terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Fight - War of Words

O álbum War of Words lançado em 1993 pela banda Fight foi escolhido por Hellraiser para análise.





  1. "Into The Pit" - 4:13
  2. "Nailed To The Gun" - 3:38
  3. "Life In Black"- 4:34
  4. "Immortal Sin" - 4:39
  5. "War Of Words" - 4:29
  6. "Laid To Rest" - 4:40
  7. "For All Eternity" - 4:42
  8. "Little Crazy" - 3:49
  9. "Contortion" - 4:35
  10. "Kill It" - 3:30
  11. "Vicious" - 3:11
  12. "Reality, a New Beginning" - 13:18
  13. "Jesus Saves" - faixa escondida, inicio aos 9:43
Phantom Lord
Fight é "quase" uma novidade para mim. Não por ser "a banda de Rob Halford", mas porque eu já tinha escutado uma ou duas músicas desta banda. 

A sonoridade do War of Words parece menos centrada na velocidade e no virtuosismo de guitarras se comparado ao Painkiller, mas obviamente, ainda lembra Judas Priest, afinal Halford até então, tinha sido front man dos "sacerdotes" por cerca de 20 anos. 
As letras se afastam dos clichês do heavy metal (leather, thunder, steel etc) super utilizados na carreira do Judas e entram em temas pessoais e "sociais". 

Ao ouvir a primeira metade do disco achei que se tratava de um meio termo de Judas com UDO, porém Halford e sua cambada se aventuram além do Heavy Metal Arroz-e-Feijão, o que pode ser facilmente perceptível nas faixas Little Crazy, Contortion e Vicious. Além destas faixas citadas, "Kill it" vai se transformando num "metal" similar ao feito pelo Sepultura... 
Nestes casos, eu não estou criticando o "arroz-e-feijão" do heavy metal, pois na verdade acho que eu gostei mais das 5 primeiras faixas. 

O vocal de Halford também alterna mais entre graves e agudos se comparado com as músicas gravadas durante a sua carreira no Judas Priest e isto pode ser um fator que aumenta a diversidade e a criatividade musical do álbum... E falando em vocal, nos últimos segundos da faixa War of Words podemos entender onde o Massacration se inspirou. 

Into the Pit 7,7 
Nailed to the Gun 8,0
Life in Black 7,1 
Immortal Sin 7,1 
War of Words 7,3 
 Laid to Rest 6,7 
For All Eternity 6,8 
Little Crazy 6,8 
Contortion 7,1 
Kill it 6,9 
Vicious 6,0 
Reality, A New Begginning 6,8 
Jesus Saves 6,1 

Seria Nailed to the Gun uma crítica à indústria de armas e também aos adoradores de armas, geralmente "haters" da sociedade? 




Nota Final: \m/ \m/ \m/ 



Hellraiser
3Saudações headbangers, metalcolatras e simpatizantes. 

Eis que nos encontramos novamente aqui para falarmos de mais um album poderosíssimo. 

Agora a bola da vez é o debut da banda Fight, liderada e criada por nada menos, o Sr. Careca Metal God, Rob Halford. 

E pra esse petardo, Halford recrutou na bateria, um nome de peso para acampanha-lo em sua nova empreitada, Scott Travis, que sem duvida nenhuma foi melhor baterista que já passou pelo Judas Priest. 

Halford carregou Travis junto com ele, e recrutou outros membros menos conhecido no mundo metálico, porem ambos com certo talento e com muita sede de brutalidade. 

Por falar em Judas Priest, não hesito em afirmar que este álbum do Fight, poderia muito bem ser o sucessor do magnífico Painkiller, pois cairia muito bem na discografia do Judas Priest, e digo mais, este é o melhor trabalho de tudo o que foi feito por Rob Halford depois do Painkiller. ( seguido de perto pelo Resurrection ). 

Quanto ao disco, encontramos Halford no topo de sua boa forma, alcançando notas onde poucos se arriscariam, e à frente de uma banda super afiada, esbanjando peso e exalando brutalidade com muito feeling e criatividade. 

Heavy Metal poderosíssimo, com pequenas pitadas de modernidade, mas que não prejudicam em nada a obra num todo. 

Encontramos Scott Travis bem mais ´´manso´´ aqui, porem nem assim não tem como não se encantar com suas batidas, viradas e bumbos duplos cheios de técnicas e peso. 

O álbum é perfeito do seu inicio até o fim, começando pela excelente paulada e rápida Into the Pit, seguida por Nailed to the Gun que não deixa a peteca cair de maneira nenhuma. 

Life in Black e Immortal Sin são bem mais cadenciadas, porem são magníficas. 

Não tem como não guarda-las no fundo da mente. 

Temos outra paulada, a faixa titulo War of Words, seguida de Laid to Rest ( uma das mais simples ). 

Com For all Eternity temos a balada do disco, bem a cara de Halford, musica bonita, ...mas ao meu ver chega a ser até desnecessária, tamanho o peso em que o álbum vinha seguindo. 

Little Crazy foi a musica de trabalho, chegou a tocar insistentemente em várias rádios na época. 

