sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Firewind - Days of Defiance


Escolhido por The Trooper, o álbum Days of Defiance de 2010 da banda Firewind para análise.



Faixas: 01 - The Ark Of Lies; 02 - World On Fire; 03 - Chariot; 04 - Embrace The Sun; 05 - Departure; 06 - Heading For The Dawn; 07 - Broken; 08 - Cold As Ice; 09 - Kill In The Name Of Love; 10 - SKG; 11 - Losing Faith; 12 - The Yearning; 13 - When All Is Said And Done.

The Trooper
3Lembram-se daquela minha busca por músicas dos guitarristas bam-bam-bans? Pois é, esta postagem também é fruto dessa missão, Gus G, atual guitarrista de Ozzy Osbourne, é o fundador desta banda grega de power metal. Depois de ouvir "World On Fire" fui atrás de mais músicas e consequentemente, de boa parte da discografia. Como o vocalista, para mim, tem um grande peso sobre o trabalho, acabei escolhendo um dos trabalhos com Apollo Papathanasio nos vocais, que achei mais sólido.
As três primeiras faixas são, para mim, de altíssimo nível (embora se Chariot pudesse manter o peso do riff inicial seria melhor ainda), depois o álbum dá uma "afrouxada", mas nada que comprometa o todo. SKG é uma boa música instrumental, e as baladinhas são bem razoáveis.
Enfim, prefiro até o trabalho de Gus G em sua banda do que no último álbum do Ozzy.

Nota: \m/\m/\m/\m/




Phantom Lord


De volta aos álbuns da vertente Power e/ou melódica...
Desta vez o assunto é a banda Firewind que, para mim, era praticamente desconhecida até então.
The Ark of Lies dá o “ponta-pé” inicial.... que belo ponta-pé... mas a faixa a seguir mostrou-se ainda melhor: World of Fire é um bom heavy metal com um refrão um tanto aderente.

Embrace the Sun possuí características e/ou passagens familiares... que me lembram outras músicas de outras bandas... é uma boa música, com uma discreta aparição dos teclados.
Heading for the Dawn pende pro speed metal e as guitarras mostram seus momentos de “virtuoses”...
Da faixa 7 (Broken) em diante o álbum apresenta mais músicas lentas ou com mais momentos de calmaria...
A faixa instrumental (SKG) tem um começo (não sei se é uma introdução) que parece vagamente uma versão Power metal de alguma música do Rush...

Ao todo, o álbum mostra-se consistente (em minha opinião, é claro) mesmo não demonstrando músicas que se destacam. Em vários momentos do álbum percebi semelhanças com músicas de outras bandas que ouvi ao longo dos anos, mas nada que eu reconheça rapidamente ou precisamente, ou seja, nada que possa ser chamado de cópia.

The Ark Of Lies 7,5
World On Fire 7,9
Chariot 6,8
Embrace The Sun 7,0
The Departure -
Heading For The Dawn 7,0
Broken 6,6
Cold as Ice 7,0
Kill In The Name Of Love 6,9
SKG 6,9
Losing Faith 7,2
The Yearning 6,8
When All Is Said And Done 7,0

Bom álbum... Não tenho certeza do que poderia ser melhorado no Days of Defiance do Firewind... Acho que criar músicas marcantes dentro de um estilo/gênero que já existe há décadas não deve ser algo fácil.

Modificadores de Nota: Nenhum

Nota: 7,1

The Magician


O que a Grécia exporta? A mitologia? A história da civilização? Seu alfabeto? Filosofia???
A Grécia não exporta nada, na verdade traz seu mercado de consumo para comprar dentro de seu próprio território, e pode-se concluir que o turismo é praticamente seu único e principal produto. Excluindo o fator “corrupção”, acredito que o grande motivo da descendente da linha grega nos gráficos macroeconômicos das nações européias se deve a este fato.
Se o país não possui diversidade em sua produção de bens ele se torna mais sensível aos baques da globalização (nesse caso particularmente fica fácil explicar: se as pessoas pelo mundo perdem dinheiro, não viajam, se não viajam a Grécia dança); por isso o offshore e as exportações oferecem certa blindagem à economia interna de um país. No entanto, que marca grega você conhece? “God of War”? Não é marca… e nem é originalmente grego.
Enfim, e o kiko????!!
Bem..., existe uma exportação bem peculiar da Grécia: a teoria musical. Os “métodos gregos” são ensinados ao redor de todo o planeta e norteiam a estrutura da musica ocidental. Infelizmente, da mesma forma que os ensinamentos da política e da filosofia criados pelos gregos, isso não é vendável.
Mas criar um CD de metal muito bom como “Days of Defiance” do Firewind, e exportar guitarristas como Gus G, isso sim é vendável, e porque não dizer..., pode até ser um caminho para a Grécia sair da lama!
Aliás, esse disco pelo que enuncia seu título é com certeza um subproduto da crise econômica e de como o país encara isso. Embora as letras permitam várias interpretações (como deve ser) e tenham características bastante abstratas, sentenças como: “...Hold on - even if your world's colliding...”/”... Carry on - days of defiance you are yearning…”/”… Send a nation into a void…”/”… The days of defiance, Revolt of the mass…”, acabam por revelar a faceta do cenário atual. Somado a isso, as letras que vez ou outra desdenham a religião (nenhuma especificamente), formam uma propaganda geral de não-conformismo.
Mas na parte musical é onde reside a verdadeira qualidade do “DoD” (Days of Defiance). DoD é muito equilibrado, não existe de fato músicas abaixo da média, passagens a se reclamar ou outros “presentes gregos”, e achei sua evolução bastante interessante para agradar os metaleiros ouvintes.
Li que a banda foi criada por Gus G que reuniu os outros integrantes para poder “mostrar seu talento” na guitarra, mas o que notei no CD foi a participação plena de todas as partes com destaque mútuo, inclusive as frases das guitarras nos versos são bastante reservados com o preenchimento quase integral de suas extensões por parte dos vocais.
Mas o grande acerto nesse caso foram os refrãos; não tem UM – nenhunzinho - refrão que não seja notável ou que é inexpressivo, e todas musicas são articuladas em função deles, com exceção é claro, de alguns solos que realmente se destacam e da música instrumental. Nesse aspecto o disco DoD me lembrou álbuns como “Renegade” do Hamerfall.
As duas primeiras músicas “Ark of Lies” e “World on Fire” introduzem a sonoridade por caminhos mais agressivos que condizem com a temática de insurreição, a condução acelerada exige do mais do baterista do que os demais integrantes.
Quando Chariot começa imaginamos que seguirá a proposta das faixas iniciais, mas de repente se inverte em uma estrutura mais cadenciada e muito mais melódica, e a fórmula desse som mais as intervenções dos teclados servem para a próxima faixa– “Embrace the Sun” talvez a mais melódica e grudenta de todas.
“Heading for the Down” se mostra bastante diferente das demais faixas, e seguindo o formato Speed Metal do Stratovarius ou Angra resulta em uma das melhores faixas do DoD.
Acertar a mão em baladas não é fácil, precisa ter aderência e parecer original (e esse é o grande problema), mas em “Broken” o Firewind conseguiu. Ótimo som!
“Cold as Ice” é a melhor música de todas, das letras até sua composição de versos e pontes, e é claro, principalmente o refrão. Arrebatador.
As outras 5 faixas são muito boas, mas já não mantém o mesmo nível do “miolo” do CD, dois destaques para elas: 1. A Faixa “SKG” é onde Gus G resolveu mostrar todo seu talento, o cara debulha incrivelmente a guitarra, e não soa daquele jeito inócuo que normalmente escutamos quando os virtuoses querem mostrar a habilidade; 2. a segunda parte do solo de guitarra da música “The Yearning” (3:11) é coisa rara de se escutar. Possui um timbre extremamente brilhante (o brilhante não se refere à genialidade, aqui ele traduz o som “estalado”, claro, límpido, muito bem delineado como se cada nota fosse pincelada na guitarra), um solo com essa distorção e característica sonora se torna bem difícil de realizar por causa das eventuais ressonâncias, trastejamentos ou possíveis notas fantasmas, mais uma vez parabéns ao senhor Kostas Karamitroudis. No Guitar Hero Metallica esse solo é o famoso “Alkaline Solo”.
Tenho apenas uma ressalva ao vocalista Apollo, o qual às vezes lembra o estilo de Coverdale; seu desempenho é bastante engessado durante o CD, mesmo na faixa lenta “Broken” não muda sua postura de vocais semi-arranhados.
No geral um trabalho muito bom, o suficiente aliás para ficar no repeat de seu MP3 por várias semanas (no meu ficou).... e talvez para acabar com a crise na Europa.
Agrada a gregos e troianos.


