Phantom Lord
Nada como um momento de improdutividade para cuidar de pseudoprojetos alternativos... Fiquei de trazer esta obra brazuca há anos atrás, mas por uma morbidez generalizada do blog acabei trazendo só agora.
Peixe Homem do Madamae Saatan é um álbum bastante diferente de tudo que passou por este blog: Um heavy metal de alta qualidade com pitadas de um estilo ou outro e vocal feminino cantando em português mesmo (com um sutil teor nortista), sem dever nada para muitas das bandas gringas. Vocalista afinada, embora me transmitiu um pouco do timbre típico das estrelas do axé (nada contra), principalmente em alguns vídeos da internet.
A sequência inicial de músicas apresenta muito bem o trabalho, mostrando peso e criatividade em Respira, Fúria e Até o Fim. Sete Dias retoma a pauleira das duas primeiras faixas e A Cicatriz traz uma ambientação mais miserável sem perder o peso. Lá pelo meio, o álbum não me chamou muito atenção, mas recupera a força em Moira e nas últimas duas faixas.
Enfim... Ouve aí, pois quem não é lambe bota de gringo vai gostar ao menos um pouco.
01-Respira 7,2
02-Fúria 7,7
03-Até o Fim 7,5
04-Sete Dias 7,7
05-A Cicatriz 7,2
06-Invisível 6,6
07-A Foice 6,7
08-Moira 7,0
09-Rio Vermelho 6,9
10-Insônia 6,7
11-Sonâmbula 7,3
12-Sombra em Você 7,0
Nota: 7,1
The Magician
O álbum nacional da banda Madame Saatan proposto pelo Phantom Lord, é um bom trabalho de Heavy Metal, interessante não só pela sua origem, mas principalmente devido sua musicalidade.
O som é pesado e direto, as faixas não possuem regressões e na maior parte dos casos são estruturadas em somente versos e refrões, sem muitos interlúdios ou pausas (com excessão dos solos de guitarra). Para algumas faixas - principalmente as 3 primeiras - isso funciona muito bem, já que cria impacto e prende o ouvinte para o que vêm depois; mas com a mesma abordagem ao longo do disco para as 12 faixas, não tem como não cansar um pouco.
Os riffs no geral são bem feitos com fraseados interessantes, mas quando os vocais entram eles quase sempre recuam para estruturas mais simples, isso porque as estrofes cantadas são longas e elaboradas, e revelam aquele velho problema da nossa 'sofisticada' língua portuguesa com sua abundância de trissilabas e polissílabas, que acabam por roubar forçadamente o protagonismo enquanto ofusca as demais linhas instrumentais. As linhas de guitarra base algumas vezes usam uma abordagem mais moderna, com grooves rachados (em "Invisível", por exemplo, isso é bem claro) no estilo metalcore ou numetal, e quando os guitarristas se limitam nessa técnica, obviamente o som se torna mais simples e repetitivo.
Nos vocais a moça faz a lição de casa e dá aula no quesito de potência, mas não faz tão bonito nas variações de altura. Aliás fica claro que a intenção da banda não é essa, até pelo timbre da voz mais grave da vocalista e também por causa do peso do som no geral. Confesso que esse estilo meio 'Pitty' dela não me agrada muito, mas provavelmente não ia dar certo aqui em 'Peixe Homem' uma vozinha delicada de menininha tentando brincar com as oitavas.
Quanto as composições, fui surpreendido, pois esperava menos; embora, conforme já escrito, a banda não tenha inserido muitos interlúdios ou bridges nas músicas, os versos e refrões criados são cativantes, e os riffs introdutórios das músicas são quase sempre marcantes. As letras são legaizinhas, e acompanha a tensão das linhas instrumentais (ou vice-versa).
Um bom lançamento brazuca de Heavy Metal, sem muita pretensão é verdade, mas bastante consistente e objetivo. Pena que houve um hiato no poder criativo da banda e o inevitável desmembramento, aparentemente precoce...
Nota 7, ou \m/\m/\m/\m/.
