está na percepção e ouvidos dos membros de bandas (músicos é o cace%$&¨t*e) como o Megadeth, Iron Maiden, Metallica, Manowar, Ramones, e tantos outros.

      

segunda-feira, 23 de julho de 2012

AC/DC - Back in Black

O álbum Back in Black, lançado pelo AC/DC em 1980 foi escolhido por Phantom Lord para análise.



Phantom Lord
 Aqui está uma banda que supostamente exerceu influência em muitas bandas de rock pesado (vulgo heavy metal). 
Lançado um ano após o Highway to Hell, o álbum Back in Black surge com Brian Johnson substituindo o falecido Bon Scott nos vocais, porém o que mudou nas músicas da banda? Bom, eu não sou um maníaco por AC/DC, mas ouvi uns 5 álbuns de estúdio desta banda mais um monte de músicas dos demais discos... O disco TNT mostrava músicas mais próximas do Rock and Roll (ou classic-rock) e do Blues-rock, já o Highway to Hell apresentava um Hard Rock com características marcantes e bem conhecidas do AC/DC. 
...Apesar da mudança do vocalista, o Back in Black surgiu com um vocal muito semelhante ao de seus trabalhos antecessores. 
A verdade é que este disco apresenta pontos muito fortes, como algumas músicas inspiradíssimas, fáceis de serem memorizadas e com uma produção impressionante... A primeira vez em que ouvi este álbum, eu pensei que ele foi feito nos anos 90... E apesar das músicas do AC/DC geralmente parecerem “próprias para festas, baladas e/ou casas noturnas”, a distorção utilizada nas guitarras somada a produção (que eu já comentei) dá um “peso” significante ao álbum como um todo. Enfim, o AC/DC pode ser uma banda “fiel ao seu próprio estilo”, mas o álbum Back in Black não se torna cansativo de se ouvir, como acontece com vários outros desta banda. 
Hells Bells 9,2 
Shoot to Thrill 8,0 
What Do You Do for Money Honey 7,0 
Givin the Dog a Bone 7,2 
Let Me Put My Love into You 7,5 
Back in Black 9,7 
You Shook Me All Night Long 8,8 
Have a Drink on Me 7,8 
Shake a Leg 7,8 
Rock and Roll Ain't Noise Pollution 8,0

Modificadores: 

 E para polemizar possíveis "true-metaleiros": 



Nota: 8,2

Pirikitus Infernalis

Mais um cd desta que é considerada por muitos como a maior banda de Rock ‘n Roll da história. Após o sucesso absoluto do seu antecessor, a banda recebe o baque de perder o seu vocalista Bon Scott. Bon Scott era nada mais do que a personificação do Rock ‘n Roll, com seu talento nato para a música, e seu dom de pouco se importar com o pensamento das pessoas ao redor.
Pois bem, eis que depois de perder esse mito do gênero musical, a banda está atrás de um outro vocal e eis que Brian Johnson se junta a trupe de uma forma inusitada mas, como pouca coisa que acontecia naquela época fazia sentido, essa junção em pouco tempo se tornaria épica.
Back in Black é um cd épico, daqueles de Hall of Fame e que é “must have” para qualquer rockeiro, sem exceção. Ele possui hits cabulosos, musicas com duplo sentido sobre mulheres e rock ‘n roll, ou seja, esse cd é o que o ACDC faz de melhor. Somando isso ao sucesso de Sir Angus Young e Sir Brian Johnson meu amigo, pode botar o cd pra rodar que é sucesso.
Um dos melhores CDs da história, feito pela MAIOR banda de rock ‘n roll da história.
Top 3: Impossível escolher apenas 3. Shame Pit: -
Nota: 9,5


Venâncio

Bem a banda por si só merece 8 pitus... afinal não se trata de uma banda fundo de quintal que saiu de um bairro (país) qualquer da Europa.

Uma das maiores bandas de rock do mundo, detentora do titulo de maior vendedora de discos da história do rock e justamente com qual... este belíssimo álbum que marca a estreia de seu novo e atual vocalista.

O que mais dizer, elogiar sempre é difícil, mas posso dizer que temos aqui uma obra de arte o melhor desta banda que possui um estilo único e marcante em todas as suas musicas que gera a seguinte frase: "se tu gosta de uma musica de ACϟDC, gosta de todas!".

Mas o porque desta colocação, simples eles não buscam sair de sua zona de segurança me levando a crer que assim como Tarantino (respeitando a diferença de mídias, mas focando nas criações), fazem o que lhes agradam sendo o sucesso apenas resultado da semelhança de gostos com o publico.

Não vejo destaques na obra como um todo, é uma peça sólida, bem trabalhada e polida.

9 pitus


The Trooper
3
ACDC é uma ótima banda de rock n' roll, isso é indiscutível, mas eu não sou daqueles que "endeusa" os caras, se você é um desses já pode parar de ler por aqui.

A sonoridade deles me lembra Led e um pouquinho de Whitesnake, embora menos viajante e menos rápido. Com suas letras de putaria e postura "rock", deve ter influenciado bandas como Guns e uma grande maioria do hard rock, mas digo com segurança, que em seu primeiro cd (e apenas nesse) o Guns já superou os mestres, as faixas variam bem mais, são mais rápidas e passam a mensagem de putões melhor. Mas "clássico é clássico e vice-versa", como diria um famoso jogador de futebol, e Back In Black é a epítome do clássico, letras que você fica cantando por horas depois de ouvir, músicas que se repetem infinitamente pelo tempo em casas de rock, por discotecagem ou covers, e claro, gerador de fãs fanáticos.

