quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Titãs - Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas

O álbum Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas lançado pela banda Titãs em 1987, foi escolhido por Phantom Lord para análise.



Phantom Lord
Já que o blog "sobreviveu" milênios, venho cumprir minha promessa que não foi exatamente prometida. Depois de ter que ouvir álbuns do Battle Beast, Faith no More, Slash, Type O Negative (que nem se tratam de heavy metal) e metais toscos como Hail to England, Kings Among Men, Violence and Force e Iron Blessings, nada mais justo do que trazer um rock mais punkesco. Afinal o Ramones quase entrou neste espaço no duelo de bandas que aconteceu há anos... Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas é um álbum (obviamente nada metálico) da banda brazuca Titãs, que emplacou diversos hits nas estações de rádio entre os anos 80 e 90 (Comida, Diversão, Desordem, Lugar Nenhum...) e por isto, várias de suas músicas fazem parte do meu repertório. É um álbum com músicas curtas e alguns temas "sociais" interessantes, ainda que geralmente expressando opiniões (claro). Nada mirabolante, mas bem criativo sem apelar muito para outros estilos musicais como acontece com diversas músicas de outros álbuns dos titãs. Em minha opinião o ponto forte deste álbum fica por conta de Lugar Nenhum seguida (literalmente) de perto por Armas para Lutar.

Todo Mundo Quer Amor 6,2

 Comida 7,2 
O Inimigo 6 
Corações e Mentes 6,7 
Diversão 7,1 
Infelizmente 7 
Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas 6,5
Mentiras 6,2 
Desordem 7 
Lugar Nenhum 8,1 
Armas Para Lutar 8 
Nome aos Bois 5,5 
Violência 6,5


 Nota Final: 6,9

Hellraiser
3Pois é….. 

Metalcolatras ….. Titãs !!! 

Meio esquisito isso por aqui… 

Mas confesso…. 

Gosto deste disco ! 

Tenho este CD… 

Isso bate em mim com total nostalgia, …numa época em que o Titãs era uma banda de altíssima qualidade, e ao mesmo tempo ´´porra louca´´. 

Uma meia sequência do já muito foda ´´Cabeça Dinossauro´´, onde a banda não deixou a peteca cair, e veio recheado com verdadeiros hinos do Rock brazuca como ´´Comida``, ´´Corações e Mentes``, ´´Diversão´´, a faixa título, ´´Desordem´´ e a super paulada ´´Lugar Nenhum´´. 

Época de ouro da banda. 

Não sei qual nota dar a isto, ..mas pela época, pelo saudosismo, e pela qualidade da banda, segue aí um 7 de boca cheia !!!! 

 
The Trooper
3
O Phantom aloprou ... essa é a verdade. E eu estou sendo o philodox de sempre na minha resenha. Porque não escondo que Titãs sempre foi minha banda predileta de rock nacional (antes de virar pop).

Para estabelecer paralelos na minha análise, enquanto eu ouvia este álbum no caminho para o trenzão, eu comparei essa postagem como se alguém que fizesse resenhas de heavy metal tivesse que fazer uma resenha do Billy Idol de repente.

A comparação é útil para excluir o fator de musicalidade regional da análise. Billy Idol toca um rock and roll muito diferente de heavy metal. E sim, eu sei que o blog não é apenas de heavy metal. A proposta na criação foi de postar rock/heavy metal, independente do nome ou das discussões imbecis que alguns, principalmente Barbarian e Pentelho, insistiram em trazer para as postagens.

Mas JNTDNPDB (nome cumprido da porra) é um álbum aberrativo para um blog que tem de 80 a 90% de postagens de heavy metal. Não estou dizendo isso querendo excluir o Phantom do blog, pois não sou xiita como Mercante/Barbarian, nem cago regras como o Magician e o Próprio Farofa Lord. Mas sim, para enfatizar a dificuldade de resenhar e dar nota para um álbum desses. (Tudo bem, Blood Kisses e outras merdas do tipo deveriam dizer algo sobre isso... mas se dizem, eu não entendo o significado)

Se fosse Titanomaquia a tarefa seria mais fácil (talvez até o Cabeça Dinossauro), porque embora tenha a usual porcentagem de maluquice própria dos Titãs, é um álbum muito mais pesado e que indiretamente está muito mais ligado ao heavy metal.

Mas enfim, chega de enrolação e vamos lá: é óbvio que tem várias músicas dos Titãs que são compostas enquanto os caras estão fumados (pra mim é impossível alguém compor algumas dessas maluquices sem estar doidão). Essa parte fumeta existe em várias bandas, e aqui no blog pode ser constatada em alguns posts, como Angel Dust do Faith No More, e o já citado Blood Kisses do Type O Negative.

As músicas fumetas, mesmo aquelas do Black Sabbath e Pink Floyd (e olha que eu gosto muito das músicas sóbrias dessas duas bandas), nunca conseguiram despertar minha atenção. Então eu só posso destacar as músicas 'sóbrias' da banda neste trabalho: Comida, Corações e Mentes, Diversão, Mentiras, Desordem, Lugar Nenhum, Armas pra Lutar, e Violência.

O legal de Titãs é que no meio do caos das letras você sempre tira algo muito bacana, que faz você refletir. Esse viés meio anarquista dos caras é bem próprio do rock, é um estilo de contestação, não tem como negar. Pode ter um merda de um nazista que ouve/toca algum tipo de rock/metal? Claro que sim, afinal ninguém espera de verdade que a humanidade tenha coerência. Mas eu realmente gostaria que aquele cidadão que faz questão de defender os 'valores' da família, da religião que ele acha que é a única correta, ou os 'direitos' do patrão, fosse ouvir um tipo de música mais 'chupa-bolas.'

Enfim, o destaque de verdade vai para o baixista (quando boa parte das músicas tem pouca distorção, o cara tem que saber tocar), e para Lugar Nenhum (essa música é realmente foda ... e também para refletir. E cuidado ao refletir, você não pode ter preguiça e parar no meio do caminho. Tem que fazer o caminho completo.)
Nota: \m/\m/\m/\m/


quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Dragonheart - Underdark

O álbum Underdark lançado em 2000 pela banda Dragonheart, foi escolhido por The Magician para análise.

Faixas: 1-Intro; 2-Arcadia Gates; 3-Battlefield Requiem; 4-Dynasty And Destiny; 5-Tied In Time; 6-Night Corsaries; 7-Sir Lockdünam; 8-Underdark; 9-New Milenium; 10-Mists of Avalon; 11-Gods of Ice.

The Magician
Essa postagem foi feita obviamente para corrigir o equívoco cometido no mês passado, quando por desinformação, indiferença ou ignorância mesmo, o Trooper postou aqui no blog o segundo álbum do Dragonheart, ao invés do épico debut dos curitibanos.

Pois aqui está, o primeiro disco de Power Metal declaradamente 'espadinha' do Brasil, Nerd Metal até os ossos, sem rodeios; se o Blind Guardian era responsável por carregar a bandeira Nerd à frente das demais bandas gringas na virada do século, eles o faziam de certa forma elitizada, estavam com obras literárias respeitáveis como base lírica. Já o Dragonheart foi direto ao assunto, pulando da literatura tradicional de fantasia direto para os cenários de RPG, tanto na capa quanto no conteúdo musical (conforme citado pelo Trooper na postagem anterior).

