quarta-feira, 16 de março de 2011

Manowar - Battle Hymns


O álbum Battle Hymns, lançado em 1982 pela banda Manowar foi um dos mais votados pelos metalcólatras.


The Trooper
3 Não sei se nessa época (do lançamento do primeiro álbum) a banda já achava que ao usar tangas de couro, puxar ferro e carregar espadas eles seriam guerreiros épicos, mas tenho a impressão de que eles se imaginavam apenas músicos. Embora as letras medievais (somada as narrações de Orson Welles) já passassem o clima épico, a musicalidade estava bem mais próxima ao heavy metal tradicional, o que faz desse trabalho, um dos melhores do Manowar na minha opinião (ainda não sei ao certo se este ou Louder Than Hell é o melhor). Não posso entretanto discutir toda a carreira do Manowar, pois não ouvi toda a discografia, me lembro de ter ouvido Battle Hymns, Hail to England (o desgosto por este trabalho ficou marcado em minha mente) e Louder Than Hell. Tenho quase certeza de que ouvi ao menos mais 2 álbuns deles, mas nenhuma música ficou gravada na minha memória, com exceção de algumas músicas que ouvi em avulso. Portanto tentarei me ater ao álbum: ótimo trabalho, talvez a primeira faixa Death Zone seja a mais fraca (claro que Willian's Tale não pode ser levada a sério), o restante do álbum é muito bom, com destaque para Metal Daze (que inspirou muitas rodas em nossos churrascos e festas O.o) e obviamente, Battle Hymn que fecha o álbum com chave de ouro.

NOTA: \m/\m/\m/\m/


Phantom Lord
Manowar de volta ao blog... Battle Hymns é o 3º álbum que escutei deles, depois do pífio Hail to England e do ótimo Louder Than Hell.

Com uma sonoridade rústica e produção simples, este trabalho do Manowar mostra que é possível fazer um bom heavy metal sem firulas. Praticamente todas músicas são niveladas (não há pontos fracos em Battle Hymns) e possuem letras do estilo clichê de heavy metal (talvez algumas pareçam exageradas, mas já servem pra determinar o estilo da banda). Acredito que o “feeling” e a criatividade sejam as principais características deste álbum, apesar das letras óbvias, é difícil encontrar trabalhos feitos no começo dos anos 80 com sonoridade similar ao Battle Hymns.
Não creio que exista "destaques" neste disco, pois como já citei, as músicas estão em um mesmo nível, porém minhas favoritas são Metal Daze, Fast Taker e Battle Hymn.
Nota: 8,9.



Pirikitus Infernalis



Mais um cd da galerinha Tanga Metal do Manowar cai no Tanga Blog dos Metalcólatras. Battle Hymns foi o primeiro cd da banda, em um tempo onde eles sabiam fazer música de muita qualidade aliada a mitologia, sem cair nos exageros esdrúxulos que faz muita gente ter vergonha de dizer que é fã dos caras.

Battle Hymns é o primeiro cd da banda, e o terceiro melhor na minha opinião ficando atrás de Louder e Kings of Metal. Esse cd demonstrou que os caras, apesar do visual ridículo, sabiam fazer música boa. Esse cd aliás, foge um pouco do conceito do Manowar se você analisar todos os CDs. As 4 primeiras músicas são rockzinhos anos 80 misturado com metal.

A partir da quinta música, a banda volta ao seu estilo mais característico, um heavy tradicional com letras medievais ou motocicletas. A música Manowar tornou um dos hinos da banda (e é uma das poucas músicas do Manowar que o baterista “trabalha”). William’s Tale é uma instrumental de baixo muito boa. Dark Avenger e Battle Hymns simbolizam o estereótipo Manowar de fazer música, ou melhor, hinos de batalha.

Eu nunca consegui desvencilhar a música Battle Hymns das jogatinas de ad&d que rolavam entre os metalcólatras e esse é um dos principais motivos desse cd estar nesse blog como um dos melhores. Os Metalcólatras sempre adoraram jogos medievais diversos e dificilmente existirá uma trilha sonora melhor para tais fins.

Meu top 3 vai para Metal Daze, Manowar e Battle Hymns. O ponto fraco fica pela faixa de abertura Death Tone. Outra coisa que chama atenção é o vocal de Eric Adams, o cara canta muito e rola na lomba de quem não gosta.

“I hear the sound in a metal way

I feel the power rolling off the stage

Cause only one thing really sets me free
Heavy Metal, loud as it can be”


Metal Mercante
Uma vez pedi ao meu avô que me contasse uma história, não uma daquelas histórias que se encontra em livros de história, mas sim uma história de verdade.
Disse ele então que iria me contar sobre o segredo do Metal...

...Foi na Inglaterra, no final dos anos 70 / começo dos 80 que começou um movimento de “repaginação” do Metal, onde as bandas diminuíram as influências de blues e rock progressivo presentes nas primeiras manifestações do Metal para dar um toque mais pesado para a música.

Porém, foi somente em 1982 que quatro cavaleiros nascidos do vento negro, fogo e aço e banhados no sangue dos reis fizeram sua primeira aparição para o mundo. Tocando um novo tipo de som, mais alto que o inferno e de uma qualidade tão alta, como se os próprios deuses tivessem descido a terra para compor. Conhecedores do segredo do aço os quatro cavaleiros eram os únicos capazes neste mundo de tocar o Verdadeiro Metal e todos os outros que o tentassem eram automaticamente transformados em fracotes e posers e convidados a se retirar dos aposentos.

Assim nasce o Manowar, nascido para viver para todo o sempre, com o seu primeiro CD – Battle Hymns onde os cavaleiros gravaram para a eternidade suas sábias palavras e a vontade dos Deuses traduzidas em simples acordes que vão ecoar nos corações dos soldados do exército dos imortais até o fim dos tempos, até o dia em que as Valquírias vierem pegar nossos corpos no campo de batalha para nos encontrarmos com os Deuses.

Esse CD foi tão importante para a história da humanidade que ele foi capaz de dar forças as pessoas para que superassem as crises da década perdida, praticamente sozinho venceu o Comunismo na União soviética e forçou um avanço tecnológico sem precedentes de forma que somente em 2010 atingimos um grau de sofisticação suficiente para que os quatro cavaleiros (na verdade três cavaleiros e um amigo deles – um outro cavaleiro) voltassem ao estúdio e regravassem Battle Hymns atingindo o potencial máximo desejado pelos Deuses para uma tão magnificente obra de arte.



Nunca na história da humanidade uma banda se juntou depois de tantos anos para regravar uma de suas obras, mas também nunca na história da humanidade uma outra banda foi Manowar...

