segunda-feira, 25 de julho de 2011

Fates Warning - Awaken the Guardian


Escolhi para análise, o álbum Awaken the Guardian lançado pela banda Fates Warning em 1986.




The Trooper
3 Ah...apareceu o metal progressivo, confesso que não conhecia Fates Warning, nem sabia que era um dos precursores do progressive metal ao lado de Dream Theater. Não sou fã do gênero, portanto não terei palavras agradáveis sobre o álbum em questão, gosto de uma ou outra música do Dream Theater, e andei escutando algumas músicas do Fates Warning no youtube e não houve nada que me impressionasse, para agravar, achei que a banda pega trechos emprestados de outras músicas em demasia, pelo menos tive essa impressão duas vezes, uma no youtube e a outra no Awaken The Guardian (Time Long Past lembra Call of Ktulu do Metallica, com a diferença - é claro - que Metallica é melhor). O principal problema para mim é a quebra de ritmo, presente em todas as faixas, então eu acabo gostando de um riff de guitarra aqui e outro ali, mas de nenhuma música inteira. Para quem não tem problemas com isso, este trabalho deve ser um clássico agradável.

O álbum não é ruim, mas também não é daqueles que eu possa falar "BOM" em alto e bom som, dá pra deixar de fundo " de boa".

NOTA: 6,5



Metal Mercante
Hoje é dia de Heavy Metal 101 com o professor MetalMercanteAo longo da (até agora) curta vida do blog Metalcólatras, em algumas das minhas resenhas fiz questão de demonstrar meu apreço pelo que considero como a fase de explosão do Heavy Metal que foi o começo da década de 80, onde a impressão que tenho é que todos os lados sempre havia um conjunto de jovens, sem medo de arriscar, com alguma técnica e MUITA vontade de tocar. A incontestável maioria das bandas que fizeram aparições aqui no site surgiu nessa época e boa parte de seus sucessos foram concebidos nesta era de criatividade iluminada.
Um dos exemplos (esquecidos) desta gloriosa época é justamente a banda Fates Warning que de acordo com a Wikipedia “quase fez sucesso” e o seu cd “Awaken the Guardian” foi a sua maior contribuição (esquecida) para o mundo do Heavy Metal.
Uma das minhas distrações é pesquisar na net em busca de CDs de Heavy Metal bem avaliados, quanto mais “underground” o site melhor e em vários deles um padrão se repetia.
Metal CD Ratings - Fates Warning - Awaken the guardian 5/5
Sputnikmusic – 5/5
Amazon – 4,5/5 – 46x5; 5x4; 2x3; 1x2; 2x1 – Ok, esse site não é tão underground assim, mas 46 de 56 notas 5 é bastante
Metal Storm – 10/10
Metal Observer – 10/10
Metal Archives – Uma paulada de reviews acima de 90% (1 espírito de porco deu 60%)
Então, porque um cd tão “aclamado” no cenário underground “quase fez sucesso”?
Para se ter uma ideia, a anos eu tenho este cd na minha biblioteca, ocasionalmente dei alguma chance para ele, mas ele nunca me empolgou de verdade até que a alguns meses atrás resolvi parar e escutar, escutar novamente, novamente e ... depois de algumas tentativas (que tenho que admitir que foram forçadas) comecei a prestar cada vez mais atenção e como uma criança que aprende a ler, aos poucos fui aprendendo a gostar deste cd até o ponto em que no último mês ele não sai da minha lista de reprodução.
Em outras palavras, Fates Warning – Awaken the guardian é um cd complexo, não é a toa que a banda leva crédito por ter sido uma das pioneiras na criação do gênero do Metal Progressivo, reconhecido até por quem entende do assunto como Baterista do Dream Theather Mike Portnoy:Very often fans and critic credit Dream Theater for creating a whole new genre of progressive metal music in the late ‘90s/early ‘90s, but the truth is Fates Warning were doing it years before us.
Complexidade esta que na minha opinião é uma faca de dois gumes pois por um lado a banda foi capaz de criar uma obra de arte pelo menos 10 anos a frente do seu tempo, porém por outro lado esse estilo de música pode ser desafiador para a grande maioria do público metaleiro. Ou para o publico em geral, já que este tende a dar preferência para coisas mais simples na linha comercial, mais ou menos como o Magician havia escrito na sua resenha sobre o álbum preto do Metallica.
No final das contas, aqueles que tiverem paciência de escutar com calma serão recompensados com uma das mais preciosas obras do início da década de 80. Uma pena que a banda não foi para a frente e que John Arch não continuou cantando, já que seu vocal é muito bom.
Destaque para as músicas “The sorceress”, “Fata morgana”, “Guardian” e “Exodus”