Oras, não é preciso dizer o que isso significava para os moleques RPGístas e metaleiros daquela época (e naquela época acreditem, se não haviam tantos metaleiros que eram RPGístas assim, o oposto - RPGístas que eram metaleiros - era praticamente 50%) e eu estava nesta área de intersecção, ou seja, M∩R = (The Magician). Era como se o "curso natural das coisas" finalmente tivesse convergido na concepção deste álbum, e posso afirmar que foi um sonho realizado para esse grupo de nerds: "enfim um CD feito exclusivamente para as trilhas sonoras de nossas sessões".

Além disso, naqueles dias posso afirmar que havia uma excitante sensação de futuro promissor para o gênero espadinha, com lançamentos badalados de bandas como HammerFall e Rhapsody. Logo, o Dragonheart seria a primeira de muitas bandas brazucas nesse gênero, serão álbuns e mais álbuns, um atrás do outro! e enfim o direcionamento do Metal ao encontro das histórias de fantasia será consoli........ sqn. Como sabemos todo esse cenário promissor secou e morreu até a raiz. E a despeito da não proliferação do estilo, particularmente para mim, ficou essa boa memória daquela época: o disco Underdark.

A produção é um pouco tosca com certeza, mas a atuação da bateria com participação providencial do bumbo, mais os riffs britados das guitarras fornecem um preenchimento que esconde um pouco o trabalho demasiadamente simples de equalização e mixagem. O vocal a princípio pode ser considerado bem fraco para este gênero pretensioso, ponto percebido nos tons que são sustentados por mais de 5 segundos, quando o vocalista só consegue mantê-los por meio de seus vibratos; mas ao escutar o trabalho por diversas vezes me acostumei com essas linhas chorosas, e acho até que é uma das assinaturas necessárias para identificação peculiar da obra.

Os instrumentos no quesito criatividade estão impecáveis, a ponto de entregar partes memoráveis em "Battlefield Requiem", "Tied in Time" e principalmente em "Dynast And Destiny", com o refrão épico sendo apresentado imediatamente após o brigde através dos licks de guitarra executados em perfeita harmonia à sequência de pedais duplos da bateria: 

final do bridge: "... across the tiiime!".
entrada dos licks de guitarra no refrão: "turu-ru-ru-rurúúúú, turu-ru-ru-rurúúúú, turu-ru-ru-rú, rú-rú-rú, rú-rú-rí-lú-léuuuum"
baterias: "pr-r-r-r-r--r PÁ; pr-r-r-r-r--r Pé-Pé""pr-r-r-r-r--r PÁ; pr-r-r-r-r--r Pé-Pé"
início dos vocais no refrão: "Dynast And Destiny!"

Essa bagaça é uma das melhores coisas que já escutei na merda da história do Heavy Metal mundial!

Além disso "Sir. Lochdänam" é uma excelente balada no melhor estilo bardo medieval, e de todas as faixas, é a mais imersiva e competente no sentido de criatividade na composição da melodia.

Em suma, o álbum da primeira à oitava faixa (a faixa título) é muito mais que agradável, mas após esse ponto começa a ficar um pouco cansativo, tanto pela voz meio desafinada quanto pela repetição de riffs metralhadora, e por isso Underdark poderia ser um pouco mais breve. 

Após 17 anos , minha memória foi reativada pela postagem errada do Trooper, o que me fez procurar o já encostado Underdark e me lembrar não somente das boas músicas, mas das incontáveis tardes e noites de jogo sob tal trilha sonora tocada no som da sala de Tadovsky, de forma vibrante e nostálgica....  

to ficando velho mesmo... ¬¬'.

Nota 7,7 ou \m/\m/\m/\m/.

p.s: Trooper, os caras do Dragonheart concordam com você sobre os vocais guturais; eles devem ser utilizados para interpretar criaturas grotescas (conforme início da faixa "Underdark").
         
Phantom Lord
Não tem jeito. Opinião e/ou gosto é viés... por inúmeros motivos. Duas postagens seguidas abordando a banda brazuca Dragonheart já é um sinal disto. O que temos aqui é um trabalho de potencial significante dos gêneros melódicos e/ou power metal. E o meu "viés" diz que é potencial porque o trabalho apresenta certa criatividade, mas tem algumas limitações nítidas. Além da produção simples (é claro, este é o debut dos caras), o vocal principal se arrisca neste gênero (ou sub?) do metal, e na minha opinião não alcança o mínimo necessário para se destacar. Não estou dizendo que é horrível, mas eu esperava mais de quem se propõe a este tipo de música. Não notei uma grande variação de "agudo - grave", nem alguma característica que me chamasse atenção, pelo contrário: Ao longo prazo os vocais me causaram momentos de distração e sonolência. A parte instrumental num geral é bem competente e criativa, melhor do que muitos manowars da vida, com certeza. No fim das contas,apesar do potencial, a banda fica um tanto limitada pelos vocais simplórios, e o álbum acaba se tornando cansativo.

Bom... Não há mais o que citar deste cd, então vamos abordar possíveis preferências musicais e vieses: O que fez nossos colegas metalcólatras debaterem sobre qual é o melhor cd da banda Dragonheart? Vamos começar pelo fato de que a maioria destes indivíduos eram nerds, jogadores de Role Playing Game. E que a maioria gostava de heavy metal e alguns de seus "sub gêneros". Só aí já temos 2 motivos iniciais: A maioria já estava inclinada a gostar do heavy metal que aborda temas nerds (fantasia medieval etc). Além disto alguns destes metalcólatras já gostavam de bandas que possivelmente serviram de inspiração para o Dragonheart, como Blind Guardian e Grave Digger... É preciso dizer mais? Era momento de formação de gosto musical e de repertório / personalidade para a maioria destes jovens (na época) nerds. Tais discos e/ou suas músicas agora fazem parte de seus repertórios e de suas personalidades, pois foram um "marco" dos bons momentos da juventude destas criaturas. Não adianta abordar "feeling" ou relevância do trabalho... "Mimimi, mas essa banda é true, aquele álbum é melhor, este nem tanto". É tudo blábláblá, puro besteirol existente em praticamente todos grupos, sejam de nerds, de playboys, de funkeiros ou de caralho à quatro.
Intro/Arcadia Gates 6,7
Battlefield Requiem 6,2
Dynasty And Destiny 6,9
Tied In Time 7,1
Night Corsaries 7
Sir Lockdünam 7
Underdark 6,8
New Millenium 6,8
Mists of Avalon 6,9
Gods of Ice 6,1
Nota Final: 6,7


The Trooper
3




O primeiro álbum do Dragonheart tinha uma dose considerável de amadorismo, é possível notar aquela pegada de banda iniciante que fazia covers e ainda não se desvinculou completamente disso, então sua criatividade fica diluída no caldo de empolgação com suas influências musicais.

Eles também ainda tinham algum problema com o inglês, tanto para escrever como para cantar. As letras abordam fantasia, o que é a verdadeira novidade em terras brasileiras, mas eram um tanto dispersas na maior parte do conteúdo.

O álbum começa com uma intro que não tem como não lembrar Grave Digger, e a primeira faixa, Arcadia Gates não tem como não parecer que a banda está fazendo um cover de Blind Guardian. Outro problema, é que a banda se arrisca a fazer mudanças de ritmo mirabolantes durante toda a extensão do álbum, e sem ser o verdadeiro Blind Guardian, isso é bem perigoso. Nem mesmo o Kai Hansen conseguiu fazer isso sem fazer meus ouvidos sentirem, como afirmei lá na resenha de Power Plant.

Mas até que os caras conseguem se safar nessa balbúrdia. A segunda faixa, Battlefield Requiem é relativamente simples, mas os caras estão com mais pegada própria, e daí você já consegue pensar que talvez eles sejam bons.