Nota: ∞



The Magician
Battle Hymns é uma grande obra em uma época de grandes obras.
Era uma época áurea, da mainstream que favorecia a criatividade dos então jovens metaleiros. No caso específico do Manowar há de se respeitar a origem da banda, idealizada por Joe De Maio e ninguém menos de que Ronnie James Dio, que abandonou o projeto quando foi chamado por Iommi para cantar no Sabbath.
Recentemente meu amigo Metalcólatra Mercante nos apresentou a versão reeditada / remasterizada / recantada / retocada /remodelada /re /re /re /re / blábláblá do clássico álbum BattleHymns, e não pude evitar de me mostrar receoso.
Embora após ter ouvido e aprovado este relançamento, ainda acho que grande parte da riqueza do release original está em sua natureza crua e única no que diz respeito à produção. O som é confuso, a produção é tosca, Eric (que já se mostrava com grande potencial) às vezes desafina, existem muitas passagens com ressonância de notas e ainda por cima há a velha lenda de que gravaram uma boa parte do álbum quando estavam bêbados.
A mistura desses ingredientes indigestos em um caldeirão, no entanto produziu verdadeiras iguarias para os metaleiros famintos da época. Todas as músicas são empolgantes, extremamente originais e muito bem contextualizadas, com exceção de “Dark Avenger” que ainda assim tem o “seu motivo de ser” dentro deste trabalho.
A melhor música é a faixa título, mas nada como Metal Daze para um quebra-quebra ou para insandecer as pessoas (nota mental para o grito hilário de breaco de Eric Adams em uma das passagens do riff principal).
Mas cabe uma crítica:
Olhando para trás e apreciando essa obra de arte vislumbramos mais uma decadência de um gigante o Heavy Metal; os integrantes se perderam e perderam o foco, se preocupando boa parte do resto de suas carreiras em idolatrias à motos e a roncos de motor, produzindo alguns views onde eram protagonistas de “semi-orgias” com vadias-motoqueiras ou groupies, e assim, então caíram e se afundaram nos tortuosos caminhos do poserismo.
E ultimamente fizeram papelão com os próprios fãs, como a irrisória última apresentação da banda em São Paulo, onde não tocaram nenhum clássico revoltando até seus mais fanáticos seguidores...
Por essas e outras, para muitos, a banda virou motivo de risos (links no final).
Mas ainda espero ansioso, um último grande ato dos guerreiros do Manowar antes do final.
Hail and Kill!
http://www.youtube.com/watch?v=ABqEVXXEZ8U
http://www.youtube.com/watch?v=3RjMByCPVLs (“Manowar….. I don’t know why…hahahh”)
http://www.youtube.com/watch?v=Kawh6mZa1Vk



Julião
Lá vamos nós falar de MANOWAR!! Eu sempre gosto de avaliar o primeiro album das minhas bandas favoritas para tentar entender qual é/era a proposta inicial da banda. Fiz isso com Led, Sabbath, Ozzy, Metallica, Beatles, etc...
Fazendo isso achei algo em comum entre elas: todas bandas(Ozzy é carreira solo, mas o primeiro album dele está nesse contexto) foram bem claras e diretas quanto ao que queriam. Não tiveram medo, mesmo tocando algo diferente do que se tocava no momento, ou algo mais pesado. O indiscutível é que fizeram de seus primeiros albuns algo excelente e marcante.
Agora vamos voltar ao album do Manowar em questão. O mínimo que podemos falar de uma banda que começa assim é que a banda é fantástica e o album também. Podem falar que os caras são posers, usam tanga de couro, seguram espadas e se acham fortões, mas ..
É ISSO QUE ELES SÂO !!! Eles fazem do heavy metal um estilo não só musical, mas um estilo de vida, que pode parecer ridículo para alguns, mas que se formos perguntados sobre qual a banda que mais leva o heavy metal a sério, responderemos Manowar. Exagero? como tudo no Manowar.
Falei, falei, falei e não disse nada né ? rs
Então deixarei, minhas últimas palavras: Metal Daze, Manowar e Battle Hymns.
Deixem que os Deuses do Metal falem por sí.





Venâncio
O que falar dessa obra? Não é o melhor do Manowar (Louder then Hell é melhor), mas com certeza não é o pior... Em verdade eu diria ser o segundo melhor álbum da banda, mesmo com algumas de suas musicas serem superiores as do Louder individualmente.

A obra em si demonstra a busca de estilo da banda, aqui temos em linhas gerais como será definido o futuro desta grande banda.

Creio que o mais importante para ser dito seja que aqui ainda não temos um HeavyMetal como aquele definido por outros integrantes deste tão singelo blog, mas sim apena um rock um pouco mais pesado e de muita qualidade, dito isso temos uma bem montada sequencia musical, uma leva a outra, sem muita quebra de ritmo, salvo a chegada de Williams Tale, a faixa instrumental, que me foi realmente surpreendente rivalizando com todas as musicas anteriores, principalmente Dark Avenger, trazendo um clima mas alegre e suave em contraste com a ira e o clima mais mórbido e vingativo trazido pela faixa anterior, preparando seu coração para o titulo do álbum que com certeza é uma obra de arte.

8 pitus e algumas rameiras.







O PENTELHO

Olha eu aqui postando no Battle Hymn, atrasado, mas é o que dizem, tarda mais não falha.
Bom este post será um pouco breve já que tudo o que eu tinha pra falar sobre Manowar eu falei no post do Louder.
O que posso dizer que eu não tenha dito??????
Posso dizer que na minha opinião(e caguei pra opinião dos outros) Manowar é ruim....muito ruim...e tem um motivo...Vocal.
Na boa se não fossem os gritos chatos, estridentes e porque não quengos, do vocalista, a banda seria bem melhor.
Mas tudo bem...quando eu disse que Manowar era 100% lixo me xingaram e eu reconheço que fui radical.
Manowar é 90% lixo, os 10% que são bons estão aqui no Battle Hymn, melhor album da banda na minha opinião. Destaco óbviamente a faixa título que é sem dúvida uma das grandes músicas mais tops do Metal.
Há também faixas como Fast Talker, Manowar, e Willian's Tell (que é só instrumento e é fantástica).
Bom citei essas pois são grandes músicas porém não tiro nem um pouco a "glória" das outras, mesmo tendo gritos estridentes e quengos neste album, digamos que ele é o que da pra ouvir e se divertir.
Mas ok, eu sou incoerente então finalizo meu post dizendo: "Manowar é uma merda mas Battle Hymn é bom...Chupem."

Hellraiser
3O primeiro album dos guerreiros trues do Metal é tambem para mim, e para vários outros, o melhor trabalho da banda, disparado. 

Não é a toa que, no Monsters of Rock de 2015, onde também se encontrava meu amigo Magician, os caras tocaram musicas de vários álbuns, pra despejar aos fãs um excelente repertório, porem apenas deste álbum, foram 3 musicas. 
´´Manowar´´, ´´Battle Hymn´´ e ´´Metal Daze´´. 
Claro que a ´´Dark Avenger´´ ainda caberia fácil, fácil também ! 

Quanto ao album, composições cruas, produção crua e faixas excelentes e diretas !!! 

O album não tem momento ruim, todas as faixas são muito bem feitas e reproduzidas. 

A banda veio com tudo neste primeiro álbum, ...se perdeu algumas vezes em outros álbuns, mas isso aqui nem vem ao caso. 

A épica ``Battle Hymn`` que ainda conta com a participação ilustre de Orson Whelles é magnífica !!!

Das já citadas, ainda podemos lembrar também de ``Death Tone``, ``Shell Shock`` e ``Fast Taker`` que em momento nenhum deixam a peteca cair. 

O melhor !!! 

Nota 8,8

Chrome Division - Booze Broads and Beelzebub

O álbum Booze Broads and Beelzebub, lançado em 2008 pela banda Chrome Division, foi escolhido por Pirikitus Infernalis para análise.




Phantom Lord
Há uns 3 anos atrás lembro-me que alguém recomendou um álbum do Chrome Division para que eu escutasse. Tentei acessar um link e não consegui. Ficou por isso mesmo.
Agora, finalmente escutei o BBaB do Chrome Division. Não tenho dúvidas de que este disco começa muito bem, com dois belos sopapos na orelha: Booze, Broads and Beelzebub e Wine of Sin... O vocal instantaneamente me lembrou Grave Digger, já a parte instrumental (muito boa até então) parece ter várias influências.... talvez um heavy metal com pitada de hard rock.
A faixa 4 (Raven Black Cadillac) não me chamou atenção... Life of a Fighter me pareceu uma mistura de Grave Digger com Motorhead... boa. Da faixa 6 diante me pareceu que a criatividade foi acabando... algumas faixas ficam um pouco acima da média (talvez Hate this Town e o cômico cover de ZZ Top), mas de um modo geral, o disco tem muitas faixas (13) e acaba se tornando um pouco repetitivo e cansativo... Talvez eu procure o primeiro álbum deles
.
Nota: 6,7.




