Metal Mercante
São Paulo, Pista de Atletismo do Ibirapuera - 26 de Setembro de 1998
Dorsal Atlântica; Korzus; Glenn Hughes; Savatage; Saxon; Dream Theater; Manowar; Megadeth; Slayer
O Monsters of Rock de 98 foi impressionante, não só por ter no mesmo palco Manowar e Megadeth, mas também por ter sido a primeira vez que ouvi a banda americana Savatage. A apresentação dos caras foi tão boa, mas tão boa que no outro dia foi até a Woodstock e comprei o CD “Edge Of thorns” (pra quem nunca ouviu falar a Woodstock era a loja mais famosa de Heavy Metal de SP - A história da Woodstock Discos). De lá pra cá o Savatage foi aos poucos se tornando uma das minhas bandas preferidas de Metal...
Falando mais especificamente do álbum “Wake of Magellan”, sua parte instrumental é absurda, talvez um pouco mais progressiva e complexa que seus trabalhos anteriores, mas definitivamente muito boa. Várias músicas como “Morning Sun” e a faixa título começam lentamente e aos poucos engrenam em um som bem pesado e técnico, no caso da “Wake of Magellan” chegando a criar um “maldito refrão” tão pegajoso que é impossível não cantar junto.No geral as músicas parecem ter as mesmas características, indo de momentos lentos para momentos rápidos, talvez para emular o balanço do mar já que este é um é um álbum conceito que conta duas histórias diferentes que se combinam na história de um velho marinheiro espanhol que decidiu acabar com sua própria vida navegando com seu pequeno barco no atlântico até afundar.
Para finalizar, as músicas “The Wake of Magellan” e “The Hourglass” são o motivo de eu ter postado este álbum no Blog, elas passam uma sensação épica, demonstram um alto grau de criatividade, o vocalista Zak Stevens é extremamente bom e ainda por cima, pouca coisa dá uma ideia de grandeza tão bem como os cantos orquestrais em camadas (da mesma forma que os dois primeiros cds do Avantasia).
PROS:
- Vocalista muito bom
- Canto orquestral em camadas
- Anymore é uma boa música lenta, até minha esposa gosta e sabe cantar inteira
CONTRAS:
- Muitas faixas de introdução
- Algumas músicas sem graça
- “Complaint in the System” é péssima
Nota: 8.5
Phantom Lord
Savatage… ouvi alguns discos desta banda, mas não sei exatamente quantos. Tenho certeza que ouvi ao menos o Hall of Mountain king de 1987 e o Edge of Thorns de 1993 e até gostei dos dois, apesar de possuírem diferenças significantes...
O Hall of Mountain King apresenta uma produção meio rústica e sonoridade mais “heavy metal clássico”... quero dizer, sem pender para estilos específicos do metal, ou sub-gêneros.
Ao ouvir Edge of Thorns pode-se notar uma diferença razoável tanto na produção como na sonoridade / estilo musical...
Agora vou ao álbum indicado: The Wake of Magelan.
As músicas se afastam ainda mais do estilo rústico e/ou clássico de álbuns como o Hall of Mountain King e a direção tomada me pareceu claramente “progressiva”, um sub-gênero que não me atrai muito. The Ocean é a introdução de Welcome, a faixa que antecede uma das melhores deste disco: Turns to Me. Mas esta faixa não chega a se destacar muito neste álbum, pois o Savatage consegue manter quase todas as músicas em uma “posição” (ou nível) semelhante: não há grandes altos e baixos.
Creio que as faixas menos interessantes (ou mais entediantes) sejam Complaint in the System, Anymore e The Hourglass.
Como Mercante disse, a parte instrumental é muito boa, definitivamente o vocal não é ruim, mas de um modo geral, o álbum apresenta-se devagar com alguns momentos de “despertar”... A variação de ritmo ao longo de suas 12 faixas, ocasionalmente parece repentina, mas a banda mostra-se competente (e a produção não é rústica) não deixando com aquela cara de “frankstein” como acontece com alguns outros álbuns de progressive rock/metal.
The Ocean/Welcome 6,1
Turns to Me 7,6
Morning Sun 6,3
Another Way 6,7
Blackjack Guillotine 7,0
Paragons of Innocence 6,4
Complaint in the System 4,5
Underture/Wake of Magelan 7,0
Anymore 6,0
The Storm 7,0
The Hourglass 5,3
Modificadores: Nenhum
Nota 6,4
The Trooper
Nota: \m/\m/\m/\m/
Pirikitus Infernalis
Wow! The Wake of Magellan. Mais um album “tiro certo” no blog.
O álbum funciona como um disco conceitual misturando 2 eventos e 1 história, O incidente de Dubai, A história da repórter Veronica Guerin e a história de um velho marujo espanhol, todas facilmente encontradas na net.
Savatage é uma banda bem conceituada, com membros bem técnicos, porém que (geralmente) não caem na armadilha de ultrapassar a linha do bom senso como algumas bandas que tendem a seguir uma linha mais prog (leia-se Dream Theater, uma das bandas mais chatas da história). Tudo soa coerente com a idéia principal da banda: Um cd de heavy metal. O solos de Al Pitrelli são sensacionais, principalmente na música Storm e o vocal de Stevens é muito bom, porém eu devo confessar que sou MUITO fã do vocal do Jon Oliva, mais rasgado e que torna a musica mais agressiva, é simplesmente impressionante.
Musicalmente o cd segue bem em quase sua totalidade. A abertura é muito boa, Morning Sun e Paragons of Innocence (com os vocais de Jon) são sensacionais, The Wake of Magellan é ponto mais alto sem sombra de dúvidas, Complaint in the System é bem legal (provável influencia da minha atual overdose de Faith no More), Storm é um ótimo instrumental, Another Way possui um ótimo solo. Porém é bem difícil um cd não possuir pontos baixos em sua totalidade, e aqui temos umas musicas que passam batidas como Anymore e Hourglass.
Resumindo: Cd para ser apreciado, ouça e seja feliz.
Ps: Para os que gostaram do vocal de Jon Oliva, sugiro o ultimo disco da banda (Poets and Madmen) onde Jon canta o álbum todo, ou algum álbum da banda Jon’s Oliva Pain, de preferência o álbum Festival.
Top 3: Turn to Me, Morning Sun e The Wake of Magellan – Shame Pit: The Hourglass
Nota: 8,5
The Magician
Wake of Magelan é o décimo e primeiro álbum de estúdio da banda norte americana Savatage.