A terceira faixa chega, e com ela vem a trinca de músicas que é o ponto alto deste trabalho. Dynasty and Destiny começa com pedradas na bateria e encaixa um refrão extremamente grudento que é muito legal.

Tied In Time tem uma intro própria, e parece uma mistura de Viper (que parece ter influenciado em mais algumas faixas) com Blind Guardian. Uma mistura que deu certo! É mais uma música empolgante dos caras. O refrão cola bem, e o solinho de guitarra é bem legal (embora a segunda parte lembre Viper novamente).

E para fechar a trinca-destaque vem Night Corsaries, em que os caras estão com uma pegada própria, com uns riffs de guitarra base bem legais e uma letra que se não é um primor, é pelo menos bem bacana pra quem tem seu próprio grupo de aventureiros. E por fim a música ainda tem uma melodia bem legal um pouco antes do final (na parte dos seven seas e blábláblá).

Eu disse fechar o destaque, mas o impacto que a próxima música traz é maior do que meramente extinguir um destaque. Sir Lockdunam é uma balada. Eu fiquei tentando lembrar de onde esse nome é familiar, até que finalmente descobri: Lachdanan, personagem de Diablo. Até aí, tudo bem, usar um nome parecido, grande merda. Mas a música começa parecendo uma balada do Blind ... até aí, tudo bem de novo, foda-se. Mas aí chega chega aos 2:14 da música, e vem isso aqui:

How can I feel thousand battles I saw

Strong like a storm listening the called of war

My spirit is a drum that conclamed the warriors

Death is redemption to goes to Valhalla

Não, não é sobre a letra. É sobre a melodia. Bota aí, nos 2:14, e ouve ... eu espero.

Puta que pariu! Que clone é esse? Para quem conhece Blind Guardian, não tem como desvincular este trecho, de Bard's Song. Não precisava fazer isso, tava até indo bem. Não sei como o Phantom conseguiu dar 7 para esta música.

Enfim, essa brecha desanima um pouco de ouvir o resto. Se é pra ouvir cover eu vou num boteco e ainda encho a cara de cerveja. E os caras não se recuperaram muito dessa magia clone que usaram. A necromancia corrompeu o resto das almas até o fim do cd.

Ainda dá para dar um destaque para a faixa título, Underdark, que é sobre Forgotten Realms mesmo. Os caras citam Toril, o planeta do cenário de campanha onde existe esse mundo subterrâneo populado por drows, que também são citados, bem como sua deusa Lolth. E o vocal a la Grave Digger, é pra mim, o ponto forte dos vocais da discografia dos caras.

E o álbum termina com algumas músicas razoáveis, mas nada além disso. Portanto o fanatismo de Julião e Magician com este álbum, dois membros que gostam de expor suas mentes caóticas, só pode ser justificado por pura perda da razão. O que, com música, é totalmente apropriado, fico feliz que foram movidos de seus estados mentais medíocres com Underdark. Para mim, no entanto, quem errou na postagem foi o Magician, e não eu. Vengeance In Black é muito, mais muito melhor.

Destaque para a trinca que citei antes: Dynasty and Destiny, Tied In Time e Night Corsaries. As três faixas que puxam Underdark para a quarta mãozinha na minha humilde avaliação.

Por hora é só ... obrigado pela atenção ... ou não.

Nota: \m/\m/\m/\m/


segunda-feira, 31 de julho de 2017

Dragonheart - Vengeance In Black

O álbum Vengeance In Black, lançado em 2005 pela banda Dragonheart, foi escolhido por The Trooper para análise.

Faixas: 01 - Eyes of Hell; 02 - Silent Sentinel; 03 - Crusaders March; 04 - The Ancient Oracle; 05 - Queops Escape; 06 - Secret Cathedral; 07 - Heart of a Hero; 08 - Vengeance In Black; 09 - Calling the Dragons; 10 - Spreading Fire.



The Trooper
3
Antigos espíritos do mal, transformem este blog decadente em ... não importa ... o que importa é a vida eterna, para trazer tormento contínuo a vocês, humanos porcos...muahaha...

Ahem... continuaremos nem que seja com resenhas bimestrais. O álbum escolhido da vez é Vengeance In Black, do Dragonheart, banda brazuca meus caros ... e mereceu a honra de aparecer em nosso magnânimo blog principalmente pela persistência.

Eu tinha ouvido alguns cds ou músicas dos caras, não posso precisar quais porque sou caduco, mas com certeza a famigerada The Blacksmith ficou em nossas mentes por décadas "Hail the blacksmith! Hail the Blacksmith! Hail the Blacksmith! tararararan!" ... além disso esta capa aqui chamou nossa atenção pela boa escolha, mas também pela cara de pau:


O Jeff Easley só não processou os caras porque provavelmente é metaleiro ou os direitos eram da TSR, e hoje devem pertencer a alguma corporação maldita, tipo a Hasbro, que é gigante demais extraindo mais-valia, para perder tempo processando metaleiros brasileiros. Esta é a capa de uma das versões de Dungeons&Dragons:



E Underdark, é claro, é o nome do mundo subterrâneo de Forgotten Realms, e é utilizado em quase todos os cenários de D&D. Enfim, essas peculiaridades rpgísticas eram um atrativo, mas a sonoridade da banda também, as influências estão lá, até neste álbum, e são óbvias demais, bandas que são muito apreciadas pelos metalcólatras, se você não consegue reconhecer tal influência no som dos caras eu desejo uma morte lenta e dolorosa pra você.

Entretanto temos que admitir que a banda ainda estava crua, principalmente na produção. E é isso que surpreende em Vengeance In Black. E é aí que Eyes of Hell esfrega o dedo do meio na sua fuça, "Zoava nossa produção? Chupa cuzão!". A faixa inicial já dá um sopapo na orelha mostrando o que vem por aí.

Eu confesso que não prestei muita atenção das primeiras vezes que ouvi, sabe se lá porque, sou meio acerebrado. Mas pra fazer esta resenha, foi inevitável. A verdadeira porrada no cérebro vem com The Ancient Oracle, porra, que música foda, a melhor do cd. Se você não vai prestar atenção a partir desta faixa, desliga a merda do player e vá evacuar.

Queops Escape é outra música MUITO BOA, esse refrão é bem bacana, aliás os três "vocalistas" mandam muito bem durante o álbum todo, com estilos distintos que deixam um álbum muito mais legal de ouvir. 

Os instrumentos também estão bem representados, principalmente a base de guitarra, pesada/distorcida e os solos, bem legais, distribuídos por todo o trabalho.

Até a baladinha ficou bem legal, e pra completar, o Dragonheart fecha com chave de ouro em Spreadfire, arrebentando a porra toda.

Enfim, que bom que eu parei pra ouvir este cd mais vezes, agora fiquei com vontade de ouvir os álbuns mais recentes.

Destaque para as fudidas The Ancient Oracle, Queops Escape e Spreadfire (e porque não, Secret Cathedral).

Nota: \m/\m/\m/\m/


Julião

Dragonheart !!! Finalmente voltaram a postar banda boa aqui !! Brincadeira, confesso que faz um tempo que não acompanho o blog então nem sei o que andam postando. 