Pirikitus Infernalis


Sabe aquelas bandas escrotas(pra mim) de Black Metal que os caras pintam a cara e fazem algo inaudível? Shagrath é vocalista da banda de Black Metal Dimmu Borgir, mas FELIZMENTE aqui ele é apenas o guitarrista. Booze, Broads and Beelzebub é o segundo cd da bandinha motorhead-style Chrome Division, porém um cd muito legal!

O vocal fica por conta do líder do The Carburetors, Eddie Guz. Eu particularmente acho o vocal dele muito foda, pena que ele cai na sina de vocalistas bons em bandas fracas (Dio/Elf, Bruce/Samson, Khan/Conception, Brian/Geordie, etc...), eu baixei os 3 cds dos caras (Carburetors) depois que ouvi Chrome Division, mas nenhum vale a pena. Voltando ao Chrome Div., Shagrath e Ricky Black ficam na guitarra, o baixo é de Luna, e quem comanda a bateria é o ótimo Tony White. Uma gangue nada excepcional, porém que sempre anda junto. O tema dos caras varia entre cervejas, mulheres e rock ‘n roll. Aquela coisa manjada, mas que bem feita sempre fica legal. O som é indiscutivelmente motorhead, instrumentos por vez mais rock, por vez mais heavy metal, sem contar a voz extremamente agressiva de Guz.

Eu ganho admiração por músicos com capacidade para fazer música boa que não se limitam a um único estilo, ou a um único instrumento. O Shagrath do Dimmu é completamente diferente do Shagrath do Chrome, porém com os mesmos princípios. Isso demonstra personalidade.

“Abra seus braços para a mudança, mas não perca de vista seus valores” já dizia o headbanger Dalai Lama...

Eu daria meu top 3 para Wine of Sin, The Devil Walks Proud e The Boys From the East. O ponto fraco do cd vai para Let’s Hear It. Atenção especial para Sharp Dressed Man, ZZTop cover.

“You heard the stories, and you heard the tales. It's time to meet the boys
When we all get together, we sure make a lot of noise
You can either hate us or join our feast
I can't promise any champagne, when you party with the boys from the east”

The Trooper
3
Junte numa panela Motorhead e Matanza, adicione uma porção de Guns'N'Roses e uma pitada de Grave Digger, resultado: Chrome Division. Não que os caras não tenham personalidade própria, mas é sempre mais fácil analisar comparando com o que você conhece. O resultado foi bom, alternância entre músicas rápidas e músicas com riffs grudentos (no bom sentido), letras de machão e "putón", mini-solos de bateria, solos de guitarra razoáveis, o único ponto negativo na minha opinião é que o álbum passa a impressão de ser longo, desnecessário se você não possui faixas com enorme diversidade e complexidade (poderiam fazer como Ramones em alguns álbuns e deixar com 30 min.).
Recomendável pra dar aquela descontraída.
NOTA: \m/\m/\m/\m/



Metal Mercante
Sinceramente, não entendi qual é que é dessa banda. Tá mais para uma mistura apática de Motorhead com ZZ Top do que para qualquer outra coisa.

Esse estilo não me empolga muito, as músicas parecem ser muito iguais entre sí, com letras mais do que manjadas, pose de sobra (existem gangs de Motoqueiros na Noruega?) o que me deixa somente com dois pontos a destacar:

1 – O Cover de ZZ Top ficou razoável


2 – A música Wine of Sin com a constante repetição de “Show me your tits!”.......WEEEE TITS!

Só...


The Magician

Surpreendeu-me uma banda que seja norueguesa fazer este tipo de som, mas a musica propriamente dita não conseguiu me surpreender. De qualquer modo surpresa não era o esperado já que na própria capa do álbum os músicos optaram por uma forma de arte repetida e bem desgastada: a caveira e a referencia aos jogos e as armas sobre um fundo preto (levando em consideração os naipes pretos e o chapéu, com certeza a caveira se trata de um retrato do próprio Lemmy Kilmister jazido).

A banda aposta em fórmulas já bem conhecidas com visual um pouco mais repaginado. Foi difícil encontrar algumas musicas pela net, em compensação não faltaram resultados de fotos dos membros barras-pesadas com muito couro e muitas mulheres. Além dos retalhos e das garotas de programa outro tema bastante surrado que a trupe da Noruega tomou emprestado foi o famoso “Cramulhão”. A primeira frase do CD anuncia o conhecido ditado que o Rock é do Capeta e não para mais de lembrar-nos do dito e cujo, meu palpite que o fato é bagagem de nosso queridíssimo capitão orc de Cirith Ungol - Shagrath, sem sua maquiagem característica e com barbicha estilo motoqueiro!

Sobre o material musical produzido (o que importa afinal), percebi que existem influencias metaleiras clássicas como Sabbath e Motorhead, e também as mais recentes como Black Label Society. Das partes tocadas destacam-se algumas colocações do baixo e de bons riffs, sem esquecer o vocal característico; mas lamento ter que dizer que o melhor fica por conta do cover “Sharp Dressed Man” do... vocês sabem quem. Alem dela destaco a faixa titulo, mas provavelmente por que vem antes das outras.

A temática, a sonoridade e o contexto geral nos induzem à conclusão que “Booze, Broads And Beelzebub”, um lançamento de qualidade média, melhora aproximadamente 200% ao ser escutado enquanto encharcamos o caneco de cachaça.

Mulher, futebol Belzebu e Rock’n Roll...




quarta-feira, 2 de março de 2011

Megadeth - Countdown To Extinction

Countdown to Extinction, lançado em 1992 pelo Megadeth, é um dos álbuns mais votados pelos metalcólatras.



Phantom Lord
Este foi um dos primeiros albuns do Megadeth que escutei, e apesar de passar a me intressar mais por esta banda só após ouvir Rust in Peace (anos depois), a minha primeira impressão era que Countdown to Extinction continha boas músicas.
Após ouvir a discografia do Megadeth pode-se notar a diferença entre seus álbuns... E também é possível entender os motivos (ou alguns dos motivos)... Countdown lançado em 1992 (2 anos após o Rust in Peace) é um álbum mais “comercial”: bem produzido, mais lento do que os trabalhos anteriores, e ainda muito bom... Não sei se o começo dos anos 90 era o momento das bandas de rock pesado/metal lançarem seus álbuns comerciais, mas comecei a conhecer boa parte destas bandas pelos trabalhos lançados nesta época (Black Álbum, Fear of the Dark, March or Die, Painkiller, No More Tears foram todos lançados entre 90 e 92)... Eu poderia dizer simplesmente, que conheci estes álbuns antes dos demais porque foram lançados na mesma época que comecei a ouvir rock, mas vale ressaltar que de todos discos citados, apenas o Painkiller (que não é bem comercial...) e talvez o No More Tears, não foram severamente criticado por fãs-cabeça-dura destas respectivas bandas. Críticas (em sua maioria) idiotas e pirracentas... quem critica álbuns pelo simples fato do álbum ser “comercial” não ouve música... não passa de fã fanático do tipo "torcedor".
Countdown to Extinction é um ótimo exemplo de que a banda pode inovar em sua sonoridade, ser mais “acessível” e ainda manter características da banda com qualidade.
Finalizando... gosto muito das 8 primeiras faixas deste disco, e considero como destaque, o hino headbanger: Symphony of Destruction (parece óbvio citar Symphony of Destruction como destaque, mas esta música merece todo o sucesso que fez).
Nota: 8,7.