É dever de qualquer metaleiro ouvir esse álbum pelo menos uma vez na vida (esse sim, não aquele monte de merda nas listas de revistas cretinas), e se você ouvir, no mínimo da faixa título vai gostar.

Álbum obrigatório na coleção (nem que for só em mp3), bom pra botar pra variar e em churrascos. 

Meu destaque vai para a óbvia Back In Black, acima do nível das demais.

Nota: \m/\m/\m/\m/


The Magician
Respeitável público: "Anti Christ/Devil's Children" no Blog Metal, com o mais bem sucedido disco de Rock da história.

A banda australiana é de singularidade super evidente e genuína, seus dois frontmans tinham (ou tem) vozes e interpretações únicas, e as linhas de bateria e guitarras se não são geniais pela virtuose devem obrigatoriamente ser reconhecidas pela sua autenticidade e originalidade. Por esses motivos o estilo do ACDC dificilmente pode ser comparado às demais bandas de rock ou metal.

E deixemos o Metal de lado, pois AC/DC não é metal, é injeção e bomba de rock n roll na veia!
Alguns sintomas: Seus versos são circulares pois saem de um tom correndo três ou quatro notas  fatalmente voltam para o ponto inicial (o "rolling" do Rock). Os sons da guitarra SG (inconfundíveis) de Angus Young, com os slides, licks venenosos e bends, principalmente nos graves, às vezes procura desesperadamente por fluência, e suportada pelos compassos viciados da caixa + tons da batera acaba falando a linguagem clássica do Blues. A voz estridente de Brian e as distorções pesadas das guitarras vestem a música com uma espécie de sonoridade Hard Rock.

A capacidade de recrutar iniciantes e as famosas letras polêmicas é que se tornam o motivo principal para o Rock pesado do AC/DC ser abraçado pela bandeira metaleira, mas é bem nítido que nas estruturas de composições de Malcolm e Angus existe muito mais de Creedence do que Deep Purple ou Black Sabbath.

As vezes citamos grandes guitarristas como "fora de sua própria época", como viajantes do futuro que desbravaram métodos e sonoridades até então ocultas. Pois é..., Angus Young também é notável, mas justamente pelo motivo contrário. O magrelo parece ter viajado no túnel do tempo direto dos anos 50 ou 60, e quando chegou nos anos 70/80 encontrou um equipamento ultra-tunado pra praticar o velho blues arcaico.

Mas normalmente o rock clássico não me deslumbra tanto assim, e costuma pecar por ser enjoativo....... só que aqui o caso é diferente.

Back in Black, é um acerto, fora de série, traz consigo três clássicos transcendentes ("Back in Black", "You Shook Me All Night Long" e "Hells Bells") e um compostos de músicas consistentes de alto nível (como "Shoot to Thrill" e "Given the Dog a Bone") que eternizaram a banda entre os grandes. As linhas são tão bem gravadas e equalizadas que o disco é um dos favoritos para testes de estúdios e casas de show até os dias de hoje. E tudo isso por causa de um golpe de azar - a morte de Bon - que obrigou o ingresso de Brian criando a química e o tema para o disco.

Um dos dez discos mais clássicos do Rock, obra de tirar o chapéu... o terno, a camisa, a gravata e ficar rodopiando que nem um maluco!

Nota 8 ou \m/\m/\m/\m/.
  
Resenhar o disco que mais vendeu na história do Rock sugere uma série de possibilidades de comentários e especulações sobre a fórmula do sucesso de Back in Black, particularmente estou convencido de que foi uma espécie de refúgio para os saudosistas do rock nos anos 80 e, puxando o pendulo para a sonoridade mais direta e menos progressiva foi até certo ponto um dos responsáveis por minguar o movimento musical de contracultura (ao lado do punk). Mas meu parecer definitivo sobre a resposta do disco no mercado reside no fato de o AC/DC perdurar décadas não só como estereótipo rock, e sim como uma das únicas opções de Rock de verdade e de qualidade.     

Hellraiser
3O que falar desta obra prima da musica pesada ? 
O que falar do disco de Rock mais vendido em todo o mundo ? 
Que merece todos os elogios possíveis, claro !!! 
Esse álbum é uma perfeição em forma de musica ! 

Uma prova de que, mesmo por uma troca de vocalista, mesmo que sendo por uma tragédia, uma banda de qualidade sabe canalizar os problemas e dar a volta por cima em grande estilo ! 
( Recado para Iron maiden e Sepultura ) 

Bom, quanto a obra do AC/DC, o álbum começa do mesmo jeito que termina, com a magnífica ``Hell´s Bells``, passando por otimas composições, entre elas, a super classica faixa titulo, até chegar na ultima faixa, ``Rock´n´Roll ain´t Noise Pollution``com total cara de Blues, ...mas PÉRA AÍ !!!!!!! 
Já acabou ?????? 
Sensação total de quero mais !!! 

Um álbum totalmente em alto estilo, com faixas altamente cativantes, de refrões grudentos, e a mesma formula simples e eficaz de sempre, de se fazer Rock´n´Roll do AC/DC. 
Todas as faixas são excelentes, tanto é que pelo menos 04 delas foram executadas com certa exaustão nas rádios. 

Nota 8,9

sábado, 7 de julho de 2012

Children of Bodom - Hate Crew Deathroll

O álbum "Hate Crew Deathroll" lançado em 2002 pela banda Children of Bodom foi escolhido por The Magician para análise.