Mas Dragonheart é sempre bem vindo, afinal uma banda nacional que toca esse tipo de metal épico/medieval é algo bem raro. 
Como já mencionei nos comentários, eu prefiro o Underdark, mas este aqui é bom demais tambem.
Antes de começar a falar do album, contarei um "causo": muitos anos atrás eu comentei desta banda com um amigão meu que morava no Sul e ele me ouviu. (isso é raro). Umas semanas depois ele me ligou falando que estava indo num barzinho pois teria show dos caras. Ele foi, curtiu pra kct e ainda conheceu um mano que levou ele para conhecer os caras da banda e ganhar a baqueta do show, que ele me deu. Eu acho que esse mano tinha outras intenções com meu amigo, mas isso não vem ao caso kkkk.
Falando deste album em particular, ele muda bastante o estilo quando comparado ao Underdark. Realmente é notado um amadurecimento da banda como um todo. A primeira música já começa acelerando, mostrando a mudança e, embora o refrão seja bem bobinho a bridge é animal: "I am the fear..."
Silent Sentinel tem um riffzinho que gruda na cabeça e o vocal é bem parecido com Digger no começo da carreira. Como eu ainda não mencionei, vale a pena mencionar agora: Dragonheart é muito inspirado em Digger, talvez por isso eu goste tanto rsrs 
The Ancient Oracle é um dos pontos altos do álbum. Secret Cathedral é outro. "Nothing will stop me..."
Já é sabido que eu curto umas baladinhas, mas embora Heart of a Hero seja bastante agradável, ela é uma música meio vazia. Falta emoção.
A faixa título do álbum é outra que lembra o vocal Digger no começo da carreira. 
Calling the Dragons segue a mesma linha , mas tem um toque de anos 80 nela: "Uoooooo, ooooo, oooo, ooo"
Spreading Fire e Queops Escape ( que eu havia pulado) são músicas boas tbm, que ficam facilmente na cabeça. 
Resumindo:
O álbum é bem bom, tem alguns pontos altos, mas falta aquela música fora da curva (aquela música do caralho, em bom português). É um álbum bem fluído, mas que fica aquele sentimento de que ficou faltando algo. 

Nota: \m/\m/\m/ e meio

Phantom Lord
O Trooper tentou ressuscitar o blog com uma tática diferente a de Venâncio: Trazendo um álbum conhecido e "nostálgico" para os metalcólatras... 
Dragonheart é a banda que fazia parte da trilha sonora do covil de nerds rpgistas frequentado por muitos do metalcolatras num passado distante. Então fica difícil surgir uma avaliação negativa ou meramente mais crítica deste álbum no blog. 
Particulamente eu gostei deste álbum: Parece um "power metal" de qualidade, que lembra Grave Digger, mas também mostra criatividade e uma boa variação de "melodia"... 

Eyes of Hell 7,3 
Silent Sentinel 7,3 
Crusaders March 7,1 
The Ancient Oracle 7,7 
Queops Escape 7,5 
Secret Cathedral 7,4 
Heart of a Hero 7 
Vengeance in Black 7
Calling the Dragons 6,8 
Spreading Fire 7,5 

 Eu ouvi os outros 2 álbuns do Dragonheart citados pelos meus colegas, mas me lembro de pouco então não posso comparar com outros trabalhos da banda. Por fim... Vengeance in Black é um bom trabalho, estável, sem grandes altos e baixos. 

Nota Final: 7,3

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Mothership - High Strangeness

O álbum High Strangeness lançado em 2017 da banda Mothership, foi escolhido por Venâncio para analise.

Faixas: "High Strangeness"; "Ride the Sun"; "Midnight Express"; "Crown of Lies"; "Helter Skelter"; "Eternal Trip"; "Wise Man" e "Speed Dealer".

Venâncio
Olá amiguinhos... estava eu na noia de seguir as sugestões do youtube, quando me deparei com essa banda... sim eu sei que o correto seria escutar uma umas faixas, comprar o albúm e ai sim fazer uma resenha...resolvi pular a parte de comprar o albúm (não, não fiz download das músicas) e escutei-o pelo youtube mesmo... De qualquer forma, vamos aos detalhes: Mothership é um powertrio do Texas que segundo a wikipédia toca o estilo "Stoner Metal", estilo esse que seria uma variante do Stoner Rock que mistura elementos do Heavy Metal, Doom Metal, Psychedelic Rock e Acid Rock... só com um pouco a mais de Heavy.. (deus do céu, de onde vem tantos nomes... quem cria isso?...).

Voltando a obra em si, posso dizer com toda certeza que é muito agradável de escutar, é pesada (sem exageros) e viajante (tb sem exageros) contém solos na medida certa (para mim pelo menos).. isso pelo lado positivo... pelo lado negativo, se você estiver fazendo outra coisa e escutando o albúm facilmente pode deixar de perceber a transição de uma música para a outra.

Gostei especialmente da primeira faixa, uma excelente instrumental que consegue te colocar no clima do restante da obra...Ride the Sun, apesar de possuir um vocal sem destaques, não deixa a bola cair por assim dizer...em Midnight Express os irmãos Juett compartilham o vocal e aqui sou forçado a colocar que sou muito mais fã do vocal rasgado...

Resumindo o albúm inteiro é bom, seu uníco defeito(?) pode ser a falta de uma caracteristica mais marcante/impactante em uma ou outra de suas faixas.

7 whisky sem gelo.


Phantom Lord
Uma postagem literalmente vagando entre apática e antipática. Venâncio surge como um turista (não que o blog não tenha se tornado um mero ponto de "turismo" descompromissado) e posta um álbum, sem passar link nem arquivos para os demais Metalcólatras. 

Os vocais suaves com o ritmo variando do lento ao moderado com ocasionais distorções graves que tentam invocar algum peso, parece um (pseudo) retorno ao rock (não tão) pesado dos anos 70 e 80. E falando em vocais, eles parecem bem menos interessantes do que a parte instrumental... Justo eles, que praticamente tomam a frente em qualquer tipo de rock/metal. É possível fazer uma comparação meio rasa com outros trabalhos que passaram aqui pelo Metalcólatras: Os instrumentos lembram "Grand Magus - Iron Will" (o tal Stoner Metal ou Old-Black-Sabbath Metal) enquanto os vocais é uma versão meio "pop rock" do Ghost - Opus Eponymous. 

Confesso que vi algum potencial no Mothership e a parte instrumental parece até desperdiçada se comparada com os vocais monótonos (isto fica claro na faixa "Crown of lies", por exemplo). Tive a impressão de que os instrumentistas são bons, o vocal é "50% de sola" e que toda a banda ainda está preocupada em ser roots ou "retrô do rock". 

Enfim, pelo descaso como Venâncio postou este álbum aqui, só me resta fazer comentários sobre a capa: A mulher seria uma alusão a deusa/titânide grega, Rhea, esposa de Kronus (chamada de Cybele pelos frígios da antiga Anatólia)? Ela, como "mãe dos deuses" e titânide da fertilidade, geralmente era representada com leões, mas vestida...  Pensando bem... o artista deve ser um pós-muleke numa fase hormonal que só quis por na capa, uma "gostosona" cercada por um ambiente quase-psicodélico. 

 Nota Final: Fica difícil, sem os arquivos, mas: 6,7


The Trooper
3
High Strangeness é um álbum bem legalzinho, o Mothership lembra um pouco (mais do que um pouco, e obviamente, tratando-se do chamado stoner metal ...) Black Sabbath, mas lembra também Metallica, principalmente nos solos de guitarra, particularmente, os solos do Kill'em All.

Mas os caras até que são bem criativos, os riffs são bem bolados, o baixo e a batera bem legais. Mas nem tudo são flores, outra banda que Mothership lembra é Mastodon. Sim, aquela banda que o Pirikitus postou um álbum. Digo que não são flores, porque essa é uma pegada meio sonolenta. 

Entretanto, Mothership é mais pesado do que Mastodon, e é mais agradável para mim, ouvir algo mais pesado. Seguindo a linha 'sabática', High Strangeness alterna entre músicas pesadas e músicas viajantes, muitas vezes mesclando os tipos.

