O álbum Hail to England lançado em 1984 pela banda Manowar foi escolhido por votação aberta na disputa entre este e Machine Head.
The Trooper
Ouvi novamente este álbum, com calma, para não escrever apenas um monte de palavrões, li as letras e tentei identificar os riffs de guitarra neste álbum "mono-tom". A análise mais justa deve ser faixa-à-faixa:
Metal Mercante
Ganhei esse CD de aniversário do meu pai, porém não lembro a data, só me lembro que foi o meu primeiro CD do Manowar e... ...daquele dia em diante, o mundo como eu conhecia tinha acabado de mudar... Minha visão “Metal” do mundo consistia em um mix de Iron Maiden, Metallica, Megadeth e Helloween (excluindo as bandas clássicas) e Manowar não tinha nada a ver com nada disso.
Era pesado e lento ao mesmo tempo, os instrumentos não tinham uma presença tão marcante como as obras contemporâneas - os riffs insanos tanto do Metallica como Megadeth, a cavalgada e os riffs pegajosos do Maiden ou o vocal absurdo do Helloween – mas eles se interligavam com os vocais de Eric Adams de forma a criar uma atmosfera épica em torno das músicas.
“Blood of my enemies”, é provavelmente a melhor música do Manowar até hoje, logo que o cd se inicia os vocais parecem ser mais altos do que o normal, mas isso provavelmente é intencional, já que o vocal Eric Adams é absurdamente bom e o coro (“oooo oooo oooohhh”) por de trás do refrão acabou tornando-se característica da banda.
Todas as outras músicas (com exceção de Black Arrow) são todas muito cativantes e ficam grudadas na memória. “Hail to england” com o simples e efetivo “Hail Hail to England hail hail hail” e seu duplo sentido já que além da “turnê fail” que motivou a criação do disco, não podemos nos esquecer que o local de nascimento do metal foi na Inglaterra - “On English
Ground-we were born”.
“Army of Immortals”, se não me engano a primeira vez que o termo “true metal” aparece em uma música que foi escrita para os fãs da banda e também uma das primeiras vezes que os termos “Manowarcentrísticos” (de que o mundo gira em torno do Manowar) apareceram em músicas:
“We were brought together-
Cause we've got the balls-
To play the loudest metal.
So hard and so wild and mean.-"
Black Arrow é a pior bosta que eu já ouvi em um cd de metal até hoje.
Por fim “Bridge of Death” é uma aposta da banda que vai mais na linha das músicas do disco anterior “Into glory ride” pelo menos na sua construção, ela é mais longa e chega até a destoar um pouco das outras músicas mais “feijão com arroz” do disco, mas nem por isso deixa de ser bacana, se bobear uma das melhores do disco (depois de Blood of my enemies, claro). Ela seria melhor ainda se o Manowar não tivesse ido pelo caminho piegas “Satan we love you” e tivesse trocado essa temática por uma Viking só para manter a consistência do álbum.
Um dos momentos mais marcantes do disco...
“I know the one who waits. Satan is his name.
Across the bridge of death, there he stands in flame.
I know the one who waits. Satan is his name.
Across the bridge of death, there he stands in flame.”
Para finalizar, o tema do CD é fantasia e mitologia, porém o ano é 1984 e 26 anos atrás, esses temas ainda não haviam sido explorados a exaustão e toda essa ideia de fazer um “Conan Metal” era novidade na época. Não dá para dizer que o Manowar foi pioneiro nesses temas, mas certamente foi o primeiro que conseguiu explora-los de forma consistente em um álbum inteiro.
Dizem que este disco foi gravado e mixado em 6 dias, tenho certeza que depois de trabalhar duramente para criar o mundo, tanto Deus como Joe Demayo descansaram no sétimo dia.
Phantom Lord
Inicialmente, eu gostaria de apresentar diversas maneiras de se fazer uma resenha a respeito do disco Hail to England:
Maneira Mercante:
“Vou sugerir a todos vocês que façam um teste, sempre que escutarem este CD do Manowar pulem a faixa Army of Immortals. O que sobrou?
Nada...”
Maneira Pirikitus:
“Eu sempre suspeitei que a banda Manowar era bem meia boca. Esse foi o principal motivo que matou qualquer chance de conhecer a banda mais a fundo.
