segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Within Temptation - Mother Earth

O álbum "Mother Earth", lançado em 2000 pela banda Within Temptation foi escolhido por The Magician para análise dos Metalcólatras.


Faixas: 1-Mother Earth; 2-Ice Queen; 3-Our Farewell; 4-Caged; 5-The Promise; 6-Never Ending Story; 7-Deceiver of Fools; 8-Intro; 9-Dark Wings; 10-In Perfect Harmony.

Venâncio
 Mais um vocal feminino... entretanto este já esteve presente neste Blog e numa bela obra de arte... hoje vemos este vocal onde foi consagrado, obtendo pra si o sucesso necessário para se tornar reconhecido mundialmente.

Antes de mais nada, gosto de lembrar da importância de escutar um álbum na sequencia de como foi elaborado, uma vez que tal não é feita em vão... salvo, é claro, casos onde as drogas, caos e álcool falaram mais alto.

Temos em Mother Earth abrindo já com sua faixa de titulo homônimo e um dos "carros chefes" da banda, uma excelente musica com alternâncias de peso versus melodia bem demarcadas e um sensação de algo cíclico, que pela duração da musica acaba por tirar um pouco de seu brilho inicial... Na sequencia temos a bombástica Ice Queen, que com certeza coloca esta banda na memoria de seus ouvintes dada sua natureza marcante.

A partir daqui o álbum se torna completamente novo para mim, são musicas que escuto pela primeira vez e me faz perguntar se esta num seria mais uma banda de um ou dois sucessos... Our Farewell vem como alivio sonoro acalmando o inicio "acelerado" da obra e focando nas habilidades de sua vocalista... Caged da inicio a "elevação" (não liguem muito para os termos aqui utilizados, creio que a maioria só faz sentido pra mim), temos aqui um pouco mais de agressividade tanto no vocal como nos instrumentos, misturados com momentos de conformismo... razoável seria melhor se fosse menos elaborada em suas partes mais agressivas... The Promise começa bem orquestrada mas falta peso que a essa altura (metade do CD) se faz necessário para continuar a escutar o restante... sem falar que toda essa "emocidade" durante quase 8 minutos chega a dar dor de cabeça quase me fazendo desistir de conhecer o resto...mas vamos lá.

Never-Ending Story... mais uma balada? sim mas essa é a única que merecia ficar na obra... Deceiver of Fools, precisava? 7 minutos?... Intro... Dark Wings razoável... In Perfect Harmony, suave, tranquila perfeita para encerramento.

Em suma temos aqui uma obra onde menos significaria mais, ficando como sugestão as faixas 1, 2, 4, 6, 9 e 10 em especial as duas primeiras.

6 pitus e um guaraná.



Phantom Lord
 Mais um álbum cheio de elementos “sinfônicos” chega ao blog... Que épico. 
Na verdade, eu gosto destes estilos de música, mas a combinação do heavy metal com “orquestras e afins” deve ser algo planejado com muito cuidado. 
As duas primeiras músicas são muito boas em minha opinião, mas obviamente não são nada adequadas pra começar um quebra-quebra, se você espera algo com tamanha agressividade neste álbum, fica a dica: desista. Simplesmente não é a proposta da banda. O que eu não entendi direito é porque críticos de música classificam esta obra como Symphonic Metal / Gothic Rock... Gothic? Aonde? Bom, estes “rótulos” deveriam orientar o estilo e proposta dos álbuns, mas muitas vezes não ajudam em merda alguma. 
Passada as duas primeiras músicas que mostram uma boa combinação do “sinfônico” e do “metal” (destaque para a vocalista), temos várias músicas lindas. Uma ampla e meiga calmaria se espalha por todo álbum... 
Epa... O que CALMARIA MEIGA tem a ver com que heavy metal?? P$#@ que pariu. Além de muita calmaria o disco ainda tem mais 3 faixas loooongas. Que porre! Da faixa 3 a 10 só Dark Wings se destaca sem chegar ao nível das duas primeiras músicas do álbum. 
Enfim, Mother Earth é um álbum muito bem feito e extremamente sonolento. 
 Onde está a tarja de advertência?? 

