segunda-feira, 21 de maio de 2012

Paradise Lost - Draconian Times

Escolhido por Pirikitus, o álbum Draconian Times lançado em 1995 pela banda Paradise Lost.




1. Enchantment / 2. Hallowed Land / 3. The Last Time / 4. Forever Failure / 5. Once Solemn / 6. Shadowkings / 7. Elusive Cure / 8. Yearn for Change / 9. Shades of God / 10. Hands of Reason / 11. I See Your Face / 12. Jaded

Phantom Lord
 Até o momento em que comecei a escrever esta resenha, esta era uma banda do grupo “apenas ouvi falar”... Ou seja, outra novidade para mim. 

Enchantment abre o álbum com um estilo bem próximo do gothic rock/metal, vai ver esse é o tal “doom metal”. O vocal alterna entre o grave (típico gótico) e um mais gritado, nada demais... e os instrumentos podem ser classificados como arroz e feijão desta espécie de metal, ou talvez como o sangue, já que a maioria dos góticos são “meio vampiros”. 

Depois de aproximadamente 18 minutos, a faixa 5 (Once Solemn) evitou que eu entrasse em estado de torpor absoluto... ainda bem... Não que esta música seja uma “speedfreak” avassaladora, é claro.
Bem, já que se tornou difícil prestar atenção no álbum, cheguei a duas teorias (ou conclusões): 

1. Talvez Draconian Times sirva bem de trilha sonora de elevador, ou musica de ambiente de trabalho, afinal, o álbum não incomoda, mas toda vez em que eu tento ouvir as melodias/ritmos, eu sinto uma terrível sonolência; 

2. Draconian Times é sonolento pela distorção de eco suave utilizada nas guitarras em diversos trechos das músicas, pelo vocal bobinho (já que a palavra medíocre parece ofensiva para muitas pessoas) e pelo elevado número de faixas, mesmo estas sendo breves.
Em minha lista abaixo, tento classificar as músicas do álbum abordado (como faço há muito tempo)...

Enchantment 6,0
Hallowed Land 5,8
The Last Time 6
Forever Failure 5,5
Once Solemn 7,0
Shadowkings 5,7
Elusive Cure 5,3
Yearn for Change 7,2
Shades of God 5,0
Hands of Reason 6,8
I See Your Face 5,5
Jaded 5,0
Obs.: Na verdade, só não dormi durante a execução deste álbum, porque estou gripado e espirrando “explosivamente”.
Nota: 5,7

The Trooper
 3Sono, esta palavra resume minha análise sobre este álbum.

Pelo que li a banda era classificada como doom metal, mas neste álbum é considerada gothic metal (http://en.wikipedia.org/wiki/Paradise_Lost_(band)), não tenho muitos parâmetros para comparação além da semelhança com Type O Negative, usando esse parâmetro posso dizer que o álbum Draconian Times é muito mais sério do que Bloody Kisses, em compensação a faixa Black Number One tem mais impacto que qualquer faixa do álbum analisado.

A estrutura das faixas parece simples, com ritmo razoavelmente lento, e quando acelera lembra um punk rock mais trabalhado, o vocalista é aceitável, assim como os instrumentistas no geral, sem nenhum momento de brilhantismo excepcional, mas sem viagens irritantes.

Mesmo se você não for fã gothic, talvez seja possível deixar o álbum tocando de fundo enquanto faz qualquer outra coisa, mas tentar prestar atenção nas letras e melodias soníferas que parecem todas iguais é um feito digno de alguém dotado de uma vontade de ferro.

Meu destaque vai para Once Solemn, vai ficar de lembrança no meu hd.

Nota: \m/\m/\m/

The Magician
"Draconian Times" da banda inglesa Paradise Lost, foi possivelmente o mais inexpressivo trabalho que passou pelo Metalcólatras.
Uma vez que o álbum se mostrou ineficaz quanto a apresentação de composições de qualidade dentro de seu conteúdo, restava fazer sua parte representando um segmento específico do Heavy Metal, o Doom Metal. Mas até nesse quesito falhou, já que em janeiro de 2011 o Type O Negative fez essas honras no nosso blog, tirando mais ainda o que restava de brilho no fosco "Draconian Times".
Sem saber qual foi a inspiração do Metalcólatra proposto, me resta então fazer o árduo esforço de desenvolver uma rápida sinopse sobre o trabalho em questão.
O trabalho demonstra coerência na produção, preenchimentos e camadas atmosféricas, além  de abordagens sólidas no sentido de direcionar o trabalho de forma consoante à réquia que é essa sub vertente do metal. 
Entretanto minha decepção é depositada quase que completamente na composição/evolução das linhas melódicas. O material, se sujeito a um filtro que elimina as impurezas sonoras (ou os canais distorcidos e timbre suntuosos, ou como quiser chamar as tantas multi facetas sonoras) da abordagem gótica, de modo que apenas a melodia seja resultado desse processo de decantação, revela-se como um composto musical inequivocavelmente e definitivamente, ordinário.
Ainda que meu gosto musical tenha certa receptividade às características sonoras do estilo, como as linhas super encorpadas, distorções de regulagens graves, teclados de colorações soturnas, e até mesmo para os cantos litúrgicos e componentes eclesiásticos distribuídos, o CD apenas "ventou" nas diversas vezes que se repetiu no meu Mídia Player; e quando parava para prestar atenção, cavucando por uma passagem marcante ou interessante me deparava com a eloquente interpretação do vocalista se contorcendo sobre os leitos sonoros oferecidos pela banda.
Não há destaques, na verdade, o destaque é a arte psicodélica da capa que com a sua abundância de cores foi com certeza o que mais chamou a atenção em "Draconian Times".

Nota \m/\m/ ou 4,1.

Sim, rebusquei ainda mais no vocabulário desta resenha, na tentativa (inútil) de transformar algo tão desinteressante como uma resenha sobre este CD, em um texto menos .... ORDINÁRIO!    


Pirikitus Infernalis
3Já era de conhecimento da nação Metalcolatra (atualmente formada por 3 membros, 2 moribundos e uma corja de mortos) que esse álbum seria recebido com nada além de pancada. É um álbum que foge bastante do padrão metal metalcolatriano, porém não deixa de ser um bom cd dentro de sua dimensão musical. 

 Eu ouvi esse álbum por indicação de um amigo e ele passou meio batido na primeira audição, afinal também não sou um apreciador assíduo de Doom/Gothic/etc...porém conforme fui ouvindo fui gostando cada vez mais desse cd. 

As músicas mais características da banda são de muito bom gosto e qualidade e as músicas com mais velocidade são de ótimo gosto. Outro destaque bem positivo nesse álbum é o vocal de Nick Holmes, às vezes um pouco rasgado/agressivo, isso me deixou bem satisfeito. 