The Trooper
3
Ahhh, Countdown to Extinction, o que seria de mim nas minhas viagens diárias na linha vermelha do Metrô sem este álbum e Cryptic Writings no meu mp3 player? Houve um tempo em que eu achava Cryptic o melhor álbum do Megadeth, mas quanto mais eu ouvia Countdown, mais eu ficava em dúvida ... claro que, individualmente, algumas músicas do Rust In Peace são naturais competidoras pelo prêmio de campeão, mas o álbum inteiro, a obra como um todo, estava entre esses dois. Acabei por me decidir pelo Countdown, e eu ainda tento entender porque, afinal, não sou muito fã de lentidão, de falatório, de mudanças de ritmo, por que diabos então eu gosto tanto desse álbum? Pelo clima, pelo peso, Mustaine foi de uma genialidade impressionante neste trabalho, não só ele, toda a banda foi brilhante, passagens de baixo, de bateria, riffs e solos de guitarras, embora não imprimam um ritmo impressionante, se encaixam perfeitamente com os efeitos sonoros, narrativas e a interpretação de Mustaine nos vocais. O maior exemplo disso está nas minhas 2 faixas prediletas, Sweating Bullets e Captive Honour, Mustaine consegue passar toda a loucura que a letra "quer" passar, e as narrações estão muito boas (Venâncio, é em Captive Honour que temos a personificação do famigerado "Nego João": "Boy!...Your soul better belong to Jesus!...Hmmm-mmm cause your ass belongs to me!"), fora que, por todo o álbum, a banda dá o clima para Mustaine fazer o que faz de melhor nas composições: jogar na cara o que a humanidade tem de podre.
Outro ponto principal para mim, é que este álbum dá uma personalidade muito forte para o Megadeth, eu nunca escutei nada parecido, é impossível confundir (mesmo que Mustaine tenha vocais peculiares), você ouve qualquer passagem e fala "isso é Megadeth". Nessa hora em que Mustaine esqueceu sua promessa de fazer algo mais pesado e mais rápido do que Metallica, é que ele criou uma obra-prima, algo único, que se não é uma expressão suprema de riffs e melodias perfeitas, é uma expressão suprema da alma, que não deixa nada a desejar se comparado a sua antiga banda.
Nota :\m/\m/\m/\m/\m/


Metal Kilo
Depois de muito tempo recluso, voltei a dar as caras no blog.... E nada melhor do que voltar para falar de Mega fucking Deth!
Bom, todos sabem que sou suspeito para falar desta maravilhosa banda....... Mas vamos em frente.
Countdown to Extinction foi o primeiro album que escutei dos caras (cortesia de Metal Mercante), que ótima surpresa que tive..... e ainda hoje quando escuto este album eu me surpreendo de como ele é bom. Eu concordo parcialmente com o que foi dito pelos outros Metalcolatras, de que este album é mais comercial..... eu apenas acho que neste album Mustaine abusou (do que seria sua marca registrada) dos vocais falados e não cantados. Me agrada esta característica peculiar, mas sei que não é uma unanimidade. Este album é mais leve realmente se for comparado ao antecessor Holy Wars...... mas não é justo comparar album algum com Holy Wars.
O album já abre com uma bela porrada, Skin O' My Teeth e é seguida pela musica marca registrada do Megadeth..... Symphony of Destruction...... e não é para menos! RIFF extremamente marcante. Melhor musica do album e a mais comercial do album.... Tanto que enquanto esta escutando o album para fazer minha resenha, minha esposa comentou ".... Legal essa música né?....." Seguimos com mais quatro obras primas, Architecture of Agression, Foreclose of a Dream, Sweating Bullets e This was my life. Sweating Bullets é o exemplo clássico de como falar e não cantar...... O album segue com countdown to extinction, High speed Dirt e Psychotron. Em High Speed Dirt (uma das melhores musicas do album em minha opinião), podemos sentir a genialidade de Marty Friedman, um dos guitarristas mais absurdos do Metal. Para fechar o album temos Captive Honour e Ashes in Your Mouth. Resuminto o album é consistente do começo ao fim, sem pontos fracos....... Fase de ouro do Megadeth que inicia com Holy wars e termina com Cryptic Writings.... Excelente album!


Metal Mercante
Countdown to Extinction foi um dos meus primeiros CDs.

Se bem me lembro, foi meu quarto CD, sendo que os dois primeiros foram o “Live after death” do Maiden e o “Ride the Lightning” do Metallica, quando fui comprar o meu terceiro CD o primo do meu pai (grande figura que teve papel importante na minha formação Metaleira) sugeriu que eu comprasse um CD de uma banda chamada Megadeth.

Como eu só possuía essa informação e nada mais peguei o CD que tinha a capa mais “legal” = Youthanasia (depois fui ver que a capa de Rust in Peace é mais legal, mas não tinha na loja) e foi como se um raio me atingisse do céu...

- “Wow...isso aqui é MUITO melhor do que Metallica” - pensei eu coberto com a inocência da minha pré-adolescência, o que me fez adquirir posteriormente todos os outros cds do Megadeth.

“Countdown to extinction” para mim é um cd completamente diferente do seu antecessor “Rust in Peace”, mas não de uma maneira ruim, simplesmente diferente. É um CD bem mais comercial do que os anteriores disfarçado de trash Metal, com suas letras de cunho político/militar e protestos podia ser considerado na época de seu lançamento um “Metal Esquerdinha” em oposição ao CD mais novo – Endgame – onde a banda parece ter mudado sua posição com relação a política.

Se eu fizesse este post a alguns anos atrás eu daria destaque sem pensar para a óbvia “Symphony of Destruction” e para “Skin O’ My Teeth” que são claramente duas escolhas sólidas, porém hoje depois de ter adquirido nível épico em Heavy Metal sou obrigado a mudar meu destaque para “Countdown to Extinction”(faixa título) , sem explicação, escuta lá e depois conversamos...

Nota: Black Álbum + 1



The Magician

Countdown to Extinction é o melhor álbum e “Skin o My Teeth” é a melhor música do Megadeth, e em 1992 a banda contava também com a melhor formação de toda sua existência - com Mustaine, Friedman, Menza e Ellefson.
Para mim CtE é o ponto médio entre o frenético e ultra-agressivo Rust in Piece, e o pesado e mais “dark” Cript Writings , e não apenas cronologicamente, mas sim em sua proposta musical / sonora.
A linha de produção de Riffs e Licks de Friedman/Mustaine continuou afiadíssima; gerando obras marcantes como a ótima Power Ballad “Foreclosure of a Dream”, a explosiva faixa de abertura, a soturna faixa homônima do disco e a atordoante “Symphony of Destruction”, essa que é sem dúvida nenhuma o maior hit da carreira da banda americana.
Na medida em que as músicas se tornam mais pesadas e mais lentas o baixista se destaca em suas frases e consegue acrescentar algo mais ao conteúdo do que no álbum que o precede. Da mesma forma que Rust se mostra um álbum “virtuose” em guitarra, Countdown se mostra mais completo e robusto, não dando a impressão de foco exagerado em algum instrumento específico.
Existem peculiaridades que valem ser colocadas: (1º) a faixa “Sweating Bullets” que a narração sem melodia de Dave caminha sobre as bases de guitarra quebradas até encontrar o refrão (por muito se assemelhar com versos de rap, se tornou em minha opinião a faixa mais fraca do CD); (2º) a faixa “High Speed Dirt” é uma espécie de derivação da primeira faixa “Skin o’ my Teeth” que é tão boa que permite uma “música-clone” que também seja boa sem enjoar; e por fim na própria “Skin o’ my Teeth”, a faixa de abertura, a qual eu ouvi a mais original utilização do pick scratch (técnica que consiste em raspar a lombada da palheta sobre as cordas; normalmente, mas não necessariamente, ao longo da escala) que neste caso lembra o som de um breque na segunda vez que é tocado o riff introdutório.
Disco obrigatório pra qualquer metaleiro que se preze.