Phantom Lord


Não acompanho o trabalho do Children of Bodom nem de bandas contemporâneas de estilos similares a esta, mas vamos lá: 
Logo de cara, nota-se que a parte instrumental, apesar de focada em velocidade e agressividade, é de boa qualidade. Ocasionalmente surgem teclados e outros sons “hiper-modernos” nas músicas, todos desnecessários em minha opinião e o vocal... Ah, o vocal é do tipo grunhido, latido, berrado e/ou tossido. Na verdade, é uma versão extrema dos “vocais rasgados” que devem ter surgido pela primeira vez em bandas como AC DC e Accept. Eu acredito que a utilização de vocais extremos (gritados ou gutural por exemplo) durante uma música inteira é sempre uma limitação. Não se alcança uma diversidade de sons (ou notas musicais) enquanto se berra até esvaziar os pulmões. Para piorar, torna-se um “pé nas bolas” ouvir tal tipo de gritaria e/ou rouquidão após uns 10 minutos de música. Ou seja, para mim, apesar de não ser o pior vocal que passou aqui pelo blog, este berreiro é entediante e irritante a médio ou longo prazo. Suficiente para reduzir a qualidade do álbum, como um todo. 
 Pois é... Para tal álbum receber uma avaliação positiva, talvez fosse necessário um fã dessas “vertentes-pós-2000” do metal. A verdade é que com o passar dos anos surgiram tantas espécies, sub-gêneros e variações do metal, que é praticamente impossível gostar de tudo. Isso me faz lembrar o quão ridículas são aquelas pessoas que dizem que rock é tudo a mesma coisa ou que é tudo barulheira: Se o heavy metal é um tipo de Rock (ou está inserido no Rock), todos seus sub-gêneros também estão dentro da categoria do rock! Como tudo isso pode ser “a mesma coisa”? The Beatles, Angra, The Ramones e Children of Bodom são tudo a mesma coisa...? São super parecidos, não? Toda esta diferença existente entre os tipos de Rock ou de Heavy Metal, faz com que pessoas gostem de determinados estilos ou de certas bandas... E por um outro lado, se existe alguém tão eclético para gostar de tudo, este alguém deve ser maluco, de personalidade fraca, ou ambas as coisas. 
 Concluindo: Ponto forte do álbum: Quase todos instrumentos durante maior parte do álbum; Pontos Fracos: Vocais avacalhados / gritados 100% do tempo e tecladinho fora de contexto durante grande parte do álbum. Enfim, para os fãs deste estilo de metal (seja lá qual for) o álbum deve ser muito bom, mas para mim ele ficou cansativo logo na faixa 3 ou 4.
Needled 24/7 5,3
Sixpounder 5,5
Chokehold 5,0
Bodom Beach Terror 4,8
Angels Don't Kill 4,5 
Triple Corpse Hammerblow 4,9 
You're Better Off Dead 5,0 
Lil' Bloodred Ridin' Hood 4,8 
Hate Crew Deathroll 5,0
 ...Sim, eu sou reacionário e arredondei a média final para baixo.
 Nota: 4,9

 
The Trooper
3
Classificado por alguns como melodic death metal, com alguma razão, pois a sonoridade do Children of Bodom foge do padrão death metal, a banda fornece algo novo para análise (pelo menos para mim).

A principal pergunta para mim é: Qual é o peso do vocalista na qualidade de uma banda?

Bem, pergunta complexa, obviamente a resposta é subjetiva, tanto para o peso como para o estilo. Para mim já foi mais simples, quando eu era mais novo, o vocalista tinha um peso bem mais importante do que eu acho hoje em dia, mas Children of Bodom me fez repensar a importância de você gostar dos vocais em um álbum. Reclamei anteriormente no post de Iron Blessings e Blood of The Nations, e portanto meu gosto deve estar claro, se é pra ter vocal gritado, tem que ser grave, de "urso". 

Entretanto, no caso de Accept e AC/DC, não dou muita importância e no caso do Sacred Steel, o instrumental meia-boca me faz ignorar o trabalho como um todo, mas aqui, em Hate Crew Deathroll, eu dou importância, o instrumental é bem legal (com exceção dos teclados chinfrins - aliás, descanse em paz nosso Lorde dos Teclados, Jon, infelizmente acho que ninguém o substituirá) e os gritinhos mequetrefes desviam a atenção da música, atrapalhando e muito minha análise.

Para quem gosta de power metal E death metal, esse álbum deve ser o ápice, para quem gosta de power metal, baixe uma versão sem vocais no youtube, e para quem gosta de death metal, bem, esse só deve prestar atenção na distorção das guitarras e nas letras chavão, então não faz a menor diferença.

Meu destaque vai para as três primeiras faixas.

Nota: \m/\m/\m/

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Black Sabbath - Mob Rules

Escolhido para análise por Phantom Lord, o álbum Mob Rules, lançado em 1981 pela banda Black Sabbath.



Phantom Lord
 Escolhi este álbum para o blog não somente por este estar em minha lista dos 20 melhores discos de rock/metal... mas também por se tratar de um dos fundadores do gênero heavy metal. Mob Rules é o segundo álbum do Black Sabbath com Dio nos vocais, lançado em 1981 apenas um ano após o “divisor de águas” Heaven and Hell. Não estudei profundamente todas as histórias e mitos sobre a banda, mas parece que o Black Sabbath estava mal das pernas no final dos anos 70. Possivelmente por causa de divergências de “opiniões musicais”, idas e vindas do senhor Osbourne etc... Como eu disse anteriormente, acredito que até os anos 70 não existiu um álbum de heavy metal (ou rock pesado): existiram apenas músicas pesadas espalhadas pelas discografias de algumas bandas.