No meio do álbum até pareceu que ia dar uma empolgada. Army of Immortals é muito boa e sua letra também. Hail to England é quase boa...
O problema do Manowar está nas demais músicas. Parece que os caras fazem um som por fazer, algo entediante.
Uma pena, se a banda continuasse na pegada de Army of Immortals, o disco seria bom!”
Maneira Julião:
“Mais um CD polêmico para o Metalcolatras... Minha primeira conclusão foi: "fácil chegar a uma conclusão sobre esse álbum".
A primeira música até parece que vai ser algo pesado, mas logo percebemos que essa não é a intenção da banda. Digamos que foi a falta de criatividade que afundou este disco, o vocal tenta um "grito do mal" vez ou outra, mas num geral, a banda não consegue levar as músicas para algo além de um metalzinho mal-feito e repetitivo. Como um todo o álbum é ruim. Na minha opinião faltou músicas mais marcantes. Digo que não valeu a pena conhecer e que, depois de várias vezes ouvindo este álbum ele não se tornou algo mais amigável. Talvez um 5 seja a nota justa pois apesar da banda fazer um pouco menos do que o básico, eles conseguiram criar Army of Immortals que é um alívio para os ouvidos.”
Maneira Barbarian:
“Já que a coisa descambou de vez, quero sugerir algumas análises para o futuro do blog, à saber:”
Agora minha breve resenha:
Enfim, ouvi toda discografia do Manowar nesta última semana para tentar entender melhor a deficiência de Hail to England. No segundo álbum (Into Glory Ride de 1983), a banda ainda apresenta uma sonoridade rústica, mas também apresenta menos inspiração se comparado com o primeiro álbum. Sign of the Hammer de 1985 continua na mesma linha de Into Glory Ride, ou seja, nada demais... porém ambos são menos deficientes do que o Hail to England. A estrutura das músicas deste disco são simples demais e com um agravante: são todas lentas, ou seja não parecem heavy metal, pois letras não determinam genêros musicais (ao menos na minha opinião) nem parecem gêneros simples como punk rock, porque como eu já citei, as músicas não são "aceleradas". Se o Manowar gravou Hail to England as pressas, podemos entender porque este álbum resultou numa boa música (Army of Immortals) e um amontoado de barulhos repetitivos que só um fanático por Manowar pode gostar.
Nota: 4,6.
Julião
Poderíamos ter escolhido um CD mais fácil de comentar. Hail to England é simplesmente o primeiro cd do Manowar que ouvi. Provavelmente o meu preferido. Nas primeiras vezes que ouvi, eu só prestava atenção em Army of the Immortals. Quando finalmente me emprestaram o cd, eu ouvi aquilo por tantas vezes, mas tantas vezes, acompanhando as letras no encarte que veio a minha cabeça: "como eu vivi até hoje sem isso?"
Manowar tem algo que gera fanatismo. Talvez sejam suas letras fortes, a forma simples de tocar e cantar, acrescidos de muita emoção.
A verdade sobre esse cd é uma só: 4 músicas fantásticas, seguidas por uma épica. Depois vem Black Arrows para estragar e Bridge of Death que seria muito melhor se não fosse a forma apelativa e desnecessária de tratar um possível pacto com o Satan. Existem bandas onde músicas assim não destoam, mas para Manowar ela ficou meio que fora do contexto. Era um álbum perfeito de Connan Metal até essa música. (Black Arrows eu nem considero).
Chegamos a ótimos números com esse álbum: 5 de 7 músicas são pelo menos fantásticas. Dessas 5, uma é épica. Eu aumentaria o número de músicas épicas, mas não serei tão fanático assim hehehe.
E para finalizar, ficamos com uma parte da música que o Manowar dedicou a todos nós, fãs da banda:
"Metal makes us strong
Together we belong
forever here's your song"
e, se nos cabesse uma resposta, acredito que a que melhor se encaixaria seria:
"Thank you, thank you very much"
Pirikitus Infernalis
Manowar, uma das bandas mais protagonistas de discussões, principalmente entre dos Metalcólatras. Terceiro cd que cai no blog, fazer o que, cada um no seu quadrado. Eu sempre disse que do Battle Hymn’s até o Warriors of the World eu consigo achar no mínimo quatro músicas interessantes, as vezes muito mais. E 4 é exatamente o número de músicas boas nesse cd, muito pouco pra ganhar a batalha de um gigante como o Machine Head!
