sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Motion Device - Eternalize

O álbum Eternalize de 2015 da banda Motion Device foi escolhido ao acaso por Venâncio.
Faixas: Orpheus; Thick Skin; Breaking Through the Night; Changing Minds; Six Stringer; One-Eyed Jack; Restless Heart; Doves + Snakes; Stand Your Ground; We'll Meet Again; Fearless e Be the Light

Venâncio

Vamos lá... o que falar do primeiro álbum de uma banda... ainda mais uma banda de gente nova, e um álbum de +- 3 meses.

Bem isso de idade e tempo realmente não interessa para a música, pois esta, salvo casos onde o contexto histórico se faz necessário para seu melhor entendimento, tende a se tornar atemporal se for muito boa ou presa a certo periodo... todavia algumas conseguem vencer a barreira de sua prisão temporal e voltar a graça do publico em geral.

Pronto...já gastei a ladainha, vamos a apreciação da obra... temos 12 musicas no total, normalmente faria a analise música a música, mas tenho paintball amanhã e estou com muita preguiça.

Destaques positivos: Orpheus, Breaking Through the Night, Changing Minds, Fearless

Estranha: One-Eyed Jack

Destaques negativos: Restless Heart, Be the Light (muito sono nessa)

Em linhas gerais, mandam bem no instrumental, Sara Menoudakis (vocais) possui uma boa pronuncia durante sua performance, ficando facil o entendimento das letras, todavia carece de alcance para notas mais altas...mas ela é nova e tem muito a se desenvolver assim como os demais integrantes.

7 pitus.


  Phantom Lord
Esta indicação de Venâncio deveria nos apresentar algo inovador... 
Uma banda um tanto juvenil, porém muito técnica, que traz uma sonoridade pesada, vagamente próxima aos gêneros doom e/ou stoner metal, com pitadas de hard rock em alguns trechos.
 A vocalista é bem afinada, porém como o próprio Venâncio citou, ela não mostra um grande alcance de voz (do grave ao agudo), sempre cantando em um tom médio. Em alguns momentos, na última faixa até me lembrou Alanis Morissette... Provavelmente por eu me sentir cansado dos vocais (já aconteceu com Order of the Black e outros que passaram aqui pelo blog), o álbum com suas 12 faixas mostrou-se longo e os destaques ficaram por conta de Thick Skin e Stand your Ground. 

Talvez o álbum pareça melhor após diversas audições, mas por enquanto... Apesar de todo potencial, Motion Device acabou me causando uma significante sensação de tédio e não foi tão inovador quanto poderia ser. 

 Orpheus / Thick Skin 7,8
 Breaking Through the Night 7,0
 Changing Minds 6,7
 Six Stringer 6,3
 One Eyed-Jack 6,4
 Restless Heart / Doves + Snakes 6,0
 Stand your Ground 7,2
 We`ll Meet Again 5,1
 Fearless 6,4
 Be The Light 5,0

 Nota Final: 6,5


The Trooper
3
Vamos deixar as coisas bem claras logo de cara: Isso aqui não é heavy metal.
Com isso bem definido, vamos lá:

O Motion Device é uma banda canadense recente. A molecada é bem técnica e faz um som de respeito. A vocalista manda bem, os instrumentistas são criativos e técnicos, a produção é boa, e a distorção das guitarras é bruta na maior parte do tempo. Distorção bruta é bem bacana, mas sabemos que não é definidora do que é metal ou não. O grunge pode dar uma aula de como usar distorção bruta e não ser metal, e antes que me apedrejem, eu curto bastante o Nevermind (alguns vão me apedrejar mais ainda agora).


Essa é a molecada do mal que faz esse som

A banda se auto rotula como hard rock, mas coloca na definição dos estilos: rock, blues e metal. Eu iria além, rotularia a banda de rock alternativo ou metal alternativo. Um exemplo disso está na faixa que Venâncio avalia como estranha, a One-eyed Jack, o riff inicial dela é Iron Maiden puro, depois vira algo bem alternativo.

Enquanto eu ouvia Eternalize, lembrei mais de L7 e Cramberries do que qualquer outra banda de metal, ou seja, é um álbum de rock, bacana até, mas meio paradão. A nota, é claro, está ligada ao gosto pessoal, e a distância para o heavy metal.

Destaque para Stand Your Ground, a faixa mais heavy metal do álbum.

Nota: \m/\m/\m/


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Angra - Holy Land



O álbum Holy Land de 1996 da banda Angra foi escolhido pelo PENTELHO para análise.



O PENTELHO
Fala rapaziada olha eu aqui novamente mas desta vez para deixar um álbum para apreciação.

Fazia tempo que eu não passava por aqui e quando voltei, cheguei comentando as escolhas alheias e, óbvio, cornetando geral.

Pois bem vou dar  sequência à postagens de bandas nacionais e isso tem que ser levado a sério já que no Brasil a cultura musical passa longe do Rock e do Metal e, termos bandas investindo nesses estilos já é motivo para pararmos e escutarmos seus trabalhos.

Como eu disse anteriormente, não necessariamente precisa me agradar, já é bom só pelo fato do Brasil não ficar atrás na qualidade, comparando com bandas gringas.

Com isso resolvi trazer novamente Angra ao blog, que já foi representado por Fireworks, mas ainda tem coisa pra mostrar e só falando da formação original.

Por isso eu lhes apresento....Tà Dááááá HOLY LAND.........

Putz verdade, vocês já sabiam...

Pronto acabou a palhaçada vamos ao que interessa.

Começo com o seguinte: porque postei Holy Land ao invés de Angel's Cry?

Simples, Angel's Cry é mais pesado, mais animalesco, mais porrada, primeiro álbum e chegando com pé na porta. O problema é que eu conheci Angra com Holy Land e depois Angel's Cry e isso acabou sendo um marco pra mim.

Segundo, como já citei Angel's Cry é top e estará aqui no blog logo mais. O que também influenciou minha escolha foi o fato de, ao meu ver, Holy Land ser meio que uma "masterpiece".

Cara eles misturam guitarras, som pesado, intenso, com qualidade técnica e de produção há elementos da cultura brasileira mostrando que é possível encontrarmos coisa boa sem a necessidade de apelar para o lado obscuro de nossa cultura (liberdade confundida com libertinagem por exemplo).

As músicas são conectadas do início ao fim e parecem contar uma história para quem ouve.

Quando coloco Holy Land para tocar eu não consigo ficar em apenas uma música, eu tenho que ouvir o disco inteiro e sempre sou transportado para um lugar único durante os pouco mais de 57 minutos de álbum.

A mistura de elementos clássicos com folclore e cultura brasileira ao heavy metal, dá uma característica única a esse disco que merece ser ouvido.

Se isso não for o bastante, ele tem "Nothing To Say" que é uma das músicas mais icônicas do Angra e do Metal Nacional e Internacional.