Eu acredito que Mob Rules como um todo, é tão consistente (ou sólido) quanto o primeiro disco da era “Sabbath-Dio” (Heaven and Hell) e um pouco mais pesado do que os dois clássicos do “Dio solo” (Holy Diver e The Last in Line).
O Black Sabbath é considerado um dos criadores do tal heavy metal desde a “Era Ozzy”, mas a verdade é que durante esta era, o Sabbath raramente arriscava criar músicas com um ritmo mais veloz. Ozzy sempre teve seu estilo único de cantar, porém foi em conjunto com o Dio que esta banda lendária ajudou a aumentar a força (e talvez a popularidade) do heavy metal. Dio e Black Sabbath foram a combinação mais revolucionária que o mundo do rock precisava naquela época, pois no Rainbow, Ronnie limitava-se a fazer algumas canções de heavy metal “esparsas” e outras diversas canções de rock aleatório. A combinação do estilo rock-pesado criado por Iommi/Butler/Ward e dos vocais mais melódicos de Ronnie James Dio, possivelmente consolidou o heavy metal como um (amplo) gênero separado do rock e suas várias vertentes. É claro que ainda assim existem semelhanças entre muitas músicas destes estilos musicais...

Não estou dizendo que o Sabbath é o único responsável pela criação de um gênero musical e todas suas ramificações... Nesta época (1980-1981) Saxon e Iron Maiden apresentavam um rock de peso, mas suas “personalidades” ainda estavam em formação. O Motorhead vinha padronizando seu estilo em um rock mais veloz e “sujo” e o Judas Priest oscilava entre um rock n roll e um rock pesado. Enfim, o Black Sabbath com Dio nos vocais mudou grande parte da estrutura de suas melodias, mas conseguiu reter o peso existente em várias músicas dos discos com o Ozzy no vocal. Durante estes anos, o Black Sabbath foi a única banda a fazer um álbum praticamente todo constituído de rock pesado (ou metal...) não só por apresentar algumas músicas velozes, mas também por causa dos sons graves dos instrumentos, distorções e boa produção.

O álbum Mob Rules segue um estilo semelhante ao seu antecessor e para mim é bem difícil decidir qual destes dois discos é o melhor.
Este disco começa com a porrada Turn Up The Night, segue com a genial Voodoo que abre passagem para longa viagem The Sign of the Southern Cross (que destrói praticamente qualquer outro “metalzinho-viagem ou progressivo” que já passou por este blog). Eu poderia dizer que a peteca caí em E5150 (Desnecessária? Provavelmente sim) , mas eu acredito que esta faixa serve como um simples encerramento da anterior e abertura da próxima paulada: The Mob Rules. O último destaque do disco vai para Falling off the Edge of the World, sendo que Country Girl, Slipping Away e Over and Over são no mínimo razoáveis.

Turn Up the Night 9,3
Voodoo 8,7
The Sign of the Southern Cross 8,0
E5150 / The Mob Rules 9,3
Country Girl 7,3
Slipping Away 7,5
Falling off the Edge of the World 8,4
Over and Over 7,0

Modificadores:




Nota: 8,7 


The Trooper
 3Acho que a principal idéia do Phantom ao afirmar que este é o segundo álbum de metal se trata da falta de faixas psicodélicas presentes neste álbum. Concordo em parte, é verdade que a psicodelia presente durante a década de 70 e portanto durante a estadia de Ozzy no Sabbath pode ser usada para separar o heavy metal do rock n' roll clássico, principalmente se considerarmos todas as faixas de um único álbum. Entretanto nossa concordância termina por aí, porque eu acho que o Black Sabbath perdeu peso na mudança de Ozzy para Dio, e para mim som pesado representa mais o heavy metal do que velocidade. Por que perdeu peso? Não sei ao certo, talvez o surgimento do hard rock tenha influenciado em algo, mas eu aposto minhas fichas em certo timbre das trevas, o de Ozzy Osbourne. A combinação da guitarra de Iomi com o timbre do Ozzy formava O MAIOR som macabro do mundo musical, que para mim nunca foi superado, e mais, considero sim, que o verdadeiro pai do heavy metal é o Black Sabbath e ninguém me convencerá com o argumento que for de que é outra banda.
Voltando ao álbum, não sei se ele é realmente todo composto de heavy metal, as psicodelias "sumiram", mas para mim aparecem de forma disfarçada em músicas lentas e longas como o próprio Phantom cita "The Sign of The Southern Cross". Enfim, mesmo que seja um legítimo álbum de heavy metal por inteiro, dois anos depois, Dio lançava o fabuloso "Holy Diver" que considero muito mais empolgante, rápido e inspirado, e começando assim sua carreira solo superando o Black Sabbath (pelo menos nos primeiros álbuns).
Mas a primeira vez que eu ouvi "Mob Rules" eu fiquei surpreendido positivamente, bons riffs de Iomi, os vocais energéticos de Dio e o bom trabalho no geral com certeza coloca esse álbum como um dos clássicos do heavy metal, como disse anteriormente, até prefiro o Holy Diver mas não tem como dizer que Mob Rules é mediano ou ruim.
Meu destaque vai para Voodoo, The Mob Rules e Falling of The End of the World (que começa lenta e dá uma acelerada). Negativamente, The Sign of The Southern Cross podia acelerar pelo menos um pouquinho e Over and Over é realmente a única faixa fraca do álbum, que consegue "torrar meu saco" rapidamente.
Sobre o Sabbath, eu acho que essa transição se deu na linha do macabro para o épico, ou do heavy metal para o power metal (sim, considero Dio o pai do power metal, mais em essência do que em estrutura).
Nota: \m/\m/\m/\m/