Ai vem minha trinca preferida, com Contortion, Kill It e Vicious. Tres sons maravilhosos e pegajosos. 

E pra fechar com chave de ouro, mais um grande hino do álbum, Reality, a New Beginning. Excelente musica. 

Ainda temos uma faixa escondida, chamada Jesus Saves pra dar mais um UPzinho no que já esta ótimo. 

Nota 8,1

The Magician
Antes de qualquer comentário sobre o trabalho gostaria de ressaltar a importância de Mr. Halford para esta singela comunidade conhecida como Heavy Metal. Ao meu ver Rob está entre os 3 maiores vocalistas de sua geração, não somente pelos seus atributos técnicos (nem vou gastar lápis pra falar sobre isso), mas principalmente devido sua ampla influência promovida pelo seu estilo de cantar. 

O vocalista inglês nunca poupou os ouvintes para se adequar ao "establishment" da música de sua época, e para isso cravou na história seus falsetes super agudos e exagerados como uma marca registrada que ecoa até hoje sobre os estilos mais melódicos de Metal. Acima de tudo Rob H. foi e ainda é um defensor declarado do Metal, não optando por nenhuma outra abordagem ou mudança de estilo ao longo de sua longa carreira (só 46 aninhos, já beneficiário da previdência social), tal como uma porrada de outros tiozões que se desviaram para diferentes rumos. Enfim, o cara já tem seu busto em ouro garantido no salão de Valhalla...

Como link para a própria resenha do disco "War of Words" (ou WoW), posso afirmar que toda essa experiência e competência do grão-mestre vocalista inglês garante, no mínimo, que nenhum de seus trabalhos se tornem fiascos. 

Aqui no álbum proposto isso é bem óbvio, já que se por um lado o resultado final pode decepcionar muitos ouvintes no quesito "impacto", a banda é categórica em traçar uma sonoridade sólida e firme sem deslizes na proposta de sonoridade "mega pesada". Fica claro durante seu decorrer que "WoW" prioriza a cadência arrastada dos tempos, costurada entre as distorções brutais das guitarras, ao invés de ataques rápidos e ininterruptos de riffs fraseados. 

Em outras palavras, Halford e sua banda troca a agressividade virtuosa registrada em "Painkiller" (já que não tem como não citar o trabalho prévio) para adentrar quase que exclusivamente em um estilo muito mais pesado e soturno de Heavy Metal, preenchido integralmente pelos acordes super cheios, pelos timbres "gordássos" das guitarras, pelos tons ultra graves e também pelos ranges mais curtos executados nas bases (talvez a única exceção seja a mais animadinha do conjunto - "Nailed to the Gun").

Nesse sentido, o álbum se torna infalivelmente contundente e direto, mas também mais difícil de se manter interessante por muito tempo, já que após algumas audições fica grudado aquele "bate-estacas" dentro de sua cabeça, realizando um incansável looping que gera fadiga como se fosse uma espécie de "ressaca musical". Um outro ponto fraco é que a versatilidade do careca é automaticamente inibida pelas já citadas balizas dos tempos cadenciados e por grande parte dos riffs claustrofóbicos do disco (ainda assim, mesmo com as estruturas limitadas, ele consegue tirar vários coelhos da cartola).

Com essa proposta exposta pode-se dizer que a nata do disco está entre as faixas 2 e 6 ("Nail to the Gun" até "Laid to Rest"); todas essas tem peso com qualidade e não soam como clichês do gênero. Ainda dou maior ênfase para "Imortal Sin" e "War of Words", faixas marcantes do disco, e ainda vale citar "For All Eternity" e "Little Crazy" como músicas, no mínimo, interessantes.

Sobre tudo isso, fica ainda registrada a acidez das composições de Rob quanto suas letras, críticas escancaradas que estapeiam a cara de nossa sociedade suja de hoje, ainda que tenham sido escritas lá atrás em 1993.

Nota 7 ou \m/\m/\m/\m/. 


The Trooper
3
Tenho que começar discordando levemente com Hellraiser, embora ele seja claramente mais gabaritado para falar sobre Judas Priest, eu insisto na subjetividade da visão do meu mundinho: não acho que War of Words seria naturalmente o sucessor de Painkiller, embora eu ache (e presumo que Hellraiser discordaria dessa minha opinião) que o álbum lembre um pouquinho o Jugulator; também discordo que seja a melhor coisa que Halford fez desde Painkiller, o próprio Angel of Retribution é melhor).

Terminadas as discordâncias é hora das concordâncias, e a principal é: esse álbum é bom. O Fight emprega estilos variados na construção do War of Words, mas é heavy metal, e é tudo pesado, ou é raivoso ou é melancólico. Embora mais simples do que Judas, é tão pesado quanto (claramente MAIS pesado do que os álbuns mais pops) e mantém a qualidade durante todo o trabalho.

Outro ponto forte são as letras (em oposição às letras do Angel supracitado, que o Phantom resmungou sobre os chavões), como afirmou o Magician, um cuspe ácido na cara da sociedade, mas não só isso, embora eu não seja muito fã na maior parte do tempo, as letras das músicas mais lentas e melosas também são bacanas (algumas são meio cor sim, cor não, se é que você me entende, como Immortal Sin e Laid to Rest - parecem ter como inspiração antigos namorados cretinos - mas For All Eternity é bem legal - inspirada em alguém da família?).