A sim, Angra, como dito no post de "Fireworks", é uma banda reconhecida internacionalmente por sua qualidade, tanto que seus músicos até hoje viajam pelo mundo, possuem fãs fiéis, são respeitados e tudo mais o que tem direito. Como exemplo a participação de André Matos em "Metal Opera" do "Avantasia" e a recente contratação de Kiko Loureiro como guitarrista do "Megadeth".

Somando isso ao fato de ser um disco feito pela formação original, acredito que se você ainda não conhece, tá na hora dar uma oportunidade para esse álbum.

Bom não vou fazer análise de músicas como de costume porque já citei que o álbum todo é conectado e merece ser ouvido na íntegra. Está mais do que recomendado por mim.

Quem gostou do álbum parabéns pelo gosto musical. Quem não gostou azar o seu huahuahauhauhauahuahauhauahuahuahuahuahauhauhauhauahuahuahauhauhauhauhaua. 


Phantom Lord
O Pentelho volta ao blog... E com ele volta o Angra. 
O velho Angra, que na época em que lançou este disco ainda tinha uma pusta criatividade e apresentava músicas com grande harmonia entre seus elementos (instrumentais/vocais). 
O velho Angra que foi a porta de entrada dos gêneros "metálicos" mais melódicos (power, speed etc ao quadrado) para alguns dos metalcólatras. 

O álbum de Tupi-Metal (folk brazuca?) Holy Land, como bem citou o Pentelho, trabalha a mescla de ritmos brasileiros com muito heavy/speed/power metal, mas apesar de bom, não faz parte nem de um "top 50" em minha opinião. O grande destaque é a faixa Nothing to Say (e sua Intro), uma paulada épica, com tema também muito interessante que questiona a colonização das Américas, mais especificamente, esta faixa pode ser considerada uma crítica reflexiva à colonização do território brasileiro... 
Apesar de manter uma ótima ambientação, o álbum Holy Land, elogiado por críticos estrangeiros (Allmusic etc...) e pelo Pentelho me causa um pouco de desvio de atenção e talvez tédio... Seria por eu ter escutado demais este álbum no passado? Não... Este efeito dispersor é causado pelos trechos bocejantes e algumas músicas meio meigas e muito longas... 
Voltando ao álbum... O segundo destaque de Holy Land em minha opinião, é a música The Shaman, que considero muito marcante. De resto temos o maracatu de Carolina IV (que citei recentemente na resenha do Almah), o hit melo-choroso Make Believe e músicas com boa ambientação, mas que não são exatamente a "minha praia". 
Apesar de tudo, este é um trabalho que reforça todo o respeito (e talvez orgulho?) que tenho pela banda brasileira Angra, que mostrou competência, inspiração e qualidade de alto nível, desde seu primeiro disco Angels Cry até o álbum Temple of Shadows de 2004... Mesmo com todo blábláblá que circunda o mundo de headbangers "troozões", acho que o Angra não é muito diferente de muitas bandas que fizeram sucesso... 
Enfim... como praticamente todas as bandas de rock/metal, uma hora os caminhos escolhidos pelos seus integrantes acabam não agradando seus supostos fãs... Eu ainda pretendo voltar a ouvir alguns discos do Angra, mas creio que o momento de glória desta banda acabou há pouco mais de 10 anos.

 Crossing/Nothing to Say 10,0 
Silence and Distant 7,1 
Carolina IV 6,5 
Holy Land 7,0 
The Shaman 9,7 
Make Believe 7,4 
Z.I.T.O 6,5 
Deep Blue 6,8
Lullaby for Lucifer 6,9 

Modificadores: 


 Nota Final: 7,7 

The Magician
Caramba Pentelho... por onde devo começar? 

Acho que a primeira observação pertinente é que esse foi o meu PRIMEIRO CD. Cara... o primeiro CD... sabe quantas vezes um moleque ouve seu primeiro CD de Metal??? Pelo menos umas 25.000 vezes, e lendo o encarte cantando junto...

O primeiro CD você se convence que é legal, para poder mostrar para seus amigos e poder falar "olha que da hora o que comprei"; você empresta para os outros, só pra ter o que conversar, ou só pra cobrar o infeliz mesmo... você acaba "criando" um valor adicional para o seu primeiro CD.

Por causa disso uma explosão de memórias me veio a mente enquanto escutava as já quase esquecidas faixas de Holy Land. Cada passagem, variação, progressão, cada momento desse álbum foi uma viagem específica ao meu passado, e daí, é claro, qualquer coisa que eu escreva se torna automaticamente viesada. 

Posso, por exemplo, lembrar o meu primeiro contato em 1996 (ano desse lançamento) com a banda pela radio pirata da região chamada "Expresso FM" quando no programa "os brutos também amam", onde as baladas Metal corriam soltas, tive a felicidade de escutar a memorável faixa "Make Believe" (até hoje é minha balada favorita). Depois disso saí de loja em loja perguntando pelo CD dos caras que tinha essa faixa - era um jeito um pouco peculiar de pesquisa, em uma época onde os buscadores web não eram famosos - até me deparar com a preciosidade em um sebo. Até então, pra mim, era uma banda gringa (!) e só depois da leitura do encarte me liguei, e de quebra descobri também que o videoclipe da super balada estaria competindo pelo prêmio do VMB Brasil. Lembro de ter ficar acordado assistindo a falida MTv até o fim daquele evento, onde para minha tristeza, o Angra perdeu para "Os Paralamas do Sucesso" ("A noite passada... eu sonhei com você!").

Lembro de ter sonhado que fiz dueto com Andre Mattos em um show do Angra no auditório da minha escola, cantando o refrão de Nothing to Say, que encerrei com um belo mosh na galera... música aliás que fiz questão de abrir uma roda durante o show do Shaman no antigo Via Funchal em 2002.

Mas nada disso importa pra você caro leitor dos Metalcólatras.

Se posso falar de forma isenta de tudo que ele representa pra mim, digo que para a banda foi uma espécie de emancipação. Os caras que já tinham um belo debut em termos de reconhecimento da crítica, elaborou um conteúdo de maturidade lírica; fizeram a lição de casa, uma vez que com as portas abertas para o mercado internacional, bastava falar sobre alguma característica cultural do nosso Brasilzão. E é claro: sobrou para a famosa colonização predatória dos lusos, tema super produtivo para uma dúzia e mais tantas discussões filosóficas e históricas do renascentismo ou das navegações.

Tecnicamente a banda cresceu (por incrível que pareça), e soube mesclar as pautas aceleradas e as investidas melódicas do primeiro trabalho com cadências mais razoáveis, e com os super perceptíveis temas rítmicos da música regional brasileira. O resultado foi um disco Metal "Cult", que gerou músicas exímias quanto sua ambientação, mas com doses de progressões que podem cansar muitos dos ouvintes que anseiam por objetividade.