The Magician

O empoeirado Phantom Lord nos presenteia com mais um clássico, e mais uma vez da banda mais influente da história do Metal; do soturno, nesfasto, macabro, infernal, Black Sabbath.
Dessa vez no entanto, em um contexto bem diferente daquela primeira postagem (Paranoid), onde o porta-voz da banda era Mr. Fucking Crazy Ozzy Osbourne e por consequência principalmente disso, a banda retinha uma biometria completamente diferente da registrada em “Mob Rules”.
Mas assim como já houve resenha do Sabbath, já houve também aqui em nosso blog o postagem de CD solo de Dio (“Holy Diver”), e se o leitor tiver a oportunidade de escutar os dois trabalhos e compará-los com este segundo disco da era Sabbath + J. R. Dio, com certeza notará maior semelhança com o trabalho próprio do vocalista.
Embora dirão os sabichões que este é um fato óbvio, não acho que ocorreram inversões tão acentuadas no estilo de tocar como aconteceu com o Black Sabbath nessa época, tem-se como exemplo grandes bandas que tiveram este tipo de desafio e que mesmo assim continuaram bastante fiéis às suas assinatura de trabalhos anteriores: AC/DC, Deep Purple, Helloween, Judas Priest, e o caso mais simbólico de todos, o Iron Maiden. Da mesma forma que a Dama de Ferro, a banda de Iommi também modificou as linhas vocais de um estilo mais simples e limitado (guardadas as proporções, claro) para um canto primordialmente técnico e super melodioso, mas nem por isso Harris disse: “para tudo! Vamos ter que mudar nosso som!”, já Tony Iommi...
Então descortinando os fatos:
Tony Iommi confessa ter entrado em depressão na época da saída de Ozzy, não conseguia mais criar estruturas e arranjos onde somente um simples preenchimento de voz desse vida às músicas, forma de composição essa que o acompanhou da fase inicial (Earth) até o então ingresso de Dio na banda. Revelou também (em biografias ou entrevistas) que Dio chegou com composições praticamente feitas e que ao invés de ter a responsabilidade de compor os sons sozinho, o guitarrista, às vezes precisava apenas seguir a voz de Dio em suas próprias melodias ou devaneios. Com um conhecimento musical muito mais avançado do que Ozzy e com uma imensa bagagem que ganhou ao lado de Richie Blackmore (Rainbow/Purple), foi o novo vocalista que deixou o Black Sabbath (que o contratou) à vontade e não ao contrário, como deveria ser.
E amarrando os fatos, Dio comentou esse evento como particularmente fácil de lidar, já que estava acostumado a, de certa forma, ser podado e ter que dar conta das invenções do louco (gênio) do Blackmore. O encontro com o Sabbath de Anthony foi como soltar-se das amarras e ter espaço pra criar.
Para colocar aqui esta análise de forma mais coerente o ideal mesmo seria resenhar o álbum “Heaven and Hell” do ano anterior, o primeiro lançado por esta união (Dio + Sabbath), mas tendo em vista que a sonoridade de Mob Rules segue a mesma linha e que este seja uma continuação daquele primeiro trabalho, acho que a mesma leitura é valida.
Mas minha conclusão é que Dio imprimiu sua personalidade neste trabalho e as músicas se tornaram, quando não mais velozes, meros acompanhamentos para a sua performance, e por uma questão simples de espaço nas ideias, acabou naturalmente inibindo aquela sinistra veia compositora de Tony Iommi; que se alimentava na primeira formação da banda e que só veio a ressurgir décadas depois nas duas faixas inéditas do álbum “Reunion”. Essa “liberdade” dada a (ou imposta por) Dio culminaria na história de sua demissão, já conhecida e comentada neste blog.
Ainda assim o álbum Mob Rules é uma das grandes obras da época, esse título está com certeza cravado na grande pedra dos álbuns clássicos do Heavy Metal. Ao lado dos primeiros trabalhos de Ozzy com sua própria banda, do Iron Maiden com Bruce, do AC/DC com Brian, e principalmente sendo material de estudo para os trabalhos futuros de DIO, foi um dos elementos que incentivaram o boom do movimento HM nos anos 80 (o Iluminismo do Metal). E se o antigo Sabbath jazia, nascia uma banda revigorada e "reinspirada", tendo como núcleo do trabalho a criatividade e técnica absurda dos vocais de Ronnie James Dio.
As faixas "The Sign of the Southern Cross" (épica), "Voodoo", "Turn up the Night" e "The Mob Rules", são acima da média e carregam o disco do status "bom", para um nível "ótimo".
Mob Rules é uma espécie de proto-obra da carreira solo de Dio e foi imprescindível para que aquele Black Sabbath que inventara o Metal do jeito que conhecemos descansasse nas sombras do passado, marcando assim, o fim de uma geração.
Nota: 8,2 ou \m/\m/\m/\m/.



Pirikitus Infernalis
Cara, esse álbum é simplesmente sensacional. Um dos melhores da história. Dio + Iommi = Fuderagem das bravas!