Pirikitus Infernalis
Meu conhecimento pela banda Megadeth foi de uma maneira estranha. Eu estava na sexta série e na minha escola todo ano tínhamos que escolher e cantar uma música para o projeto da aula de inglês e um amigo disse para cantar nada menos do que Symphony of Destruction. Peguei o cd e fui pra casa decorar a letra e acabei quase decorando todo o cd. Mustaine no seu melhor!


Poucas bandas possuem uma formação que foi tão endeusada como Mustaine, Friedman, Menza e Ellefson. Essa formação, que lançou os álbums Rust, Countdown, Youthanasia e Cryptic transformou o Mega em uma das melhores e mais conhecidas bandas de metal. Tomando o Countdown como exemplo, você tem tudo de melhor. Desde as composições mostrando o quão lixo podemos ser até a cozinha monstruosa ou os riffs violentos ou os solos memoráveis. Tudo um o que um ótimo cd de metal precisa.

Honestamente falando, eu sou um exemplo de metallicamaníaco entre os álbums Kill ‘em All e And Justice, mas Countdown to Extinction não deve nada pra nenhum deles. Mustaine é um carinha que bebia vodka que nem coca-cola, foi chutado da banda, montou uma banda igual ou melhor a sua antiga e ainda fica chorando. Metallica pode ter o melhor cd metal da história, mas Megadeth é uma banda que, mesmo com todas as loucuras de seu problemático líder, sempre se manteve estabilizada no topo, exceto o Risk (em questão de qualidade musical, claro).

Meu top 3 vai para Symphony of Destruction, Sweating Bullets e Ashes in Your Mouth. Esse cd não possui um ponto fraco.

"Now we've rewritten History, The one thing we've found out
Sweet taste of vindication, It turns to ashes in your mouth"




Venâncio
Megadeth num desce... nem sobe... como postei em

http://metalcolatras.blogspot.com.br/2010/12/megadeth-rust-in-peace.html

Todavia este álbum em particular tem Symphony of Destruction, que sim agrada a meus ouvidos, provavelmente pela similaridade com Instruments Of Destruction do N.R.G. que faz parte da trilha sonora de Transformers: The Movie de 1986, que por sinal possui uma bela trilha sonora com participação até de Weird All Yankovic.

Assim esse álbum fica acima da média usual para o Megadeth.

7 pitus
 

Hellraiser
3Este trabalho do Megadeth é sem duvida nenhuma mais ´´soft´´ do que o que a banda já tinha apresentado até então. 

Porem isso é um problema ?? 

Não !!! 

O álbum é muito bom, e conta com a melhor formação da banda, a mesma que já havia gravado o mega-classico ``Rust in Peace``. 

O Megadeth queria chegar as vias de fato, e ter grande notoriedade, igual seu desafeto, o Metallica com o feito do Black Album. 

Videos Clipes foram feitos para a MTV, tanto de ``Symphony of Destruction`` como de ``Sweating Bullets``. 

E Mustaine conseguiu,..... assim como o Metallica, foi para as rádios, para a MTV e ganhou mais notoriedade, porem seu álbum, apesar de ser mais ´´soft´´, é MUITO bom !! 

Não vou citar outras faixas, ..mas pra mim, todas as outras são excelentes, a dupla dinâmica de guitarristas esta extremamente competente e afiada, Menza como sempre um verdadeiro relógio suíço com a grandeza do Big Ben, e uma a uma, as faixas que chegam encantam e muito ! 

Um grande álbum, ...onde mesmo soando mais (talvez) ``comercial`` a banda soube botar na balança os prós e contras, o peso e a melodia, e ainda assim é excelente do inicio ao fim. 

Nota 8,9

Rhapsody - Dawn of Victory

O álbum Dawn of Victory lançado pelo Rhapsody em 2000, foi escolhido por Joe, The Barbarian para análise.
The Trooper

3Rhapsody of Fire é a epítome do "metal espadinha", então se você odeia o gênero nem tente ouvir este álbum, chamado também de symphonic metal é uma mistura de power metal com música clássica, resultando em um estilo interessante de música que lembra trilhas sonoras de filmes. Não sou o maior fã do gênero, mas de vez em quando estou disposto a ouvir um álbum desses. Contudo, para ser sincero sobre Dawn of Victory, embora eu o considere bom, prefiro o trabalho solo de Luca Turilli em King of The Nordic Twilight, que parece ter um pouco mais de heavy metal e um pouco menos de música clássica (eu disse pouco), com alguns riffs de guitarra mais interessantes e inspirados. Os vocais de Fabio Lione são razoáveis, mas seu sotaque italiano é muito forte, o que aliás até aumenta o clima de ópera, mas não sei, se é para cantar assim, cante em italiano de uma vez. Enfim, bom álbum pra sair da rotina, ou deixar de fundo em alguma sessão de rpg medieval.


Nota: \m/\m/\m/


Phantom Lord

Rhapsody of Fire é, sem dúvidas, um dos maiores exemplos de “metal sinfônico”: Com uma proposta de contar histórias épicas, a banda usa e abusa de corinhos e instrumentos típicos de música clássica. O álbum, como um todo, é muito bem feito e as mudanças de ritmos nas músicas ocorrem de modo sutil, diferente do que acontece com outras bandas de gêneros musicais semelhantes. Porém o excesso destas “características de orquestra” transforma Dawn of Victory em um bom disco de trilha sonora. Ou seja, Dawn of Victory é um daqueles álbuns para “deixar de fundo” enquanto acontece uma partida de jogo (eletrônico, rpg etc) com tema mitológico ou de fantasia medieval... O ponto fraco do disco fica por conta de The Bloody Rage of Titans: lenta, chorosa e com instrumentos meigos em certos trechos, esta música definitivamente não expressa uma “Sangrenta Fúria de Titãs”... Enfim, tenho certeza de que Dawn of Victory é um trabalho bem feito, o que automaticamente faz dele um álbum acima da média, mas algumas de suas músicas parecem um tanto bonachonas, cafonas e sonolentas... Recomendável para nerds rpgistas e os demais fãs do Symphonic Metal (e talvez de gêneros próximos como Power / Speed Metal etc...) Nota: 6,6.

Metal Mercante

Dawn of Victory pode ser resumido com um ditado popular

“Um é bom, dois é pouco e três é demais...”

Lembro-me que meu processo de “descoberta” do Rhapsody deu-se em parceria com o Metal Kilo. Se não me engano fomos a uma feira de instrumentos musicais e tinha um stand onde eles estavam distribuindo revistas grátis de Metal (infelizmente não lembro o nome da revista).

Como “Grátis” é uma das palavras mais legais inventadas até hoje pegamos um porrilhão de revistas e em uma delas haviam comentários bem positivos sobre essa banda vinda da Itália que misturava elementos clássicos com Heavy Metal.

Começando pelo Legendary Tales, o som do Rhapsody podia ser facilmente confundido com um Metal Melódico mais afrescalhado, mas com uma qualidade muito boa.

Depois do Legendary Tales o Rhapsody lançou o Symphony of Enchanted Lands onde eles adicionaram ainda mais elementos clássicos e continuaram a história criada no primeiro CD, o problema é que depois da terceira música o CD degringola e só volta a ficar bom na última música, ou seja, temos uma viagem horrível pelo mundo da imaginação do Luca Turilli e a saga da espada de esmeralda que só é amenizada pela esperança do CD terminar logo e o “repeat” dar conta de tocar “Emerald Sword” e “Wisdom of the Kings” novamente.