O álbum é bem curto, e poderia facilmente ser chamado de EP. Mas é bom, visto que se colocassem muitas faixas viajantes em um álbum de uma hora, ia ser insuportável. Mas isso suscita uma dúvida: os caras tem capacidade pra fazer um álbum longo e bom? Não sei, não ouvi a discografia, deixo pra você curioso, descobrir e postar aqui nos comentários.

Enfim, destaque para Ride the Sun (de longe, a melhor do álbum) e Helter Skelter.

Como ponto negativo, fica aquilo que o próprio Venâncio citou: falta aquela música fodástica e empolgante. E por causa disso faltou 0,1 para entrar na quarta mãozinha.

P.S.: A capa é bem legal. Pode-se notar que se trata de uma anárquica controlando a proto-matéria do limbo, criando dois leões de sentinela, que mataram suas vítimas e depositaram seus crânios a seus pés. :D
Nota: \m/\m/\m/


domingo, 26 de março de 2017

Blind Guardian - Imaginations From The Other Side

O álbum Imaginations From The Other Side, lançado pelo Blind Guardian em 1995, foi escolhido para análise por The Tropper.


Faixas: 01-Imaginations from the Other Side; 02-I'm Alive; 03-A Past and Future Secret; 04-The Script for My Requiem; 05-Mordred's Song; 06-Born in A Mourning Hall; 07-Bright Eyes; 08-Another Holy War; 09-And the Story Ends.




The Trooper
3
Eu estava tentando escrever minhas resenhas atrasadas, e embora tenha ouvido os álbuns, não consegui elaborar muito as ideias devido à falta de impacto que eles causaram em mim (mas vou escrever as resenhas, só vai demorar mais um pouco).

Entretanto, ouvi alguns álbuns que não escutava há algum tempo, e um deles sim, trouxe o impacto novamente, mesmo sendo ouvido exaustivamente no passado: Imagination From the Other Side.

Cada vez que eu presto atenção no álbum tentando outro enfoque levo uma pancada na mente, e este é o motivo de mais um álbum do Blind Guardian aparecer por aqui.

Eu já havia comentado em outro post que esse foi o primeiro álbum que ouvi dos caras e que botou a banda no meu top 3 logo de cara. E o motivo para mim, é que esse trabalho é uma obra-prima.

IFTOS é o último álbum em que Hansi toca baixo, e dá pra perceber que o cara tá nervoso, ele é um dos principais responsáveis pelo peso do álbum, um dos grandes momentos do baixo está em The Script for My Requiem.

Mas o baixo não é o protagonista do trabalho. O mesmo pode ser dito da bateria, que dá a impressão de ter que correr atrás dos outros instrumentos nos ritmos insanos dos trechos mais rápidos (o que faz com maestria, aliás), mesmo assim há um protagonismo da bateria em Born in A Mourning Hall, prestem atenção nessa pedrada de performance.

O protagonismo do álbum se dá pelas guitarras e pelos vocais. O peso da distorção das guitarras-base, com a voz soturna, raivosa e melancólica é a base monstruosa desse trabalho, que dá a sustentação para os absurdos solos de guitarra completarem a obra-prima.

Liricamente falando este álbum também é interessantíssimo, a faixa-título abre o trabalho e sua temática permanece até o fim do álbum. A temática da fantasia é muito manjada nos trabalhos do Blind Guardian, mas aqui ela aparece intercalada com trechos do mundo real, diversos trechos das letras protagonizadas por supostos personagens do mundo real, citam personagens da fantasia literária, principalmente em seus momentos de desespero e confusão.

Aliás, como disse antes, parece que Hansi estava nervoso aqui. O álbum é soturno e passa a impressão de confusão, tristeza, revolta e insanidade. Dentro desse clima soturno, em que fica difícil aparecer até os famosos corinhos ou riffs alegres, ainda aparece uma forte crítica social e histórica. Born In The Mourning Hall (algo como Nascido em uma Sala de Velório), por exemplo, faz uma crítica dura à religião vendida pela TV.

Enfim, o álbum possui uma balada melancólica (A Past and Future Secret), e uma sequência de pedradas pesadíssimas recheadas dos vocais e guitarras espetaculares de uma das bandas mais competentes da época.

Destaque para toda a obra-prima.

Nota: \m/\m/\m/\m/\m/


Phantom Lord
Há séculos, quando ouvi este disco pela primeira vez, pensei: Que coisa esquisitona. Mas como meus irmãos gostaram deste álbum do Blind Guardian, outros foram surgindo em nosso covil, via empréstimo é claro, e eu acabei admirando vários sons desta banda. Voltei a ouvir o Imaginations depois de anos e conclui minha teoria: Este álbum é o ápice do marcante metal Blind Guardianês: Não é o meu favorito por causa da transmissão bem presente de angústia, infelicidade, raiva e tormenta (quase tão desconcentrante quanto o Demons n Wizards), mas Imaginations from the Other Side é a explosão criativa que causou a primeira rachadura na mente de Hansi. Depois deste trabalho ele (o vocalista) começou a gradativamente despirocar e utilizar zilhões de canais para cantar junto de mais e mais Hansis. 
A distorção das guitarras e a produção dão o peso juntamente com algumas das letras e o ritmo das músicas é frequentemente bem acelerado, vulgo, pauleira na orelha. 
Enfim quem realmente não gosta de Blind, continuará não gostando, talvez provando apenas uma limitação na capacidade de perceber a melodia e complexidade técnica do trabalho da banda dos anos 90. Note que limitação é algo que todos temos, mesmo eu, o mais sábio deste blog e de todo cenário do metal mundial. 

 Imaginations from the Other Side 8,0 
I am Alive 8,5 
A past and a Future Secret 8,6 
The Script for my Requiem 8,3 
Mordred`s Song 7,7 
Born in Mourning Hall 8,7 
Bright Eyes 8,9 
Another Holy War 8,4 
And the Story Ends 7,0 

 Eu ia perguntar para que apelar trazendo este álbum ao blog, mas a verdade é que 99% dos participantes já abandonaram este espaço. Então faz sentido que o blog dos Metalcólatras torne-se o covil digital do "triunvirato" tão acusado e atacado pelo derrotado Metal Mercante (e por alguns outros também). 


 Modificadores: Solid +0,1 

 Nota Final: 8,4

The Magician

Mais um belo álbum do Blind Guardian, se me permitem a redundância.

O estilo é bem delineado no que começou em "Tales from the Twillight World" e evoluiu em "Somewhere Far Beyond" (me desculpe, mas os dois primeiros álbuns dos alemães fazem parte de uma outra discografia 'separada'..), culminando aqui em uma sonoridade mais progressiva com fortes contornos de epicidade. Embora mais progressivo e melódico do que os discos anteriores, "Imaginations From The Other Side" (IFTOS) não descarta aquela massa de som "cascuda" já conhecida da banda - de guitarras mega-pesadas e de bateria brutal - só que dessa vez dá pra perceber que à partir da terceira faixa eles tiraram um pouco o pé do acelerador, reduzindo as velocidades das músicas.