Eu sempre disse que pra mim a "era Dio" do Black Sabbath nunca deveu 1 centavo para a "era Ozzy", e mantenho até hoje essa opinião me baseando nas 3 obras primas que estes senhores criaram. Óbvio que eh muito fácil julgar tendo uma quantidade considerável de álbums a menos e isso seria até leviano de minha parte, mas aqui não estamos decidindo se os álbums com Dio são melhores, apenas afirmando que não piores.

O Sabbath mantém sua personalidade musical aqui, é muito fácil você saber que é o Sabbath quando rola determinada canção e isso é ótimo porque as músicas são fantásticas dentro da personalidade musical que a banda desenvolveu. Dio é, literalmente, o Deus do vocal. Iommi é um gênio controlando uma guitarra, Appice dá vida a bateria nesse álbum. Resumindo, nota 10 para os membros.

Quanto as músicas, não tem 1 única música ruim. Desde porradas como The Mob Rules ou viagens como The Sign of the Southern Cross, a qualidade é impecável. O único problema é que quando se cria algo excelente, algo ótimo fica bem abaixo, mas obviamente não significa que seja de baixa qualidade.

Top3: The Sign of the Southern Cross, The Mob Rules e Falling of the Edge of the World. Shame Pit: - .

Nota: 8,5


You've nothing to say,
They'll drag you away,
If you listen to fools,
The mob rules!!!!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Anthem - Eternal Warrior

Escolhido por The Trooper, o álbum Eternal Warrior, lançado pelo Anthem em 2004.



Faixas: 01-Onslaught; 02-Eternal Warrior; 03-Soul Cry; 04-Life Goes On; 05-Let The New Day Come; 06-Distress; 07-Bleeding; 08-Omega Man; 09-Easy Mother; 10-Mind Slide.



The Trooper
3
Anthem é uma banda de rock/heavy metal japonesa criada em 1980, desmembrada em 1992 para ser reformada em 2000. 

Se não me engano, o álbum de 2000, Heavy Metal Anthem, com Graham Bonnet nos vocais é o único com letras totalmente em inglês, o restante dos álbuns contam com letras em japonês com trechos em inglês (principalmente os refrãos), acho que isso reflete bem a cultura japonesa, com a enorme influência americana na reconstrução após a Segunda Guerra Mundial, mas trata-se de uma língua bem diferente da japonesa, o que traz dificuldades para aqueles que tentam utilizá-la (como dá pra notar nos sotaques da maioria dos vocalistas japoneses).
O vocalista neste álbum é Eizo Sakamoto, que canta bem, mas às vezes alguns agudos machucam meus ouvidos, fora o já citado sotaque. No geral toda a banda trabalha bem, mas o que me chamou a atenção foi o trabalho do guitarrista Akio Shimizu, e meu destaque vai portanto, para a faixa instrumental Omega Man.
Enfim, é um bom trabalho, para aqueles que odeiam letras em japonês, sugiro que ouçam o álbum Heavy Metal Anthem para conhecerem a banda.

Nota: \m/\m/\m/\m/

Phantom Lord

Mais uma banda do outro lado do planeta...
Eternal Warrior inicia-se com um trabalho instrumental impressionante na música Onslaught, porém o vocal parece básico: apenas “segura as pontas”... O álbum segue num estilo tradicional de heavy metal sem grandes altos e baixos. A parte instrumental se destaca em diversos pontos do disco, porém o vocal continua mediano. Mas porque isto acontece?
...The Trooper citou algo sobre a diferença dos idiomas (japonês e inglês) e a dificuldade de se cantar uma canção numa língua estrangeira. Daí poderíamos pensar: porque cada banda não canta em seu idioma nativo? Bem, algumas até cantam, mas primeiramente se a banda deseja uma projeção mundial, é melhor que “ela cante” em um idioma difundido / popular... O idioma inglês, com certeza é um dos mais falados pelo mundo e parece ser o preferido das bandas de rock e heavy metal. A forma como as palavras soam neste idioma parecem fluir de maneira mais fácil e mais agradável do que em vários outras linguas. Idiomas como o japonês e o português estão cheio de palavras “quebradas” onde as consoantes se destacam, possivelmente dificultando a pronúncia adequada a maioria dos ritmos encontrados nas melodias de heavy metal...
...P$#@ que pariu, enrolei bastante, não? Até parece que sou tradutor/intérprete e/ou músico! Enfim, é mais ou menos isso que eu penso, é difícil explicar, mas temos outro exemplo aqui no blog: Quando o Arya (banda russa) “apareceu” aqui, foi bastante criticado... Afinal quantas bandas que cantam em russo são mundialmente conhecidas? O idioma russo é ensinado nas escolas de algum país da América? Acho que não... Tudo isso faz com que o “não-russo” estranhe tais músicas, assim como é comum que brasileiros estranhem melodias de heavy metal sejam cantadas em japonês, italiano, alemão, espanhol etc...