Nota 7.4 ou \m/\m/\m/\m/.




Metal Mercante


A cá estou eu mais uma me preparando para escrever uma resenha para o Metalcólatras e lamentando a perda de tempo que isto é quando tenho que “resenhar” um cd tão...tão....tão porra nenhuma...

Do mesmo jeito que esse cd é uma mistureba de tudo que é razoavelmente bom no metal hoje em dia, eu pensei que pegar pedaços de resenhas minhas antigas, amarrar daqui, costurara dalí e voilá, uma resenha digna desse cd.

Convenhamos, Days of Defiance da banda Firewind é um bom álbum no geral, mas é igual a tudo o que eu já ouvi por aí, não adiciona nada, absolutamente nada de novo, nada de espetacular ou chocante...nada. No limite, a música “When all is said and done” é a única que me chamou a atenção. De resto, a mesma fórmula de sempre, refrãos até que “relembráveis”, riffzinhos de guitarra bacanas e só.

Esse álbum foi uma grande perda de espaço aqui no blog, pois não é bom o suficiente para justificar sua presença e também não ruim ou polêmico suficiente para valer a pena escrever algo sobre ele.

Nota: 5


Pirikitus Infernalis

Metal grego no blog, ζήτω το μέταλλο!

Sexto cd da banda de power/melodic metal Firewind. Eu já havia escutado anteriormente o álbum Forged by Fire, apesar de não lembrar quase nada (me lembro apenas da musica Beware the Beast, absurda!)

Aqui o destaque vai, obviamente, para Gus G. Afinal, a banda é do cara, não? O resto da banda parece trabalhar bem, sem muitos destaques. Eu gostei bastante do baterista, evita ficar naquela pegada única e mostra bastante desenvoltura e swing atrás das baquetas para se enquadrar bem nas musicas. O vocal eu achei mediano/bom para um metal melódico mas, nesse cd, ele até que dá conta do recado.

A primeira parte da bolacha é definitivamente seu ponto forte com músicas sólidas como The Ark of Lies, World on Fire, Embrace the Sun e Heading for the Dawn. Depois o cd perde um pouco a pegada com musicas mais fracas como Broken e Kill in the Name of Love, a faixa instrumental é muito boa (a diferença entre esmerilhar uma guitarra em uma música e em um cd inteiro), e a musica de encerramento When All is Said and Done merece seu crédito. Esse cd me fez lembrar de uma porrada de coisas que ouvi antes e fiquei meio abismado com isso, mas lendo o blog percebi que não fui o único a ter essa percepção. Cold as Ice me fez lembrar de umas 3 musicas, mas ficou a boa memória de The Chosen One do Dream Evil (não sei explicar o porque...), em Losing Faith o vocal canta IGUAL o Roy Khan (Kamelot) puxando para um lado meio poético.

O cd mostra que o gênero de Power melódico ainda consegue proporcionar coisas boas utilizando seus elementos básicos: Um excelente guitarrista + refrões pegajosos. The Ark of Lies e World on Fire não sairão do meu iphone por um bom tempo.

Apenas como observação, eu li que a arte desse cd ficou por conta do brasileiro Gustavo Sazes, que está consolidando cada vez como um dos tops no ramo.

Essa foi a primeira vez que eu fiquei com dúvida em relação a uma nota redonda, na minha opinião entre cd fica entre 7,0 e 7,5, mas como eu não possuo a percepção necessária para saber se um álbum é nota 7,1 ou 7,2...

Top 3: The Ark of Lies, World on Fire e Embrace the Sun - Shame Pit: Broken

Nota: 7,0


quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Motorhead - Overkill


Escolhido por Phantom Lord, o álbum Overkill de 1979 da banda Motorhead para análise.


Phantom Lord
Percebi que os metalcólatras de um modo geral, postaram muitos álbuns com características complexas e próximas dos estilos mais melódicos do heavy metal nos últimos meses. Porém acho importante mostrar os clássicos e trabalhos que influenciaram o heavy metal, por isso escolhi (retirado do fundo do baú) o “disco” Overkill.

Antes de falar do álbum em si, tentarei resumir como conheci os trabalhos desta banda: Em meados dos anos 90, ouvi de “tabela” algumas vezes a música Hellraiser (e talvez Ace of Spades) nas estações de rádio... Mas naquela época, estas músicas pararam no meu campo de força anti-tudo (já falei do meu gosto limitado na época em posts anteriores). Uns dois anos depois (1998 ou 1999), um colega do ensino médio me apresentou o álbum “March or Die”, quase contra minha vontade... Fui surpreendido, acabei gostando bastante do álbum... Quase 6 anos depois, me passaram o álbum Inferno, que me despertou o interesse pela banda e foi ai que ouvi Overkill.

Geralmente quando fala-se o nome Overkill, os metaleiros que não conhecem muito do Motorhead, até lembram-se da música mas não do álbum.
O detalhe é que em 1979 eu não acho que existia bandas de heavy metal, ou álbuns de heavy metal... existiam algumas músicas deste gênero espalhadas por diferentes álbuns de diferentes bandas... mas só isso.
Overkill NÃO é um álbum de heavy metal, pois os integrantes do Motorhead nunca tiveram a intenção de fazer heavy metal e além do mais, este é o segundo álbum da banda, onde creio que eles ainda estavam encontrando sua “identidade”.
E é justamente isso que faz o Overkill tão bom: a banda parecia se arriscar mais quando gravou este disco, então a “identidade” ou a padronização do “estilo motorheadiano” não existia ainda.

O álbum começa com uma dais maiores cacetadas do universo rock / metal: Overkill é uma música para se ouvir estrondosamente e deve ter inspirado zilhões de bandas “metal-pauleira” que surgiram nos anos seguintes. Como citado por Treebeard há um tempo atrás aqui em nosso blog, a energia que ela passa aos fãs em um show é impressionante... Não consigo descrever aqui, então... Ouçam.
Depois da avassaladora faixa-título temos 3 inspirados “rocks um tanto das antigas” (Stay Clean, Pay Your Price e I`ll be Your Sister. Capricorn é uma música mais parada, No Class recupera a energia do álbum e antecede a clássica Damage Case. As últimas três faixas não devem praticamente nada para as anteriores em minha opinião.
Na versão com “bônus tracks” o cover Louie, Louie que se tornou um clássico, também merece destaque.

Overkill 10,0
Stay Clean 8,0
(I Won't) Pay Your Price 8,2
I'll Be Your Sister 7,8
Capricorn 6,0
No Class 8,2
Damage Case 8,5
Tear Ya Down 7,5
Metropolis 7,0
Limb from Limb 7,5


Modificadores: Nota: 8,5


Metal Mercante
Eu gostaria de falar mais sobre esse álbum, mas não consigo, ele é simples, direto, cru, mal produzido, influenciou gerações e gerações de Metaleiros e Punks e é chato pra cacete.

Overkill, a faixa título começa muito bem, muito bem mesmo e seus 3:09 de duração a impedem de ser maçante, porém acabou Overkill acabou o álbum, “Stay Clean”? Fala sério...”Capricorn”? Afff...

A verdade é que no ano de 79 quando este álbum foi lançado não havia muitos parâmetros mesmo e como a maioria dos álbuns da época a grande maioria das músicas só serve para preencher espaço no disco, enquanto uma ou duas acabam sendo imortalizadas.