O cd abre com uma das maiores músicas da carreira dos guerreiros de couro. Blood of my Enemies dispensa comentários, vocais de Eric Adams afiadíssimos pra variar, Karl Logan mandando bem, letra boa e baterista nulo. Each Dawn I Die é uma música mediana, nada de extraordinário. Kill With Power chega pra matar. A faixa título volta a trazer marasmo para os ouvidos.
A partir desse momento chega a grandiosa Army of Immortals, que coisa magnífica essa faixa. Tudo se encaixa, o final com o Eric berrando “Stronger” e o Karl Logan solando em cima ficou muito bom, Karl estava inspirado....até que chegamos a Black Arrows. Eu não sei que inferno eles tentaram fazer, provavelmente era para você ter o sentimento de ter uma Black Arrow atravessando seu coração, mas ao invés disso eles criaram no ouvinte uma vontade de que uma Black Arrow ou qualquer outra coisa atravessasse o coração pra pararmos de escutar esse lixo. Felizmente, eles resolveram terminar o cd fazendo o que sabem, Bridge of Death é um épico a la Manowar. (I Know the one who waits, Satan is his name. Across the Bridge of Death and He stands in flaaaaaaaaaaaaaames!!!!)
Talvez devido ao pouco tempo que tiveram de preparação, eles conseguiram escrever 4 canções boas e como isso é um single e não um cd, resolveram preencher os meios, resultando um vai-não-vai desconfortável aos ouvintes. Pontos negativíssimos para o chiado Black Arrows, a péssima qualidade de produção (dane-se se foi intencional ou não, não ficou bom) e a bateria totalmente inoperante.
PS: Muitos anos atrás, quando eu comprei o Hell on Wheels, Julião (bardo fanfarrão) me disse que a melhor música era Black Arrows. Ele nega até hoje esse fato, que eu recordo com muito ódio de ter ouvido aquela porcaria na inocência.
PS2: A única banda que detém o direito de ter um baterista nulo é o ACDC, e tenho dito!
PS3: Esse é foda e pretendo comprá-lo um dia.
The Trooper
Ouvi novamente este álbum, com calma, para não escrever apenas um monte de palavrões, li as letras e tentei identificar os riffs de guitarra neste álbum "mono-tom". A análise mais justa deve ser faixa-à-faixa:
Blood of My Enemies - lenta, vocais pausados, repetitiva, solos de guitarra sem expressão;
Each Dawn I Die - a batida da introdução é interessante, mas o ritmo lento se propaga por toda a composição, o gritinho "Ahhh-ah!" do Eric Adams é bem estranho, as propriedades da faixa anterior se repetem nesta segunda;
Kill With Power - rapidez ilusória (é aquilo que parece rápido, mas devido a diversas pausas curtas, no fim não é), as propriedades da primeira faixa se repetem nesta terceira, o gritinho "Die, Die!" também é bem estranho;
Hail to England - a velocidade vai caindo até ficar lenta, repetitiva, refrão fraco, o solo de guitarra é mais expressivo na faixa-título, ponto forte da música;
Army of Immortals - lenta, vocais pausados, mas a base é boa, evolui para um bom refrão, seguido de um solo de guitarra que se encaixa bem, o segundo solo também encaixa, esta é de longe, a melhor faixa do álbum, mesmo assim se esta faixa estivesse no Battle Hymns seria apenas mediana;
Black Arrows - pois é, não sei como esta flecha não matou o próprio guitarrista, um exemplo de música instrumental esquecível, "fritação" descontrolada, sem nenhuma construção bem-feita;
Bridge of Death - introdução longa e sonolenta, ritmo extremamente pausado, enfim, seguiu exatamente o padrão da maioria das faixas anteriores, com a adição de uma letra que parece uma oração a Satanás, bem toscona.
Enfim, Hail to England peca pela falta de criatividade, velocidade, peso e expressão, ao ponto de apenas uma faixa poder ser considerada música. Depois de ouvir Battle Hymns, este álbum é uma tremenda decepção, não seria um exagero extremo, compará-lo ao Blood Kisses, onde a ambientação é levada muito mais em conta do que a composição das músicas.