Sobre os membros e suas performances: estavam a um passo do ápice, alcançado em "Fireworks".

Disso tudo, me sobra: a melhor balada do Metal de todos os tempos - Make Believe - , a fulminante, impactante, extraordinária e impagável pedrada "Nothing to Say" e mais um punhado de memórias pessoais de um tempo que se foi, e nunca mais voltará ......... embalado pelos lindos acordes de "Deep Blue".

Valeu Pentelho!! Valeu Angra!!

Nota 8 ou \m/\m/\m/\m/ (recebeu uns pontinhos a mais pela carga emocional).   



The Trooper
3
É necessário um cuidado especial ao ouvir este álbum, aliás, o cuidado especial é necessário também na escolha de ouvir ou não este trabalho do Angra.
Por quê? Bem, para ouvir, porque a musicalidade é complexa, ela se liga à ambientação e à temática escolhida, e a mistura leva a momentos épicos neste trabalho, ouvir com meio ouvido talvez não proporcione o mesmo resultado final.
E para escolher ouvir ou não, porque é justamente essa mistura e musicalidade complexa focada em ambientação e tema que distancia este trabalho do heavy metal, para você que sente vontade de vomitar com instrumentos alheios ao heavy metal aparecendo, melodias lentas e mistura em geral, deixe passar, ou ouça apenas Nothing to Say e Z.I.T.O.

Essa escolha temática que o Angra fez potencializou a sonoridade diferente e a diferença para o trabalho anterior (Angels Cry), que, segundo alguns, possuía já algumas influências de ritmos brasileiros. Aqui fica descarado, tão descarado que eu consigo dizer que boa parte das faixas simplesmente não são heavy metal.

'Opa, você tá dizendo que é uma bosta então?' Muito pelo contrário, amiguinho. Holy Land é uma obra-prima, e uma das melhores da música nacional, algumas músicas desse cd são praticamente um novo estilo musical, algo que poderia ser comparado a Chico Science, mas ainda sim, parente próximo do heavy metal.

Holy Land se aproxima muito dos álbuns que o desvairado Mercante anda postando aqui no blog, como o Phantom afirma, algo próximo de um folk metal. Mas por que o Magician não rodou a baiana nesse post então? É uma boa pergunta, pode ser porque o ritmo que é misturado ao heavy metal é muito comum aos nossos ouvidos brasileiros. Imagina um gringo ouvindo esse cd, ele deve ficar com um ponto de interrogação na cabeça, como eu no King of the Nordic Twilight, do Luca Turilli, perguntando 'o que é isso? Música de circo italiana?'. 'Mas peraí, você deu uma nota alta para King of the Nordic Twilight'. Sim, e é aí que chegamos no segundo ponto, os caras do Angra são bons, meu amigo. Muito acima da média, muito acima do que os caras do Wuthering Heights.

Enfim, trata-se de um clássico do metal brasileiro. Note a percussão de músicas como Holy Land, Carolina IV e The Shaman, de maneira alguma é heavy metal, mas ainda sim há um sincretismo fantástico aqui que gerou um híbrido do heavy metal épico. Indispensável de pelo menos se conhecer. Fique esperto apenas com o excesso de baladas (quebraram minha regra de no máximo 2), mas pelo menos Make Believe é a melhor balada criada nas fronteiras da República Federativa do Brasil.
Nota: \m/\m/\m/\m/


terça-feira, 21 de julho de 2015

Brutallian - Blow on the Eye


O álbum Blow on the Eye de 2015 da banda Brutallian foi escolhido pelo Hellraiser para análise.





Hellraiser
3Nem só de Sepultura, Viper, Angra, Shaman, Almah e afins vive o Metal nacional ! 
FATO !!!!!! 
Na verdade acho que nem mais vive delas…… 
Bom... vamos la, .... pegando carona no post de uma tambem banda tupiniquim do Magician aqui no Blog, venho apresentar aos Metalcolatras interessados, essa otima banda maranhense de Heavy Metal. 
O álbum de estreia da banda acabou de sair quentinho do forno, foi lançado neste ano corrente e serviu para trazer aos meus ouvidos uma excelente sonoridade praticada por estes maranhenses, e a qual quero dividir com meus amigos. 
Ao lado de outra excelente banda de Heavy Metal, a paraíbana Shock , estas duas bandas me impressionaram pela qualidade de suas musicas e principalmente pela produção, que não fica devendo EM NADA se comparado aos trabalhos das bandas gringas. 
O álbum tem uma pequena intro e já descamba para um excelente Heavy Metal vigoroso e empolgante com a faixa de abertura que leva o nome do álbum. Grandes influências do excelente Fight do Rob Halford são notadas logo de cara, inclusive em varias passagens o vocal de Pablo Barros chega a lembrar o timbre do Halford nesta época do Fight. 
A musica tem uma levada mais rápida, porem com uma alteração de andamento no meio da musica, a qual deixa a musica com mais peso ainda. 
Logo em seguida vem a Black Karma com uma excelente levada, vários vocais dobrados e um belo refrão contagiante !! SONZEIRA PURA !!! 
Acredito que seja impossível já não estar se empolgando com esse álbum, ....mas se caso ainda estiver sentado sem balançar a cabeça, aguarde a próxima faixa. ( se caso não estiver doente ou gostar de algum outro tipo de musica ) 
Primal Sigh vem seguindo o mesmo padrão das anteriores...... guitarras poderosíssimas carregadas de peso, vocais dobrados e bateria altamente empolgante e precisa, servindo de base para excelentes refrões, mudanças de andamentos e belíssimos solos !! ISSO É METAL PORRA !!!!! 
Psycho Excuse serve apenas como um respiro, ...talvez está mais para uma intro para a proxima faixa. 
Talvez a de levada mais rápida seja a You Can´t Deny Hate, com excessão do refrão que tem uma parada interessante. 
Hora da faixa de trabalho da banda – Hell is Coming With Me. (PQP!!!) 
Excelente levada, pesada, empolgante, viciante, um solo maravilhoso......impossivel não chacoalhar a cabeça nesta levada !! 
E novamente conta com mais um excelente refrão altamente pegajoso que após apenas uma ouvida, se você curte METAL, você com certeza vai sair cantando esse refrão pelas ruas !!! 
I, The Scoundrel vem na mesma linha das anteriores, e novamente com grandes lembranças do extinto Fight. 
E pra fechar em grande estilo esta ótima obra do Heavy Metal da terra do futebol ( só que não mais ) outra excelente musica, a Pain Masterpiece, que aí a banda prova que até no fim não vai deixar a peteca cair em momento nenhum, muito pelo contrario, outra excelente porrada pra balançar a cabeça ( caso já não esteja com ela doendo ). 
As faixas contam com 5 e 6 minutos em sua maioria, porem nenhuma delas chega a cansar o ouvinte, existe sim, no fim a sensação de ¨quero mais¨ talvez até pelo fato de ter apenas 7 faixas reais. 
Nota 8,5 
É do Brasil sil sil sil 

Phantom Lord
Brutallian inicia seu álbum Blow on the Eye com uma intro meio brega e um heavy metal tradicional bem trabalhado: A faixa título mostra um vocal alternando entre um timbre médio-grave e um "estilo Rob Halford"... 
 A parte instrumental tem seus bons momentos mas ocasionalmente caí em repetições toscas, o que faz com que o vocal se destaque com mais facilidade.