Para a época Overkill pode até ter sido um grande álbum, hoje em dia eu tenho tido dificuldades em mantê-lo tocando mais do que 15 minutos...Na verdade eu paro em “Capricorn”, que bosta de música...
Nota: 5...só por ser considerado um clássico


The Trooper
3
1979 é um ano especial, o mundo foi presenteado com minha existência, já para o Motörhead foi o ano em que consolidaram sua ascensão com o lançamento de Overkill. Vou deixar bem claro, este é um álbum de Rock N' Roll, e posso afirmar que ele cumpre seu propósito, a faixa título é uma precursora do assim rotulado "speed metal", mas se você considerar a época, era um rock rápido, de longe, a melhor música do álbum. Com uma fórmula simples, o Motörhead conseguiu fazer um álbum com boas músicas "bate-cabeça" e rockzinhos razoáveis. As músicas não parecem todas iguais, a duração do álbum é curta (o que é bom para a estrutura de música utilizada), aquela assinatura (que faz vc reconhecer a banda rapidamente) já estava presente nas faixas e os 3 instrumentistas fizeram um trabalho bem legal na maioria das faixas, embora algumas músicas sejam extremamente simplórias.
Meu destaque vai para a óbvia Overkill, Stay Clean (gostei bastante do baixo do Lemmy, acho que ele deveria repetir a fórmula mais vezes) e Limb From Limb. Aqui, o peso de ser um clássico, somado ao contexto também influencia na nota.

Nota: \m/\m/\m/\m/


Pirikitus Infernalis
Tentando aos poucos voltar a ativa, nada melhor do que o bom e velho Godfather para isso. Motorhead é aquela coisa que todo mundo já conhece, e Overkill, obviamente, não foge disso. Não é o meu favorito, mas é Motorhead.

Naquela época, o trio era outro, formado por Lemmy, Fast Eddie e Philthy Animal, o que já conclui nosso primeiro parágrafo. Aliás, é sempre bom lembrar que o Motorhead possui 2 dos melhores power trios já registrados na história do rock/metal (Lemmy/Eddie/Phil e Lemmy/Campbell/Mikkey).

Overkill, Stay Clean e No Class são os carros chefes do cd, não a toa são entoadas nos shows até os dias atuais. Metropolis e Damage Case pertencem ao segundo escalão, rock ‘n roll de primeira. Músicas como I’ll be your sister, Tear Ya Down e Capricorn (chaaaata) ainda seguem uma tendência da época de não conter tanto peso.

O fato, ao menos em minha opinião, é que esses primeiros álbuns moldaram o som que viria a ser a característica do Motorhead no futuro, de acordo com suas músicas de maior sucesso...and thats a bingo! (Como diria o coronel Hans Landa).

Como eu disse no início, não é meu favorito, porém é Motorhead...e como todo metaleiro sabe, Motorhead é unanimidade (Constatada pelos próprios metalcólatras anos atrás em um certo Extra...).

Top3: Overkill, Stay Clean e No Class. Shame Pit: Capricorn.

Nota: 7


The Magician

Clássico é clássico, e vice-versa...

Overkill remonta a época em que eu desbravava o mundo Heavy Metal com meu violão estudande #8 Giannini, buscando por novas tablaturas e sons que pudessem ser reproduzidos com certa semelhança às gravações, ainda que com minha habilidade precoce e extremamente tosca (e ainda sem colaboração do equip disponível da época...).

E cheguei em Overkill justamente com a música Cover de Richard Berry - "Louie Louie" com sua viciosa levada blues em ré (D) (D5-A5-D5-E5), mas que na voz de Lemmy ficou incomparável com qualquer outra versão regravada.

Na ocasião não extraí nada do CD além da divertida música do garçom Louie, da faixa título e também a clássica Damage Case, presente na relíquia "Live Shit" de 1989 criada por uma de suas bandas seguidoras. Para uma mente jovem como a minha, que buscava grandes hits e clássicos sagrados estas poucas músicas mais: "Hellraiser", "Born to Raise Hell", "Orgasmatron" e "Im So Bad" bastavam para resumir todo conteúdo desses dinossauros do Rock.

Estava enganado é claro. Acabei no decorrer dos anos conhecendo diversos outros álbuns/sons dos velhinhos que fizeram jus aos anos de estrada e ao peso do nome que conseguiram forjar.

Ao redescobrir o disco "Overkill" aprovei a maioria das músicas da qual não me lembrava, como: "I´ll be your Sister" e "Limb from Limb", que é claro, flertam muito mais com o Rock and Roll/Blues do que com o Metal propriamente dito. Mas o grande destaque em minha opinião (com exceção da óbvia faixa título e Damage Case) é a música "Tear Ya Down", que apresenta uma das mais cativantes características do Motorhead desde sempre - o Lead de contrabaixo com suas viradas e invertidas desconcertantes.

Os fatores de produção na ocasião da gravação (1979) obviamente não permitiam os membros da banda captarem seus mais recentes timbres explosivos, o que obriga ao metaleiro ouvinte aumentar bastante o volume... e sair bangeando da mesma forma de sempre.

Nota: 6,8 ou \m/\m/\m/.

P.S: Em minha opinião Kilmister é a maior influencia clássica de todo o gênero do Trash Metal, posição adquirida por causa de sua rouquidão natural permanente em uma época em que a voz melodiosa era realmente MUITO almejada nos meios do rock. Os claros impeditivos das gravações de sua época também devem sempre ser considerados ao analisarmos as obras. E por fim, os caminhos que os antigos metaleiros escolheram ("preencher espaços" cfe. citado por metalcólatra) para não só criar um gênero, mas principalmente vestir a camisa desse segmento posteriormente em tempos mais modernos, não devem em hipótese nenhuma ser questionados por caras que se dizem metaleiros.

Como meus poderes premonitórios permitem: Tem cara aqui do blog que escreve todo dia uma besteira sem pensar duas vezes, que ainda vai ouvir do filhinho fã de bandinhas do futuro pseudo-metaleiras coisas como "Manowar é mal produzido...", "Countdown to Extinction possui vários preenchimentos de espaço...", "If I Could Fly? ...que bosta de música!".
E sentirá o mesmo desgosto que dá ao seu pai hoje...

Na 13 de Maio eu grito na orelha desse figura até ele ensurdecer:
"MOTOOOOOOOOORHEEEEEEEEEEEEEEEEAAAAAAAAAAAAAAAADDDD!"

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Savatage - The Wake of Magellan

O álbum "The Wake of Magellan" lançado em 1998 pela banda Savatage foi escolhido pelo Metal Mercante para a análise.



Metal Mercante


São Paulo, Pista de Atletismo do Ibirapuera - 26 de Setembro de 1998

Dorsal Atlântica; Korzus; Glenn Hughes; Savatage; Saxon; Dream Theater; Manowar; Megadeth; Slayer

O Monsters of Rock de 98 foi impressionante, não só por ter no mesmo palco Manowar e Megadeth, mas também por ter sido a primeira vez que ouvi a banda americana Savatage. A apresentação dos caras foi tão boa, mas tão boa que no outro dia foi até a Woodstock e comprei o CD “Edge Of thorns” (pra quem nunca ouviu falar a Woodstock era a loja mais famosa de Heavy Metal de SP - A história da Woodstock Discos). De lá pra cá o Savatage foi aos poucos se tornando uma das minhas bandas preferidas de Metal...

Falando mais especificamente do álbum “Wake of Magellan”, sua parte instrumental é absurda, talvez um pouco mais progressiva e complexa que seus trabalhos anteriores, mas definitivamente muito boa. Várias músicas como “Morning Sun” e a faixa título começam lentamente e aos poucos engrenam em um som bem pesado e técnico, no caso da “Wake of Magellan” chegando a criar um “maldito refrão” tão pegajoso que é impossível não cantar junto.
No geral as músicas parecem ter as mesmas características, indo de momentos lentos para momentos rápidos, talvez para emular o balanço do mar já que este é um é um álbum conceito que conta duas histórias diferentes que se combinam na história de um velho marinheiro espanhol que decidiu acabar com sua própria vida navegando com seu pequeno barco no atlântico até afundar.

