O álbum Tales from the Twilight World, lançado pelo Blind Guardian em 1990, foi escolhido por Trooper para análise.
Faixas: 01-Traveler in Time; 02-Welcome to Dying; 03-Weird Dreams; 04-Lord of the Rings; 05-Goodbye My Friend; 06-Lost in the Twilight Hall; 07-Tommyknockers; 08-Altair 4; 09-The Last CandleThe Trooper
- "Traveler in Time" is based on Frank Herbert's Dune
- "Welcome to Dying" is based on Peter Straub's Floating Dragon
- "Lord of the Rings" is based on J. R. R. Tolkien's The Lord of the Rings
- "Tommyknockers" and "Altair 4" are based on Stephen King's The Tommyknockers
- "Goodbye My Friend" is inspired by the film E.T.
- "Lost in the Twilight Hall" is about the time spent "between worlds" by the wizard Gandalf the Grey after defeating the Balrog of Moria before his reincarnation as Gandalf the White.
- "The Last Candle" talks about places and events of Margaret Weis and Tracy Hickman's Dragonlance universe, specially from the "Chronicles" and "Legends" trilogies.
The Magician
Mais um álbum marcante
do Blind Guardian no blog, o primeiro realmente digno de nota na discografia
deles, na verdade, embora eu respeite os dois primeiros trabalhos.
Tales From the Twillight
World” (TFTTW), é marcante por estabelecer o primeiro milestone da banda em direção
de um estilo muito próprio e característico de Power Metal Progressivo. À partir
daqui a banda alemã estabelecia características marcantes – e sem volta – que a
diferenciava da maioria das outras bandas de Heavy Metal, a tornando única no
estilo de sua musicalidade. Em TFTTW algumas rupturas são claras com relação aos
álbuns anteriores, principalmente no que diz respeito:
- à adesão de linhas
de teclados mais presentes que contribuem em fraseados importantes no decorrer
das faixas (exemplo em “Atair 4”);
- as pautas polirítmicas
por todos os lados colocando os dois pés da banda de vez, no sub gênero metal progressivo
(graças ao trabalho primoroso de Thomas Stauch, isso foi possível, o cara é
monstruoso);
- as melodias vocais
muito mais técnicas e trabalhadas, com grande contribuição dos backing vocals
dos demais membros da banda. As camadas de linhas simultâneas de vocais com
diferentes fraseados, são pela primeira vez trabalhadas aqui, exemplo no final
de “Last Candle” (uma marca definitiva da assinatura do Blind Guardian, mas
reparem que aqui Hansi não interpretava ainda todas as linhas, como faria
depois nos trabalhos mais rebuscados do BG com a inclusão de canais apartados);
- As músicas (como bem
lembrou o Trooper), ainda são rústicas em sua produção geral, mas o modo como
as guitarras e vocais se harmonizam em melodias mais complexas, já eleva o
patamar das composições na ‘régua’ da teoria musical;
Todas essas propriedades
musicais inseridas no terceiro disco da banda, foram incorporados e apurados em
trabalhos posteriores, de modo mais e mais extremo, até tudo culminar naquela bagunça
que é o Night At The Opera (o sétimo álbum)...
Mas isso não importa, naquele
momento específico da carreira dos alemães, em 1990, isso aqui foi praticamente
uma obra de arte, que foi decisiva para a promoção da banda para uma elite do
power metal europeu, que serviria de referência para grupos mais novos desse
segmento. Ao escutarmos a discografia ‘vencedora’ do Blind, fica muito claro
onde foi que a banda deu o salto para sair do status de “mais uma banda de
metal”, para garantir seu crachá de banda importante do circuito do Heavy Metal
(digamos que fechar um Wacken Open Air, garante esse status, se você está em
dúvida).
Existem inúmeros destaques,
pois o álbum é muito forte na primeira metade, mas no geral não deixa a peteca
cair em nenhum momento. O som “Lord of The Rings” por muitos motivos é o ponto
mais alto, mas por favor prestem atenção (com o volume bem alto de preferência)
em “Traveler in Time”, “Welcome to Dying”, a instrumental “Weird Dreams” e “Lost
in the Twillight Hall” (com a participação adivinha de quem?? De quemmmm???? O tio
farofeiro Kai Hansen!!).
Nota 8,1 ou \m/\m/\m/\m/.
Para não deixar passar batido, deixo um parágrafo de reconhecimento para uma das maiores duplas de guitarristas da póstuma história do Heavy Metal, em minha opinião. A obra subestimada pela grande maioria, dos músicos Andre Olbrich e Marcus Siepen estará para sempre na memória e no coração daqueles postulantes guitarristas que por alguma vez tiveram a sorte de escutar obras primas como “Time What Is Time”, “Lost in Twillight Hall”, “Into The Storm” e é claro icônica “Bright Eyes”... Riffs eloquentes, a contundência magistral das ‘infinitas’ palhetadas groovadas, e a sincronia alienígena das bases e dos solos super melódicos e cintilantes dobrados, são apenas algumas das marcas dessa dupla, com raro talento para não somente aplicar a técnica, mas principalmente fazer isso de modo contributivo às composições como um todo.
Phantom Lord
A faixa mais fraca (mas não ruim) é a faixa 7 "Tiktokers", mas não vale macular a resenha citando que tem qualquer faixa 'mais fraca'..
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