Alguns pontos também são interessantes, como a voz de Charles Manson na música Forever Failure. Honestamente, devo dizer que a única música abaixo de 6 que eu achei foi a saideira Jaded, todas as outras variam entre um 6,5 e um sonoro 8,5, tendo seus pontos mais altos representados por Hallowed Land, The Last Time e Once Solemn. 

Um bom cd para se ouvir sem pressão, deixar a música fluir e relaxar. 

Nota: 7

Top 3: Hallowed Land, The Last Time e Once Solemn. Shame Pit: Jaded.

Ps: Na versão japonesa deste cd temos, entre outras, a bônus track Walk Way que é cover do The Sisters of Mercy, vale a pena dar uma escutada.

sábado, 5 de maio de 2012

Aclla - Landscape Revolution

O álbum "Landscape Revolution" lançado em 2010 pela banda Aclla foi escolhido por The Magician para análise.






The Trooper
3
Trabalho sólido. O AcllA começa o álbum mostrando sua cara com uma foto 3x4, a faixa The Totem deixa bem clara a proposta da banda. Os caras fazem um bom heavy metal flertando com o rock moderno, embora a primeira faixa me lembrou um pouco Saxon (o que também demonstra a versalidade do vocalista), mais pra frente me lembrei de Avenged Sevenfold (principalmente em Living for a Dream) e Alter Bridge e pra fechar comparações o álbum termina com a balada Sun n’ Moon que se não te lembrar Led Zepellin é porque nossas mentes funcionam de maneira muito diferente.
Todos os músicos são competentes, e a produção é o ponto forte do trabalho. Vários trechos de solo de guitarra e riffs-base merecem destaque. Obviamente, seguindo meu gosto, o destaque vai para as faixas Ride, Flight of The 7th Moon e Trace (a melhor do álbum).
Dependendo da sua tendência dentro do heavy metal, há uma chance de você dar nota 10 para o trabalho dos caras.
Resumindo: aprovado.
Nota: \m/\m/\m/\m/

Phantom Lord
 
Revolution Landscape ressuscita a velha fórmula do heavy metal com qualidade, sem parecer cópia de trabalhos de outras bandas e sem soar repetitivo. A produção (para um primeiro álbum) está boa e parte instrumental me pareceu interessante, sem exageros e sem mudanças bruscas no ritmo das músicas durante maior parte do álbum. O vocalista manda bem, sem puxar muito para o grave ou para agudo e sem desafinar. Depois de muitas resenhas sempre citando um ou mais defeitos dos álbuns, finalmente escrevo uma sem achar nada pra “descer a lenha”...
Acho que Revolution Landscape quase não apresentou pontos fracos: Em pouquíssimos momentos, alguns trechos das músicas podem parecer meio enrolados, ou que estão ali “só para preencher espaço”. O vocal só fica mais entediante na faixa 9, onde tanto o refrão como as vozes mais gritadas não empolgam...
The Totem 8
The Hidden Dawn 7,8
 Under Twilight Skies 8
 Ride 8,2
 Living For A Dream 7,2
Jaguar 6,5
 Aclla 7
Overcoming 7,5
 Landscape Revolution/Flight Of The 7th Moon 6,8
Trace 8
Beyond The Infinite Ocean 8
Sun n´ Moon 7

Modificadores: 