Para finalizar, as músicas “The Wake of Magellan” e “The Hourglass” são o motivo de eu ter postado este álbum no Blog, elas passam uma sensação épica, demonstram um alto grau de criatividade, o vocalista Zak Stevens é extremamente bom e ainda por cima, pouca coisa dá uma ideia de grandeza tão bem como os cantos orquestrais em camadas (da mesma forma que os dois primeiros cds do Avantasia).

PROS:
- Vocalista muito bom
- Canto orquestral em camadas
- Anymore é uma boa música lenta, até minha esposa gosta e sabe cantar inteira

CONTRAS:
- Muitas faixas de introdução
- Algumas músicas sem graça
- “Complaint in the System” é péssima

Nota: 8.5



Phantom Lord

Savatage… ouvi alguns discos desta banda, mas não sei exatamente quantos. Tenho certeza que ouvi ao menos o Hall of Mountain king de 1987 e o Edge of Thorns de 1993 e até gostei dos dois, apesar de possuírem diferenças significantes...
O Hall of Mountain King apresenta uma produção meio rústica e sonoridade mais “heavy metal clássico”... quero dizer, sem pender para estilos específicos do metal, ou sub-gêneros.
Ao ouvir Edge of Thorns pode-se notar uma diferença razoável tanto na produção como na sonoridade / estilo musical...
Agora vou ao álbum indicado: The Wake of Magelan.
As músicas se afastam ainda mais do estilo rústico e/ou clássico de álbuns como o Hall of Mountain King e a direção tomada me pareceu claramente “progressiva”, um sub-gênero que não me atrai muito. The Ocean é a introdução de Welcome, a faixa que antecede uma das melhores deste disco: Turns to Me. Mas esta faixa não chega a se destacar muito neste álbum, pois o Savatage consegue manter quase todas as músicas em uma “posição” (ou nível) semelhante: não há grandes altos e baixos.



Creio que as faixas menos interessantes (ou mais entediantes) sejam Complaint in the System, Anymore e The Hourglass.
Como Mercante disse, a parte instrumental é muito boa, definitivamente o vocal não é ruim, mas de um modo geral, o álbum apresenta-se devagar com alguns momentos de “despertar”... A variação de ritmo ao longo de suas 12 faixas, ocasionalmente parece repentina, mas a banda mostra-se competente (e a produção não é rústica) não deixando com aquela cara de “frankstein” como acontece com alguns outros álbuns de progressive rock/metal.



The Ocean/Welcome 6,1
Turns to Me 7,6
Morning Sun 6,3
Another Way 6,7
Blackjack Guillotine 7,0
Paragons of Innocence 6,4
Complaint in the System 4,5
Underture/Wake of Magelan 7,0
Anymore 6,0
The Storm 7,0
The Hourglass 5,3


Modificadores: Nenhum

Nota 6,4

The Trooper
3Em primeiro lugar, deve-se deixar bem claro que este não é um álbum para bater cabeça (ok, pode ser que em uma faixa ou outra seja possível), o que quero dizer é que é um álbum para se ouvir boa música, a alternância de velocidade, é na maior parte do tempo, bem colocada, o instrumental, os vocais e a criatividade em geral também são pontos à se destacar, embora em alguns momentos o trabalho possa não parecer muito complexo (em minha humilde análise de ouvinte), a construção das músicas foi muito bem feita.
Em um primeiro momento, o álbum, lá pela metade, começa a ficar um pouco sonolento, mas ao ouvir com mais atenção pude aproveitar melhor o trabalho dos caras. Apesar da experimentação em algumas faixas, não achei nenhuma fraca, tendo algumas muito boas, e na média, posso dizer que o álbum é bom. Destaque para a linha de baixo, e para as faixas Turns to Me, Morning Sun e The Wake of Magellan. O ponto mais sonolento, mas que não chega a ser fraco está na faixa The Storm.

Nota: \m/\m/\m/\m/


Pirikitus Infernalis

Wow! The Wake of Magellan. Mais um album “tiro certo” no blog.

O álbum funciona como um disco conceitual misturando 2 eventos e 1 história, O incidente de Dubai, A história da repórter Veronica Guerin e a história de um velho marujo espanhol, todas facilmente encontradas na net.

Savatage é uma banda bem conceituada, com membros bem técnicos, porém que (geralmente) não caem na armadilha de ultrapassar a linha do bom senso como algumas bandas que tendem a seguir uma linha mais prog (leia-se Dream Theater, uma das bandas mais chatas da história). Tudo soa coerente com a idéia principal da banda: Um cd de heavy metal. O solos de Al Pitrelli são sensacionais, principalmente na música Storm e o vocal de Stevens é muito bom, porém eu devo confessar que sou MUITO fã do vocal do Jon Oliva, mais rasgado e que torna a musica mais agressiva, é simplesmente impressionante.

Musicalmente o cd segue bem em quase sua totalidade. A abertura é muito boa, Morning Sun e Paragons of Innocence (com os vocais de Jon) são sensacionais, The Wake of Magellan é ponto mais alto sem sombra de dúvidas, Complaint in the System é bem legal (provável influencia da minha atual overdose de Faith no More), Storm é um ótimo instrumental, Another Way possui um ótimo solo. Porém é bem difícil um cd não possuir pontos baixos em sua totalidade, e aqui temos umas musicas que passam batidas como Anymore e Hourglass.

Resumindo: Cd para ser apreciado, ouça e seja feliz.

Ps: Para os que gostaram do vocal de Jon Oliva, sugiro o ultimo disco da banda (Poets and Madmen) onde Jon canta o álbum todo, ou algum álbum da banda Jon’s Oliva Pain, de preferência o álbum Festival.

Top 3: Turn to Me, Morning Sun e The Wake of Magellan – Shame Pit: The Hourglass

Nota: 8,5


The Magician


Wake of Magelan é o décimo e primeiro álbum de estúdio da banda norte americana Savatage.

Fico aqui me perguntando debruçado sobre este teclado como um CD como este pode soar interessante para o metal-blogueiro que navega em nosso blog atrás de dicas certeiras e conselhos coerentes de discos e bandas pertencentes ao estilo Metaleiro. 
Direto ao ponto – “Wake of Magelan” agrada aos metaleiros que procuram por um álbum de fortes pitadas experimentalistas, tanto nos quesitos harmônicos, quanto principalmente nos quesitos rítmicos e melódicos; não chega a ser progressivo, daqueles que alcançam o hiperespaço e depois da viagem voltam apenas nos segundos finais para se despedir do ouvinte. Prefiro classificar o CD como Metal Alternativo à Metal Progressivo, já que mesmo com as multiabordagens de estruturas musicais a banda e seu maestro (Jon Oliva) seguem os padrões dentro de cada canção.
Se você, como eu não é este tipo de metaleiro, esquece. Este álbum chega a incomodar, e incomodar bastante se quer saber...
Trata-se de um verdadeiro devaneio, de ponta a ponta. Um álbum desequilibrado tanto no sentido figurado como literal, sendo que ao ouvi-lo terá a real impressão de que está em um delírio febril, ou em um “seasickness” se preferir ambientalizar ao contexto. É um disco excêntrico criado por um cara excêntrico – Jon Oliva (e postado aqui no blog por um Metalcólatra também excêntrico).
Acontece que quando uma melodia surpreendente levada pelos arranjos em piano e suportada pela bateria começa a engrenar, percebemos que não se trata de uma música, e sim de uma introdução ou um interlúdio; quando as guitarras pesadas ensaiam versos aderentes, de repente irrompe-se um vocal ganido, esganiçado, que chega a ser decepcionantemente cômico; em meio às primeiras evoluções mais coerentes de guitarras pesadas são introduzidas as martelada órfãs sobre um piano evocado do alem!; No auge da insanidade musical “Wake of Magelan” nos apresenta uma valsinha traz-traz-pão em seis cordas baseada em métodos de violão-bossa (os bordões batem o solo e as primas criam o acompanhamento); e por fim , como um ato comprobatório da loucura inata o vocalista interpreta uma música inteira com um canto espasmódico...
Se salvam: a faixa título, por conta do refrão, e as famosas faixas bônus.
O post acaba servindo apenas para eu homenagear o falecido Mr. Criss Oliva, um dos mais criativos e surpreendentes guitarristas autodidata que já passaram pelo circuito do Heavy Metal. Tinha a mesma habilidade para criar e interpretar bases e solos, dom bastante raro no segmento em geral, e foi talvez o guitarrista que melhor soube em toda a cena equilibrar as características sonoras de peso com melodia. Escutar seus grandes hits dos anos 80-90 nos dá ideia da infinidade de combinações e possibilidades oferecidas pela guitarra elétrica em sua disposição de seis cordas. Um cara que mesmo não abandonando o gênero do metal, não colocava limites ao seu talento.
 Se levarmos em consideração que morreu em 1993 com apenas 30 anos, não há dúvidas que se vivo, Criss seria um dos melhores e mais festejados guitarristas de sua geração.
Esse aí partir foi sacanagem...
Nota \m/\m/\m/ ou 5,9.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Metal Christmas - Os melhores álbuns postados em 2011