Ainda assim o IFTOS não é lento, e nem rápido, mas é longo e com certeza extremamente progressivo, com faixas polirrítmicas e diversas quebras entre as complexas viradas nas suas longas pautas (indiscutivelmente é o melhor trabalho de Thomem Stouch no Blind, os caras devem ter feito o coitado sangrar nas suas baquetas para acabar o diabo do disco). É uma abordagem que está presente em praticamente todas as faixas do álbum, e por isso é de se notar que aquilo que já era de difícil digestão para os metaleiros mais simples nos trabalhos anteriores, acaba de se tornar definitivamente inacessível para quem não tolera muitas alternâncias e suntuosidades (sim, eu sei, o Blind foi além depois disso). Para mim, essas características tornam esse disco uma estranha obra prima, de belas melodias criadas sobre caóticas e inconstantes linhas de base, com os sincretismos e experimentalismo pipocando por toda parte a todo momento.

Se essa peculiar assinatura de IFTOS não permite que o disco escale até o topo da discografia do grupo, ele pelo menos gera os momentos mais 'mindblowing' de toda carreira dos caras, como por exemplo: A introdução transcendente de "And the Story Ends" quando entram os harmoniosos vocais de Hansi em coro e quando eles retornam a cada refrão, os memoráveis 20 últimos segundos de "Another Holy War" (de onde os caras tiraram essa parada???), a introdução atmosférica de "Script for my Requiem" (o refrão também é épico), ou ainda os primeiros arrepiantes acordes das guitarras de "Mordred's Song" (PULTAquipariu véi). Mas acalme-se seu cérebro realmente vai explodir durante o bridge após o longo solo de guitarra em "Bright Eyes" (eu e Treebeard chegamos à conclusão determinada vez que este é o melhor riff de guitarra de todos os tempos).    

Dá pra concluir que as duas melhores músicas já escritas pela banda germânica também saíram desse álbum: "Bright Eyes" e "Past and Future Secrets".

Fica como ponto negativo apenas o nível extrapolado de progressão e imersão do trabalho, que exige como requisito você conhecer bem o som dos caras e já ser fã graduado do Blind Guardian. Afinal, eu como todas as pessoas normais, tive que escutar muito outros discos dos caras e do gênero pra chegar nesse aqui com certo nível de discernimento de qualidade para esse tipo de som mega-evoluído (diferente do Trooper).

Nota \m/\m/\m/\m/ ou 8,9.
      



segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Grave Digger - The Grave Digger

O álbum The Grave Digger lançado pela banda Grave Digger em 2001, foi escolhido por Phantom Lord para avaliação.


Phantom Lord
Trago-vos o álbum que abandona a sequência de trabalhos "temáticos-históricos" dos coveiros: The Grave Digger. 
Grave Digger é uma das bandas jogadas no vale do "Power Metal" que não tem vocais melódicos, nem trechos de músicas saltitantes e felizes. O que em minha opinião, se não serve para desmontar a mania compulsiva de rotular os "sub gêneros" do metal, ao menos serve para dar aquela pancada que racha todo o exagero em volta destas ideias. 

Praticamente pesado do começo ao fim (com apenas uma "balada"), sem gritinhos agudos e/ou muito afinados, pois a voz de troglodita de Chris cabe muito bem neste álbum, e com ritmos que alternam entre o acelerado e o cadenciado, The Grave Digger é uma sequência de sopapos sombrios no ouvinte e uma das maiores provas do grande potencial desta banda. 
Eu ouvi outros discos do Grave Digger que não possuem a o formato "temático histórico": Heavy Metal Breakdown (1984), The Reaper (1993) e Heart of Darkness (1995)... Mas nenhum me chamou a atenção como The Grave Digger. 
The Grave Digger mostra a banda mais experiente e com uma boa produção, o que talvez seja uma boa herança da sequência Tunes of War, Knights of the Cross e Excalibur. 
Ideal para se ouvir em volumes estrondosos com ou sem biritas, este álbum poder correr um pequeno risco de parecer cansativo, mas a verdade é que ele possuí um número considerável de músicas pesadas. Destaco as faixas The Grave Digger, Scythe of Time e Spirits of the Dead. 

 Son of Evil 7,0 
The Grave Digger 8,8 
Raven 7,9 
Scythe of Time 8,5 
Spirits of the Dead 8,4 
The House 7,1 
King Pest 7,2 
Sacred Fire 7,4 
Funeral Procession 7,7 
Haunted Palace 7,7 
Silence 7,1 
Black Cat 7,1

 Enfim, The Grave Digger talvez não figure entre os favoritos dos fãs da banda, nem chame atenção de fãs dos outros pseudo gêneros de metal, mas é um grande álbum de heavy metal. 
 Sim, é Heavy metal. 
 Ou algum figura, perdido entre simbolismos e alegorias, vai me dizer que isto é "power metal"? 

Modificadores:  


 Nota Final: 7,8 


The Magician
"This is the darkest album Grave Digger has done"

Essa afirmação na sinopse inglesa da Wikpédia resume o trabalho, sem sombra de dúvidas.

Me parece, desde de que os primeiros acordes do álbum são disparados, que isso é influência direta do guitarrista Manni Schimidt, então estreante da banda. Como em diversos outros exemplos do mundo Metal, um novo guitarrista costuma injetar sangue novo no trabalho, mesmo quando esta talvez não precise exatamente disso. Muitos poderiam afirmar que se um elemento do Digger sempre foi impecável, este elemento é a linha de guitarra, portanto uma renovação nesse quesito poderia ser perigosamente arriscado para a consistência que a banda apresentava na gravação de sua trilogia da idade média.



Porém não dá pra negar o salto de peso que foi dado em "The Grave Digger", acho que consigo dizer que nunca vi trabalho tão 'sem pudor' ao distorcer uma guitarra descaradamente. Tal noção é percebida em diversos trechos do disco, mas é realmente notória no solo da faixa título, onde de maneira até engraçada o solo é simplesmente abafado pela execução da base (lembrando que o coveiro trabalha somente com um guitarrista...). 



Mas se o leitor fã da trilogia não conhece este trabalho e está receosos quanto ao resultado, digo para não se preocupar; o espírito do Digger continua nas porradarias espalhadas na obra como em "King Pest" (2:22 da música é "paudurescência") e "Spirits of Dead", aquelas pedradas de colocar a casa abaixo. Fora isso, a sintonia da banda não foi prejudicada com a modificação da interpretação guitarrística, e arrisco dizer que até é melhor de que em Excalibur (e muito, mas muito melhor mesmo do que em "The Knights of Cross") com a bateria mais intensa do que nunca e com a voz furiosa de Chris infalível como sempre.

Apesar das faixas mais intensas do disco manterem o álbum em alta tensão e rechear o material com o mais bruto e qualificado Heavy Metal germânico, o cerne da obra está nas canções mais soturnas ou melancólicas, que na minha opinião são os pontos altos da obra: "The House", "Silence" e "The Grave Digger".

Não é impressão sua que boa parte dos nomes das músicas coincidam com nomes de livros de Alan Poe, pois o disco é uma homenagem ao escritor de mistérios.

E essa foi uma ótima homenagem do Phantom aos alemães e ao verdadeiro Heavy Metal de qualidade que tentava sobreviver em meados de 2000.

Nota 8,1 ou \m/\m/\m/\m/.





The Trooper
3
Tenho que discordar do Phantom sobre a primeira linha de sua resenha, embora não seja "histórico", o álbum não deixa de ser temático, é só conferir suas letras, todas desenvolvem o tema de histórias de terror, algo entre King Diamond e Black Sabbath (muito mais King Diamond).

O trabalho desenvolvido nessa linha de histórias de terror é bom, a começar pela capa do álbum, e claro, o nome, que é o nome da própria da banda. A ambientação é boa, mas não é perfeita, e às vezes a própria melodia descamba (e aí eu já não sei se é culpa de uma ambientação forçada). 