Nota: 7,9

The Magician
Tomei conhecimento da existência da banda há aproximadamente hum ano via publicidade da revista Guitar Player, própria para bitolados ou chegados ao universo das 6 cordas elétricas. A principio esbocei uma imagem para a banda atrelada ao espaço em que foi divulgada, ou seja, banda para músicos - que significa em outras palavras: chata pra cacete.
Mas esta informação ficou guardada em minha mente: "quando tiver oportunidade vou atrás desses caras", e continuei minhas explorações nos vastos campos do metal, seja por meio de revistas especializadas, papos de boteco/churrasco ou internet. 
Enquanto isso os membros do blog continuaram postando suas sugestões por aqui no Metalcolatras, e me surpreendi com duas postagens específicas: "The Black Halo" do Kamelot e "Days of Defiance" dos gregos do Firewind, bandas de uma geração com a responsabilidade de resgatar o velho e bom metal que hoje em dia anda perdido na multi-fragmentação do gênero, quando não enlatado e vendido como "Heavy Metal de prateleira" pela indústria terminal do Rock. Além disso a postagem de "Crack the Skyie" do Mastodon dentro de suas limitações impostas pelo berço NWOAHM, acabou me despertando para um ponto interessante do mercado recente do Heavy Metal, o fato de algumas bandas se afastarem de uma rotulação específica utilizando múltiplas abordagens do consolidado metal tradicional.
OK, foi então que ressurgiu em minha mente o Aclla mais uma banda desse proclamado "Metal emergente", sem antecedentes ou patronos, preocupados em fazer o que queremos ouvir: um som de qualidade; e as expectativas, por incrível que pareça, foram superadas!
O fato de ser uma banda repleta de músicos de currículo tarimbado me deixou com um pé atrás mesmo durante a primeira exposição do material, na cacetada intitulada "The Totem", primeira faixa do álbum Landscape Revolution; a sensação provavelmente foi causada pela péssima experiência com o álbum "The Skull Collectors" (Hibria) que começa muito bem com "Tiger Punch", para em seguida se perder em uma infindável monotonia super-produzida.
Ao invés disso o Aclla ordena com sabedoria as músicas, alternando as canções de modo que não direcione o disco para uma ameaçadora linha maçante de pancadaria contínua. Mas não se confunda, pois até a faixa 11 do CD você não escutará nenhum timbre suave oriundo das guitarras, e com certeza não terá sossego com a bateria invocadíssima de Eloy Casagrande. 
Em meio dessa barulhenta e intensa viagem de Landscape Revolution, cada passagem se mostra no mínimo interessante e digna de atenção do ouvinte, mas vou antecipar um resumo.
Os pontos mais extremos do álbum estão por conta da faixa de abertura "The Totem", a quarta faixa "Ride" e a nona faixa "Flight of the 7th Moon", o trabalho das guitarras e baixo são exímios, mas são quase que naturalmente ofuscados pela maestria das baquetas e principalmente dos pedais comandados em sincronia alienígena criada pelo baterista do grupo (19 anos?!! wtf??); 
Os contra-pontos desses "pináculos" se apresentam de diversas formas, sendo que "The Hidden Dawn" e "Under Twilight Skies", respectivamente a segunda e terceira faixas, podem ser entendidas como leituras virtuosas sobre o metal moderno, com intenso uso das guitarras de timbres sintetizados, e grooves/swings rachados e assimétricos. Os "beats" também são trabalhados para atuar na direção de uma roupagem atual, e para isso utilizam distorções de mesas e artifícios de produção (alguém mais aí se lembrou de DK Country 2 - SNES, no início da faixa 3??).
O quinto som da lista: "Living for a Dream" herda parte desta modernidade para apresentar sua parte introdutória, delegada ao lead de baixo acompanhado pelos guitarristas chutando harmônicos artificiais nos riffs de verso, e então de forma progressiva mergulha em um refrão de metal melódico que imediatamente relembra os grandes hits do Angra; neste mesmo modelo atua a faixa "Overcoming", um artigo de auto-ajuda transformado em power - melódico.
As partes mais enraizadas na infalível fórmula do consagrado Power/Speed Metal são as coesas "Trace" e "Beyond the Infinite Ocean", ótimos refrãos, linhas instrumentais, conduções/inversões, solos, melodia, enfim... tudo se encaixa perfeitamente na medida, sem exageros ou ausências.   
As duas músicas ainda não mencionadas são as que mais destoam do conjunto- "Jaguar" e "Sun n' Moon" - a primeira se inicia com uma sonoridade ritualística, evolui para um estilo agressivo de Metal e abraça o mais melódico de todos os refrãos do disco, portanto mostra certa oscilação na composição e se torna menos "digerível". A inusitada composição de fechamento do álbum, um conto mítico/romântico sobre a Lua e o Sol apresenta características líricas e sonoras de cunho folclórico, e se apóia sobre uma embutida e mesclada levada brasileira em seus arranjos principais. Nenhum dos dois sons desagradam, mas se mostram um tanto peculiar se comparados ao todo.
Por todo o álbum as partes registradas são excelentes, amparadas por um impecável trabalho de produção (ainda mais se tratando de um debut!). O baixo foi bem encaixado e não fica escondido atrás das guitarras, trabalha muito bem nos preenchimentos dos espaços; as guitarras obviamente estão por todas as partes, mas prezam pelas interpretações sobre a melodia, e poupam bastante nos riffs fraseados, optando assim pelas combinações de acordes para formação das "paredes". É muito clara a veia virtuosa de Denison, já que seus solos são assinados por interpretações de improviso sobre as bases, mas essa vertente de guitarristas que passeiam sobre os campos harmônicos, embora apresente uma amplitude de nuanças e alguns belos licks, tiram a força dos solos, e dificilmente produzem linhas marcantes ou inesquecíveis ( exceção ao bridge de guitarra após o primeiro refrão de "Flight of the 7th Moon", simplesmente impagável, é o ápice do CD).
Sobre a bateria nada a declarar além de: fo#%da! Teria que ser um especialista para emitir uma crítica, e mesmo assim teria que ser um cara-de-pau.
Minha ressalva é sobre Tato, que em meu ponto de vista pode melhorar sua constituição da voz e desenvoltura; algumas pronúncias também soam extremamente acentuadas e mastigadas, revelando em alguns momentos o famoso inglês-macarronada (eu sei, meu inglês é péssimo, mas não sou vocalista de nenhuma banda...). De qualquer modo o cara está muito longe de ser ruim, e seus pontos fracos são estancados pelos seus tons nas músicas mais lentas ou límpidas, onde chama bastante atenção. Além disso, só por ser o idealizador da banda e de todo conteúdo já merece o respeito de qualquer um.
Por fim destaco a temática do trabalho, que na verdade é o tema deste século: a sustentabilidade. Muito bem encaixado nas músicas, na arte (por Gustavo Sazes, responsável também pelas capas de Dream Evil - In the Night e Firewind - Days of Defiance) e na produção do inovador ECOPACK a embalagem biodegradável do CD. 
Mas particularmente sou cético quanto ao fim do mundo ecológico anunciado pela insistente bandeira ambientalista (afinal, os humanos, da mesma forma que um vírus mutante, se adapta), e cético principalmente quanto a real conscientização das pessoas; e sobre a citação do tema ambiental no Heavy Metal ainda acho a mais expressiva de todas "Blackned" - Metallica... muito mais direta e definitiva.

Nota: 8 ou \m/\m/\m/\m/.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Lost Horizon - Awakening the World

Metalmercante trás a você o álbum "Awakening the World" da banda "Lost Horizon" de 2001




Metal Mercante

“Épico”, dialeto grego representado na Ilíada e na Odisseia ou uma palavra antes utilizada para descrever os feitos dos heróis dentro de composições poéticas perdeu um pouco do seu valor com a introdução dos jogos modernos fazendo com que ela fosse utilizada para descrever qualquer feito dos jogadores que fossem ligeiramente mais difíceis de serem alcançados.

Para começar a escrever a resenha do álbum “Awakening the World” da banda “Lost Horizon” eu preciso resgatar o significado original da palavra:

ep•ic   [ep-ik]
adjective Also, ep•i•cal.
1. noting or pertaining to a long poetic composition, usually centered upon a hero, in which a series of great achievements or events is narrated in elevated style: Homer's Iliad is an epic poem.
2. resembling or suggesting such poetry: an epic novel on the founding of the country.
3. heroic; majestic; impressively great: the epic events of the war.
4. of unusually great size or extent: a crime wave of epic proportions.

noun
5. an epic poem.
6. epic poetry.
7. any composition resembling an epic.
8. something worthy to form the subject of an epic: The defense of the Alamo is an American epic.
9.( initial capital letter ) Also called Old Ionic. the Greek dialect represented in the Iliad and the Odyssey, apparently Aeolic modified by Ionic.


Agora que a definição de épico já foi dada (desculpe-me por coloca-la em inglês, não encontrei nenhum dicionário descente em português) podemos falar a desconhecida banda de Metal de Gotemburgo na Suécia, previamente conhecida como “Highlander” cujo vocalista na época era nada menos que Joacim Cans do Hammerfall, com sua saída a banda se reformulou e tornou-se “Lost Horizon” a qual em 2001 lançou seu primeiro álbum “Awakening the World”.

E que lançamento… É agora que a definição correta da palavra épico entra pra valer...

Após a breve introdução temos logo de cara uma pancada na cabeça com “Heart of Storm” onde já sugiro que o ouvinte escute no volume máximo suportável para poder ouvir bem os absurdos riffs, o memorável baixo e principalmente os vocais de Daniel Heiman que sem dúvidas chamam bastante a atenção.