Nota: 2,5
Metal Mercante
Ganhei esse CD de aniversário do meu pai, porém não lembro a data, só me lembro que foi o meu primeiro CD do Manowar e... ...daquele dia em diante, o mundo como eu conhecia tinha acabado de mudar... Minha visão “Metal” do mundo consistia em um mix de Iron Maiden, Metallica, Megadeth e Helloween (excluindo as bandas clássicas) e Manowar não tinha nada a ver com nada disso.
Era pesado e lento ao mesmo tempo, os instrumentos não tinham uma presença tão marcante como as obras contemporâneas - os riffs insanos tanto do Metallica como Megadeth, a cavalgada e os riffs pegajosos do Maiden ou o vocal absurdo do Helloween – mas eles se interligavam com os vocais de Eric Adams de forma a criar uma atmosfera épica em torno das músicas.
“Blood of my enemies”, é provavelmente a melhor música do Manowar até hoje, logo que o cd se inicia os vocais parecem ser mais altos do que o normal, mas isso provavelmente é intencional, já que o vocal Eric Adams é absurdamente bom e o coro (“oooo oooo oooohhh”) por de trás do refrão acabou tornando-se característica da banda.
Todas as outras músicas (com exceção de Black Arrow) são todas muito cativantes e ficam grudadas na memória. “Hail to england” com o simples e efetivo “Hail Hail to England hail hail hail” e seu duplo sentido já que além da “turnê fail” que motivou a criação do disco, não podemos nos esquecer que o local de nascimento do metal foi na Inglaterra - “On English
Ground-we were born”.
“Army of Immortals”, se não me engano a primeira vez que o termo “true metal” aparece em uma música que foi escrita para os fãs da banda e também uma das primeiras vezes que os termos “Manowarcentrísticos” (de que o mundo gira em torno do Manowar) apareceram em músicas:
“We were brought together-
Cause we've got the balls-
To play the loudest metal.
So hard and so wild and mean.-"
Black Arrow é a pior bosta que eu já ouvi em um cd de metal até hoje.
Por fim “Bridge of Death” é uma aposta da banda que vai mais na linha das músicas do disco anterior “Into glory ride” pelo menos na sua construção, ela é mais longa e chega até a destoar um pouco das outras músicas mais “feijão com arroz” do disco, mas nem por isso deixa de ser bacana, se bobear uma das melhores do disco (depois de Blood of my enemies, claro). Ela seria melhor ainda se o Manowar não tivesse ido pelo caminho piegas “Satan we love you” e tivesse trocado essa temática por uma Viking só para manter a consistência do álbum.
Um dos momentos mais marcantes do disco...
“I know the one who waits. Satan is his name.
Across the bridge of death, there he stands in flame.
I know the one who waits. Satan is his name.
Across the bridge of death, there he stands in flame.”
Para finalizar, o tema do CD é fantasia e mitologia, porém o ano é 1984 e 26 anos atrás, esses temas ainda não haviam sido explorados a exaustão e toda essa ideia de fazer um “Conan Metal” era novidade na época. Não dá para dizer que o Manowar foi pioneiro nesses temas, mas certamente foi o primeiro que conseguiu explora-los de forma consistente em um álbum inteiro.
Dizem que este disco foi gravado e mixado em 6 dias, tenho certeza que depois de trabalhar duramente para criar o mundo, tanto Deus como Joe Demayo descansaram no sétimo dia.
Phantom Lord
Inicialmente, eu gostaria de apresentar diversas maneiras de se fazer uma resenha a respeito do disco Hail to England:
Maneira Mercante:
“Vou sugerir a todos vocês que façam um teste, sempre que escutarem este CD do Manowar pulem a faixa Army of Immortals. O que sobrou?
Nada...”
Maneira Pirikitus:
“Eu sempre suspeitei que a banda Manowar era bem meia boca. Esse foi o principal motivo que matou qualquer chance de conhecer a banda mais a fundo.
No meio do álbum até pareceu que ia dar uma empolgada. Army of Immortals é muito boa e sua letra também. Hail to England é quase boa...
O problema do Manowar está nas demais músicas. Parece que os caras fazem um som por fazer, algo entediante.
Uma pena, se a banda continuasse na pegada de Army of Immortals, o disco seria bom!”