Onslaught 7,8
Eternal Warrior 8,4
Soul Cry 7,2
Life Goes On 6,0
Let the New Day Come 7,0
Distress 6,3 
Bleeding 7,2
Omega Man 7,0
Easy Mother 6,0
Mind Slay 7,4

Finalmente, em minha opinião, Eternal Warrior é um bom trabalho, porém o vocalista é apenas mediano, as melodias em japonês são no mínimo estranhas e...
Sempre me lembrarão Jaspion, Jiraya, Samurai X, Evangelion etc.
Nota: 7,1


Pirikitus Infernalis


Eis que nos deparamos com mais uma banda da tríade japonesa de heavy metal oitentista. Esse cd foi uma gama de gratas surpresas. Primeiramente por ser bom, segundo por manter um clima anos 80 que eu acho sensacional, terceiro por ter sido feito em 2004 e quarto por conseguirem demonstrar influência do rock Japonês.
Uma grata surpresa de uma banda que eu conhecia apenas por nome, até onde me lembro. Um cd com um heavy metal tradicionalíssimo com uma pitada J-Rock, mesmo em uma época dominada por rocks modernos. Uma cozinha discreta, um bom vocalista e o grande trunfo da banda, o guitarrista Akio Shimizu.
Esse guitarrista não é de uma técnica suprema como Gus G., nem de uma velocidade abissal como Herman Li. Ele simplesmente sabe pegar o feeling da música. Suas composições nesse cd são simples, porém de ótimo gosto, e sua performance em Omega Man é de tirar o chapéu.
Um bom cd de metal tradicional sem perder a raíz do rock japonês, que por diversas vezes me fez pensar que tal música encaixaria bem em algum anime, porém é um cd muito interessante.
Top 3: Eternal Warrior, Life Goes On e Easy Mother (Menção honrosa para Omega Man). Shame Pit: Distress.
Nota: 7,5
Ps: Mesmo tendo boas músicas para animes, nenhum supera a eterna L'Arc-En-Ciel - Ready Steady Go.




The Magician

Os Metalcólatras acima já descreverem os pontos e observações mais essenciais sobre "Eternal Warrior", por isso vou apenas reforçar algumas de suas análises.

Ouvir esse japa maluco cantar as vezes incomoda, seja pela interpretação exagerada ou (principalmente) a pronuncia do Nihongo, que por ser língua aglutinante se torna pouco melodiosa neste genêro (lembrando novamente que o metal e o rock foi criado por e para a lingua inglesa). E falta um pouco de técnica  para os vocais que as vezes assume responsabilidade imensa dentro das músicas,  em bases de grooves monotônicos.

Se existe a critica aos vocais há de se elogiar as composições das guitarras. Esse tal Shimizu faz miséria, acerta em cheio em bases, licks e solos, nos timbres, tempos, melodias, multiabordagens, enfim nas ideias colocadas em geral. Raríssimo o dinamismo desse cara, que realmente me espantou, e imediatamente me remeteu (ouça Omegaman) às trilhas sonoras mais destruidoras dos games de 90 a 00 da Nintendo, que residiam nos jogos da Capcom/Konami/Rareware, entre outras.

Muitas vezes jogando esses tipos de games eu pensei: "por que um fdp apenas não coloca uma letra da hora nessas músicas? é uma fonte infinita de coletâneas!!". Eu acho que esse japa guitarrista pensou isso, se é que o cara já não trabalhava em estúdios desse tipo antes... pensei em perguntar pra ele mas não tenho Facebook, quem tiver e também possuir essa curiosidade:http://www.facebook.com/pages/Akio-Shimizu/206159786073486.

A resenha deste álbum ressuscita a linha de pensamento que o oriente tenta melhorar o que o ocidente criou, cfe. abordado no post do Loudness, e o Anthem neste trabalho quase fez eu voltar atras e me convencer de que isso é possível também na música.



Duas conclusões: 1 - Ao invés de tentar um vocalista americano nesta banda, porque não levar esse  Akio Shimizu para uma banda americana ou européia?
2 - Se fosse um álbum integralmente instrumental, provavelmente teria nota 10 neste blog.

Nota: 7 ou \m/\m/\m/\m/.
   

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Paradise Lost - Draconian Times

Escolhido por Pirikitus, o álbum Draconian Times lançado em 1995 pela banda Paradise Lost.




1. Enchantment / 2. Hallowed Land / 3. The Last Time / 4. Forever Failure / 5. Once Solemn / 6. Shadowkings / 7. Elusive Cure / 8. Yearn for Change / 9. Shades of God / 10. Hands of Reason / 11. I See Your Face / 12. Jaded

Phantom Lord
 Até o momento em que comecei a escrever esta resenha, esta era uma banda do grupo “apenas ouvi falar”... Ou seja, outra novidade para mim. 

Enchantment abre o álbum com um estilo bem próximo do gothic rock/metal, vai ver esse é o tal “doom metal”. O vocal alterna entre o grave (típico gótico) e um mais gritado, nada demais... e os instrumentos podem ser classificados como arroz e feijão desta espécie de metal, ou talvez como o sangue, já que a maioria dos góticos são “meio vampiros”. 

Depois de aproximadamente 18 minutos, a faixa 5 (Once Solemn) evitou que eu entrasse em estado de torpor absoluto... ainda bem... Não que esta música seja uma “speedfreak” avassaladora, é claro.
Bem, já que se tornou difícil prestar atenção no álbum, cheguei a duas teorias (ou conclusões): 

1. Talvez Draconian Times sirva bem de trilha sonora de elevador, ou musica de ambiente de trabalho, afinal, o álbum não incomoda, mas toda vez em que eu tento ouvir as melodias/ritmos, eu sinto uma terrível sonolência; 

2. Draconian Times é sonolento pela distorção de eco suave utilizada nas guitarras em diversos trechos das músicas, pelo vocal bobinho (já que a palavra medíocre parece ofensiva para muitas pessoas) e pelo elevado número de faixas, mesmo estas sendo breves.
Em minha lista abaixo, tento classificar as músicas do álbum abordado (como faço há muito tempo)...