A seguir duas listas dos melhores álbuns postados no Metalcólatras no ano de 2011

Melhores álbuns “Clássicos Metalcólatras”


Melhores álbuns indicação Metalcólatra


Metal Mercante


2011 foi um ano de altos e baixos aqui no Metalcólatras, postamos álbums absurdamente bons como o Metal Opera do Avantasia, o Renegade do Hammerfall e o Painkiller do Judas, álbuns esses que acredito serem obrigatórios na coleção de qualquer Metaleiros, porém postamos algumas coisas que não agradaram muito como o Slipknot, A7x e Fear Factory mostrando que o Metal “modificado” pelas novas gerações de americanos só conseguiu incitar a fúria dos Metalcólatras

Dos álbuns indicados, algumas surpresas como Blood of the Nations, Thunder in the East e o Brutal do Dr. Sin foram mais do que bem vindas, talvez não o suficiente para compensar a dor de ter que escutar coisas como os péssimos álbuns citados anteriormente, além de Type O Negative, Narnia e o péssimo, péssimo Dance of Death do Iron Maiden. Espero que em 2012 o pessoal procure indicar álbuns melhores...

Phantom Lord

No primeiro semestre de 2011 tivemos álbuns mais bem aceitos pelos metalcólatras aqui no blog do que no segundo semestre. Basta comparar as notas... Para mim é indiscutível a posição dos 4 primeiros discos na tabela classificatória apresentada neste post.

Vale lembrar que nem todos álbuns receberam notas semelhantes dos avaliadores: Skull Colectors (Hibria) recebeu desde nota 6 até nota 9...

Mas os casos mais extremos de discórdia não estão nestas indicações e sim nos álbuns mais votados...

Esta rústica tabela mostra todos os álbuns mais votados (como os melhores de rock/metal de todos os tempos) desde agosto de 2010 em nosso blog.

Pode-se ver que alguns álbuns com mais votos receberam notas finais inferiores aos álbuns com menos votos...

Entre os álbuns mais polêmicos (ou que tiveram grande diferença de notas entre os metalcólatras) podemos destacar Apetitte for Destruction, Chaos AD e Dogs of War.

No caso do Apetitte do Guns n Roses, o motivo foi óbvio: alguns corneteiros de plantão insistiram que não se trata de um álbum de Heavy Metal, além destes corneteiros terem "algo contra" os músicos da banda... Então o disco acabou com notas bem diferentes... Enfim, isto era esperado.

Chaos AD, com seu vocal urrado não poderia agradar a todos... podemos perceber isso nas notas. (eu mesmo não sou fã deste tipo de vocal, mas acho este bom álbum um caso a parte).

O último colocado entre os discos mais votados, foi o Dogs of War (Saxon), refletindo não só a diferença de gostos entre os metalcólatras, como também a diferença no modo de avaliar entre os participantes do blog: Para mim um álbum muito bom, merece nota superior a 8 (sim, Dogs of War esteve entre os votados por mim), porém temos a ocasional participação de Venâncio, que deu um possível 7,5 para este seu "querido" álbum. De resto, creio que foi só diferença de gosto (duas notas próximas de 7 e outras duas próximas de 5).

Vale citar o último causador de discórdia: Hail to England do Manowar... Também entre os votados (com 2 votos), este disco recebeu desde nota 2,5 até uma nota 10!!

Sim, caro leitor, com notas contrárias como estas, você terá de escutar por si mesmo (que na verdade é sempre a melhor solução para os não preguiçosos). Pode-se dizer que este álbum do Manowar é queridíssimo entre alguns metalcolatras, porém decepcionou outros de nós, pela musicalidade muito simples e produção rústica...

Pois é... sempre voltaremos para aquela frase: Gosto não se discute.


The Magician

Como diria Choro´s - o Steve Vai da Mooca: “Hello my Friends!”

Criamos este post natalino no intuito de sintetizar os acontecimentos de 2011 aqui no nosso blog Metalcólatra. Há de se dizer que para aqueles que acreditam no blog ele está apenas engatinhando, na verdade dando seus primeiros passos, e este foi seu primeiro ano por completo já que o blog nascera oficialmente em agosto de 2010.

De lá pra cá, para os poucos Metalcólatras que ainda se encontram nesse barco foi muito tempo de dedicação e muitas histórias e controvérsias para lembrar. Cada crítico coloca em sua resenha sua concepção particular sobre os diferentes artistas que por aqui passam, e este ambiente de debate aberto provocou acaloradas discussões sobre o “Mundo Metal”.

Nesse Mosh pit de opiniões o caro leitor provavelmente se identificou com um ou outro maluco que posta por aqui.

Algumas rinhas internas colocaram em evidencia assuntos polêmicos do cenário Heavy Metal, como: o confronto Metallica x Megadeth, a qualidade musical do Manowar, o pragmatismo Maiden, o poserismo, o “Metal Genérico”, a reciclagem do metal, a morte do gênero pós ano 2000, os subgêneros não-é-metal, o Nu Metal, o metal “espadinha” e o “Metal-de-Tangas”.

Tais discussões estabeleceram a divisão dos 12 membros em verdadeiras militâncias em nosso backstage, os grupos ergueram suas bandeiras em prol de diversos movimentos de cunho separatistas (se-não-é-metallica-não-é-bom, devotos do Manowar, os Inquisidores, o garimpo metaleiro, metal-corneteiros, etc...).Ainda assim a democracia (também questionada) imperou no final, e foi permitido todo tipo de comparação, exposição, reclamação ou baixaria...

Vale lembrar também o regulamento inicial do blog Metalcólatras; da forma que se dariam as postagens dos CDs para a análise. A cada quinzena o “Blog Lord” - entidade intermediadora - subiria uma sugestão de um dos 12 membros Metalcólatras junto a um CD com até 3 votos da lista dos “melhores álbuns de todos os tempos do Rock/Metal” criada por estes mesmos membros na fase inicial do projeto, sendo que os demais álbuns dessa lista – aqueles com 2 ou menos votos – se digladiariam na “batalha das bandas” por um lugar no palco dos metalcólatras.

O fato é que a batalha das bandas não se concretizou da forma que propusemos, e o cronograma também sofreu algumas modificações.

Disponibilizamos também, após algumas parametrizações básicas, uma lista de notas e ranking dos álbuns postados, para melhor dar suporte ao metal-blogueiro que busca por dicas do cenário-metal.

Gostaria de lembrar que em 2011 tivemos ótimas apresentações aqui no Brasil que tive a oportunidade de conferir, Blind Guardian (resenhado no link “futilidades”), Judas Priest, Whitesnake e Iron Maiden fizeram apresentações dignas.

Por fim gostaria de apresentar e fazer uma rápida análise sobre alguns dados do nosso site.

Até este exato ponto tivemos 46 postagens de álbuns e 2 postagens especiais (Metal Christmas e Dia do Rock), que começou no dia 1 de janeiro de 2011 com Type O Negative – Bloody Kisses e termina agora com Savatage – Wake of Megellan, o que nos dá uma postagem há aproximadamente cada 13 dias.A partir deste ponto o pior avaliado pelos Metalcólatras foi justamente o disco do Type O Negative – Bloody Kisses e o melhor Avantasia – The Metal Opera (lembrando que nem todos os críticos participam da apuração de notas).