Embora a nota pudesse ser maior se o álbum fosse um pouco mais acelerado, a peteca não cai justamente porque a banda varia bastante o estilo, lembrando um heavy metal mais clássico no início (e acelerado, como Judas), passando por uma fase mais Sabbath/Ozzy lentona e terminando num estilo mais doidão.

Recomendado.

Nota: \m/\m/\m/\m/

P.S.:  Into the Pit parece que foi escrita pro Temer.


11 comentários:

  1. Hellraiser, eu não hesito em afirmar que este álbum não cairia tão bem na discografia do Judas e digo mais: não supera o Angel of Retribution hahah. War of Words do Fight é bacaninnha, mas é nítido que o Halford não quis criar músicas nos moldes do Judas, salvo duas ou três faixas, as propostas destas duas bandas são diferentes.

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    1. Se fosse para criar músicas nos moldes do Judas Priest que sentido Faria? Como disse, esse álbum não cairia bem na discografia da sua então ex-banda, não mesmo pois esse é um álbum do FIGHT! Agora, chamar de bacaninha um puta álbum de Heavy Metal é muita petulância!! Você tem certeza de que gosta de Heavy Metal? Que tipo de música você escuta? Grunge? Nu Metal? Emo Core? Faça-me o favor...nunca li uma resenha tão pobre e irrelevante.

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    2. Marcílio Gomes, tu comentou chapadinho, foi? É óbvio que o Halford não quis criar músicas nos moldes do Judas. O Halford criou um álbum revolucionário cheio de críticas sociais, enquanto o Judas preferiu continuar masturbando as guitarras abordando sungas de couro e fetichismos.
      Agora, querer que eu ache um puta álbum de heavy metal é muita petulância... Nunca li um comentário tão pobre e irrelevante.

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    3. É um puta álbum sim, Emo Lord, seu petulante! 😆

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  2. Sim, ...concordo, ...ele estava se desligando do Judas e claro que não iria querer lançar algo que desse continuidade aos trabalhos de sua ex-banda, ou que soasse como uma simples cópia do que ja vinha fazendo ...tanto que soa um pouco mais moderno, agora, ja quanto o citado pelo Angel of Retribution eu discordo completamente, ...mas respeito sua opinião, ...mesmo pq. ja foi citado varias vezes que este album do Fight, pra muita gente é o melhor trabalho do Halford após Painkiller.
    Ja o que eu quis dizer sobre se encaixar na discografia do Judas, ...é que viraria um classico facil e de extrema aceitação caso o fosse, pois o proprio Judas viajou em muitos altos e baixos em sua discografia, ....em Heavy pesado e Heavy quase farofa e as vezes quase beirando um pop rock ( Vide Painkiller, Brithish Steel, Point of Entry e Turbo ), então não vejo como algo impossivel este album ter sido lançado pelo Judas após o Painkiller.
    Cairia na graça da galera, muito mais do que os seus sucessores, pode ter certeza, kkkkk

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    1. De fato o Judas viajou bastante entre "sub gêneros" do rock/metal, pois a sonoridade e/ou ritmo das músicas variavam bastante... até o Painkiller. Vendo por este lado, talvez o War of Words até poderia "se passar" por um disco do Judas.

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  3. Crítica à cultura pró-armas, crítica à retórica do "politiquês", critíca ao "controle descontrolado" do governo, crítica ao dogmatismo.... crítica é o que não falta nesse trabalho, rsrsrsr.

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  4. Esqueci de destacar as melhores: Into the Pit (disparado), For All Eternity e Little Crazy (note que o estilo das três diferencia bastante uma das outras).

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  5. Into the Pit só pro Temer? No mínimo para o parceirão dele tb...

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  6. Trooper, quando me referi que este disco poderia ser o sucessor do Painkiller, não me referi ao tipo de som, pois é bem diferente, apesar de ser bem pesado também,...como disse ao Phantom, ele cairia muito bem na DISCOGRAFIA do Judas, já que eles próprios, viajam bastante entre estilos, vide Brithish Steel (mais popular), Point of Entry (mais Rock n Roll), Stained Class (talvez o primeiro mais Heavy), o próprio Painkiller, que é pesadão, etc....
    Se este disco fosse do Judas, todos adorariam ele, e não sentiriam distinção nenhuma.
    E sim, ....isso MATA, PISA, DESTRÓI, INCINERA e ANDA po CIMA da carcaça podre do Angel of Retribution.
    Você só não conheceu ele antes !!!
    Se tivesse conhecido na época do lançamento, bem antes do Angel, também concordaria.
    Angel é tipo um Brave New World do Iron, ....é legalzinho e tal, ..mas conta MUITO mais como os discos de retorno de seus vocalistas, do que qualidade realmente, rsrs

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    1. Ooooorra Magician, falou mal do BNW! Vai deixar?
      P.S.: AoR só tem 1 faixa zoada, a que o Pirikitus mais gostou.

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