Falando em repetições, quem ouve música (e presta atenção nelas) sabe que isto (a repetição) é um artifício utilizado frequentemente na indústria da música. Esta é uma das características de músicas mais comerciais (ou "radio-friendly") que geralmente possuem mais chances de se tornarem "hits" ou "populares". Algumas músicas mais longas ou mais complexas já conseguiram se manter na programação das rádios, mas isso é raridade, praticamente exceção à regra. Particularmente meu gosto flutua entre algumas músicas comerciais e outras mais complexas: Poucas músicas de "metal progressivo" ou de "metal extremo" me chamam atenção, enquanto muitas do heavy tradicional, do thrash (bem trabalhado como Rust in Piece e Master of Puppets) e do power/speed metal (Keeper of the 7 keys, Renegade, Somewhere far Beyond e Tunes of War por exemplo) figuram entre meus trabalhos favoritos. 

 O que temos aqui em Blow on the Eye, é um trabalho de uma banda independente focada nos estilos mais tradicionais do heavy metal, se aproximando um pouco da linha mais melódica (como os trabalhos de Rob Halford), sem se arriscar além disto. Talvez a banda optou colocar uns trechos repetitivos nas músicas na esperança de ganhar um espaço na mídia, ou talvez... foi um caso de uma sutil falta de criatividade... Digo sutil, porque o disco Blow on the Eye até apresenta algumas músicas interessantes. 
 Todos já devemos saber que o "heavy tradicional" é um estilo surrado que gerou zilhões de bandas e discos, seja no mainstream ou fora dele. Ao longo dos anos, dos anos 80 para cá, o heavy metal não só gerou bandas como se dividiu em vários sub gêneros musicais e estes sub gêneros são opções para os músicos / bandas que tem uma preferência a tentar inovar... Afinal como já citei X vezes, o mais DIFÍCIL é inovar dentro dentro de um estilo já super explorado! 
 Apesar do Brutallian conseguir criar alguns trechos inovadores que não soaram cópia de outras bandas, eu só destaco a faixa Pain Masterpiece... (a música com estilo mais próximo dos trabalhos do "quase melódico" Rob Halford) e talvez Black Karma. Enfim, a banda mostrou muito potencial, ficaria melhor se seus instrumentistas conseguissem aperfeiçoar algumas das mudanças de ritmos (ou de andamentos?) que soaram repentinas e se tentassem diminuir alguns trechos de música repetitivos. 

 A Prelude to Agression / Blow on the Eye 7 
Black Karma 7,3 
Primal Sigh 7 
Psyco Excuse / You Can`t Deny Hate 6,9 
Hell is coming with Me 7,1 
I, The Scoundrel 6,8 
Pain Masterpiece 7,5 

 Nota Final: 6,9


O PENTELHO
Fala galera aqui estou eu novamente pra causar nas resenhas desse "Brogui".

Seguinte, agora é a vez do "Brutallian", banda brasuca de Heavy Metal.


Bom pra começar a intro é meio estranha, e realmente não contribui em nada ao álbum rs.

Partindo agora para as músicas, o disco inicia com "Blow on the Eye", título do álbum. Sinceramente eu esperava mais hein...primeiro porque os caras já entregam o ouro logo de cara, é a primeira música. Isso faz com que o set obrigatoriamente comece no alto, arrebentando, quebrando tudo (pra porra da introdução fazer algum sentido) mas minha sensação foi um grande "NHÉ". 

Após isso instantaneamente pensei "fudeu, se começou assim a chance do resto não se salvar é grande", e ai veio Black Karma com um refrão que mais parece um tio resmunguento e choroso.

"Primal Sigh" começa preocupante, temos um cara com dificuldades em respirar, talvez um asmático sei lá, trás a bombinha do cara pra ver se melhorar.

"Psyco Excuse" com seu violão e voz mostra potencial, um ar sinistro, envolvente, misterioso, você fica preso ao som, ao cântico, levanta com a virada de ambiente (vocal subindo e chamando uma empolgação) e ai.....ela acaba e da lugar para "You can,t deny hate" que poderia ser uma continuação a altura, mas não. Ela muda o estilo, muda todo o universo criado na música anterior.

Analisando ela de forma avulsa, ela é legal, mas ela te deixa confuso se ouvida após "Psyco Excuse". Por ela ser curta, as coisas acontecem muito rápido, duas frases de música já entra um refrão, mais duas entra um solo, ai refrão, ai som, ai acaba. Ela poderia ser fácilmente melhor trabalhada e ocupar uns bons 5 a 6 minutos do albúm e certamente teria um ótimo potencial, mas a banda invetsiu enoutras músicas que não empolgam tanto.

Quando a "Hell is Coming with Me" começa, senti uma energia positiva...estava chegando a música que seria ouvida outras e outras vezes. Sim meus queridos temos um ótima música neste álbum, e confesso que depois de ouvir o álbum uma vez, fiquei cantarolando este refrão o dia inteiro. Taí a música nota 10 do disco e vai pra minha setlist.

"I, The Scoundrel" passou e acabou....eu comecei a ouvir e quando percebi eu estava lendo e respondendo um e-mail durante a música, tipo sem força nenhuma para prender minha atenção.

Pra finalizar temos a cereja do bolo, "Pain Masterpiece" que é apenas mais do mesmo no set.

Ao meu ver o álbum não precisa ser 100% foda, mas começa empolgando, faz umas cagadas, recupera no meio, caga de novo e termina arrebentando, já é uma boa fórmula pra fazer sucesso, e neste aqui o final é a continuação da pegada da banda que muda em apenas 3 músicas (sendo que 2 são curtas).

Concordo com o amigo Hellraiser quando diz que a produção do disco não deve nada para as bandas gringas pois, realmente, ta tudo muito bem equalizado e é possível distinguir os instrumentos e não cansar ao ouvir o set completo, mas como eu disse, espero o próximo para me empolgar mais.

O álbum tem peso, tem elementos de Heavy Metal, mas parece muito crú, quadrado e falta um pouco de tempero talvez.

Apesar das minhas críticas eu acho louvável uma banda investir em Heavy Metal no Brasil, aja visto nosso cenário musica "infestando" de uma falta de qualidade musical tremenda. Só ai já faz com que os caras tenham meu respeito mas, ainda estou esperando um grande álbum de vocês.