Sobre os acessos/visualizações por mês seguem os gráficos dos “picos” de acesso e o geral de acessos, a partir de janeiro de 2011:


De dia 1 de janeiro de 2011 até 30 de novembro tivemos 16.584 acessos com uma média mensal de 1.507 ou 50,25/acesso dia.

Sobre os dados de visualização de posts vale dizer que em 2011 surgiu aqui o nosso campeão disparado de acessos – o Black Álbum do Metallica, conforme segue:

No entanto ao considerarmos a quantidade de acessos levando em consideração a data em que os CDs foram postados (Média/dia) o quadro muda ligeiramente:



Após este panorama estatístico esperamos que em 2012 bons álbuns passem por nosso blog, e que o cenário em geral cresça e nos apresente ótimas novidades, seja por meio dos “dinossauros” ou de bandas iniciantes.


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Kamelot - The Black Halo

O álbum "The Black Halo" lançado em 2005 pela banda Kamelot foi escolhido por Pirikitus Infernalis para a análise.




01 - March of Mephisto, 02 - When the Lights are Down, 03 - The Haunting (Somewhere in Time), 04 - Soul Society, 05 - Interlude I - Dei Gratia, 06 - Abandoned, 07 - This Pain, 08 - Moonlight, 09 - Interlude II - Un Assassinio Molto Silenzioso, 10 - The Black Halo, 11 - Nothing Ever Dies, 12 - Memento Mori, 13 - Interlude III - Midnight/Twelve Tolls for a New Day, 14 - Serenade

Phantom Lord

Ao ouvir pela primeira vez o Black Álbum do Kamelot, tive a impressão que tratava-se de um álbum conceitual, então dei uma olhada pela internet... e confirmei.
A ambientação do Black Halo mostra-se boa, pois mesmo sem prestar muita atenção, as músicas "encaixam-se" bem, porém prefiro não avaliar ou comentar a história que o disco conta, afinal creio que eu não fiz isso aqui no blog com trabalho algum. (estou "avaliando" principalmente as músicas / sonoridade dos álbuns)
Também não notei pontos fracos em relação aos componentes da banda, todos integrantes e/ou particapantes deste álbum tiveram um bom desempenho.

Em seu decorrer, The Black Halo apresenta forte tendência "melódica" (podem chamar de power e/ou symphonic metal) e um pouco de "progressive" com algumas variações de ritmo (não muito repentinas... ainda bem) e momentos de calmaria.
Como um todo o álbum é um pouco longo: 14 faixas, sendo 11 músicas e 3 "interlúdios", porém isso me parece uma característica comum de trabalhos conceituais. As 3 últimas faixas reforçaram esta minha sensação de que o disco é longo ou demorado... Memento Mori tem uma duração de 8:41, é seguida por um interlúdio (bem característico do rock/metal progressivo) e mais uma faixa (média) de 4:32.

Em minha opinião a maioria das músicas estão niveladas, mas a faixa Black Halo é um pouco mais interessante do que as demais.
Enfim Black Halo apresenta complexibilidade um pouco acima do meu gosto e agressividade um pouco abaixo... mas ainda reconheço que é um bom álbum.

March of Mephisto 7,8
When the Lights Are Down 7,8
Haunting 7,5
Soul Society 7,3
Abandoned 7,2
This Pain 7,3
Moonlight 7,5
Black Halo 8,2
Nothing Ever Dies 8,0
Memento Mori 7,4
Serenade 7,2

Modificadores:



Nota 7,8.

The Trooper
3O que, afinal, é a mesmice? Trata-se de um tema bastante subjetivo, Pirikitus aborda o tema em sua resenha sobre o Wicked Maiden ao criticar a "mesmice do metal melódico" e em seguida sugere este álbum para resenhar, bem, este trabalho se encaixa exatamente na mesmice do power-symphonic metal. Mesmice é algo que não te surpreende, que não impressiona, que causa tédio. Seria extremista de minha parte classificar o álbum todo como mesmice, porque surgem trechos interessantes no decorrer do trabalho, mas como resultado final, eu posso dizer: mesmice.
Riffs e solos de guitarra interessantes, distorção pesada, vocais e instrumental bons ... mas também um sonzinho de teclado chato se faz presente o tempo todo e a agressividade é interrompida em quase todas as faixas, o que passa a impressão de um álbum meio "morto". Embora existam vários trechos instrumentais interessantes, poucas faixas conseguem formar uma música "inteira", que consiga impressionar em toda sua construção, a que mais se aproxima disso é o meu destaque para o trabalho: When The Lights Are Down.
No geral é um bom e manjado álbum de metal melódico que você pode deixar tocando de fundo sem medo de errar, mas que fica "na porta" de receber uma nota como a do Wishmaster, que é menos sólido no total da obra, mas possui faixas mais impactantes.
Nota: 6,9.


The Magician


Após ter declarado neste blog minha opinião sobre a xenofobia do mercado norte americano de Heavy-Metal e de como ele direcionou (ou tentou direcionar) o gênero para canais mais acessíveis que distorcem suas características essenciais para enquadrá-lo em uma faceta pop, vejo uma enxurrada de posts de bandas dos EUA com atribuições mais técnicas aparecer no site dos Metalcólatras.




Até agora a mais surpreendente proposta de bandas pseudo-power-metal-americanas que surgiram por aqui, em minha opinião, é justamente a deste este álbum. O ótimo “The Black Halo” da banda Kamelot e sua produção muito bem concebida que mescla partes melódicas com temas pesados nos remete ao aclamado The Metal Opera de Tobias Sammet, e da mesma forma que este clássico, nos apresenta uma história única e contínua contada nas 14 faixas e interlúdios por diferentes interpretes.



As técnicas utilizadas pelos produtores também seguem a fórmula operística do Avantasia, com as presenças de vocais dobrados ou triplicados que se interagem com extrema facilidade, competência melódica e eficiência harmônica. Além disso as diversas transposições de alturas e a singular versatilidade de Roy Khan (vestindo o papel do personagem principal – Ariel, esse cara me deixou realmente espantado com o ótimo trabalho feito aqui) juntamente aos demais vocalistas, colocam as linhas de canto em extrema evidencia e obrigam o resto do conjunto trabalhar em consonância com a temática.



Os instrumentos, que é claro, não protagonizam a obra, são excelentes em suas partes. As guitarras utilizam artifícios variados, desde riffs e solos rápidos de estilos mais virtuosos de Metal até grooves rachados de New Metal que ainda assim não interferem no resultado melódico da obra. A bateria é impressionante na forma em que conduz os diversos elementos das canções; de forma diferente em cada faixa, se destaca. No entanto, essas linhas instrumentais que dão suporte aos vocalistas, são colocadas ao lado e equalizadas junto às quase sempre presentes linhas de teclados de camadas amplamente cheias e abertas.



Esses preenchimentos característicos dos versos em muitas faixas desembocam em “depressões” na melodia, que se invertem em repentes lentos e inflexívos. Esta abordagem acaba deixando de uma forma implícita um semblante gótico sobre o resultado final do trabalho.



E esta temática que oferece a ambientação é o cerne do trabalho. Uma atmosfera de melancolia com pitadas de tensão e passagens soturnas tecem o trabalho e caminha até a última faixa do CD sem grandes desvios de percurso.



Resume-se em um ótimo trabalho, com destaque para as excelentes 6 primeiras faixas e para a melhor do CD – “Nothing Ever Dies”, e não há nenhuma faixa fraca, só que eu apontaria “Moonlight” como aquela que poderia ser descartada. Há a ressalva de que como o foco do trabalho flerta com o soturno ou com o hipocondríaco não chega a ser uma obra que promoveria aos meus discos canonizados (acima de nota 9), mas com certeza é um dos álbuns mais competentes que já escutei de 2000 pra cá.



Talvez o erro do Kamelot foi ter convidado membros de bandas como “Epica” e “Dimmu Borgir”, ao invés de músicos mais competentes como fez Tobias Sammet. Eu trocaria todos os convidados, menos é claro, o Sr. Guaxinim; que faz uma ponta na música “Memento Mori” (há 1 minuto e 56 segundos), sua participação foi de fato de suma importância para o cenário do Heavy Metal mundial.