Mother Earth 7,5 
Ice Queen 8,3 
Our Farewell 5,5 
Caged 6,5 
The Promise 5,8 
Never-Ending Story 6,0 
Deceiver of Fools 5,9 
Intro / Dark Wings 7,0 
In Perfect Harmony 5,2 

 Modificadores: nenhum 
 Nota: 6,3 

 The Trooper
  3O primeiro álbum do Within Temptation, Enter, deu a alcunha que muitos usam para classificá-los, gothic metal, entretanto, neste segundo álbum, muitos começaram a classificá-los como symphonic metal (até mesmo a bela vocalista, Sharon, segundo a wikipedia), e embora nunca tenha ouvido outro álbum dos holandeses antes, concordo com a classificação conforme o que eu ouvi neste trabalho. Logo, poderíamos começar uma comparação com Rhapsody ou Luca Turilli, mas a banda holandesa consegue se afastar dos italianos, é menos orquestrado, menos medieval, menos pesado e... mais bonito (pois é, acho que não tem outro adjetivo para a banda da Sharon).
Quando o Magician comentou sobre o Disney metal que havia postado, eu dei risada, mas minha primeira impressão foi realmente essa, Rei Leão, Pequena Sereia e sei lá o que mais diabos me lembrou. Lá pela segunda vez que ouvi o álbum ainda estava muito tentado a escrever um monte de blasfêmias aqui no blog, mas ouvindo pela terceira vez perdi a vontade, como ver um belo pássaro e sentir vontade de apedrejá-lo? Ok, analogia porca, mas é bem isso, a voz da Sharon den Adel é bonita demais e me impediu de descer a porrada na banda.
Mas em respeito aos metaleiros, devo adverti-los, depois da quarta faixa, os vestígios de heavy metal vão se esvanecendo, e o que sobra parece trilha sonora de filme guiada por uma voz muito bonita. Lá pelo final, Dark Wings tenta acordá-lo, mas você já está em torpor.
Destaque para alguns trechos de guitarra (não abundantes) bem legais, para as faixas Ice Queen e Mother Earth, e claro, para a sublime vocalista.

Nota: \m/\m/\m/

The Magician
Um disco composto de profundos epicismos, suntuosos arpejos e elegias solenes.    
As passagens atmosféricas perfazem as melodias melancólicas ou soturnas, que são compostas pela profusão quase orquestral de uma sonoridade multi instrumental, que acaba por censurar o poder das guitarras.
Se escutado ou analisado superficialmente, com certeza "Mother Earth" dos holandeses do Within Temptation se passa  mais por um trabalho de New Age ou por um CD de grandes clássicos da Disney do que propriamente por um disco metaleiro de verdade.
Se houver insistência (ou paciência) do ouvinte no entanto, pode-se perceber a centelha metaleira enrustida na obra, e revelada principalmente pelas distorções graves da guitarra evocadas principalmente nos momentos apoteóticos da obra.
Pois é, embora nem todos os metaleiros admitam, as várias estradas abertas pelos bandeirantes do Metal possibilitaram diversas experimentações; experimentações essas que por vezes se moldaram em estruturas que pouco se assemelham ao conceito mais estrito de música, enfatizando de maneira não proporcional os elementos não-musicais (espero não ser mal interpretado por esta colocação). E justamente por conta deste fato achei interessante sugerir esta postagem, onde (quase que paradoxalmente?) uma banda de formação na escola Heavy Metal prefere focar de maneira "exagerada" nos elementos super-musicais.
Concordo como membro atuante deste meio que o normal mesmo é escutar, dentro de uma porção de dez ou doze músicas, apenas duas ou três no "estilo Within Temptation" sem que seu saco exploda em pedacinhos, mas devo admitir que as harmoniosas e lindas canções - ou serestas celestes - embaladas pela sublime voz angelical da intérprete Sharon (nome de bruxa, já diria os Osbournes) pode emocionar qualquer metaleiro um pouco mais sentimental, o que não é o meu caso.
Um bom álbum, mas com exceção das faixas "Ice Queen", "Mother Earth", "Deceiver of Fools" e "Dark Wings" seria muito difícil acrescentar alguma música nas listas dos MPs de rotina, devido ao conteúdo altamente sonolento.
Especial menção às faixas "Our Farewell" e "Never ending Story" que se desconsiderarmos os vocais parecem ser oriundas da trilha sonora do game de PS1 - Chrono Cross...