Vou dar exemplos de melodias ousadas que podem impressionar ou descambar: a ponte de Spirits of the Dead é fantástica, e bem ousada, entretanto a banda se arrisca igualmente na ponte de Funeral Procession e o resultado é quase desastroso. O refrão lento de Raven, também quebra uma música que tinha um potencial imenso para ser pesadíssima e rápida. Diferente daquela picuinha do Magician com o Pain Killer, sobre a banda poder ter feito um refrão diferente aqui e uma ponte ali, aqui isto realmente pesa.

A ambientação de Haunted Palace também apresenta problemas com o refrão, que parece feliz, em uma música que tinha potencial para ser mais soturna (estamos falando de espíritos atormentados no palácio).

Entretanto essas pequenas falhas não impedem o álbum The Grave Digger de ser bom, a própria música Haunted Palace é boa (assim como aconteceu com Invaders do Iron Maiden), mas o álbum é bom principalmente pela trinca de músicas mais fortes dele: Scythe of Time, Spirits of the Dead e Silence. As três combinam ambientação e melodia de forma perfeita. O baixo quase contínuo de Scythe of Time é BEM LEGAL, e os caras saem viajando feito loucos no solo de guitarra lá pelos 3:30; Silence é uma puta balada, que ainda surpreende por ficar pesada no final, e Spirits of the Dead é a melhor música do álbum, que também arrisca com um bridge ousado, mas sem derrapar na pista, a ambientação é perfeita e a melodia lembra o melhor cd do Digger (sim, vc já sabe qual é, todo mundo sabe), e ela é uma pedrada nervosa na orelha ... acho que se eu ficar ouvindo muito esta faixa, a nota do álbum vai subir.

Por fim, músicas como The Grave Digger e King Pest trazem o peso necessário para um álbum do Coveiro.

Eu fiquei satisfeito em me forçar a ouvir este álbum mais uma vez, deu para lapidar algumas jóias brutas, como as três faixas que citei como as melhores. Enfim, é um álbum bom, com potencial para ter a nota aumentada conforme o número de repetições.

Nota: \m/\m/\m/\m/


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Kiske/Somerville - City of Heroes

O álbum City of Heroes lançado em 2015, um projeto pelo dueto formado por Michael Kiske e Amanda Somerville, foi escolhido por Venâncio para analise.

Faixas: "City of Heroes"; "Walk on Water"; "Rising Up"; "Salvation"; "Lights Out"; "Breaking Neptune"; "Ocean of Tears"; "Open Your Eyes"; "Last Goodbye"; "After The Night Is Over"; "Run With a Dream" e "Right Now".

Venâncio
Olá queridos seguidores, não só queridos mas também persistentes... sei que não estamos postando com regularidade ainda mais eu... pior ainda... nem fazendo resenha dos álbuns que meus distintos colegas postam ando fazendo.

Bem para esse ultimo tenho uma boa explicação...que acaba por cobrir os dois pontos citados: não sou musico, e para evitar incorrer no risco de resenhas "eu gosto/não gosto" prefiro escrever somente quando algo mais adequado ao trabalho analisado possa ser dito.

"Mas Venâncio, quando você tem algo mais adequado é m#$%a!"... Sim eu sei... mas vamos fingir que não, ok?

Quanto a obra, é caracterizada por ser um projeto de Michael Kiske (ex-Helloween, Unisonic, Place Vendome) e Amanda Somerville (Aina, HDK, Trillium)... sim, copiei da wikipedia e estou com preguiça de buscar informações em outras fontes... possui outros musicos famosos também que não são vocalistas principais, logo serão ignorados... sou um "metaleiro newage ignorante" logo só me importo com os vocais, a.k.a. mais preguiça de me debruçar sobre histórias de carreiras etc...

Vamos ao que interessa... City of Heroes é um álbum profissional, feito por profissionais... não há nada nele que me desagrade...tudo nele é bem feito...todavia ele não alcança níveis de excelência que outras obras alcançam com menos profissionalismo, e porque isso ocorre?

Creio que faltou energia, tirando a faixa titulo, nenhuma faixa faz do mar caótico de que é feito o meu pensar um porto seguro... elas vem e vão... me forçam a prestar atenção em sua passagem, mas se tornam facilmente esquecidas depois que se vão.

Mesmo assim temos alguns destaques: City of Heroes, Rising Up, Right Now

6 caracu com ovo e uma coxinha. 



Phantom Lord
Eu não conhecia este álbum com a participação de Kiske... Durante a primeira audição, City of Heroes não me despertou o interesse como o Throne of Dawn ou como o Keeper 2 e o Dark Ride do Helloween e eu quase desisti de fazer a resenha, classificando o álbum como inútil. Mas após algumas audições lembrei-me que ainda não passara um álbum precisamente deste "tipo" aqui no blog. Quero dizer... Até já passou power metal, e uns "metais modernosos", mas este trabalho parece ser um power metal da "nova" geração oriunda deste gênero, que acabou super produzida e descambando para o lado do pop rock. Talvez pareça uma versão mais suave do Masterplan... 

Alguns pontos fracos do disco City of Heroes são solos punheteiros fora de contexto e teclados bem nítidos e repetitivos que beiram o irritante lembrando as cacas pós modernas (Crimsom Shadows e Battle Beast) postadas pelo Mercante aqui no blog. Mas se comparado ao Kings Among Men - Crimsom Shadows ou ao Unholy Metal - Battle Beast, eu (quase) acredito que este projeto de Kiske / Somerville tentou se manter mais próximo do "metal". Imagino que o City of Heroes seja um trabalho "ganha pão" de músicos já experientes com muitos contatos no meio musical (as mesmas condições do Order of the Black do Black Label Society?) 

Sabe... é muito bizarro e deprimente ouvir trechos que te lembram Show da Xuxa nas músicas Walk on Water e Lights Out... Sério que esse povo acha isso bacana? Essa batida idiota com um sons bregas de teclado sobrepostos com vozes limpinhas? Quem faz essas merdas são os próprios músicos ou um bosta de um produtor demente? 

 City of Heroes 7,6 
Walk on Water 5,8 
Rising Up 6,3 
Salvation 6,7 
Lights Out 6,0 
Breaking Neptume 7,1 
Ocean of Tears 6,0 
Open Your Eyes 6,9 
Last Goodbye 7,1 
After the Night is Over 6,3 
Run With a Dream 6,7 
Right Now 6,1

Enfim... Um longo álbum com vocalistas afinadíssimos e músicas com sobrecargas de meiguisses e breguisses. Nada contra faixas "meigas ou bregas". O problema é o EXCESSO delas. 

 Nota Final: \m/ \m/ \m/ (6,5)


The Trooper
3
City of Heroes é o segundo álbum do dueto Kiske/Sommerville (o primeiro álbum é homônimo à "banda"), sinal que o projeto foi considerado um sucesso por alguém. Vou comentar apenas sobre o álbum em questão, já que não ouvi o primeiro.

O álbum abre com a faixa-título e causa boa impressão, parece que vem heavy metal bom por aí, mas Walk on Water já quebra seu barato com uma pegada totalmente Within Temptation.

E daí em diante você tem que se conformar... este não é um álbum de heavy metal, é algo entre pop rock e hard rock ... e o tecladinho infernal consegue estragar todo o restante do trabalho. Claro, se você gosta de pop rock, ou teclado, eu recomendo este álbum fortemente, você ainda poderá se regozijar com os vocais ultra perfeitos da dupla.

Eu desisti de ler as letras na terceira ou quarta faixa, elas simplesmente não valem a pena. Se você gosta desse tipo de letra, vá namorar ou ler um livro de auto-ajuda, e talvez ouvir este álbum enquanto faz essas coisas.