Logo depois “Sworn in the Metal Wind” que é outra pancada, no mesmo estilo da primeira música…

Depois uma breve pausa com “The song of Air” – eu odeio esse tipo de faixa, se é pra fazer esse tipo de coisa no meio do álbum não faz nada, não perde o tempo nem gravando. Principalmente no meio do álbum.

A única coisa interessante da música “The Song of Air” é que ela quase que marca uma “segunda fase” no álbum separando as duas pancadas do começo com mais cinco músicas ligeiramente mais lentas, as quais eu não vou comentar uma por uma pois TODAS são épicas, talvez com alguns pontos a mais para a música “The Kingdom of my Will” que é uma viagem por tudo de bom que foi gravado nesse álbum (e talvez no metal) de mais de 9 minutos.

É muito difícil, mas muito difícil mesmo uma banda acertar logo de cara no seu primeiro álbum e para mim o pessoal do Lost Horizon acertou em cheio, pois este (e o segundo cd deles) figura entre os meus preferidos, pena que eles só gravaram 2 álbuns. No site parece que um dia vai sair um terceiro, mas vai saber quando…

Nota: 9,2

 Phantom Lord
 
Ora vejam só... O retorno do “metal espadinha”... na verdade parece pior, a capa, um tanto ridícula me fez pensar o que se passa na mente de certos suecos? 
Awakening the World começa dentro do padrão deste gênero musical, uma Intro, desnecessária, mas nada que incomode. Heart of Storm merece destaque, não chega a ser espetacular, mas é uma das melhores deste cd do Lost Horizon. E como, mercante citou, para fechar a sequência mais “veloz e furiosa” deste disco, temos Sworn in Metal Wind. Vale a pena comentar esta música: apesar de se tratar de uma mistura de clichê do metal com o cornorock, ela poderia soar menos ridícula... O visual patético da banda obviamente não interfere em músicas (talvez faça com que menos pessoas comprem o disco ao ver a capa), nem as letras abordando o blábláblá do metal incomodam. O que deu uma “melecada” nesta música foi o falatório! Falar durante uma suposta música é coisa de raper e isso mal cola no estilo do Megadeth, porque raios combinaria com uma música de power e/ou speed metal? Enfim, esta música é boa, mas poderia ser ainda melhor sem o tal falatório. Depois desta faixa temos um interlúdio (= a nada) e então o álbum segue seu padrão musical com um pouco menos de agressividade, inspiração e velocidade. Até a faixa 8, as músicas são razoáveis, podendo rolar de fundo em eventos geeks/nerds sem problema algum, até me lembrou vagamente a sonoridade do Rhapsody. A faixa 9 surge com trechos interessante, porém se delonga demais e muda de ritmo bruscamente... triste, o vocalista ainda canta num estilo Massacration nesta música, só que mais sem graça... Enfim, estragou a estabilidade e a nota final do álbum.
No geral, a parte instrumental me pareceu boa, exceto em alguns trechos onde ocorrem mudanças bruscas no ritmo da música. Já o vocalista, manda bem... desde que não tente gritar. Todos nós sabemos que o Heavy Metal e suas espécies tem como uma de suas características básicas os mais variados gritos: Um puddle berserker surge em Kill em All, os agudos de Halford enchem o álbum Painkiller, além desses, temos vocais “gritados” em músicas do Dio, Bruce Dickinson, Eric Adams etc etc... Todos eles berram a valer (geralmente quando são jovens, depois a maioria deles sofre um baque na voz) com seu próprio estilo... Mas esse cara do Lost Horizon não precisa de aula de canto, precisa de aula de grito! Quando ele tenta puxar um grito (ou vocal mais gritado), soa entre o forçado e o desafinado, principalmente nas músicas
Denial of Fate e Kingdom of My Will.

The Quickening/Heart Of Storm 7,4
 Sworn In The Metal Wind 7,0
 The Song Of Air/World Throught My Fateless Eyes 7,0
 Perfect Warrior 6,7
 Denial OF Fate 7,0
 Welcome Back 7,2
 The Kingdom Of My Will/Redintegration 6,1

 Nota: 6,8

The Trooper
 3
Trabalho interessante, eu diria, com potencial. Entretanto tenho que analisar esse álbum e o que agrada e desagrada nele, logo de cara, ressalto que é uma banda que pega bem no âmago do metaleiro fazendo a seguinte pergunta: "Você é fã de metal-espadinha?", se sim, deve adorar esse trabalho, se não, corre o risco de detestar. Para reforçar esse ponto, a análise que aparece na wikipedia mostra que a Sputnikmusic deu 5 estrelas e a Allmusic 1 estrela e meia. Levando em conta o alto grau de subjetividade ao analisar essa banda, eu já adianto que não venero nem abomino esse estilo de música.
O instrumental chega a impressionar, por partes: o teclado não adiciona nada de interessante, mas também não estraga; a bateria manda bem, segue na pancada quando precisa; a guitarra também manda bem, aliás o guitarrista também é o vocalista, e nessa parte não achei que ele manda tão bem, mas vou discutir sobre isso daqui a pouco; o baixista é um monstro, merece todo o destaque deste trabalho, a base é pesada e rápida (na maior parte do tempo) e em algumas faixas eu parei pra pensar "c@#$%¨! Que som é esse?".
O vocalista: bem, o vocalista não é ruim, mas sua interpretação deixa a desejar. Ao contrário de alguns, eu não acho que emendar gritinhos em todas as faixas, o tempo todo, deixe o trabalho épico. Também não me dei muito bem com o tom de voz dele, não bateu muito com meus tímpanos, além disso, como frisou Phantom, o falatório na segunda faixa ficou bem estranho, mas vou falar um pouco mais sobre essa faixa nos meus destaques.
A primeira faixa, Heart of Storm apresenta bem a proposta da banda no início do álbum, embora eu não a considere uma das melhores faixas, mas é na segunda faixa que vem a grande decepção, Storm in the Metal Wind tem um instrumental impressionante, mas a letra mais idiota e uma interpretação do vocalista que simplesmente não desce a güela, o falatório realmente não encaixa com power metal, ainda mais do modo que foi proposto. O resto do álbum é razoável, mas o destaque vai mesmo para Welcome Back, muito boa em toda a sua composição, seguida por The Kingdom of Will que quase chega no seu nível.
Resumindo, bom álbum, ele QUASE chega no nível de alguns álbuns mais sólidos que apareceram por aqui no blog, e dependendo do caminho que esses metalposers Manowar-to-be do Lost Horizon tomarem, há uma boa chance de que coisa boa venha por aí.
Nota: \m/\m/\m/