Um abraço e até a próxima cornetagem do "PENTELHO".

Huhauhauhauahuahuahuahauhauhauhauhauahuahuahuahuahuahuahauh.

 The Magician


Com certeza existe um problema quando você se propõe a analisar a "qualidade" de algo tão abstrato como a música, na verdade, existe um punhado de problemas. Um dos principais daqui do nosso fórum metaleiro é que mesmo com a baliza denominada "Heavy Metal", colocamos em nossa base de dados discos que vão do Rock n Roll clássico, Hard Rock, Punk, ao; Progressivo, Death, Thrash, Black Metal... 


Com isso, na mesma mesa colocamos trabalhos imortalizados por um universo inteiro de música popular (como o disco Machine head do Purple) ao lado de discos de nicho, com uma série de restrições para o direcionamento proposital à um certo tipo de público (como o Avatar, por exemplo). Assim como cabe uma longa dissertação sobre o que é um "tipo de público", poderíamos questionar os impactos das referências cronológicas nesses trabalhos, e também das geográficas, monetárias, sociais, ...e assim por diante. Mas sobre tudo isso ainda ficaria a principal questão, "o que é bom e o que é ruim"; a música é de fato arbitrária, segue alguma cartilha ou impõe com austeridade um "certificado de qualidade" alheio às percepções individuais de cada individuo ou de uma industria musical? O que é música? Qual seu objetivo? ... sua utilidade? qual sua métrica?

Haja fatores abstratos, e a partir daí qualquer análise do tipo "eliminatória" que qualifica o trabalho artístico com certeza se torna estúpida, sem eira e nem beira, em outras palavras: quase que futebolística (conforme me disse o colega Merchant em "off").

Mas como bem dizem os visionários modernos: a Internet tudo permite, das redes sociais - incansáveis máquinas fotográficas de pensamentos impulsivos e equivocados - aos blogs - impressoras de ignorância anônima - vemos enxurradas de opiniões desnecessárias e descabidas. Pois eis aqui nossa contribuição.

Por que tudo isso nesse post? Tá aí uma banda do Maranhão tocando Thrash Metal 30 anos após o sub-gênero surgir, sendo comparada com obras que influenciaram gerações, na maior cara dura. E ou é isso, ou nós (pseudo-críticos) podemos usar dos artifícios da "leniência" e da "sensibilidade" ( guardados ao lado da sala da "hipocrisia") para falar do disco proposto.

Como continuarei com minhas análises estúpidas, posso afirmar que o trabalho é em seu todo bem mediano, e por mais que tente, não consegue escapar das suas características mais maçantes na maior parte do disco.

De qualquer modo, vamos olhar a metade cheia do copo:

- A produção é boa no geral (equalização, timbres e mixagem) a ponto de em alguns momentos surpreender;

- o bateirista chama atenção, se não chega a ser extremamente técnico, é daqueles "braçudos" que chacoalha na pancada a casa toda;

- os timbres de guitarras são exatos, colocados no ponto adequado para dar peso e não embolar. Atuação das bases: firmes, como uma máquina escavadeira que abre caminho para os concreteiros;

- solos rápidos com boa sonoridade nos módulos - na verdade o que é necessário para esse estilo, que não pede muita técnica, ao contrário do que muitos pensam;  

E a parte vazia do copo:

- O vocal enche o saco em níveis absolutos, com performance salvadora em "Psycho Excuse", que dá um tempo para nossos ouvidos se organizarem;

- O velho e ridículo estilo chanchada brasileiro, que aparece em introduções e interlúdios ("Oh my eye!, My eye!!!");

- O sotaque (nada a ver com o maranhense, mas sim com o brasileiro em geral) em alguns momentos são super expostos, em versos de maior extensão;

- A banda se utiliza excessivamente de muitas tempos repetidos e bases de guitarras viciadas, censurando os riffs fraseados ao optar pelas sequências de acordes britados.

Ta aí minha análise descabida sobre um debut de uma banda estrangeira (sob o ponto de vista da genealogia do Heavy Metal) de poucos recursos, que canta em um idioma não nativo e se apresenta em um status quo local e cultural totalmente adverso a sua proposta artística...

Ah, e como coroação da minha estúpida e escrota resenha aqui vai a minha nota: 6,3 ou \m/\m/\m/.

Destaque para "Psycho Excuse" e "Hell is Coming With Me".


The Trooper
3
Há uma óbvia influência de Metallica neste trabalho da banda, o que me predispõe a ouvir o álbum com mais atenção, afinal, segundo o membro ausente, Mercador de metais baratos, sou da turma senãoémetallicanãoébom.

Entretanto, influência não é o bastante. Distorção, produção, peso, ok ... mas e o restante? Onde estão aquelas composições que evoluem para um ápice foda? Onde estão os riffs e refrãos grudentos e/ou memoráveis.

Bem, é exigir demais que exista uma banda genial em cada esquina. E olha que nem to falando de bandas realmente geniais, lembram que em alguma resenha perdida aí no blog eu escrevi que às vezes um riff é tão bom que dá pra ficar repetindo ele a música toda (Acho que foi em algum álbum do Saxon)? Pois é, temos uns riffs bonzinhos por aqui, mas não bons o suficiente pra ficar repetindo a música inteira.

Enfim, pode ser coisa de nicho, escolha consciente da banda, mas para mim, acaba com o potencial que a banda tem para lançar músicas muito boas. Também não vou prolongar muito essa resenha porque a parte técnica da resenha do Magician resume minha opinião sobre o álbum.

Nota: \m/\m/\m/

p.s.: Esses caras tem potencial se resolverem se aprofundar mais na criação.


quinta-feira, 9 de julho de 2015

Wuthering Heights - The Shadow Cabinet

O álbum The Shadow Cabinet de 2006 da banda Wuthering Heights foi escolhido pelo Mercante para análise.


The Magician
Sei lá.... por mim eu vinha aqui e metia um selo de Melódico-Fantasy-Merda-Genérico, dava as costas, saia fora e colocava um Megadeth pra escutar. Mas de repente pode ter alguém que entra aqui nesse blog com certa regularidade pra ler as resenhas e procurar dicas, então, em respeito a esta pessoa vou tentar escrever algo sobre ....... sobre ..... isso aí. Mas se fosse só pelo Metalcolatra que postou essa parada aqui, eu mandaria um belo de um VTC.

Tem alguém que escuta isso aí? Alguém se propõe a sair de casa para ver um show desses caras (que nem devem conseguir reproduzir essa zona ao vivo)? Tem alguém que compra isso? nem o dono dessa postagem, que pelo menos uma coisa inteligente fez: baixou o piratão. 