Nota 6,8 ou \m/\m/\m/.

P.S: Escutei este CD por pouco mais de uma semana no caminho de ida e volta do serviço, e foi o suficiente para que eu arrumasse confusão no trânsito e desavenças no trabalho. Este tipo de música, independente de sua qualidade, causa o efeito inverso ao proposto pelos acordes e arranjos leves e suaves de suas canções em metaleiros como eu.... 



Pirikitus Infernalis
Within Temptation, a banda que revelou ao mundo metal uma das melhores coisas da sua história: Sharon den Adel.

Mother Earth é um cd que divide de longe a opinião das pessoas, ou ele é bom, ou ele é um lixo (Ou Mother Crap, como diria uma das resenhas do Metal Archives). Eu fico meio em cima do muro nessa questão entendendo que é um bom cd de uma banda esforçada.

Eu não creio que existam músicas abomináveis neste cd. A banda por si só já possui uma vertente mais puxado pro Symphonic Metal, o que as vezes significa que o cd será um saco. Mas aqui eles conseguem, na medida do possível, levar as músicas com certa competência e, quando isso não ocorre, deixam a voz da maravilhosa Sharon brilhar (como por exemplo na música The Promise).

Sharon por sua vez pra mim consegue ser o único destaque unânime entre a gama de músicos da banda. Seja utilizando sua voz sinfônica(?) ou até uma voz mais desafinada como no refrão da música Caged. O guitarrista Robert Westerholt também tem seus momentos.

Top3: Ice Queen, Never-Ending Story e Dark Wings. Shame Pit: Deceiver of Fools.

Nenhuma maravilha, mas tem seus momentos bacanas.

Nota: 6,5


Ancient spirits of the forest,
Made him king of elves and trees,
He was the only human being,
Who lived in harmony,
In perfect harmony.

13 comentários:

  1. É... essa escolha foi bisonha... mas ta aí.

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  2. E não é que o Venâncio foi razoável em sua resenha? Pensei que ia se rasgar todo pelo álbum. Esse álbum é mais uma prova que senãoémetallicanãoébom...essas bandinhas não conseguem fazer mais de meia dúzia de músicas legais.

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  3. "entretanto este já esteve presente neste Blog e numa bela obra de arte... "
    Esteve, Venâncio?
    Acho que tu estás enlouquecendo... Ah, esqueça! Enlouquecendo você está desde tua mais distante infância.

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  4. "Uma ampla e meiga calmaria se espalha por todo álbum",
    com esta frase Phantom, você estampou a sinopse da obra, ela devia estar no encarte do álbum rsrsr. Da mesma forma que uma produção editorial de um livro best-seller seleciona frases de críticos para colocar em sua capa.

    quanto à observação do Venâncio sobre o vocal dela já ter participado deste blog, ele tem razão. Esteve no CD Avantasia Part I, em faixas como The Glory of Rome e Sign of the Cross...

    ela é meio requisitada na cena em geral, participou também do álbum Horror Show do Iced Earth, na melhor música do CD: The Phantom Opera Ghost"

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. É vero, esqueci que era ela no Avantasia que passou aqui no blog há séculos...

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  7. Cara, pq sempre sou o louco? O insensato? Pô, chega né!

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  8. Comédia sua resenha Trooper , voz bonita não combina com metal mesmo.....segundo nosso amigo Treebird a voz dela lembra muito a da Sandy (&Júnior

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  9. Pois é...não tenho certeza disso, afinal como justificar a existência da porrada de vocalistas melódicos ? Mas a banda não se esforça em tocar heavy metal, nota-se que o objetivo é ganhar o público com foco na vocalista (como todas as nightwishtobe fazem), pelo menos há a desculpa que a Sharon fundou a banda com o outro cara...daí ela pode ser estrelinha por vontade própria.
    p.s.: Vamos chamar a Sandy pra nossa banda e fazer um álbum cheio de distorção?

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  10. O Junior bem que quis dar uma de roqueiro...

    A Sandy até que serve, mas para tocar no Glass Spiral tem que ser muito True!

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  11. segue linkzinho esperto para algumas músicas do soundtrack de Chrono Cross:

    http://www.youtube.com/watch?v=jZWopPAbPj8

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