The Magician
Desconfio que na Suécia o Heavy Metal é o gênero mais escutado pela população,  
fomentando uma quantidade absurda de bandas metaleiras que poderia inclusive bater a quantidade de "artistas" de forró-brega aqui do Brasil.  Só dessa forma seria explicável a ascensão de algumas bandas bem medíocres no circuito principal do metal sueco... 
Lost Horizon - "Awaking the World" é mais um dentre os milhares de CDs desnecessários produzidos pelo mercado do Speed Metal nórdico, e com certeza se enquadra nessa classificação de produções medianas, medíocres ou apenas "suficientes" que alegra de verdade os corações dos fanáticos-pelo-metal-espadinha. 
Obviamente não se trata de um composto de músicos + produtores/engenheiros de som ruins, pelo contrário, todos eles afiaram muito bem suas partes antes de "prensar" o material final, e acho até necessário destacar os atributos do vocal - que se apresenta bastante potente e é até certo ponto bastante desenvolto também.
Acontece que a própria concepção e existência de uma banda de speed-metal já significa que ela nasce pisando em terreno bem perigoso, já que o sub-gênero é provavelmente o que mais toma emprestado os clichês (gritos agudos quase infinitos, teclados onipresentes, solos de guitarras em tappings embolantes , etc...) e que por conseguinte acaba sendo o que mais carece de criatividade nas composições das melodias e nas construções rítmicas. E a grande maioria dessas bandas acabam afundando nessa areia movediça e produzindo músicas estilo "cascas ocas", mecânicas, enfim..., sem essência. Afinal este trabalho tem diversas referencias de conclusões parecidas em nosso próprio blog! Que ainda é, afinal, bem jovem!
1.Gammaray;
2.Masterplan;
4.Dragonforce;
3.Narnia.

O fato é que o resultado do disco foi emboscado pela aquela velha e maldita ambição panaceica dos  músicos seguidores do metal melódico, de criarem o mais hiperbólico, epopeico e mirabolante disco de Heavy Metal de todos os tempos; e aí meu amigo, desculpe... mas você vai ter que entrar no final da fila...

Conclusão: Embora não seja um fracasso "Wakening the World" é apenas mais um; cheio de gritinhos e efeitinhos sonoros, que ainda antes de morrer revela duas músicas razoáveis na sua parte final - "Welcome Back" e "The Kingdon of My Will". E o Lost Horizon se não é competente lançando álbuns, serviu afinal como uma "banda peneira", para revelar alguns músicos do Hammerfall.

Nota 6,3 ou \m/\m/\m/.

P.S: Acho que grande parte dos músicos de Metal Melódico vivem uma brisa bardística de que se tocarem a "música secreta" abrirão um portal para a terra prometida, e que em seguida serão endeusados e receberão como presente das entidades superiores, o trono do planeta Terra. O que eles não sabem é que terão que arcar com as consequências descritas na página 176 - Capítulo 8: Regras de Mágika (Paradoxo), do Livro Mago a Ascenção...  

Pirikitus Infernalis

Não tão épico assim, Awakening the World mostra que os caras do Lost Horizon possuem potencial, mas precisam evoluir um pouco mais.
Após mais uma introdução epopeica, as 2 primeiras músicas me fizeram crer temporariamente que Mercante estava correto em suas palavras. Heart of Storm é muito boa e Sworm in the Metal Wind detém o título de melhor música do cd.
Depois que The Song of Air entra e sai de cena sem influenciar absolutamente nada na vida de ninguém, temos a pior música do cd. Sim, World through my Fateless Eye é ruim! Talvez por ser a sucessora de 2 ótimas musicas, mas ali parece que a inspiração temporariamente se foi. Com Perfect Warrior ela volta, passa por Denial of Fate sem muito alarde e ganha nova vida em Welcome Back. The Kingdom of my Will tem seus méritos, mas é muito longa e The Redintegration me remete a qualquer coisa Sci-Fi, ou seja, no sense total.
Eu diria que nesse cd apenas o guitarrista ficou muito aquém do resto da banda, tiveram alguns bons riffs, mas nada que chamasse muito a atenção. Se botar em comparação com o vocal mto bom, um baterista que se faz valer ouvir e um baixista monstruoso, logo se percebe a diferença.
Outro ponto interessante se diz quanto as letras. Um Power Metal um pouco “mais profundo” do que uma infinidade de bandas que usam palavras medievais sem sentido e repetidamente. Não é uma letra do Nevermore, mas é algo a ser levado em consideração.
Em suma, um bom cd, com algumas músicas bem inspiradas, porém ainda sem a qualidade necessária para ser chamado de épico. O ponto positivo é que estão no caminho certo.
Top 3: Heart of Storm, Sworn in the Metal Wind e Welcome Back. Shame Pit: World Through My Fateless Eyes
Nota: \m/\m/\m/
“Tribunal of senseless rabble
Built on fear and congruous prophesies
Twisting minds with planned hypocrisy
By the fools the clear're surrounded
Blind are deaf and deaf are blinded
Grant themselves the dream of destiny”

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Dream Evil - In The Night

Escolhido por The Trooper, o álbum In The Night lançado em 2010 pelo Dream Evil.



Faixas: 01-Immortal; 02-In The Night; 03-Bang Your Head; 04-See The Light; 05-Electric; 06-Frostbite; 07-On The Wind; 08-The Ballad; 09-In The Fires of The Sun; 10-Mean Machine; 11-Kill, Burn, Be Evil; 12-The Unchosen One; 13-Good Nightmare (bonus track); 14-The Return (bonus track).

The Trooper
3
Cá estou eu novamente, com mais uma postagem que não traz nada de novo, nada de espetacular ou chocante, peço perdão aos descobridores de novas fronteiras, mas não preciso de nada de novo, mas sim de bom.
Eu conhecia o álbum The Book of Heavy Metal do Dream Evil, na época achei um bom trabalho, mas que faltava um pouco mais de "voltagem" ou "amperagem". Pois é, isso acontece em In The Night, a banda deu uma energizada e o álbum é uma porrada e tanto.
Meu destaque vai para See The Light (o refrão grudou em meu cérebro como um chiclete), In The Fires of The Sun e para a hilária letra de The Ballad (afinal, baladas precisam ter algo de divertido). O Dream Evil tem uma abordagem que parece uma mistura de Manowar e Helloween nas letras, outra particularidade desse álbum é a presença da sentença "In The Night" em todas as faixas.
Estranhamente, a faixa mais fraquinha (excetuando-se as bonus) é a faixa título (o refrão ficou meio morto, na minha opinião é claro).
Enfim, ótimo trabalho para os admiradores do power metal.
Nota: \m/\m/\m/\m/