Já no seu terceiro CD é onde os problemas realmente ficam evidentes, a banda começou a fazer um sucesso relativo e a ser elogiada exatamente por se encaixar nesse nicho “Metal Espadinha” e adicionou ainda mais “viagens” as suas músicas tornando esse CD uma porcaria inaudível cheia de passagens orquestradas que só servem para deixar o CD monótono. Se não fosse pela música “Holy Thunderforce” – que é um “Land of Immortals” repaginado – eu diria que este CD não passa de uma aventura pomposa na terra da imaginação, sem valor algum para o Heavy Metal...

Existe uma linha bem fina entre o amor e o ódio, o Rhapsody cruzou esta linha exatamente na música 4 do Symphony of Enchanted Lands e nunca mais conseguiu se recuperar


The Magician


Após aproximadamente sete anos sem escutá-lo fui lembrado de sua existência por intermédio de uma proposta do blog metalcólatra.

“Down of Victory”, o terceiro álbum do Rhapsody (of Fire), se manteve guardado em um canto escuro e empoeirado de minha memória, provavelmente em baixo de trabalhos mais expressivos do nicho melódico. Mas confesso que me surpreendi ao sacudir a poeira e relembrá-lo depois de tanto tempo, pois não me recordava de algumas boas faixas a que dei atenção dessa vez.

Sobre o estilo emblemático do Raphsody, meus colegas do blog o traduziram muito bem: “...é a epítome do ‘metal espadinha’...”, “...um dos maiores exemplos de ‘metal sinfônico’...”, “...podia ser facilmente confundido com um Metal Melódico mais afrescalhado...”, mas ainda assim vou tentar acrescentar algo a este postulado.

Fabio Lioni e Luca Turilli são indiscutivelmente ótimos músicos, mas sob a bandeira do Raphsody of Fire criam e interpretam dentro de uma baliza orquestral idealizada pelo maestro da banda Alessandro Staropoli: o tecladista. Aqui temos um caso raríssimo de um líder de banda tecladista, sendo que a sonoridade toda reflete este fato; e de cara me lembro de uma frase há muito tempo pronunciada pelo nosso amigo Metal Mercante criticando a última faixa do CD "Cruelty and The Beast" do Cradle of Filth (embora o resultado deste seja bem diferente do FELIZ Down of Victory): “...isso que dá quando deixam o tecladista trabalhar!”.

E talvez por isso Down of Victory, assim como outras obras da banda, antes de ser uma produção “metaleira” é uma produção musical. A influência erudita de nomes como Vivaldi e Bach resultaram em muitas faixas moldadas por temas epopeicos e folclóricos, que acabaram se tornando construções musicais extremamente suntuosas.

Muito se ouve que a música clássica é uma forma “sofisticada” de música para um grupo seleto de apreciadores. Raphsody é uma banda “sofisticada” de Heavy Metal, mas tenho dúvidas se este predicado é compatível com o sujeito, já que este estilo se aproxima da extinção...

Indico as faixas “Dawn of Victoy”, “Triump for My Magic Steel” e “Holy Thunder Force” como ótimas faixas de Metal Melódico; Indico “The Village of Dwarves” e “Dargor, Shadwlord of Black Mountain” como boas viagens temáticas.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Sepultura - Chaos A.D.


O álbum Chaos A.D. da banda Sepultura, lançado em 1993, está entre os álbuns mais votados pelos metalcólatras.




Phantom Lord
Mais um álbum da minha “formação metaleira”, chega ao blog: Chaos A.D.
Sepultura não está entre minhas bandas favoritas, mas este disco contém muitos hinos do heavy metal (também classificados pela crítica como thrash / death / groove metal). Na verdade existem poucas músicas tão pesadas e inspiradas no cenário do heavy metal como as faixas de destaque deste álbum. Durante a maior parte de Chaos AD, o vocal quase gutural de Max expressa bem a mensagem de fúria das letras, e a parte instrumental é esmagadora.
Em minha opinião os destaques do álbum são: Refuse/Resist, Territory, Propaganda e Biotech is Godizilla, enquanto os pontos fracos são We Are Not as Others e Manifest...
Quando ouvi a faixa Kaiowas, (que não se trata de heavy metal, pois é uma homenagem à tribo indígena) me perguntei se os supostos “true” defensores do metal no blog terão mais um chilique....
Nota: 7,3.

The Trooper
3

Nem sempre solos exibicionistas e composições complexas são obrigatórias para a criação de boas músicas, claro, música tem muito a ver com estado de espírito, e tem hora que você quer ouvir algo diferente. Sepultura sempre foi uma opção viável para mim, ainda mais quando a gente tem aquele "dia de cão", você pode colocar Beatles e tentar relaxar ou Sepultura e ficar xingando todo mundo (acho que usei muito mais a segunda opção). Eu gostei muito de Arise (e Roots, que veio depois de Chaos A.D.), mas Chaos A.D. me agrada mais pela obra como um todo, o álbum começa numa pancadaria e oscila de ritmo, incluindo umas viagens malucas para fechar (a versão brasileira) com uma faixa bonus destruidora, Chaos B.C. se trata da música Polícia, dos Titãs, mas 10x mais furiosa. Destaque para a bateria (se tem algo complexo e de deixar perplexo neste álbum é o trabalho de Igor Cavalera), além das faixas manjadíssimas (Refuse/resist e Territory) e Slave New World (quantas vezes em discotecagens em casas de rock, nosso subconsciente nos deu a vã esperança dessa faixa ser executada na sequência de Territory?).

Enfim, ótimo álbum, mas não é recomendado para qualquer um.

Nota: \m/\m/\m/\m/


Metal Mercante
Sinto muito... Eu juro que tentei...

Ao longo da minha vida dei diversas chances para a banda Sepultura me impressionar, já tentei ouvi o CD em vários estados de espírito, mas em nenhum deles eu consegui gostar desta banda. Sendo um pouco mais específico, em Chaos A.D eu consegui não gostar de NENHUMA música, nenhuma passagem sequer...
Não vou perder mais tempo com esse lixo...Sepultura Chaos A.D é uma merda! Só deve servir para você ouvir alto no seu quarto e mostrar pra sua mãe o quão “fodão” você é, seu bunda mole...




The Magician
Chaos A.D é um dos melhores trabalhos de Heavy Metal de todos os tempos e do que existe de mais pesado é o melhor álbum que poderão ouvir.

Queria voltar a um tema abordado anteriormente no nosso site - a rotulação.

Sepultura foi acusado de banda racista, satanista e poser (essa acusação ouvi pela primeira vez aqui no blog!). As duas primeiras acusações foram atribuídas principalmente pela vinculação do nome da banda com uma gangue do ABC paulista com atitudes radicais e pela ilustração e critica a religião do álbum Morbid Visions, respectivamente. Ambas foram repudiadas pelos membros da banda, e basta uma rápida leitura sobre suas letras para perceber que a relação não existe.

Sobre a acusação de poserismo vou tratar de defendê-los, já que essa os caras da banda nunca escutaram: entende-se que o poserismo é a relação dos artistas à sua imagem, ao visual e a uma proposta temática estritamente presa a algum gênero, com todos esses itens colocados antes de sua sonoridade. Entendo que na verdade o caminho do Sepultura foi outro, já que nunca vi nenhum dos membros sem camisa com óleo no corpo e espadas nas mãos. Eles só podem ser do gênero “futebol-metal”, uma vez que freqüentemente utilizavam camisas de clubes nos shows e em poses para fotos E também em sua musicalidade o Sepultura preferiu se desprender de estilos pré-definidos; com o vocalista Derick Green e apenas um guitarrista, a banda perdeu muito do peso que se ouvia antes em seus primeiros trabalhos.

Aqui devo voltar em outro tema abordado antes - o apelo do peso sonoro.