Enchantment 6,0
Hallowed Land 5,8
The Last Time 6
Forever Failure 5,5
Once Solemn 7,0
Shadowkings 5,7
Elusive Cure 5,3
Yearn for Change 7,2
Shades of God 5,0
Hands of Reason 6,8
I See Your Face 5,5
Jaded 5,0
Obs.: Na verdade, só não dormi durante a execução deste álbum, porque estou gripado e espirrando “explosivamente”.
Nota: 5,7

The Trooper
 3Sono, esta palavra resume minha análise sobre este álbum.

Pelo que li a banda era classificada como doom metal, mas neste álbum é considerada gothic metal (http://en.wikipedia.org/wiki/Paradise_Lost_(band)), não tenho muitos parâmetros para comparação além da semelhança com Type O Negative, usando esse parâmetro posso dizer que o álbum Draconian Times é muito mais sério do que Bloody Kisses, em compensação a faixa Black Number One tem mais impacto que qualquer faixa do álbum analisado.

A estrutura das faixas parece simples, com ritmo razoavelmente lento, e quando acelera lembra um punk rock mais trabalhado, o vocalista é aceitável, assim como os instrumentistas no geral, sem nenhum momento de brilhantismo excepcional, mas sem viagens irritantes.

Mesmo se você não for fã gothic, talvez seja possível deixar o álbum tocando de fundo enquanto faz qualquer outra coisa, mas tentar prestar atenção nas letras e melodias soníferas que parecem todas iguais é um feito digno de alguém dotado de uma vontade de ferro.

Meu destaque vai para Once Solemn, vai ficar de lembrança no meu hd.

Nota: \m/\m/\m/

The Magician
"Draconian Times" da banda inglesa Paradise Lost, foi possivelmente o mais inexpressivo trabalho que passou pelo Metalcólatras.
Uma vez que o álbum se mostrou ineficaz quanto a apresentação de composições de qualidade dentro de seu conteúdo, restava fazer sua parte representando um segmento específico do Heavy Metal, o Doom Metal. Mas até nesse quesito falhou, já que em janeiro de 2011 o Type O Negative fez essas honras no nosso blog, tirando mais ainda o que restava de brilho no fosco "Draconian Times".
Sem saber qual foi a inspiração do Metalcólatra proposto, me resta então fazer o árduo esforço de desenvolver uma rápida sinopse sobre o trabalho em questão.
O trabalho demonstra coerência na produção, preenchimentos e camadas atmosféricas, além  de abordagens sólidas no sentido de direcionar o trabalho de forma consoante à réquia que é essa sub vertente do metal. 
Entretanto minha decepção é depositada quase que completamente na composição/evolução das linhas melódicas. O material, se sujeito a um filtro que elimina as impurezas sonoras (ou os canais distorcidos e timbre suntuosos, ou como quiser chamar as tantas multi facetas sonoras) da abordagem gótica, de modo que apenas a melodia seja resultado desse processo de decantação, revela-se como um composto musical inequivocavelmente e definitivamente, ordinário.
Ainda que meu gosto musical tenha certa receptividade às características sonoras do estilo, como as linhas super encorpadas, distorções de regulagens graves, teclados de colorações soturnas, e até mesmo para os cantos litúrgicos e componentes eclesiásticos distribuídos, o CD apenas "ventou" nas diversas vezes que se repetiu no meu Mídia Player; e quando parava para prestar atenção, cavucando por uma passagem marcante ou interessante me deparava com a eloquente interpretação do vocalista se contorcendo sobre os leitos sonoros oferecidos pela banda.
Não há destaques, na verdade, o destaque é a arte psicodélica da capa que com a sua abundância de cores foi com certeza o que mais chamou a atenção em "Draconian Times".

Nota \m/\m/ ou 4,1.

Sim, rebusquei ainda mais no vocabulário desta resenha, na tentativa (inútil) de transformar algo tão desinteressante como uma resenha sobre este CD, em um texto menos .... ORDINÁRIO!    


Pirikitus Infernalis
3Já era de conhecimento da nação Metalcolatra (atualmente formada por 3 membros, 2 moribundos e uma corja de mortos) que esse álbum seria recebido com nada além de pancada. É um álbum que foge bastante do padrão metal metalcolatriano, porém não deixa de ser um bom cd dentro de sua dimensão musical. 

 Eu ouvi esse álbum por indicação de um amigo e ele passou meio batido na primeira audição, afinal também não sou um apreciador assíduo de Doom/Gothic/etc...porém conforme fui ouvindo fui gostando cada vez mais desse cd. 

As músicas mais características da banda são de muito bom gosto e qualidade e as músicas com mais velocidade são de ótimo gosto. Outro destaque bem positivo nesse álbum é o vocal de Nick Holmes, às vezes um pouco rasgado/agressivo, isso me deixou bem satisfeito. 

Alguns pontos também são interessantes, como a voz de Charles Manson na música Forever Failure. Honestamente, devo dizer que a única música abaixo de 6 que eu achei foi a saideira Jaded, todas as outras variam entre um 6,5 e um sonoro 8,5, tendo seus pontos mais altos representados por Hallowed Land, The Last Time e Once Solemn. 

Um bom cd para se ouvir sem pressão, deixar a música fluir e relaxar. 

Nota: 7

Top 3: Hallowed Land, The Last Time e Once Solemn. Shame Pit: Jaded.

Ps: Na versão japonesa deste cd temos, entre outras, a bônus track Walk Way que é cover do The Sisters of Mercy, vale a pena dar uma escutada.