Phantom Lord

In the Night é o segundo disco do Dream Evil que eu escuto, sendo que o primeiro foi o Book of Heavy Metal (também apresentado por The Trooper).
De um modo geral o álbum Book of Heavy Metal me pareceu seguir um estilo mais próximo do Black Sabbath da “fase Dio” enquanto In The Night mostrou um vocal mais melódico, com sons mais graves e distorções mais pesadas. Mais uma vez, eu vi a possibilidade de procurar e citar semelhanças com as bandas mais velhacas do heavy metal...
Mas antes de citar tais semelhanças, é importante destacar que é possível criar músicas que lembrem características das bandas “clássicas” do metal, sem que estas se pareçam cópias descaradas. O Dream Evil com seu álbum In The Night pode lembrar Helloween, Maiden, Judas, até Manowar (mais por algumas letras), mas consegue criar músicas “inovadoras” dentro do estilo destas bandas. Ou, ao menos músicas que moldam uma identidade para a banda, pois apesar de não conhecer muito do Dream Evil, acho que é possível reconhecer o som destes caras em meio a músicas de outras bandas de heavy metal...
A faixa 1 (Immortal) já chama atenção com uns “corinhos manowarzísticos” e letras de “evil-clichê-metal”; Bang Your Head surge com um bom vocal “Halfordiano”... The Ballad mostra um ritmo mais tranquilo e “letras” fanfarronas e In The Fires Of The Sun é (em minha opinião) a melhor e mais inspirada música, ao menos no quesito ritmo/melodia.
Enfim, o álbum In The Night apresenta boas músicas consideravelmente diversificadas dentro de um único estilo, isso já é um feito heróico para a maioria das bandas de heavy metal...

Immortal 7,5
In The Night 7,0
Bang Your Head 7,3
See The Light 8,2
Electric 7,3
Frostbite 7,0
On The Wind 8,0
The Ballad 7,0
In The Fires Of The Sun 8,5
Mean Machine 7,0
Kill, Burn, Be Evil 7,3
The Unchosen One 7,1

Modificadores:

Nota: 7,6


The Magician
3
“In the Night” é o básico.
Se um dia alguém lhe perguntar o que é Metal, qual a abrangência, quais elementos e quais os possíveis tipos de sons que o gênero permite ou tolera, apresente este CD como demonstração.
Como uma espécie de portfólio essencial do Metal, “In the Night” não aponta para nenhum subgênero, somente para o Heavy Metal genuíno e para seus elementos mais particulares, e se preocupa sempre na diversidade das abordagens que o gênero permite, se afastando assim da rotulação de “HM genérico” (daqueles “sempre-a-mesma-coisa” em que o som ou MP parece nem estar ligado...).
No entanto confesso que o material não chega a ser dos mais inspirados que se possa ouvir, e se apoia bastante na produção/equalização e mixagem das passagens, e corre sim o risco de ser tachado como um trabalho batido, cafona ou clichê.
Mas como já concluí na postagem de “Blood of the Nations” do Accept, não me importo com este fato e não é exatamente isso que define um CD bom; e também não se importa com isso o líder da banda – Mr.Fredrik – que, como esperado, é antes de ser músico um produtor musical.
Ou seja, houve um claro esforço em não focar todas as linhas gravadas em um estilo único, o que acabou valorizando mais o material como um todo, e, embora talvez o amigo metaleiro não perceba um riff, solo ou alguma passagem genial, poderá notar a coerência da produção na hora de colar as partes instrumentais e definir os caminhos que as canções tomariam.
Deve-se esclarecer que embora o disco “In the Night” possa ser interpretado como um material de colagem, não existem músicas “Franksteins” que apresentam oscilações dentro de suas próprias estruturas que sejam extremamente dissonantes, sendo que a utilização de várias técnicas e estilos neste caso, de forma peculiar, consegue definir uma personalidade bem delineada para cada uma das faixas.
Enfim, o trabalho conforme já citado acima pelos demais Metalcolatras, é bem sólido, e um importante fator para esta conclusão é o vocalista “Nick Night” que canta muito em todas músicas e com dinamismo bem raro de ser encontrado.
Minhas favoritas do álbum: “Eletric”, “See the Light”, “Frostbite”, “The Ballad” e “Unchosen One”.
O Dream Evil abriu mão daquela famosa e eterna busca por “algo novo” e fez o de-sempre-com-batatas, apostando nos sons que com certeza já deram certo no MetalWorld, invocando automaticamente bandas como Manowar, Judas Priest, Sonata Arctica, Dio, e muita coisa boa que tem por aí.
É o básico, e o básico do Metal é bom!
Nota 7,1 ou \m/\m/\m/\m/


Pirikitus Infernalis

Ultimo cd dessa banda que ao contrário da maioria dos metalcólatras, eu conhecia apenas o primeiro cd da banda, Dragonslayer, cd este que eu pretendia postar aqui, mas agora perdeu algumas posições na fila.
Eu li a resenha de meus camaradas metalcolatras e concordo com muita coisa, porém algo que eu achei e que não li em outras resenhas foi sobre algumas partes meio pops do cd. Refrões como o da música See the Light são bem pops para o meu gosto, mas mesmo assim o cd mantém um padrão Heavy Metal Melódico/Clássico bastante aceitável.
Um ponto que me chamou a atenção é como cada música me relembrava algo, como as letras de Manowar, algumas melodias de Helloween, a música The Ballad possui um humor típico digno de Edguy, sem falar na ABSURDA semelhança com o som do Judas Priest. A voz de Nick Night durante a música Bang Your Head é praticamente uma cópia da voz do Metalgod, impressionante.
Alguns pontos que eu gostaria de destacar deste cd:
- O gemido de Nick Night aos 4:35 da música Immortal. Malditos sejam os vocalistas gemedores, uma pena que até o mestre Hetfield adotou essa postura na fase pop do Metallica (impossível contar a quantidade de gemidos no DVD S&M);
- Ninguém aqui é exigente no âmbito literário das músicas, afinal ouvimos metal e não MPB, porém ouvir “I am Immortal, I cannot die” é digno de pensar “Poutz...”. Pode acontecer com qualquer um que se arrisque no campo do Power Metal. Prêmio “O que é imortal, não morre no final” para a banda;
- A música Frostbite possui algo que me faz gostar muito de uma música. Ouvir o bridge/chorus/refrão/raioqueoparta/etc... aos 0:32 e depois lá para o final da música ouvir ele aos 2:56 com uma “parte adicional” é algo muito legal. Eu não sei explicar o motivo de isso chamar minha atenção, mas acontece. 2 músicas que me vem a cabeça agora que eu lembro disso é Best of You (Foo Fighters) e Locust (Machine Head).
Top 3: Bang Your Head, Frostbite e In the Fires of the Sun. Shame Pit: Mean Machine.
Nota: \m/\m/\m/.

domingo, 1 de abril de 2012

Def Leppard - Pyromania


O álbum Pyromania lançado em 1983 pela banda Def Leppard, foi escolhido para...