Phantom Lord
O nome Fates Warning sempre me pareceu familiar… como se eu ouvisse falar da banda várias vezes no passado. Mas não me lembro onde ouvi, nem lembro se cheguei a escutar alguma música deles...
Awaken the Guardian… Um tanto difícil ouvir todo álbum e avaliar com precisão... O vocalista não é ruim, mas falta algo em sua voz, é aparentemente fraca... A produção do álbum não pareceu grande coisa... um tanto rústica para a proposta (experimental) da banda em minha opinião, mas não chega a estragar as músicas. A parte instrumental é boa, mas como era de se esperar, as mudanças de ritmo são freqüentes ao decorrer deste trabalho do Fates Warning, o que gera vários bons fragmentos de música espalhados pelo álbum.
O “lá-lá-lá” da faixa Fata Morgana fica entre o engraçado e o terrivelmente brega.
Enfim, entra música e sai música, o ritmo fica lento, acelera, desacelera, e... haja paciência. Talvez seja melhor ouvir Awaken the Guardian “picado”, ou espalhar suas músicas entre vários outros trabalhos de outras bandas.
Concluindo... este álbum não é ruim, parece um trabalho criativo para época em que foi lançado, e digno de influenciar outras bandas dentro de seu estilo... Mas como não sou fã de “progressive metal” e nem acompanho bandas deste “sub-gênero” é melhor eu parar por aqui.

Nota: 5,8.



Pirikitus Infernalis



Um cd de Metal Progressivo, a única coisa que posso dizer é: Blog errado, meu caro! (Será?)

O cd em si é um cd mediano, o que me pegou não foi a qualidade de técnicas e coisas do tipo. Pra mim não tem essa, ou o cd me chama atenção ou não chama, e esse passou a maior parte do seu tempo em branco.

Musicalmente, os caras são obviamente bons (músico ruim em banda metal/prog tem que morrer), mas o vocalista foi o maior aspecto negativo que eu notei. Ele consegue atingir um tom muito agudo/irritante, mas falta algo em sua voz. Nem vou dizer que ela não é afinada, pois isso pra mim é indiferente, mas é algo que atrai negativamente o ouvinte. De resto, a banda não faz feio.

O cd começa muito bem com The Sorceress, apaga na Valley of The Dolls, volta com tudo na Fata Morgana, vira algo muito interessante em Guardian, porém a partir daí eu não consigo me lembrar de nada do cd..NADA! Isso porque eu ouvi ele umas 10 vezes. Tem horas que não dá amigo, esse cd foi um exemplo disso.

Os destaques positivos vão para The Sorceress, Fata Morgana e Guardian.

Nota: 6,0



The Magician

Nos anos 80...

Após ser demitido do Black Sabbath, Ozzy começava a traçar sua jornada-solo pelo mundo do Rock e lançando Randy Rhoads se torna o maior responsável por popularizar o emergente estilo de som chamado Heavy Metal; O Iron Maiden se consolida na cena Inglesa e nesta década polemiza, inova e praticamente padroniza o que pode e o que não pode ser chamado de Metal; Nas mão de Hetifield, Kerry King e Dave Mustaine surge a pesada, realista e criativa “escola” do Trash Metal estadounidense; Dio rascunha com DeMaio o Manowar, vai para o Sabbath, vira ícone do Metal e posteriormente se desliga da banda para em carreira solo definir junto aos americanos o estilo conhecido como Power Metal; O Helloween cria o Power Alemão com seu estilo melódico e fertiliza a técnica e a teoria musical dentro do Heavy Metal e o gênero se prolifera em uma gama de bandas seguidoras do estilo por todo o mundo; Van Halen converge todos os conhecimentos da guitarra rock elétrica para criar o mais emblemático e extremo estilo de tocar influenciando todos adeptos do instrumento de 6 cordas que viriam depois dele; e enfim AC/DC forja a obra mais venerada e vendida do ramo e estampa o rock-metal no consciente popular.