A mente autora dessa obra deve ter feito algo pra só ele e a mãe dele escutar, mas acabou que o irmão mais novo roubou o material, fez upload, a internet cheia de retardado proliferou essa bosta, daí alguém que é o hipster do Metal Épico Bronha foi lá e escreveu uma resenha, para isso acabar nos ouvidos do Merchant e depois, infelizmente, aqui.

Na tentativa de escrever algo isento da irritação causada por esse CD, posso somente dizer que na medida que o cara aumenta a quantidade das multi interpretações operísticas, os coraizinhos épicos, as sequências dançantes da música celta, as elegias, partes teatrais, as firulas e outras bichisses, ele automaticamente diminui a intensidade do Heavy Metal no trabalho. Tem que ter uma sensibilidade do CACETE pra fazer essa mesclagem na medida certa, e o problema desses discos que o Merchant curte é que os infelizes são meros palhaços fazendo bagunça (pra mais informação, ler minha resenha de Elvenking).

Pra não perder a amizade paro por aqui... mas acrescento: Se você gosta disso deve ser um cara bem sozinho, até entre os próprios metaleiros, já que ninguém mais vai comentar sobre esse fracasso de álbum. Mas pra você isso não será problema, afinal se você (finge que) curte é porquê faz esforço pra ser diferente dos demais e ser exclusivo em conhecer algo que ninguém mais conhece.

Parabéns!

Nota: 3,9, e olhe lá!

Ou Shift+Del.


p.s:  Que merda é aquela aos 36s de Carpe Noctum?   




Phantom Lord
Mais uma "Banda Novidade" em meu repertório... Wuthering Heights traz um heavy metal com trabalho instrumental consideravelmente acelerado e diversas mudanças de ritmos abrindo espaço para trechos de música "folk"
O vocal canta num timbre (ou tom?) médio, sem soar melódico ou gutural (o que eu até acho "bom"...) 

 Tive a impressão que a bateria é um ponto fraco neste cd, sempre caindo no espancamento acelerado, mas ainda bem que (na maioria das vezes) este não é um instrumento de destaque nas músicas... Por um outro lado se os demais integrantes da banda falham em chamar a atenção, a bateria acaba ganhando destaque, o que neste caso não é algo agradável aos ouvidos. 

 Agora abordaremos os trechos de música "folk". Reavaliando este estilo musical, podemos começar pela própria palavra ou denominação "folk" que vem de folk - lore (conhecimento ou contos do povo). Que povo? Ora bolas, pela origem da palavra, é claro que se trata de anglos e/ou saxões, enfim ali, dos povos do norte ou noroeste da Europa (no mínimo, bem próximo da Dinamarca, terra natal desta banda). 
Nosso colega Mercante, descendente eslavo-hispânico, é um metaleiro que abomina ritmos ou músicas do povo de sua própria nação, mas admira muito esta mescla de estilos musicais de origem anglo-saxônica. Estaria no sangue ou em sua cultura? Não, afinal como citei, Mercante é um brasileiro com ancestrais "europeus-não-anglo-saxões". Todo mundo é livre para gostar de qualquer estilo musical, e o headbanger fã do folk anglo-saxônico é uma espécie muito comum no mundo do metal. Eu particularmente vejo grande potencial na mistura de ritmos musicais distintos, mas sei que desta mescla surgem muitas músicas ou gêneros musicais que não me despertam interesse algum. Até o presente momento, em minha opinião, a maioria dos trabalhos de heavy metal que incorporam os ritmos de nações ou culturas específicas, se tornam no máximo interessantes, mas raramente são as obras primas ou os grandes destaques do heavy metal. Porque? Porque são misturas. Óbvio, não? Se meu estilo favorito é heavy metal, e não o maracatu, o "viking", ou o folk, obviamente os trabalhos híbridos de metal com qualquer um destes ritmos jamais estarão entre meus álbuns favoritos (a menos se eu fosse fã de um destes estilos). 

 The Shadow Cabinet, quando saí das misturas folk, apresenta um heavy (ou speed?) metal básico de vocal médio e bateria rudimentar / mega acelerada na maior parte do tempo (como eu já citei). As guitarras fazem um trabalho razoável, às vezes virtuoso com breves surtos provavelmente inspirados em Malmstenn ou em Dragonforce... nada surpreendente ou espetacular. 

Apesar de existir um potencial em The Shadow Cabinet, este álbum acaba como um trabalho mediano marcado por diversos momentos bem caóticos e por quebras de ritmos toscas. Ainda assim é um álbum que pode permanecer na crescente lista de milhares de músicas da árvore filogenética (ou filomusical) do rock/metal que existe em meu computador... Provando que os ritmos "folclóricos" não pertencem a tal árvore. 

 Obs.: Apesar de soar crítico dos gêneros que misturam metal e ritmos particulares de certas regiões e culturas, ainda acho interessante trazer tais trabalhos ao blog ao menos algumas vezes... Quem sabe, um dia, eu não "publique" alguns destes trabalhos híbridos de música REGIONAL com heavy metal por aqui...? 

Demon Desire 6,7
Beautifool 5,4
The Raven 5,8 
Faith 5,2 
Envy 5,8
Snow 6 
Sleep 5,2 
I Shall Not Yeld 7,1
Reason... / Carpe Noctum 6,2 
Midnight Song 6,4

 Nota Final: 5,9

Hellraiser
3Começo essa minha resenha…….opssss…. Resenha não !! 
Não vou resenhar este álbum pois escutei-o apenas uma vez, e espero não escutar mais nada nem parecido com isso daqui pra frente. 
Mas voltando então, ....começo esse meu ¨mini-texto¨ pedindo sinceras desculpas ao meu amigo Metalcolatra Mercante, pois não sabia que ele ficaria tão revoltado com meus posts e se vingaria de tal maneira arrasadora comigo ! (sic) 
Desculpem, ...mas isso é muito ruim, ...é péssimo na verdade, ... e concordo com meu outro amigo Metalcolatra, o Magician, ...isso é MUITO GENÉRICO ! 
É uma verdadeira salada sonora com elementos de tudo o quanto é tipo, e que no fim das contas, o ouvinte não consegue guardar nenhum dos mil trechos de cada musica ( Graças a Deus ). 
Já não sou adepto ao gênero Folk Metal, porem até encaro alguma coisa, ...mas aqui a parada é sinistra demais. 
A banda as vezes ¨tenta¨soar meio pesadinha, ....mas fica só na tentativa. 
Não guardei um nome de musica sequer deste álbum, e como o Magician também fez, ...limpei ultra-rapido meu HD desta pasta nada interessante. 
Agora, ....sem querer soar provocativo ( não mesmo ), prefiro escutar Dan Behler cantar 5.897 vezes o refrão ¨Pounding Metal¨, do que cruzar o caminho desta banda novamente. ( mesmo que seja por um segundo de intro ) 
Nota 3,0 
E já é bastante !