Recomendação: Durma 9 horas diárias por uma semana antes de ouvir este álbum (ainda assim eu não garanto que você ficará acordado).

Resumindo: é um álbum comercial, coloque dois vocalistas bons (se uma delas for bonita, melhor ainda), alguns instrumentistas competentes, e faça composições 'meh' e letras 'blargh' (pode colocar uma 'distorçãozinha' na guitarra, é 'passável'), e tcharã! Dimdim no bolso!

P.S.: Vou tentar ouvir esse Trillium, eu realmente queria ouvir a moça cantando metal, ela tem uma voz bonita.

P.P.S.: O teclado não chega a estragar o resto do álbum inteiro, Last Goodbye, por exemplo, parece ser um rockzinho decente (até lembrou alguma outra música de alguma banda que eu não me lembro), mas meu saco já estava estourado.

Nota: \m/\m/\m/


quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

RAM - SVBVERSVM



O álbum Svbversvm lançado pela banda RAM em 2015, foi escolhido por Hellraiser para análise.







01. Return of the Iron Tyrant
02. Eyes of the Night
03. The Usurper
04. Enslaver
05. Holy Death
06. Terminus
07. The Omega Device
08. Forbidden Zone
09. Temples of Void
10. Svbversvm




















The Trooper
3
O metalcólatra que criou esta postagem está por aí viajando e enchendo a cara neste belo dia 31 de dezembro e eu duvido muito que sua resenha saia ainda em 2016.

Resta por tanto aos metalcólatras que não tem vida e que passarão o reveillon ouvindo heavy metal sem cachaça, resenharem este álbum. Obviamente, eu sou um desses metalcólatras. Farei então minha resenha superficial para encher linguiça, resenhas superficiais são, por fim, minha especialidade, e eu tenho muito orgulho delas.

Pois bem, vamos lá ... Svbversvm me surpreendeu positivamente, quando eu vejo uma capa com chifres de bode, caveiras, cabeças de porco num espeto, etc ... já fico alerta, esperando algum tipo de metal gorfo from hell (mesmo que o Hellraiser não pareça gostar desse tipo de música, o alerta foi ligado).

Mas Svbversvm é um trabalho sólido, sério, bem executado. É, como o esperado, bem pesado, mas as viagens que lembram satanismo estão bem limitadas (a interpretação mais estranha do vocalista está na faixa título), sobre as letras aliás, algumas são até bacanas (futuros distópicos em The Omega Device e Forbidden Zone, por exemplo).

O trabalho instrumental é bem construído, algumas pequenas viagens em paradas e inversões, mas nada que comprometa. O vocalista cumpre seu papel de maneira satisfatória, e a produção é muito boa. As faixas instrumentais não me impressionaram, e a última faixa é um pouco exótica demais para o meu gosto, mas o restante do álbum traz heavy metal de qualidade acima da média.

O RAM está em algum lugar sombrio entre Judas Priest e Black Sabbath que não sei especificar, mas é uma boa pedida de ao menos se conhecer. Você pode gostar bastante.

Destaque para The Omega Device.
Nota: \m/\m/\m/\m/


Hellraiser
3Óia nóis aqui outra vez ! 

Um ótimo 2017 a todos metalcólatras, e a todos que acessam o blog, e que esse ano, seja mais METAL que todos os anos anteriores. 

Bom, vamos lá..... 

Vamos escrever sobre o disco que, eu mesmo, trouxe ao blog. 

O, até então, último trabalho dos suecos do RAM, lançado em 2015. 

Antes de falar sobre o álbum em si, deixo claro que, essa é uma das minhas bandas preferidas do novo movimento intitulado NWOTHM (New Wave of Tradicional Heavy Metal). 

Deixo claro aqui, que concordo com meu amigo Trooper, onde também noto grandes influências de Judas Priest e Black Sabbath no som da banda. 

Considero o RAM, uma das grandes revelações do Metal atual, tendo à frente de uma banda pesada e certeira, um vocalista muito competente, e quatro discos excelentes. 

O disco em si, passeia muito por sons mais rápidos e outros mais cadenciados, começando com ``Return of the Iron Tyrant`` que já abre o disco numa bela paulada, pra cair num som que segue a mesma linha como ``Eyes of the Night``, e logo em seguida, um som mais cadenciado em ``The Usurper``. 

Já deu pra se ligar no naipe da bagaça né ?? 

´´Enslaver´´ tem uma levada mais rápida novamente. 

Aí temos ´´Holy Death``que tem uma levada bem legal, e alterna uma base mais branda, com momentos mais pesados.... 

Como de praxe, temos alguns efeitos sonoros, usando sintetizadores, trazendo um clima meio obscuro e até mesmo meio futurista para o disco, em ´´Terminus``, ....isso já se tornou uma constante nos discos do RAM. 

E a faixa já emenda direto com a excelente ´´The Omega Device``. 
Os riffs de guitarra são extremamente competentes, soando pesados e perfeitos. 
Acho o ponto alto do disco, e nessa faixa eles estão em alta ! 

´´Forbidden Zone`` é mais uma faixa mais acelerada e que não deixa a peteca cair. 
Tem uma excelente mudança de andamento, um riff excelente e um solo maravilhoso. 

Aí temos a maravilhosa, extraordinária e excelentíssima faixa instrumental ´´Temples of Void``. 
Faixa com diversas mudanças de andamento, efeitos, etc..... Sensacional !!! 

E o disco fecha em grande estilo com a faixa título, outro som mais rápido. 

Bom, resenha feita meio ``as pressas´´, pois já esta tarde, já estou atrasado, e já nem sei o que estou escrevendo, rsrs, .....mas, tomara que gostem, ..pois esse disco, já se tornou um dos meus preferidos da banda. 

Banda pesada, certeira, direta, com excelentes riffs, ótimos solos e com um vocalista totalmente competente. Uma grande promessa da nova geração ! 

Nota 8,00 

Phantom Lord
Eu não conhecia o trabalho do RAM. Pelo que parece neste álbum, a banda executa um heavy metal tradicional típico dos anos 80. Para quem gosta do estilo musical (como eu) Subversum começa muito bem, mostrando grande potencial, mas acaba caindo em alguns momentos não tão criativos no quesito sonoridade. Até aí, nada demais, faz parte dos gêneros musicais surrados como mencionei em X resenhas... Outro pequeno problema é que em alguns trechos de músicas existem mudanças bruscas de ritmo, mas ainda bem que isto ocorre poucas vezes neste álbum.

Parece que muita gente notou semelhanças com o Judas Priest, mas a verdade é que os caras do Ram devem ter mais influências. Ao menos eu notei um pouco de tudo: do Black Sabbath, passando pelo Maiden até pitadas de Merciful Fate. 
De qualquer maneria o álbum não parece plágio de coisa alguma e tem seus destaques... Ou melhor... Não tem pontos fracos. 

Return of the Iron Tyrant 7,7 
Eyes of the Night 7,5 
The Usurper 7,3 
Enslaver 7,7 
Holy Death 7 
Terminus/The Omega Device 7 
Forbidden Zone 7 
Temples of Void 7,1 
Svbversvm 7,4 

 Recomendo ouvir Subversum num volume alto, principalmente as duas primeiras faixas. Mesmo porque "música" para se ouvir em volume baixo é pop, mpb, Alpha FM e enfim, todas aquelas cacas jogáveis na categoria-zumbi de "som ambiente" ou "música de ambiente de trabalho". 

 Modificadores:



 Nota Final: \m/ \m/ \m/ (7,5)