Isso sem citar o super-popular Hard Rock dos anos 80 e as vertentes profanas e sórdidas do metal, que foram concebidas pelo “arquétipo Venom”...

O período inspirado de 1980 a 1990 foi o verdadeiro “Iluminismo” do rock/metal.

Essa sinopse serve para afirmar que a década de 80 foi a mais próspera desse meio e que embora alguns ótimos trabalhos foram feitos nas décadas seguintes, de fato houve uma desaceleração de idéias.

Neste cenário borbulhante estava lá também o “Fates Warning”, que eu sob o manto da ignorância não tinha nem ouvido falar.

Ler a história da banda na Wikipédia me fez sentir como assistindo à uma novela da Globo, por isso não vou focar o “behind the scenes” ou “background”e sim apenas o álbum em si.

A sonoridade geral me pareceu muito familiar aos dois primeiros CDs do Helloween, principalmente escutando as características vocais e algumas passagens das guitarras, mas há de se dizer que a qualidade das composições é bem menos expressiva se comparadas à dos alemães. Embora o instrumental seja bem trabalhado a produção me pareceu simples em demasia; talvez com um tempero a mais nesse quesito o resultado final mudasse completamente, empolgando mais e realçando mais cada uma das músicas.

Só que esses fatores são meras ilustrações para o que de fato é o cerne de Awaken the Guardian: a composição polirítmica. A banda utiliza a alternância dos tempos de condução no decorrer de todo o trabalho a ponto de no primeiro compasso da primeira música você já perceber esta abordagem, e a impressão final é que muitas das musicas são desorganizadas, desestruturadas, ou pior: mal feitas; quando na verdade exigiram um estudo musical muito mais aprofundado de seus criadores, que acabaram criando um CD de ensaios sobre a exploração rítmica dentro do gênero.

Mas ninguém se importa com isso, e resume-se a uma questão de coerência dos autores: querer vender música pra músicos ou música para os metalheads?

Dentro desta explosão heterogênea do rock/metal dos anos 80 o Fates Warning criava um verdadeiro disco de laboratório – “Awaken the Guardian” – que serviria de base para idéias de outros músicos...

Não sou músico, sou metalhead.

Nota: 5,9 ou \m/\m/\m/

8 comentários:

  1. "No final das contas, aqueles que tiverem paciência de escutar com calma serão recompensados com uma das mais preciosas obras do início da década de 80."
    É Mercante, realmente precisa de paciência para ouvir "progressivo", mas às vezes nem toda paciência do mundo ajuda, como vc comprovou na última resenha (All Hope Is Gone) e a opinião não muda.

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  2. Tem razão, por isso esse tipo de banda não faz sucesso...

    Imagina lá na década de 80, os caras querendo promover músicas de 7-8 minutos, com umas puta passagens complexas...

    Onde? No rádio? Na MTV?

    Sem falar que eles tinham contrato, se não me engano com a Metalblade, que não tinha dinheiro nem pra café...imagina gravar um clipe para a TV...

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  3. Será que sou um indivíduo impaciente?

    Esqueci de citar o destaque do álbum: The Sorceress, talvez por ser a primeira faixa, e nesse momento minha paciência ainda não desaparecera.

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  4. Sinceramente achei que o cdzinho fosse agradar mais vocês...uma pena...

    A única coisa que "deu certo" é eu achava que o Magician ia dar destaque para Guardian...

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  5. Não se preocupe Mercante, ainda teremos uma chance de salvar o Metal Prog. no blog!

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  6. Pirikitus, pelo que tu escreveu do cd, até que tua nota me pareceu generosa. Afinal você praticamente não lembra de 70% do disco... e deu nota mais alta do que uns outros cds que tu não desceu tanto a lenha...

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  7. Eu acho que manti um padrão, Phantom. A nota foi a mesma que em cds de bandas como Arya, Haggard e Twisted Sister...cds que eu achei entre 3 e 4 músicas interessantes.

    O instrumental também deu uma pesada pra arredondar pra 6...

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