O PENTELHO

Olha quem voltou....
AEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE...
Vou colocar ordem nessa bagaça aqui caracas, vamos causar na parada.

Enfim, let's rock.

O álbum The Shadow Cabinet mantém a mesma proposta do começo ao fim.

Se prestar a devida atenção, os elementos de metal estão no disco: Guitarras frenética, bateria acelerada e o vocal mais agudo. Isso se repete no álbum todo não causando a sensação de mudanças, é tudo um grande continuo.

Por um lado isso é bom, já que por ter pegada rápida e instrumentos pesados, pode empolgar quem escuta e, por não sofrer muita variação, acaba mantendo essa empolgação.

O vocal realmente fica um pouco aquém do estilo musical que se propõe a cantar, e não é exatamente o que chamo de bom vocal. Isso fica claro na faixa "Sleep" e na ponte "Reason...?". Cantar a capela é algo que não pode ser feito por qualquer um, por mais que seja um bom cantor, é preciso ser excepcional para segurar um canto sem a cia da banda.

Como dito, não da pra comparar com outros vocalistas pois este perde fácil, mas o conjunto da banda é bom.

O "cenário" do álbum também usa elementos clássicos do Heavy Metal Melódico logo, não entendo porque das críticas visto que o álbum atende as especificações do metal.

Sobre elementos "não metal" como folk não vejo problema serem inseridos. Angra fez o "Holy Land" com vários elementos da cultura brasileira e o álbum ficou muito bom. Não vejo problema nenhum em inserir elementos no Heavy Metal, vejo problemas em alegar que esta "banda aqui" é metal e merece estar neste blog.

Não acho que seja um álbum que eu escute sempre ou que vá ser tema de alguma situação pra mim porém, funciona muito bem como backgroud para um bate papo com os amigos, um RPGzinho com a rapaziada, um churras, uma viagem de carro, etc.

Tá, talvez não o álbum todo de uma vez mas, tipo dentro da pasta no pendrive para que as músicas toquem no aleatório junto com outras.

Notinha 7,0 pela participação.

Destaques:

The Raven - Me lembrou a minha primeira guitarra, uma Starlight da Tonante, que tinha o mesmo timbre da guitarra da intro desta música.

Faith - Apathy Divine - Part 1 - Na minha opinião uma das melhores faixa do disco.

Envy -  Baixo e Violão aparecendo na intro...aeeeeeee, naipe Halloween essa música, ta entre as melhores.

Snow - Apathy Divine - Part 2 - Intro desnecessária no tecladinho e não achei que manteve o nível da primeira parte.

Midnight Song - Musica com clima de adeus, triste hahahaha.

É isso ai rapaziada...aguardem que esse blog está precisando de agito e coisas boas e to vendo que precisei sair da nuvem da insanidade para poder iluminar as mentes sãs destas trevas de rancorosidade e ranzinzice dos integrantes parvos do blog.


"Não há crise que um 20 não resolva"
 - PH - 

Huhauhauhauhauhauahuahuahauhauhauhauhauhauahuahuahuahauhauhauha.






The Trooper
3
Embora o Magician tenha dado um chilique exagerado, ele acabou por resumir o que The Shadow Cabinet é, não pela nota, mas por um rótulo criado pelo próprio dono desse post: Heavy Metal Genérico. Para ser mais exato Heavy Metal Pomposo Genérico, no caso em questão.

O fato é que não há nada de novo no que o Wuthering Heights propõe neste trabalho, o começo do álbum, aliás, lembra Luca Turilli. Infelizmente, falta a força criativa que Luca Turilli teve em King of the Nordic Twilight, por exemplo. Algumas linhas de baixo, alguns riffs de guitarra e até algumas introduções com instrumentos clássicos chamam a atenção, mas não duram mais do que 30s.

Sleep talvez seja a faixa mais fraca, Midnight Song sai do padrão do álbum, mas lembra algo sem graça do Def Leppard. Eu não entendi muito bem o que o Magician procura aos 0:36 de Carpe Noctum, parece um teclado, não? Mas sei que o solo que inicia a música e retorna lá pelos 03:06 lembra Brasileirinho, de Waldir Azevedo.

Bem, não há porque levar essa resenha adiante, trata-se de um trabalho médio, que amantes do folk metal ou sinfônico podem apreciar.
Meu destaque vai para The Raven, o riff inicial da música quase a coloca em um patamar acima do restante do álbum, quase. Quase é a palavra que define minha avaliação deste trabalho.

Nota: \m/\m/\m/


segunda-feira, 22 de junho de 2015

Almah - Fragile Equality

O álbum Fragile Equality lançado pela banda Almah em 2008, foi escolhido por The Magician para a análise dos Metalcólatras.


1- Birds of Pray; 2- Beyond Tomorrow; 3- Magic Flame; 4- All I Am; 5- You'll Understand; 6- Invisible Cage; 7- Fragile Equality; 8- Torn; 9- Shade of My Soul; 10- Meaningless World.

The Magician
Eis mais um grande trabalho do Heavy Metal brazuca.

"Fragile Equility" da banda Almah - do controverso Edu Falaschi - tem sonoridade complexa e pouco acessível, e demanda sim por uma certa paciência do ouvinte. Em outras palavras, é um disco que precisa ser digerido pelo metaleiro para sua completa apreciação.

Se isso acontecer (e cá entre nós, provavelmente só acontecerá com o cujo que gosta ou já gostou de algum trabalho do Angra), o banger será surpreendido e presenteado pelas inúmeras qualidades do ótimo trabalho da banda.

A obra, no entanto, não deixa dúvida quanto ao gênero que pertence: com certeza Metal Melódico dos mais destilados que se pode encontrar. Ostensivo ao extremo, com camadas e mais camadas uma por sobre a outra; de teclados sobre guitarras, de guitarras solo sobre vocais, de guitarras em duetos, de coros sobre lead vocal, de vocais sobre mais todo resto, e por aí vai...

Mas as melodias são coesas e seguem linhas mestras que conduzem suas estruturas principais, por causa disso elas fogem daquele conhecido arcabouço progressivo do Metal (em que às vezes o Angra se arrisca), ao tempo que oferecem aderência com partes bastante "grudentas" e bem destacadas (menção especial para a faixa "Torn", nesse sentido).

A dupla de guitarristas fez a festa nesse material. Para os aficcionados nesse instrumento, o disco se mostra como um repertório inacabável de arpegios, tappings, saltos absurdos de cordas e fritação desenfreada, isso sem contar os riffs nervosos com palhetadas alternadas. Uma observação particular sobre este tema é que o falecido Paulo Schroeber escreveu um dos solos mais impactantes que já escutei; a faixa "Magic Flame" traz um solo-petardo de aproximadamente 1 minuto que começa em 1:56, arrancando sons extremamente malucos e aparentemente inexplicáveis da guitarra aos exatos 2:16 e 2:18 da música, que eu só posso associar a alguma modulagem customizada pelo músico.