Comentei sobre o tom principal do dos temas metaleiros, a nota MI, que em afinação natural dos instrumentos principais das bandas (no caso as guitarras) seria o som mais grave e brusco, e conseqüentemente, irracionalmente, remete aos temores humanos mais primitivos. Isso na ressonância natural dos instrumentos, só que na maioria das canções de Chaos A.D a afinação é em RÉ, ou seja, um tom abaixo, alcançando assim notas ainda mais graves. Alem disso a rhythm guitar de Max com 4 cordas permitia o guitarrista cacetar os acordes sem interferência das cordas primas (agudas).

Isso, somado ao vocal gutural de Max e à bateria sísmica (um espetáculo à parte em todo o decorrer de Chaos AD!) de Igor, se torna uma verdadeira e avassaladora sinfonia infernal!

Preciso novamente voltar em outro assunto já comentado no nosso blog – os vermelhinhos.
Sepultura é a verdadeira banda vermelhinha, que alem de repetidamente acusar a injustiça social em suas letras, descaradamente lançou o Sepul-nation, um verdadeiro álbum socialista, com direito até a estrelinha vermelha!

Enfim, o ultimo assunto do blog que vou voltar – A qualidade das bandas nacionais.
Sepultura influenciou centenas de bandas ao redor do mundo na sua proposta de musica, vendeu mais de 15 milhões de álbum em todo o globo, foi premiado pela mídia internacional, foi a primeira banda latina na história a tocar no Monsters of Rock em Donington Park e por fim convidado por Sir. Bruce Dickinson em seu tradicional programa de entrevistas na TV inglesa (essa foi só pra mandar o link : http://www.youtube.com/watch?v=URb7qYKCoH8).

Devemos levar em consideração o que foi para uma banda brasileira nos anos 80 entrar no rol das mais populares bandas (sim mais populares!, para confirmar a informação, favor consultar a wikipédia inglesa) de trash metal, um dos mais xenófobos cenários da musica originalmente americana, onde nem mesmo bandas inglesas conseguiam espaço...
Isso só ocorreu por um motivo: a qualidade indiscutível da música dentro de sua proposta.

Entendo e até respeito quem não gosta por que não admira o estilo, agora estereotipar uma banda desta magnitude e importância é puro preconceito.

Depois de eu voltar em tantos assuntos para postar esse álbum, alguns Metalcólatras deviam tomar o exemplo e também voltar...

Voltar atrás e retirar as bobagens que escreveu sobre uma das maiores bandas de Heavy de todos os tempos.

Destaques deste que é o melhor disco do Sepultura: “Refuse/Resist”, “Territory”, “Biotech is Godzilla”, “Slave New World” e “Propaganda” e mais o espetacular cover “The Hunt”.

Recomendo para sair da mesmice!



Joe The Barbarian
O último trabalho realmente bom do Sepultura, eu acho que Chaos AD - CAD, na minha opinião, representa o mesmo que o Black Album para o Metallica, ou seja, foi um divisor de águas, do auge para o declínio.

Mais especificamente sobre o CAD, bateria sempre forte, como em todos os trabalhos do sepultura e guitarras que simplesmente acompanham, juntamente com o baixo, riffs pesados e nada mais, a voz de Max é bem original, segue a linha "Urso" de trash metal, e com certeza é marca registrada do Sepultura em todos os discos.

O CAD é um dos melhores álbuns já produzidos pela indústria metaleira nacional e Sepultura é uma das poucas bandas brasileiras que falava de igual com as gringas, dentro de suas limitações é claro.

Destaque para Refuse Resist e Territory.

NOTA: 8,9


Kill, Crush n' Destroy...





Pirikitus Infernalis


Chaos! O nome do cd reflete exatamente o sentimento de quem ouve o mesmo. Quinto cd da banda, sucessor do destruidor Arise, Chaos A.D. deixa qualquer um de boca aberta. Difícil decidir qual cd é melhor entre Arise e Chaos A.D., mas a verdade é apenas uma: Chaos A.D. é um dos CDs de cabeceira de qualquer Thrasher que se preze ou um admirador do metal pesado. (ou como diria nosso amigo Magician, para possuidores de bolas!)

Para muitos seria difícil o Sepultura manter o nível de Arise, mesmo na incrível crescente que vinha. O estilo de Chaos A.D. carrega em nível perfeito a presença de aspectos tribais sem deixar a pancadaria e o peso do metal de lado. O foco das composições do Sepultura continua o mesmo e é impossível de estar mais explícito em músicas como Refuse, Resist, Territory, Biotech is Godzilla e Propaganda.

Musicalmente a pancadaria come solta. Max e Andreas nas guitarras com riffs nervosos, Igor fazendo milagre na bateria e o Paulo como sempre na dele pra não fazer feio. A voz de Max é uma das minhas favoritas, e isso ele mantém até hoje no Soulfly, mas isso é papo pra outra hora. Mas o destaque desse cd indiscutivelmente vai para o Igor, soube como poucos aliar criatividade a técnica, sem tirar o peso que a música necessita.

Lembro que há muitos anos eu estava assistindo um especial de Heavy Metal na MTV quando passou uma entrevista com o Mr. Ozzy Osbourne e ele falou: “O mais legal de ouvir o Sepultura, é que você sabe que banda está ouvindo pela primeira nota” E logo depois começou o clipe de Territory...

Definitivamente um dos meus CDs favoritos!

“Once all free tribes
Chained down led lives
Blood boils inside me
We're not slaves, we're free”

Masterplan - Time to be King


O álbum Time To Be King da banda Masterplan, lançado em 2010, foi escolhido por The Magician para análise.



Phantom Lord


Ao ouvir Time to be King da banda Masterplan, tive a impressão de que os músicos da banda são muito bons (tanto o vocal como toda parte instrumental)... A maioria das melodias não tem foco na velocidade, mas transmite a sensação de “peso” seja pela distorção das guitarras ou pelas notas graves utilizadas nas composições... O vocal (que em alguns pontos do álbum surge em um estilo "Dio") não é só tecnicamente bom, Jorn consegue por uma dose de emoções na maioria das músicas. Porém, ainda assim algumas das músicas me pareceram semelhantes umas às outras. Como sempre, prefiro prestar maior atenção nas músicas (melodias) do que nas letras, mas percebi (superficialmente) que os temas variam entre os clássicos clichês de heavy metal (thunder, devil, fire...) e solidão? (a palavra "lone" me pareceu freqüente...). As músicas que mais me chamaram atenção foram: The Black One, The Sun is in Your Hands e Fiddle of Time. Blue Europa é uma música diferenciada, pois me lembrou a sonoridade de algumas bandas (fora do estilo "power metal", mas não sei citar exatamente quais) que tocavam no rádio entre 1998 e 2004. Concluo que Time to be King é um disco de heavy/power metal que está longe de ser ruim, mas poderia ter mais algumas músicas impactantes. Nota: 6,7.