Nota 8,4 ou \m/\m/\m/\m/.






Sr. Guaxinim, convidado especial em The Black Halo




Metal Mercante


Graças ao “maravilhoso” transito de São Paulo tenho a oportunidade de escutar muitas músicas todos os dias e o processo de decisão de quais músicas são selecionadas para fazer parte do meu Pen drive é longo e complexo, envolvendo diversas etapas cujo resultado final é uma simples decisão binária...Ou permanece no Pen Drive (8g) ou dá lugar a outro CD.


Por esta visão Kamelot – Black halo é um sobrevivente já que é um dos poucos cds que está a mais de 2 anos no Pen Drive e eu continuo sem planos de remove-lo.


Este álbum é muito consistente, tirando um interlúdio aqui e ali e os vocais muito “calmos” para um álbum tão bem tocado e rápido não consigo ver falhas graves ou músicas ruins, todas elas são muito boas, bem tocadas e produzidas no geral, mas falta algo...


Mojo?


Pra quem lembra de Austin Powers, quando ele perde seu “Mojo” ele fica sem graça e perde seu apelo sexual, é algo parecido com esse álbum do Kamelot, as músicas são boas, bem tocadas, belas melodias bla bla bla, mas falta o Mojo, aquele mojo que faz o Metaleiro cantarolar “Ôo oo oooo, oô oo oo oo” num Fear of the Dark, bater cabeça insanamente num master of puppets, ou simplesmente cantar em coro como em Rebelion do Grave Digger, falta nesse CD aquela cola mágica que gruda a música na cabeça do Metaleiro e os torna inseparáveis para o resto da vida.



Nota : 7




Pirikitus Infernalis
Vamos comentar o cd postado por mim, afinal isso é o mínimo. The Black Halo é o sétimo cd da banda, o quinto com o vocalista Roy Khan. O motivo de ter falado isso é óbvio, Roy Khan mudou a cara do Kamelot tal qual Bruce fez isso com o Maiden (obviamente mantendo suas devidas proporções de importância), e isso pode ser visto claramente em Black Halo que, na minha opinião, é o melhor cd da banda. O Black Halo é conceitual e foi baseado na segunda parte da história de Fausto, dando continuidade ao seu antecessor Épica que inicia a saga.

O Kamelot possui um som mais enraizado no melódico sinfônico, que incorporou uma veia teatral bem forte com a chegada de Khan. Porém ele não é o único destaque dessa banda, Thomas Youngblood se firma cada vez mais como um bom e versátil guitarrista e Casey Grillo faz uma performance pra lá de gratificante na bateria. Como todo bom cd conceitual, aqui também contamos com os famosos interludes, todos com muito bom gosto (e bom senso). Uma destaque a parte são os convidados Shagrath como Mephisto e (a PERFEITA) Simmone Simmons como Marguerite, participações irretocáveis.

Dentro do que o Kamelot se propôs a fazer, fez com muita maestria. As músicas mantém o ritmo e peso certo conforme segue a saga, sem se perder em um falso brilhantismo de estar criando uma coisa épica.

Top 3: When the Lights are Down, The Haunting e The Black Halo. Shame Pit: -

Nota: 9


domingo, 20 de novembro de 2011

DragonForce - Sonic Firestorm

O álbum "Sonic Firestorm" lançado em 2004 pela banda DragonForce foi escolhido por The Magician para a análise.




Phantom Lord


Eis que chega o Dragonforce via indicação de Magician, já que os duelos do blog foram cancelados por falta de mão de obra voluntária.
Eu escutei uma ou duas músicas deles no passado e não achei ruim, na verdade até achei que a(s) música(s) era(m) boa(s).
Obviamente o Dragonforce apresenta um foco na velocidade e nos solos virtuosos de guitarra, possivelmente nasceram com uma idéia do tipo “seremos os + fodelões do mundo” e talvez até consigam este título, mas eu, adimirador do heavy metal (um pouco mais tradicional) defeco e ando para tais idéias.

My Spirit Will Go On começa bem, apesar de todo exagero de velocidade instrumental e virtuose aguda, a música se desenvolve bem, apresentando harmonia entre instrumentos e vocais, o que não acontece com uns trabalhos de outros guitarristas malas que existem por aí...
Fury of the Storm começa em hyper velocidade... chega a cansar logo nos primeiros segundos de música. Mas logo os caras do Dragonforce conseguem por a música “na linha” (porém ainda acho a primeira faixa mais interessante)... afinal de contas os caras não são ruins.
Fields of Dispair... agora junto das metralhadoras temos um tecladinho... não que ficou ruim, mas não tenho palavras pra descrever o quanto estas músicas com este tipo de teclado podem me parecer ridículas.
Dawn Over a New World... ah, a “baladinha”… ainda bem. Nem de longe é meu estilo favorito de música, mas Sonic Firestorm pede por uma calmaria né... Infelizmente esta música se parece com 4d10 baladinhas de rock/metal que ouvi/ouço por aí.
...Winter Moonlight... lá pelo meio dela é possível prestar atenção, o começo é mais do mesmo.
Soldiers of the Wasteland... Guitarras esmerilhando + tecladinhos? ... ... depois de uns 4 minutos de tédio, consegui começar ouvir a música. Logo concluo que se fosse 50% mais curta, esta música seria realmente boa.
Prepare for War é boa, consegue mostrar toda velocidade e técnica da banda parecendo menos repetitiva...
Once in a Lifetime… nesta altura do campeonato fica difícil inovar para os caras do Dragonforce. Se criticamos bandas como Motorhead, AC DC e até Iron Maiden por copiar suas própias músicas ao longo de sua carreira (discografia), o que podemos dizer do Dragonforce que copia as própias músicas em um só disco?
Cry of Brave... pois é, criatividade é um “recurso natural finito”. O Dragonforce acabou com este recurso na faixa 7, sendo que na faixa 2 já apresentava os sintomas desta falta de criatividade.

Como um todo, o álbum não é ruim, mas pertence a um estilo de heavy metal que só aprecio com moderação (uma dosagem de uma a três músicas por dia basta).
Vamos aos pontos fracos (em minha opinião) do Sonic Firestorm: Para um álbum tão veloz, ele me pareceu muito demorado, poderia ter só 7 ou 8 faixas, de preferência não tão longas... e a última música se faz totalmente desnecessária por não apresentar praticamente nada além do que já foi “sobre-tocado” ao longo do disco...

My Spirit Will Go On 7,8
Fury of the Storm 7,0
Fields of Dispair 6,7
Dawn Over a New World 6,7
Above the Winter Moonlight 6,8
Soldiers of the Wasteland 6,2
Prepare for War 7,5
Once in a Lifetime 6,4
Cry of the Brave 6,0

Esta banda deveria ser multada por excesso velocidade.

Modificadores de Nota: Nenhum

Nota: 6,7



Metal Mercante

Redundante...

Se fosse necessário descrever este cd com apenas uma palavra, acredito que redundante seria razoavelmente apropriado.


Sonic Firestorm do Dragonforce tenta pegar todos os elementos que compõem um bom cd de Metal Melódico e enfia o pé no acelerador, o que faz com que o CD comece de forma estrondosa com “My spirit will go on” e depois acaba caindo em uma mesmice infindável onde é difícil até saber qual a música que estamos ouvindo.

Pros:
- Rápido, rápido, muito rápido
- Tem Dragon no nome!!!

Contras:
- O Vocalista não me parece tão bom. Se considerarmos a velocidade dos outros instrumentos ele parece cantar “apressado” e sem nenhum momento no cd de destaque
- É um cd que parece se repetir. Além das passagens instrumentais serem semelhantes e o vocal limitado, com exceção de “My spirit will go on”, não há nenhuma música que mereça um destaque positivo, o que complica ainda mais, pois o “humor” do ouvinte não varia durante o CD.
- Os primeiros 3 minutos de “Prepare for War” são bons, a música tinha potencial, não precisava tornar-se uma música de 9:45m, sempre que chego na metade eu me desconcentro e paro de prestar atenção na música

Eu sinceramente queria ter conseguido pensar em mais “PROS” do que “tem Dragon no nome”, mas “Sonic Firestorm” é um álbum basicão de Metal Melódico tocado bem mais rápido, o que é legal, mas insuficiente...