The Trooper
Saudações, lixos humanos. De volta a este ambiente pútrido, venho desfilar minhas palavras provindas do caos e entropia.
O alvo da vez é o álbum 'Peixe Homem' da banda brasileira 'Madame Saatan'. Tá, não é bem um alvo. Como disse para o Phantom 'em off', este trabalho me lembrou bastante o álbum que ele mesmo postou do 'Guadaña'. Como semelhanças temos um som pesado com algumas 'modernices', a língua latina e até a foice (ok, forcei, só por causa da faixa 'A Foice').
O trabalho também lembra outras bandas ('Até o Fim', por exemplo, lembrou um pouco Annihilator, principalmente no começo). Se você gosta de um peso mais cadenciado e com algumas experimentações, é bem capaz de gostar bastante deste álbum.
A influência de sons brasileiros se faz presente também (a bateria de 'Sete Dias', por exemplo, lembra algumas 'misturebas' que o Igor fazia). Os instrumentistas são competentes e trazem um trabalho bem sério. A vocalista não tem como não te lembrar a Pity, traz boa interpretação e dá a impressão de ser o carro chefe do álbum, talvez por causa da mixagem/produção bem equilibrada que dá algum destaque aos vocais. As letras são intrincadas, se você gosta de escarafunchar poesias, pode se divertir aqui.
Tudo isso que descrevi até aqui não bateu muito com meu gosto. Achei o trabalho todo muito lento, com um peso que não consegue substituir a falta de velocidade.
Resumindo, é um trabalho bom sim, mas tenho que usar uma abordagem sem sentido 'venanciesca': não despertou nada em mim. E como ele, que não gosta de Megadeth sem sentido algum, eu 'não gosto' do álbum 'Peixe Homem' com pouco sentido, 'não gosto' entre aspas porque não chega a me desagradar, só não agrada mesmo.
Obrigado por me acompanhar em mais uma resenha rasa ... ou não.
Nota: \m/\m/\m/
O alvo da vez é o álbum 'Peixe Homem' da banda brasileira 'Madame Saatan'. Tá, não é bem um alvo. Como disse para o Phantom 'em off', este trabalho me lembrou bastante o álbum que ele mesmo postou do 'Guadaña'. Como semelhanças temos um som pesado com algumas 'modernices', a língua latina e até a foice (ok, forcei, só por causa da faixa 'A Foice').
O trabalho também lembra outras bandas ('Até o Fim', por exemplo, lembrou um pouco Annihilator, principalmente no começo). Se você gosta de um peso mais cadenciado e com algumas experimentações, é bem capaz de gostar bastante deste álbum.
A influência de sons brasileiros se faz presente também (a bateria de 'Sete Dias', por exemplo, lembra algumas 'misturebas' que o Igor fazia). Os instrumentistas são competentes e trazem um trabalho bem sério. A vocalista não tem como não te lembrar a Pity, traz boa interpretação e dá a impressão de ser o carro chefe do álbum, talvez por causa da mixagem/produção bem equilibrada que dá algum destaque aos vocais. As letras são intrincadas, se você gosta de escarafunchar poesias, pode se divertir aqui.
Tudo isso que descrevi até aqui não bateu muito com meu gosto. Achei o trabalho todo muito lento, com um peso que não consegue substituir a falta de velocidade.
Resumindo, é um trabalho bom sim, mas tenho que usar uma abordagem sem sentido 'venanciesca': não despertou nada em mim. E como ele, que não gosta de Megadeth sem sentido algum, eu 'não gosto' do álbum 'Peixe Homem' com pouco sentido, 'não gosto' entre aspas porque não chega a me desagradar, só não agrada mesmo.
Obrigado por me acompanhar em mais uma resenha rasa ... ou não.
Nota: \m/\m/\m/
Quer dizer que se eu não gostar de nada disso aí, sou um lambe botas de gringo??? Entendi...
ResponderExcluirSim. E não me faça usar palavras mais chulas como o Dudu Falaschi fez há anos.
ExcluirMustaine, dê-me suas botas para lamber.
ResponderExcluirNossa Trooper, não foi uma resenha rasa não... foi profunda!
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