The Trooper
3

Álbum peculiar, está longe de ser ruim mas eu poderia dizer que possui um "sabor" um tanto exótico, por quê? Bem, definitivamente teclado em heavy metal tem que ser muito bem dosado para produzir algo "digerível" pelos meus ouvidos, uma coisa é o solo de teclado de Highwaystar do Deep Purple, a outra é a presença de sonzinhos felizes por todo um álbum de heavy metal. Os outros dois pontos importantes já foram citados por Phantom Lord: as composições são parecidas na maioria das faixas (tive a sensação de ouvir o mesmo refrão em duas músicas pelo menos), às vezes surge um riff de guitarra legal, mas logo cai na mesmice; letras, bem realmente, "loneliness" faz parte de muitas faixas (se essas letras fossem do A7X eu não estaria aqui escrevendo, pois teria sido apedrejado), mas as letras variam entre melancólicas, felizes e sombrias. Meu destaque vai para a faixa-título, embora exótica, é muito inspirada (de onde sai aquele efeito nos primeiros riffs quando entra o vocal? Parece que veio de alguma rave) e para a faixa bonus da versão digipack, Kisses From You (parece cover de Queen mas não é, talvez os caras devessem pensar seriamente em mudar o estilo da banda para rock clássico, pois essa música é muito boa). Resumindo, álbum razoável, se eu abster a faixa Time to Be King, considero mais fraco que Power Plant do Gamma Ray. Nota: \m/\m/\m/


Joe The Barbarian

Eu não conhecia de perto o Masterplan até gora, então vou me restringir ao que pude ouvir no Time to be King - TTBK. De cara se percebe que o álbum é muito bem produzido, gostei muito da sonoridade em geral, destaque para o teclado e o baixo, muito fortes e presentes em todas as faixas, o vocal é muito bom gostei em todos os aspectos, até me lembrou David Coverdale. As guitarras e a beteria não me impressionaram muito, aliás deixaram a desejar, alguns solos interessantes como na faixa "The Black One", mas nas composições em geral eu achei fraco. Talvez fosse interessante se os guitarristas fizessem algo em conjunto com o tecladista, como em outras bandas mais melódicas. Enfim o álbum é muito bom e não é cansativo, isso me agradou bastante, destaque para as músicas Fiddle of Time, The Black One, The Sun In Your Hands e The Dark Road. NOTA: 8,7

Kill, Crush n' Destroy...


Metal Mercante

Tem uma coisa que precisa ser dita logo de início neste post: - “Jorn Lande é o melhor vocalista de Heavy Metal da atualidade” Já a banda Masterplan que pode ser considerada um “dream team” do metal, com participações de Jorn Lande(é claro), Roland Grapow, Uli Kursch(ex) – agora substituído por Mike Terrana (Savage Circus, Axel Rudi Pell, Rage), não é lá essas coisas... Depois do lançamento do ÉPICO (com letras maiúsculas) Masterplan – s/t em 2003 a banda trocou de vocalista, mandou baterista embora e lançou dois cds meh, ótimos candidatos a Heavy Metal genérico e agora tenta voltar as raízes com o retorno de Jorn Lande aos vocais da banda no lançamento de “Time to be King”. Esse CD é bom, só bom...Algo nele me incomoda demais, ele me parece mais melódico, mais lento, mais...chato...Principalmente se comparado ao primeiro álbum da banda que tendia muito mais para o Power Metal do que para o Melódico. Não estou implicando que a inequação Power > Melódico seja verdadeira, mas sim que nesse caso a direção tomada pela banda não me agradou muito. Algum Metalcólatra comentou em um outro CD (os quais eu não me lembro os respectivos nomes) que apesar dos talentos individuais serem muito proeminentes, a soma das partes deixa a desejar. OU talvez eu estivesse esperando algo a altura do primeiro CD e estou só decepcionado... PS: Não escute esse CD muitas vezes seguidas e beba, você pode se pegar cantando “Kisses from you” em momentos indesejados...


The Magician

A escolha do álbum para análise se deve ao estilo e técnica de Jørn Lande que chegou ao meu conhecimento de outra maneira, não propriamente pelo Masterplan. A primeira vez que o escutei foi ao vivo no show do Avantasia em 2008 em São Paulo, e realmente me surpreendeu, sendo que de todas as performances dos vocalistas foi a dele a mais marcante da noite. Depois disso, com a morte recente de DIO, estourou na Internet sua homenagem para o falecido na música “Song For Ronnie James”, de seu álbum “DIO” de 2010.


Embora após pesquisa sobre a carreira do norueguês descobrir que sua jornada como vocalista começara há mais de quinze anos, e com participação em trabalhos de artistas bem conhecidos no mundo do Rock/metal (como o lendário guitarrista Ymgwie Malmsteen), preferi optar pelo trabalho do presente – Time to be King.


O quarto álbum dos alemães do Masterplan é mais uma peça do grande quebra-cabeça chamado Metal Melódico. Não se destaca entre as diversas outras tesselas, mas me parece que de certa forma preenche bem o espaço devido a ela nesse grande mosaico.


Aqui a comparação com a arte musiva é na tentativa de ilustrar esse universo peculiar de técnica exuberante e criatividade duvidosa, onde todas as músicas (audaciosas), procuram passar pelas mais diversas escalas e abordagens harmônicas, mas com marcação rítmica muito semelhante, resultando assim na impressão de que parte da primeira música possa ser escutada na quinta faixa, ou parte da terceira na sétima e dessa forma no decorrer de todo o disco em estruturas aleatórias. Se deixar o álbum todo no repeat do seu mídia player dificilmente perceberá quando o álbum começa e quando termina, pelo menos até escutar todo o trabalho por pelo menos três vezes.


Ainda assim como qualquer outro trabalho, Time to be King possui características que podem ser comentadas independentemente do cenário em que está inserido. A equalização do som me parece ser estritamente equilibrada, e todos os instrumentos e linhas sonoras (incluindo o vocal) falam na mesma altura; daí tem um problema: a voz, a guitarra, o baixo, bateria e teclados parecem competir pelos pedais-baixos e linhas-solo, nada nesse embolo se destaca e as composições acabam correndo o risco de se tornarem sonolentas.


Outro ponto é o intenso uso de sintetizadores, sim, por que como dito uma vez pelo mestre Alex Lifeson, o teclado nem se trata de um instrumento musical. É um sintetizador, interpreta diversos sons de instrumentos musicais e não musicais. Em linguagem de informática: É um emulador com interface de piano!


A utilização dos teclados deve ser muito bem dosada, pois podem extrair a característica principal do Heavy Metal – as distorções de guitarra.


Embora a leitura dessa minha resenha pareça transmitir um certo desapontamento com relação ao álbum, não acredito que o produto final de Time To Be King seja ruim. A competência dos grandes músicos que o criaram consegue sustentar bem o conteúdo musical, destaque para “Blow Your Winds” e “The Dark Road”. Mas fica o recado:



Pirikitus Infernalis




Conheci essa banda quando eles lançaram Aeronautics, foi tiro e queda. Uma banda com Jørn, Grapow e Uli é sensacional e Aeronautics ficou muito bom. Depois disso Jørn e Uli caem fora e no lugar de Uli entrou um dos meus bateras favoritos: Mike Terrana. Logo pensei algo como “P*ta que o p*riu!!! Como Jørn não lançou um álbum com o Mike Terrana na batera???” Eis que o primeiro volta e eles lançam Time to be King!


Jørn Lande tem a capacidade de colocar emoção em músicas e nisso transformar músicas ruins em boas (Lonely Winds of War) e boas em melhores ainda (Far From the End of the World). Esse cara é um dos melhores vocais da atualidade indiscutivelmente. Grapow continua mandando bem, não achei o instrumental ruim, mas não me chamou a atenção momento algum, nem a batera de M. Terrana (q nem precisa mostrar todo o seu potencial nessa banda).


Musicalmente o cd começa muito bem, se perde no meio e retoma a pegada no final. Um top 3 dos destaques iria pra Fiddle of Time, Far From the End of the World e Kisses from you (essa ultima que parece uma mistura de Queen com Arctic Monkeys, e ficou muito boa). O vexame do cd vai pra horrível The Dark Road! Uma atenção especial para Blue Europa.


Honestamente, eu achei que esse cd pecou um pouco. Talvez pela minha empolgação de ver essa formação tocar ou pelo excesso de melancolia, mas eu realmente esperaria um cd no mínimo nota 8. Não foi dessa vez que eles alcançaram a coroa, mas o grupo tem totais condições pra isso no futuro.


“The SS-Officer of death he was just a marionette

An evil play inside the game

Freezing out the truth sending coldness to the youth

Their souls were taken"