O álbum The Dark Side of the Moon, lançado pelo Pink Floyd em 1973, foi escolhido por The Trooper para análise
Faixas: 01-Speak To Me; 02-On the Run; 03-Time; 04-The Great Gig in the Sky; 05-Money; 06-Us and Them; 07-Any Colour You Like; 08-Brain Damage; 09-Eclipse
The Trooper
Saudações. Aqui estamos novamente. Pensei em fazer este post no dia 1° de dezembro, amanhã, para fechar o ano, mas a verdade é que a ideia de incompletude vem a calhar.
E para isso este álbum vem MUITO a calhar. Na terceira faixa, Time (uma obra-prima, por sinal), um trecho da letra resume o momento do blog, e por que não, das nossas vidas? ->
"And you run and you run to catch up with the sun
But it's sinking
And racing around to come up behind you again.
The sun is the same in a relative way
But you're older,
Shorter of breath and one day closer to death.
Every year is getting shorter
Never seem to find the time.
Plans that either come to naught
Or half a page of scribbled lines
Hanging on in quiet desparation is the English way
The time has gone, the song is over,
Thought I'd something more to say"
But it's sinking
And racing around to come up behind you again.
The sun is the same in a relative way
But you're older,
Shorter of breath and one day closer to death.
Every year is getting shorter
Never seem to find the time.
Plans that either come to naught
Or half a page of scribbled lines
Hanging on in quiet desparation is the English way
The time has gone, the song is over,
Thought I'd something more to say"
Era chegada a hora, Pink Floyd ainda não tinha aparecido, e embora com certeza não possa ser chamada de metal, o tijolo primordial de rock que representa não poderia ser deixado de lado. The Dark Side of the Moon traz um fim melancólico e perfeito.
Eu chamaria de música apenas Time, Money, Us and Them e Brain Damage (na prática, a faixa-título). Speak to Me é uma intro que te conta que vai existir uma música de verdade parecida com ela no futuro e Eclipse é uma outro que termina o álbum servindo de extensão melancólica para Brain Damage.
Este álbum também valeria para a discussão que o Magician gera sobre EPs e a possibilidade de postar uma música só, porque é caos. Eu resumiria tudo isso como caos e melancolia. Mas ainda assim, dotado de certa beleza, como a vida. Uma sensação que a história foi contada, se tem um propósito ou não, tanto faz.
Eu nem preciso fazer destaques, pois Time e Money são duas das melhores canções de rock já lançadas.
A nota não importa, mas para manter a coerência em uma realidade incoerente: \m/\m/\m/\m/
Encerro com outro trecho de música, desta vez da própria 'outro', Eclipse (na verdade, a letra toda):
"All that you touch
All that you see
All that you taste
All you feel.
All that you love
All that you hate
All you distrust
All you save.
All that you give
All that you deal
All that you buy,
beg, borrow or steal.
All you create
All you destroy
All that you do
All that you say.
All that you eat
everyone you meet
All that you slight
everyone you fight.
All that is now
All that is gone
All that's to come
and everything under the sun is in tune
but the sun is eclipsed by the moon."
All that you see
All that you taste
All you feel.
All that you love
All that you hate
All you distrust
All you save.
All that you give
All that you deal
All that you buy,
beg, borrow or steal.
All you create
All you destroy
All that you do
All that you say.
All that you eat
everyone you meet
All that you slight
everyone you fight.
All that is now
All that is gone
All that's to come
and everything under the sun is in tune
but the sun is eclipsed by the moon."
The Magician
Esse aqui, tal como alguns outros álbuns do Pink Floyd, pode ser considerado um milestone da história do Rock, e, portanto, super influente para os subgêneros roqueiros.