Maneira Julião:
“Mais um CD polêmico para o Metalcolatras... Minha primeira conclusão foi: "fácil chegar a uma conclusão sobre esse álbum".
A primeira música até parece que vai ser algo pesado, mas logo percebemos que essa não é a intenção da banda. Digamos que foi a falta de criatividade que afundou este disco, o vocal tenta um "grito do mal" vez ou outra, mas num geral, a banda não consegue levar as músicas para algo além de um metalzinho mal-feito e repetitivo. Como um todo o álbum é ruim. Na minha opinião faltou músicas mais marcantes. Digo que não valeu a pena conhecer e que, depois de várias vezes ouvindo este álbum ele não se tornou algo mais amigável. Talvez um 5 seja a nota justa pois apesar da banda fazer um pouco menos do que o básico, eles conseguiram criar Army of Immortals que é um alívio para os ouvidos.”
Maneira Barbarian:
“Já que a coisa descambou de vez, quero sugerir algumas análises para o futuro do blog, à saber:”
Agora minha breve resenha:
Enfim, ouvi toda discografia do Manowar nesta última semana para tentar entender melhor a deficiência de Hail to England. No segundo álbum (Into Glory Ride de 1983), a banda ainda apresenta uma sonoridade rústica, mas também apresenta menos inspiração se comparado com o primeiro álbum. Sign of the Hammer de 1985 continua na mesma linha de Into Glory Ride, ou seja, nada demais... porém ambos são menos deficientes do que o Hail to England. A estrutura das músicas deste disco são simples demais e com um agravante: são todas lentas, ou seja não parecem heavy metal, pois letras não determinam genêros musicais (ao menos na minha opinião) nem parecem gêneros simples como punk rock, porque como eu já citei, as músicas não são "aceleradas". Se o Manowar gravou Hail to England as pressas, podemos entender porque este álbum resultou numa boa música (Army of Immortals) e um amontoado de barulhos repetitivos que só um fanático por Manowar pode gostar.
Nota: 4,6.
Julião
Poderíamos ter escolhido um CD mais fácil de comentar. Hail to England é simplesmente o primeiro cd do Manowar que ouvi. Provavelmente o meu preferido. Nas primeiras vezes que ouvi, eu só prestava atenção em Army of the Immortals. Quando finalmente me emprestaram o cd, eu ouvi aquilo por tantas vezes, mas tantas vezes, acompanhando as letras no encarte que veio a minha cabeça: "como eu vivi até hoje sem isso?"
Manowar tem algo que gera fanatismo. Talvez sejam suas letras fortes, a forma simples de tocar e cantar, acrescidos de muita emoção.
A verdade sobre esse cd é uma só: 4 músicas fantásticas, seguidas por uma épica. Depois vem Black Arrows para estragar e Bridge of Death que seria muito melhor se não fosse a forma apelativa e desnecessária de tratar um possível pacto com o Satan. Existem bandas onde músicas assim não destoam, mas para Manowar ela ficou meio que fora do contexto. Era um álbum perfeito de Connan Metal até essa música. (Black Arrows eu nem considero).
Chegamos a ótimos números com esse álbum: 5 de 7 músicas são pelo menos fantásticas. Dessas 5, uma é épica. Eu aumentaria o número de músicas épicas, mas não serei tão fanático assim hehehe.
E para finalizar, ficamos com uma parte da música que o Manowar dedicou a todos nós, fãs da banda:
"Metal makes us strong
Together we belong
forever here's your song"
e, se nos cabesse uma resposta, acredito que a que melhor se encaixaria seria:
"Thank you, thank you very much"
Pirikitus Infernalis
Manowar, uma das bandas mais protagonistas de discussões, principalmente entre dos Metalcólatras. Terceiro cd que cai no blog, fazer o que, cada um no seu quadrado. Eu sempre disse que do Battle Hymn’s até o Warriors of the World eu consigo achar no mínimo quatro músicas interessantes, as vezes muito mais. E 4 é exatamente o número de músicas boas nesse cd, muito pouco pra ganhar a batalha de um gigante como o Machine Head!
O cd abre com uma das maiores músicas da carreira dos guerreiros de couro. Blood of my Enemies dispensa comentários, vocais de Eric Adams afiadíssimos pra variar, Karl Logan mandando bem, letra boa e baterista nulo. Each Dawn I Die é uma música mediana, nada de extraordinário. Kill With Power chega pra matar. A faixa título volta a trazer marasmo para os ouvidos.