... "a análise de 1º de abril".

Phantom Lord

Sempre ouvi dizer que Def Leppard era uma das três bandas principais da NWOFBM e nunca entendi direito o motivo, então vamos a análise deste clássico do “new wave of britsh metal”:

Pyromania é o álbum com o maior número de músicas do Def Leppard conhecidas por mim... e de acordo com inúmeros sites e revistas é um dos maiores clássicos da banda.


Rock Till You Drop começa o album com uma inspiração em AC DC... talvez seja um bom rock ou hard rock...
Photograph é um hit bastante tocado nas rádios... Aparentemente um rock (bem) comercial.
Stagefright possuí velocidade superior nas guitarras, até aproxima-se de um “heavy metal”, mas a produção (e/ou distorção usada em certos instrumentos), o estilo dos vocais e dos suavíssimos “back-vocals” puxam para uma vertente mais popular do rock.
Too Late é mais lenta com as mesmas características “pop”... o que resulta num rock farofão!
Die Hard the Hunter é mais uma música com alguns elementos próximos do heavy metal... Mas não difere muito do restante das músicas... Até que achei esta música boa.
Foolin é mais um “hit” próximo do rock mais popular / farofa, um tanto fácil de memorizar (ou de grudar no cérebro).
Rock of Ages tem um estilo popular talvez mais próximo do “Disco”, o que faz com que eu ache esta música um pop-rock bem brega. Como se não bastasse o próprio estilo da música... o teclado obviamente cafonão também aparece na música.
Come Under Fire e Action! Not Words são “genéricas” do Def… com a mesma produção e estilo, mostram-se comerciais e nada velozes ou pesadas.
Billy Got A Gun, começa num estilo meio “Holy Diver”, porém mais lenta e mais pop.... e o fim desta música...


não sei, não me perguntem!

Indo ao "x da questão":


Já citei que ao procurar informações sobre a banda ou o álbum, encontrei várias vezes a classificação Heavy Metal (ou New Wave of British Metal)... Ao meu ver tudo isso é mentira!
Possivelmente a banda só foi classificada como "metal" por causa do local e época em que começou lançar álbuns... ou porque até o início do anos 80 ninguém diferenciava os gêneros do rock pelas suas características sonoras... Para mim, o heavy metal é uma vertente do rock com sons mais graves e/ou mais velocidade / agressividade e distorções.
Também ouvi o primeiro álbum do Def Leppard e achei a sonoridade bem suave (só que este mostrou uma produção claramente mais rústica)...


Enfim, em minha opinião o álbum Pyromania não é ruim mas... Enquadrando-se numa vertente popular do rock dos anos 80, com produção comercial e uma minúscula “pitada” de heavy metal, Pyromania está mais para um álbum de Glam Rock ou Pop Rock do que para Heavy Metal.


E já que eu ouvi o álbum: Nota 6,0.


The Trooper
3Estou escrevendo essa resenha mais de 2 anos depois da postagem do Phantom porque ... ah, porque eu preciso testar um novo template. Bem, Pyromania é um trabalho de puro hard rock, (bem produzido e bem tocado, diga-se de passagem) e esse foi o motivo que o Phantom achou para inventar um post do dia da mentira (só uma desculpa para postar um álbum a mais do que era permitido a ele na época. Mas graças à minha atitude rebelde de não fazer a resenha, seguida pelos outros metalcolatras-marias-vao-com-as-outras, Phantom acabou sozinho e triste, tanto que nunca mais inventou um post de dia da mentira). 

Def Leppard possuía na época do Pyromania músicos competentes, os guitarristas Steve Clark e Phil Collen (não confunda com o Phil Collins do Genesis) são o destaque, e vale citar que o baterista, Rick Allen, ainda não havia sofrido o acidente de carro que o fez perder um braço. 

Eu conhecia mesmo, somente a manjadíssima Photograph (talvez sem saber quem a tocava) e Foolin', mas quando parei para ouvir o álbum como um trabalho de rock, até que tive uma agradável surpresa, é claro que você tem que estar com um espírito saudosista dos anos 80. 

Meu destaque vai para Photograph (a mais Van Halen das faixas), Stagefright (a mais metal) e Foolin' (a mais foda). 

p.s.: Billy's Got a Gun é a mais chata do álbum.
p.p.s.: Por admirar o trabalho de Vivian Campbell com o Dio (ele entra no lugar de Steve Clark no DL em 1992), eu prometo tentar ouvir um álbum mais novo do Def Leppard (embora eu saiba que alguns deles estavam bem mais farofentos).

Nota: \m/\m/\m/\m/

quarta-feira, 21 de março de 2012

Deep Purple - Machine Head

Escolhido por Phantom Lord o álbum Machine head lançado em 1972 pelo Deep Purple.





Phantom Lord


Demorou mas apareceu: Deep Purple chegou atrasado aqui no blog, por causa da falta de bom senso de certos metalcólatras que votaram contra o álbum Machine Head há meses atrás (em um dos duelos de álbuns).

Obviamente o disco não é de “heavy metal”, mas é um clássico que contém alguns (ou ao menos um) dos melhores “rock-pauleira” dos anos 70...

Highway Star abre o disco Machine Head de modo revolucionário... esta música é o rock mais "pauleira" do disco e ao lado de algumas outras do Black Sabbath e do Led, deve ter servido de inspiração para uma infinidade de bandas mais novas.
Maybe I Am a Leo é um classic rock de qualidade... Pictures of Home recupera um pouco de velocidade e Never Before fecha esta “trinca de músicas lado-B” do Machine Head.
Smoke on the Water é um clássico eternizado nas rádios-rock... Tocado até a exaustão, mas com certa razão, pois os caras do Deep Purple deviam estar muito inspirados não só quando criaram esta música, mas ao criar quase todas músicas deste álbum.
Lazy é mais longa do disco e se aproxima de um blues, mas aqui, esta faixa ajuda a reforçar a variedade de melodia e/ou ritmos do Machine Head.
Space Truckin é mais uma boa música que eu já conhecia por escutá-la nas estações de rádio.

Como um todo, acho que Machine Head é um ótimo álbum de rock, inspirado e estável como nenhum outro dos anos 70! (mesmo se comparado com os demais trabalhos feitos anteriormente pela própia banda...)
Após 1972, eu acho que o Deep Purple demorou muito para lançar um álbum que se aproximasse da qualidade do Machine Head, apesar que podemos dar “um desconto” pois a banda foi desfeita por volta de 1976 e só retornou em 1984... E em minha opinião, foi exatamente em 1984 que a banda conseguiu lançar outro ótimo disco, mas isso já é história para uma outra postagem...