A banda “Rosa-Cinza”, aliás, pode sim figurar no núcleo ferroso do Heavy Metal, juntamente com os outros colaboradores originais do meio, como o Sabbath, Purple e Zepplin, ou até mesmo, ao lado do Cream já que seu primeiro álbum foi publicado em 1967. Se por um lado o Pink Floyd pode não ter de fato conseguido prosperar sua estrutura rítmica para os gêneros mais pesados do Rock, eles com certeza conseguiram incutir nas gerações posteriores de músicos suas ideias sobre padrões progressivos e letras conceituais, e principalmente, influenciá-los com os sintetizadores e efeitos sonoros complementares que contribuem para a imersão na experiência sonora, e no efeito de storytelling.
Sobre esse último aspecto o Pink Floyd praticamente foi a banda pioneira, e o presente álbum “The Dark Side of the Moon” foi o primeiro grande marco na questão de engenharia sonora; um dos primeiros trabalhos a explorar com profundidade a tecnologia “STEREO” de canais separados que interagem e se complementam. Esses atributos tecnológicos não se limitavam somente aos pitacos dos produtores e nas dicas dos engenheiros de som, os próprios caras da banda eram verdadeiros nerds das combinações sonoras.
Eu abordei brevemente no post do Super Collider sobre a influência dos britânicos do Pink Floyd sobre o discurso científico na pauta rock’n roll, mas ao se aproximar das composições líricas de ‘The Dark Side’ percebemos que é muito mais que isso. Os caras flertavam com movimentos poéticos como o próprio Roger Waters já trouxe à tona em entrevistas; para a banda o sentido completo de música era muito mais que melodia e harmonia em uma canção singular, o álbum todo tinha que trazer elementos de imersão e continuidade, com letras e versos que induzem reflexão ao ouvinte, como uma completa hipnótica experiência sonora. Existia um “quê” de intelectualismo declarado no Pink Floyd que inclusive fez uma audiência com a imprensa e com a crítica da época para apresentar na integra o trabalho em questão, antes de seu lançamento oficial. Não é nem preciso dizer que muita gente no heavy metal importou esses elementos para seu próprio estilo.
Mas independente do Pink Floyd ter ou não suscitado inspiração nos gêneros da música pesada, a qualidade da obra em questão se isenta das possíveis expectativas de um headbanger. Escute esse trabalho pelo que ele é em sua essência: um ticket para ingressar em uma estranha viagem psicodélica de suspense com contornos transcendentais. A viagem é ininterrupta e te convida a imergir degrau por degrau nas profundas dimensões ocultas do lado escuro da lua. Embora a banda tenha (declaradamente) colocado algumas letras bem específicas sobre temas mundanos, dentro do mosaico que é esse presente trabalho, isso não fica tão nítido, parecendo mais que cada composição é na verdade apenas um ato separado de um contínuo grande épico teatral.
Por causa dessa proposta da obra, não acho que vale a pena desmembrar as partes do álbum para analisar separadamente cada composição, mas vale citar que “Money” e “Time” se tornaram clássicos "de rádio" da banda. Também não acho que alguma parte instrumental se destaque muito das demais, como acontece nos álbuns posteriores ‘Wish You Were Here’ e ‘The Wall’, mas talvez seja necessário uma menção especial às linhas de Richard Wright que muitas vezes protagonizam as músicas e às aproximam de algum tipo de piano-jazz-clássico elitizado (música de almofadinha, mas de muita qualidade).
Como proposta de viagem que é o álbum “The Dark Side of The Moon”, esse Metalcólatra recomenda que você ligue um potente Home Theater e apague todas as luzes do ambiente para apreciar a verdadeira experiência oferecida pela banda; ou como eu, que compre um smart sleep para se isolar do mundo, e poder absorver integralmente 100%, e em 360º, as composições em camadas mirabolantes de The Dark Side of The Moon.
Nota 7,9 ou \m/\m/\m/\m/.
p.s: o fato de eu estar velho pode ter contribuído bastante para a apreciação desse álbum, mas essa pode não ser a recomendação ideal para todas as pessoas...: “fique velho e escute Pink Floyd”.
Aproveito para comunicar o encerramento do perfil deste personagem fictício no FB e Instagram ... até ...
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