A partir desse momento chega a grandiosa Army of Immortals, que coisa magnífica essa faixa. Tudo se encaixa, o final com o Eric berrando “Stronger” e o Karl Logan solando em cima ficou muito bom, Karl estava inspirado....até que chegamos a Black Arrows. Eu não sei que inferno eles tentaram fazer, provavelmente era para você ter o sentimento de ter uma Black Arrow atravessando seu coração, mas ao invés disso eles criaram no ouvinte uma vontade de que uma Black Arrow ou qualquer outra coisa atravessasse o coração pra pararmos de escutar esse lixo. Felizmente, eles resolveram terminar o cd fazendo o que sabem, Bridge of Death é um épico a la Manowar. (I Know the one who waits, Satan is his name. Across the Bridge of Death and He stands in flaaaaaaaaaaaaaames!!!!)
Talvez devido ao pouco tempo que tiveram de preparação, eles conseguiram escrever 4 canções boas e como isso é um single e não um cd, resolveram preencher os meios, resultando um vai-não-vai desconfortável aos ouvintes. Pontos negativíssimos para o chiado Black Arrows, a péssima qualidade de produção (dane-se se foi intencional ou não, não ficou bom) e a bateria totalmente inoperante.
PS: Muitos anos atrás, quando eu comprei o Hell on Wheels, Julião (bardo fanfarrão) me disse que a melhor música era Black Arrows. Ele nega até hoje esse fato, que eu recordo com muito ódio de ter ouvido aquela porcaria na inocência.
PS2: A única banda que detém o direito de ter um baterista nulo é o ACDC, e tenho dito!
PS3: Esse é foda e pretendo comprá-lo um dia.
The Magician
O terceiro Cd do Manowar é um clássico, um dos organismos que fecundou o universo do Power Metal (esse negócio de “true metal” é pataquada).
É um dos singulares itens que fazem parte daquele acervo do Manowar que verdadeiramente influenciou estilos posteriores de musica e de visual eloqüentes (de bandas boas e de ruins também).
Tanto os versos quanto a arte geral do trabalho revelam temas pagãos baseados em uma iconografia fantasiosa de cenários medievais como Asgard e Cimeria. Essas parábolas “Manowarianas” são fundamentais para compreensão do estilo de som da banda americana, não melhoram nem pioram o produto sonoro mas explicam muita coisa que pode soar estranho à primeira escuta do álbum.
Longe de classificá-lo um trabalho digno de repúdio ou de idolatria, o considero como um álbum muito bom.
A cadência é praticamente linear por quase toda extensão (com exceção de “Kill with Power”), com a marcação de tom bem destacada e forte, executada pela guitarra de Ross e pelo baixo de DeMaio que cria ótimas conexões entre suas bases. Alias o entrosamento desses instrumentos nas bases é um dos pontos altos do CD, uma conseqüência direta do fato que eram eles os dois responsáveis pelas composições do Manowar na ocasião.
É um dos singulares itens que fazem parte daquele acervo do Manowar que verdadeiramente influenciou estilos posteriores de musica e de visual eloqüentes (de bandas boas e de ruins também).
Tanto os versos quanto a arte geral do trabalho revelam temas pagãos baseados em uma iconografia fantasiosa de cenários medievais como Asgard e Cimeria. Essas parábolas “Manowarianas” são fundamentais para compreensão do estilo de som da banda americana, não melhoram nem pioram o produto sonoro mas explicam muita coisa que pode soar estranho à primeira escuta do álbum.
Longe de classificá-lo um trabalho digno de repúdio ou de idolatria, o considero como um álbum muito bom.
A cadência é praticamente linear por quase toda extensão (com exceção de “Kill with Power”), com a marcação de tom bem destacada e forte, executada pela guitarra de Ross e pelo baixo de DeMaio que cria ótimas conexões entre suas bases. Alias o entrosamento desses instrumentos nas bases é um dos pontos altos do CD, uma conseqüência direta do fato que eram eles os dois responsáveis pelas composições do Manowar na ocasião.
Ainda assim este conjunto é coadjuvante de Eric Adams em HtE, com uma saúde vocal impecável mas não ainda no seu auge de técnica. Eric coloca a melodia em suas linhas e se destaca em cada uma das faixas (menos naquela que não canta...).