Highway Star 10,0
Maybe I'm a Leo 7,5
Pictures Of Home 8,4
Never Before 7,0
Smoke On The Water 8,8
Lazy 8,0
Space Truckin' 8,2

Modificadores de Nota:

Nota final: 8,6

The Trooper
3
Minha banda jurássica preferida, aqui se encontra um dos principais pilares do heavy metal. Esse trabalho, com uma formação absurda, é com certeza um dos maiores clássicos do rock/heavy metal, até tenho uma preferência por álbuns posteriores da banda, mas algumas músicas desse álbum são a epítome do rock'n'roll, clássicos como Smoke On The Water e Highway Star falam por si só, é muito improvável que QUALQUER metaleiro que se preze não as conheça.
Meu destaque vai principalmente para Jon Lord, o cara é um mito, isso que ele faz no Purple tem o som verdadeiro de rock muito foda, é uma pena que hoje em dia a maioria dos tecladistas gostam de usar uns efeitinhos chinfrins que deveriam ficar limitados à música pop, muito menos ousam criar uns solos absurdos como mr. Lord, talvez a explicação seja que em bandas de 2 guitarristas não haja mais espaço para esse tipo de som, eu discordo, afinal se o Iron Maiden pode ter 3 guitarristas...
As melhores músicas do Machine Head são as duas óbvias citadas acima + Space Truckin' e Pictures of Home (que aliás, estou chegando à conclusão que é A melhor do álbum). Never Before (lembra um pouquinho Beatles) e Lazy ficam atrás por bem pouco, e a mais fraquinha é Maybe I'm a Leo, mas nada que comprometa o todo.
Álbum para ser ouvido por inteiro e em alto volume.
Nota: 8,0.


Metal Mercante


Escolha sólida para o Blog…

O que seria do Metal sem os clássicos? E o que seria dos clássicos sem o poderosíssimo “Machine Head” do “Deep Purple”? Quantas vezes você já ouviu “Smoke on the Water”? E “Highway Star”? É impossível não me emocionar cada vez que escuto esse álbum, é a mesma coisa que ver o nascimento de um bezerro que cai no chão e logo já começa a andar, engorda e vira um delicioso churrasco que é a mais porca analogia para a criação do Heavy Metal que consegui criar…

E o principal, já reclamei várias vezes aqui no blog e provavelmente os outros Metalcólatras compartilham minha frustração com a inconsistência dos álbuns antigos que possuíam 3 ou 4 músicas muito boas e um monte de porcarias psicodélicas e/ou músicas para tapar buraco no disco e “Machine Head” não sofre desse problema, é um álbum muito, mas muito sólido, realmente vale a pena ouvir esta obra prima na íntegra…

Nota: 9.0


The Magician
Na epopeia do Heavy Metal, nas antigas inscrições, é contada a historia de 3 majestosos reinos com seu poderosos reis-arcanos que criavam magias terríveis ou maravilhosas com seus cajados encantados .... ou guitarras-elétricas, tanto faz.
O primeiro reino representava todo o bem e os céus, era o esplendoroso "Led Zeppelin", reinado pelo sábio e justo Rei Jimmy Page, e sua maior e mais poderosa magia criada se chamava "Starway to Heaven".
O Segundo Reino era o mal, o Inferno na Terra, seus domínios eram conhecidos como o profano nome "Black Sabbath" e em seu trono se sentava o cruel tirano Anthony Iommi que com seu cajado tomado a força do próprio demônio escreveu a terrível magia "N.I.B".
E havia um terceiro Reino, entre os dois, representava apenas o caos e a liberdade do arbítrio. "Deep Purple" tinha uma coroa e estava na cabeça de um homem chamado "BlackMore" o louco, que escreveu um códice mágico que liberaria todos os monstros das masmorras dos 3 castelos, guardadas pelos 3 reis desses 3 incríveis reinados.... o tomo se chamava "Machine Head".
Ok, caros leitores e colegas Metalcolatras, a verdadeira história foi contada.
Esse manuscrito de Blackmore trouxe especificamente três poderosas magias que transcendem a história: Smoke on the Water (com influencia indireta do bruxo Frank Zappa), Space Truckin' e Highway Star. 
Foram 3 obras suficientes para suportar o conteúdo de Machine Head e transformá-lo em um verdadeiro clássico referencial de décadas atras. Os três sons possuem diferentes características e dão um aspecto dinâmico ao álbum, marca que inclusive é bem comum nos trabalhos do Purple, provavelmente pela polivalência dos super-técnicos membros da banda com suas diferentes assinaturas nas pautas musicais.
Destaco as contínuas e ininterruptas batidas de Glover/Blackmore nos tons em "Highway Star" em compassos de colcheias. A marcação constante foi, e ainda é um dos principais artifícios do metal moderno, roubado dessa obra por quase-todas-bandas-de-metal.
Enquanto o bem e o mal lutavam entre si, o insano Blackmore estourou as antigas masmorras, libertando todos os monstros e magos perigosos que vivem até hoje nos nossos reinos do Metal.
Nota 7, ou \m/\m/\m/\m/

Hellraiser
3O que pode ser dito sobre (talvez) o melhor trabalho, de uma banda considerada como um dos 3 pilares do mundo da musica pesada ? 
Uma banda que em 1972 estava no auge de sua criatividade, e que trazia no seu line-up músicos de extrema qualidade e técnica invejável. 
Blackmore, Gillan, Paice, Lord e Glover são considerados, sem sombra de duvidas, mestres no que faziam !! 
E quanto as musicas deste álbum, .....apenas duas delas já valeriam o disco, a rápida ``Highway Star``, e a talvez, a musica com riff mais tocado do mundo, a hiper mega conhecida de todos seres humanos, e principalmente dos guitarristas de todo o mundo, a simples ``Smoke on the Water`` que nasceu de um festival em Mountreax que acabou com um incêndio no prédio onde se hospedava a banda e outros artistas. Porem ainda temos a ``Lazy`` para provar que John Lord era um musico altamente competente e um dos melhores do mundo no seu intrumento. 
E a fantástica ``Space Truckin`` ? Sonzeira excepcional !! 
Sem desmerecer as outras 3 faixas, principalmente a ``Pictures of Home`` que são ótimas também, .....porem acabam sendo um pouco ofuscadas pelo alto brilho das outras já citadas ! 
Banda excelente, músicos excelentes, álbum excelente ! 
Nota 8,9