Nota: 6.0

The Trooper
3

Quem foi que determinou que música rápida = música boa? Com certeza não fui eu, acho peso muito mais importante, mas que também, isolado, sem músicas mais rápidas e criatividade, não causa boa impressão. O problema aqui é que a proposta da banda em criar músicas extremamente rápidas prejudica o todo da música, o trabalho todo tende a dar ênfase nos solos de guitarra em detrimento da base (que eu acho até mais importante). Nota-se a qualidade dos músicos e até criatividade, mas as músicas caem na mesmice do "pululululululululululu" infinito das guitarras agudas, as partes que mais me impressionam positivamente são riffs de guitarra base graves, que infelizmente, logo em seguida são encobertos por tecladinho e timbres de guitarra felizes.

O destaque vai para My Spirit Go On, que, como é a primeira faixa, ainda não encheu o saco do ouvinte, Dawn Over a New World é a única música que desacelera, uma balada, e Dragonforce quando faz balada parece Mr. Big, legalzinho, nada excepcional.

Aliás, com a minha resenha eu passo a imagem de um álbum horrível, não é verdade, é como a faixa balada, legalzinho, nada excepcional.

Nota: 6,6.


The Magician


A escolha de DragonForce como postagem da vez aqui no blog Metalcólatras visa trazer ao debate uma das mais importantes bandas de metal na atualidade, que até certo ponto tem divulgado o Metal para canais de mídia mais abrangentes nos últimos anos.

A banda de um pouco mais de 10anos já cansou de ser premiada por revistas especializadas, mas conseguiu “um pouco” mais do que isso, como uma indicação ao Grammy – Metal Performance (premiação americana para uma banda Power Metal???!!) - além de colocar um de seus títulos no Game “Guitar Hero”que é mais um produto super acessível do mercado americano exportado para o resto do mundo.

Ao mesmo tempo, um de seus guitarristas - o Hong-Konguiano Herman Li- é super cultuado no mundo da guitarra, e além de diversas premiações já foi até convidado para apresentações ao lado de grandes nomes como Steve Vai; ele ocupa ainda o honroso cargo de endorser da marca japonesa Ibanez. Li diz que foi muito influenciado por games dos anos 80 como “Double Dragon” e jogos de Arcade.

Alheio aos fatores “externos”supracitados se encontra aqui para analise o disco “Sonic Firestorm”, o segundo da banda inglesa.

A sonoridade geral do CD pode ser enquadrada como metal melódico. Na verdade, isso está tão óbvio no pacote Sonic Firestorm que “enquadrada” não seria a palavra certa, seria DEFINIDO – “podeser DEFINIDO como O Metal Melódico”. Ou poderíamos até concluir que o Metal Melódico se enquadra em Sonic Firestorm/DragonForce, e não ocontrário.

Isso porque a banda levou duas das principais premissas deste gênero a níveis absurdos: a velocidade e o “ser épico”. Esse esforço dos músicos e dos produtores para que o grupo se tornasse uma espécie de “hipérbole” do Metal acabou criando um estilo que pode ser chamado de Melódico Extremo ou dentro dos padrões oficiais de Extreme Speed (Power) Metal.

A rapidez rítmica é recorrente em praticamente todas as faixas, produzindo pautas supersônicas nas linhas de guitarras, baixo e bateria, mas a melodia principal de voz percorre uma condução bastante razoável sobre as bases das músicas. Essa prática faz parte do gênero, e também era muito utilizada por bandas como Stratovarius, que preocupadas com a coerência da construção melódica, reduziam o volume dos amplificadores dessas bases.

Para expor a atmosfera épica os coros protagonistas e as partes em teclados se revezam. A pompa transborda para as letras e temas das composições, criando versos tão eloqüentes que resultam em narrações mirabolantes, e no fim das contas falam sobre tudo e sobre nada ao mesmo tempo:

- “We will ride with fire burning hot towards the night sky
In the land of long ago forever in our souls…” (Soldiers of the Wasteland)

- “On wings of burning fire across the oceans far
The legend of the seven seas and mystic fallen star…” (Above the Winter Moonlight)

- “Fly faraway don't let the world pass you by
Live for the day when we must stand and survive…” (Fields of Despair)

… super criativo ou simplesmente maluco?

Dentro dessa proposta alguns pontos me agradam e outros não, baseados simplesmente em meu gosto.

A tempestade gerada pelas guitarras rítmicas + bateria durante os versos principais chega a incomodar, pois parece algumas vezes não gerar harmonia com a linha de voz. Alem disso faz com que Sonic Firestorm se torne um daqueles discos imersivos, que abduzem o ouvinte na primeira faixa e o devolve para o lugar em que estava depois que acaba sua execução, apenas com alguns flashbacks na memória.

Os pontos a favor é que existe qualidade na criação geral das melodias e que alguns riffs de apoio e pontes são muito bem introduzidos pelas guitarras de Li/Totman e chamam bastante atenção. O vocal de ZP também me agrada bastante.

Também achei que existem duas jóias (flashbacks da abdução) no conteúdo do disco: a faixa de abertura “My Spirit Will Go on”, principalmente pelo impacto; e “Dawn Over a New World”, que longe de ser uma balada genérica apresenta uma verdadeira ambientação épica (aqui eles acertaram em cheio), é a música de maior “elevação de moral” que já escutei. Com certeza uma das melhores baladas do Metal.

Os críticos aqui do blog adoram falar que o verdadeiro metal é “sem firulas”, particularmente eu nunca tinha conhecido nada tão “firulento” como Sonic Firestorm, mas ainda assim um bom CD. Nota 7, ou \m/\m/\m/\m/.


Pirikitus Infernalis

Um metal muito, mas muito rápido, que de tão rápido esqueceu que também deveria ser bom. Os insanos de Through the Fire and Flames caem no blog.

Começar a ouvir um cd que tem uma música do calibre de My Spirit Will Go On realmente me fez pensar que eu iria mudar radicalmente meu conceito sobre esta banda, mas o que aconteceu foi o oposto. A faixa inicial é de ótima qualidade e de bom gosto, mas a partir daí fica difícil gostar do resto da bolacha. Algumas (poucas) vezes uma parte de determinada musica me chamou atenção e logo quando essa parte acaba eles começaram a esmerilhar suas guitarras em uma batalha intergalática que sai do nada e vai pra lugar nenhum, e a mesma pergunta se repetiu em minha mente diversas vezes: “Pra que isso, brother?”.

Peguem a música My Spirit Will Go On que é a melhor por exemplo, eles praticamente fazem “solos” dos 03:42 até os 06:17...sendo que até os 04:23 fica legal e a partir daí eles se afundam em seu próprio mundo tocando trocentas notas por segundo. Ae você pensa: “Legal, os caras são bons.” E eles realmente são, só que isso se repete durante 1 hora e 2 minutos. Algumas quebradas de ritmo como em Dawn of the World chegam a dar uma aliviada, mas não é suficiente. Prepare For War me chamou atenção algumas vezes e Cry of the Brave me deixou menos triste com o resultado final.

Ao final disso tudo eu me pergunto: Essa banda possui um baxista?

Pra mim Dragonforce continuará sendo a banda dos músicos que tocavam Black Metal, resolveram montar uma banda de power metal pra tocar na velocidade da luz e foram obrigadas a trocar de nome pois já existia uma banda chamada DragonHeart (nome inicial da banda) e essa banda é Brazuka! Ganhará o selinho de “Seu passado te condena”.


http://whiplash.net/materias/news_965/010923-dragonheart.html


Top 3: My Spirit Will Go On, Prepare for War e Cry of the Brave – Shame Pit: Fields of Despair, Soldiers of Wasteland e Once in a Lifetime (Escutei o cd umas 7 vezes e não consigo ao menos me lembrar como essas músicas começam)

Nota: 5,5, infelizmente foi reprovada.