O refrão de “Blood of my Enemies” é de arrepiar, e coloca o som dentre os melhores da história da trupe, nada melhor para começar o álbum que segue com a boa “Each Dawn I Die” e a média “Kill with Power”, onde a melodia não empolga tanto quanto a gritaria e acaba ficando devendo.
A crista do álbum no entanto está nos versos da faixa título que nos conduz a um dos refrãos mais grudentos do Heavy Metal.
“Army of Immortals” é uma musica equilibrada, dentro deste CD o melhor que Ross the Boss fez, com certeza. E o disco acaba na cativante levada de “Bridge of Death”, que destaca as distorções e principalmente o compasso em que Eric Adams desenvolve a melodia isento das batidas viciadas da música. Ótima desenvoltura!
“Black Arrows” deve ser encarada como música? Talvez nos rápidos segundos em que a guitarra interrompe suas convulsões e concatena quatro ou cinco notas agudas que fazem nexo...
Achei que o formato breve de apenas 7 (6) músicas também agrada, pois embora o vocalista garanta um ótimo desempenho, o trabalho seria colocado em xeque se tivéssemos que ouvir seus gritos por mais de 40 minutos.
O ponto fraco é a produção medíocre, pois ainda existem ressonâncias e microfonias (!), além de alguns solos serem captados com timbres toscos que simplesmente engolem algumas notas, e os vocais (provavelmente intencional) foram colocados em uma altura muito superior aos demais instrumentos. E aqui, por a produção porca soar como uma manipulação dos envolvidos, a característica perde sua riqueza.
Esse sim seria um bom trabalho pra uma reedição.
Hail to England! Hail to Manowar! Hail to Metalcólatras!
Pegando carona Phantom:
ResponderExcluiré muito provável que ainda veremos Ramones ou Misfits, pois elas influenciaram bandas de Metal.
Já titãs....
Entendo, magician. Só coloquei as imagens pra mostrar que Hail tem musicas tão simples quanto as destas bandas... e até menos agressividade do que boa parte delas... Se misfits fizesse letras idiotas elogiando a Inglaterra ou falando de power etc, etc, eles seriam heavy metal? Acho que não...
ResponderExcluirEi Julião por seu um CD do Manowar e principalmente por ser o seu favorito, até que achei que você foi bem moderado na sua opinião.
ResponderExcluirEu tenho o problema que mencionei..
ResponderExcluirManowar gera fanatismo em mim, o que acaba fazendo com que o post fique repetitivo como as letras (perfeitas, diga-se de passagem) deles : hail, iron, steel, metal, blood, axes, swords, etc..
Eu ficaria elogiando, elogiando, elogiando e elogiando. Então resolvi inverter e falar mais dos pontos negativos.
Por enquanto o único defensor passional do Hail to England é o Mercante... pior que ele nem tem sangue inglês. Vai entender o gosto dessas pessoas...
ResponderExcluir"PS3: Esse é foda e pretendo comprá-lo um dia"
...
...
...
...
...
...
...eu devia explodir em risos agora, Pirikitus?
uhauhuaheuaehaueheau, o senhor é um velho carrancudo!
ResponderExcluirPow Pirikitus!!! Essa sua história que eu falei que black arrows era a melhor música é mais louca que você!! Todos sabem que não sou apreciador de solos.. Solo debaixo ainda.. e naquele nivel ridiculo que incomoda os ouvidos seria pior ainda. Se um dia falei isso, foi de forma irônica. Se bem que não lembro de ter mencionado esse negócio (não posso chamar de música) pra ninguem.
ResponderExcluirKarl Logan??????!!! certeza pirikitus?????????
ResponderExcluirEle não viu a barra de life do Ross The Boss na luta entre as bandas...
ResponderExcluirTrooper = birrento
ResponderExcluirE qual seria o motivo da birra, sr. Ah-eu-sou-músico-e-nunca-estou-errado?
ResponderExcluirDiz Ross the Boss que suas músicas também tem inspiração no Thor da Marvel Comics...
ResponderExcluirSeria um "evil Thor"?
No final do mesmo ano o Manowar lançou o "Sign of the Hammer"...Aí sim veio
ResponderExcluir"Thor (The Powerhead)"