O bumbo duplo de M. Moreira e o baixo de F.Andreoli são os grandes responsáveis por dar peso às músicas, e posso afirmar com segurança que nesse quesito a banda de Edu entrega um trabalho muito mais denso do que faz o Angra, na ocasião, sua outra carametade. Por vezes (mais perceptível nas faixas "Fragile Equality" e "Torn") essa interpretação da bateria e do contra baixo criou uma parede de sons que pega carona no estilo black metal, que posteriormente foi mais aprofundado na discografia do grupo (especificamente, no CD Unfold de 2013).

Mas é claro que Edu é o protagonista na parada. A banda é dele, é o dono da bola... se não jogar, ninguém joga! Essa afirmação reflete o trabalho, e muito.
             
Havia dois anos Edu tinha gravado com o Angra o fraquissímo "Aurora Consurgens", para aqui desfilar uma bela dose de criatividade por todo o álbum. Parecia claro para aonde a cabeça do cara começava a apontar, e aonde estava também sua vontade de trabalhar. Uma outra coisa que começava a ficar claro é o desgaste de suas cordas vocais, notado claramente no segundo tom do refrão da faixa "All I Am", quando o vocalista parece falsear sua voz para alcançar a nota da melodia. Toda essa história culminaria no fiasco do Rock in Rio 2011, naquela triste performance do Angra, e no desligamento de Edu do grupo. Afinal, era natural que Edu procurasse um estilo ao qual sua voz se encaixasse melhor em tempo integral.

De qualquer modo, o que se percebe aqui é que o cara ainda tinha relação mais próxima ao "estilo Angra de ser", e que ainda podia dar conta do recado em linhas mais melódicas. Nesse contexto, entregou um bom trabalho técnico e um ótimo trabalho de composição e criatividade, a ponto de escrever um "mangá" contextualizado no conceito de "Fragile Equality" (imagino eu , que nunca lançado).

Quanto às letras, é aquela velha história sobre o existencialismo - coletivo e pessoal - em quase todas as faixas, com alto grau de subjetividade e abstração. Por mim podia ter aberto mais o leque de abordagens, mas não dá pra negar a fina sintonia dessas letras com a sonoridade geral. Alias, por causa disso, o grande destaque do trabalho é a balada "Shade of My Soul", um puta som; fazia realmente muito tempo que não escutava uma balada tão contundente a ponto de ser o carro chefe de um disco, desde Dragonforce, eu acho... (essa música do Almah, inclusive seria uma bela trilha sonora de Anime!).

Para uma analise conclusiva desse disco: Consistência com competência técnica, porém a onipresente inspiração dos compositores, às vezes, é encoberta pela pretensiosa sofisticação da produção sonora.

Eu sei que é cansativo ficar comparando bandas, mas dada as condições sobre os membros do grupo, e sobre a época em que foi lançado este álbum, não dá para não fazer referência ao Angra. E dá pra dizer que depois do "Temple of Shadows", esse aqui é um dos melhores discos criados pelo reduzido contingente do Metal Nacional.

Nota 7.7 ou \m/\m/\m/\m/.

Ah sim! depois de escutar esse disco aqui, dá pra entender um pouco a revolta do Edu. Pra neguinho achar CD do "Pyramaze", "Amorphis" e outras psicodelias fajutas melhor que "Fragile Equality"... tem que ser chupa p@&¨% de gringo mesmo!       
   
Phantom Lord
Do Almah eu conhecia apenas o álbum Motion de 2011, um trabalho que se arrisca além das vertentes melódicas/power/speed, chegando a se aproximar um pouco do death. 

Fragile Equality traz um "metal" das vertentes melódicas de qualidade, porém correndo o risco de sempre: ao explorar os gêneros surrados, este álbum do Almah traz momentos aparentemente não inovadores. Apesar destes momentos, a virtuosa banda consegue criar músicas boas que ocasionalmente chamam a atenção de quem gosta das vertentes "metálicas" que citei anteriormente. 
Existem algumas grandes mudanças de ritmos em determinadas músicas, mas muito bem feitas e/ou sutis. Isto é mais um ponto positivo, pois não faz com que a música pareça um monte de retalhos mal costurados. 
 Os destaques (como indico abaixo) ficam por conta das porradas Beyond Tomorrow e You`ll Understand. 
Enfim, Fragile Equality é um bom álbum que não deve quase nada para a maioria dos trabalhos do Angra. 

Observação: Não podia faltar um maracatu Holy Landense no álbum né? Ainda assim, Invisible Cage não é mais fraca deste disco.

 "Birds of Prey" 7,4 
"Beyond Tomorrow" 8,0 
"Magic Flame" 7,0 
 "All I Am" 7,1 
"You'll Understand" 8,3 
"Invisible Cage" 7,2 
"Fragile Equality" 7,0 
"Torn" 7,4 
 "Shade of My Soul" 6,9 
"Meaningless World" 7,5 

 Média final: 7,4


The Trooper
3
Eu cheguei a pensar em xingar o Edu Falaschi por quebrar minha regra de máximo de baladas em um álbum, mas não pude porque o cara fez um trabalho EXCELENTE em Fragile Equality.
Esse é aquele tipo de álbum que você ouve pela primeira vez e pensa "opa, esse é bacana, hein?", e lá pela sexta ou sétima vez eu já to quase chorando "caralho, que álbum foda!".
Se você não gosta de metal melódico/power metal, provavelmente não vai gostar deste trabalho, mas se você é fã de prog metal talvez goste, Fragile Equality está no limiar das duas esferas, muito bom para mim, que gosto exatamente desse limiar.
Criatividade aparece por todo o trabalho, os instrumentistas são MUITO bons, destaque para os guitarristas e seus solos que parecem uma mistura de Dragonforce com Megaman X. Eu nunca critiquei o Falaschi por seus trabalhos de estúdio, muito pelo contrário, acho o cara muito bom (embora na velha discussão polêmica EduxAndré eu prefira o segundo), e aqui ele desfila sua criatividade, voz e habilidade de intérprete, a maioria das letras não chega a me chamar a atenção, mas o encaixe delas com a melodia é perfeito.
Algumas faixas puxam mais para o metal melódico/power metal, como Magic Flame e Meaningless World, mas a maioria se encontra naquele limiar que citei antes. A faixa título é a mais 'perdida' do álbum, lembrando muito nu metal, mas mesmo assim é muito boa. As baladas são muito boas, lembrando que eu ando de saco cheio de ouvir balada, hein?
Enfim, vale a pena ter esse álbum na sua coleção ... não sai mais do meu hd! Valeu Falaschi \m/

Destaque: Muito difícil, eu teria que escolher umas 5 faixas ou mais.

Nota: \m/\m/\m/\m/