segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Enforcer - From Beyond

 O álbum From Beyond lançado pela banda Enforcer em 2015, foi escolhido por Pirika para análise.


Faixas: 01 - Destroyer; 02 - Undying Evil; 03 - From Beyond; 04 - One with Fire; 05 - Below the Slumber; 06 - Hungry They Will Come; 07 - The Banshee; 08 - Farewell; 09 - Hell Will Follow; 10 - Mask of Red Death.


Pirika

Uns anos atrás ouvi sobre o movimento NWOTHM de bandas recentes que faziam os sons da antiga, som esse que fez todos nós gostarmos do nosso querido metal. Fiquei um tempo relutante até a curiosidade bater mais alto e nessa deu para descobrir várias bandas legais e entre elas estava o Enforcer, a banda que mais me supreendeu até o momento.

O Enforcer faz um speed metal oitentista muito bom, o vocal cai aqui como uma luva para o estilo mas o que mais chama a atenção são a dupla de guitarras que misturam os riffs porradeiros com uma parte mais melódica com uma inspiração foda.

O cd flutua entre faixas mais speed (Destroyer, One With Fire, Hell Will Follow) e faixas mais cadenciadas (From Beyond, Below the Slumber, Mask of Red Death), geralmente cadenciando ambos elementos no cd como um todo.

Se não me falha a memória esse é o primeiro cd de NWOTHM a cair no blog, o que serve apenas para sempre nos reforçar que o bom heavy metal continua firme e forte por aí.


Top 3: Undying Evil, Below the Slumber e Mask of Red Death. Shame Pit: The Banshee.

Nota: 7,7

"A trembling ride down under
On a cloudy lane
I stand below the slumber
For all time to come"


The Trooper
3
Mais uma resenha hiperatrasada, perdão, é difícil juntar energia mental para fazer essas resenhas extremamente complexas e bem-feitas que faço 😅.
 
Pense bem, a fonte da energia para humanos agirem vem de estarem vivos, simplificando Freud toscamente, já que sou quase totalmente leigo (tive a disciplina Psicologia da Educação e li algo aqui e ali, somado a alguns documentários), Eros x Tânatos, eros o impulso de vida, tânatos a pulsão de morte, onde todo o movimento cessa.

As origens de Eros são praticamente os impulsos biológicos, comer e se reproduzir. O que acontece quando um mago toma a poção de lich? Não há mais o impulso e a capacidade para ambos. O que move o lich então? Tânatos? Se fosse apenas isso, o lich seria uma máquina de destruição e nada mais, a complexidade dessa situação exige uma análise mais aprofundada que não podemos levar adiante aqui (talvez até envolvendo Jung ***traição***).

Bem, após essa fantástica aplicação de psicologia em Dungeons & Dragons, sou obrigado a voltar a triste realidade e resenhar o álbum. Não é uma tarefa tão ruim assim, vai? From Beyond é um álbum bem legal de se ouvir.

O principal problema é que eu não tenho o álbum e perdi o primeiro link do Youtube que Pirika passou porque o Whatsapp perdeu meu histórico no fim do ano passado e eu não faço backup. (backup de mensagens de Whatsapp, Mark? Dá um tempo!)

Eu ouvi da primeira vez no já citado link, mas dessa vez estou ouvindo no link que achei e isso quer dizer que estou ouvindo propagandas do Coin Master no intervalo das faixas 😡.
 
Um outro ponto a ser destacado é o histórico do blog Metalcólatras, onde devo discordar de Pirika, pois creio que nosso membro sumido, Hellraiser, postou álbuns dessa nova modinha 'britânica' muito antes do Pirika, vide Iron Spell e talvez até Overlorde.

Com o desbravamento falso do Pirika exposto, tenho que voltar ao álbum dos suecos. Bem, já ficou mais do que provado aqui em diversas postagens que os suecos não brincam em serviço (a não ser quando estão brincando de escravinhos do capitalismo e resolvem tentar imunidade de rebanho contra pandemia), foram vários trabalhos bons e From Beyond está entre eles. Este álbum para mim, ainda fica atrás do Spell Conjuring (da já citada Iron Spell), o que faltou foi uma ou outra faixa que realmente empolgasse.

De resto o trabalho instrumental é realmente bom e criativo. O vocalista até que é bom, mas não sei... Parece que ele está cantando hard rock, dispersou um pouco minha atenção.

Enfim, boa pedida para conhecer e guardar.


Nota: \m/\m/\m/\m/

P.S.: Fiz essa resenha em fevereiro de 2021 mas não abordei a situação de abandono do blog porque vou postar um disco de protesto na sequência onde o farei. 😁


terça-feira, 3 de novembro de 2020

Van Halen - 5150

 O álbum 5150 lançado pela Van Halen em 1986, foi escolhido por Phantom Lord para análise.

Faixas: 01-Good Enough; 02-Why Can't This Be Love; 03-Get Up; 04-Dreams; 05-Summer Nights; 06-Best of Both Worlds; 07-Love Walks In; 08-5150; 09-Inside;



Phantom Lord
Hullo, friends! 

Houve uma cobrança no blog para que alguém postasse um álbum. Como eu estava sem criatividade pensei em fazer um post homenagem... Bem clichê e tal... Mas na verdade nem sequer tive a iniciativa, pois nosso amigo Pirika publicou esta postagem do Van Halen. 

Ao ouvir o álbum eu até pensei em fazer como o Magician fez em seu próprio post do Deathroll Crew is bubblesdrubbles, ou seja, fugir, tomar chá de sumiço e tal, mas criei coragem e decidi escrever.

Bom, chega de enrolar. Tentarei resenhar o 5150: 

Esta é minha primeira audição deste possível clássico do Van Ralo... Como vi as faixas “Why Can't This Be love” e “Dreams”, pensei: Deve ser bão o álbum. 

Tsc tsc.. 

O álbum começa com a fanfarrísima (provavelmente machista) Good Enough (To F...). Instrumentalmente a faixa caí naquele buraco que o André Mattos chamaria de “video aula”: O guitarrista é bom, mas se empolga ao tentar mostrar sua habilidade sobrepondo todo resto da banda em solos masturbatórios e a letra eu nem vou comentar (eu espero não ser algo do nível das falas do presidente eleito no Brasil em 2018, mas vide o “to f...” no fim da música) 

É possível notar a clara influência de ZZ Top no instrumental de Best of Two Worlds, mas nada super impressionante... 

Enfim os destaques ficam para 5150 e as faixas “radio friendly” Why Can't This Be love, Dreams e Love Walks In, sendo ao menos duas destas, regidas por teclados oitentistas. O mais impressionante é que Dreams é uma das melhores músicas do Van Halen e o teclado nesta música é de longe o instrumento mais nítido quase sobrepondo os demais instrumentos. Bom... uma prova que não basta ser o super bonzão na guitarra para fazer um bom rock. 

As demais músicas não são ruins, mas não me chamaram atenção. Obviamente os fãs de Van Halen devem gostar de mais faixas ou de todas as faixas... 

Enfim, ao ver resenhas deste e de outros álbuns do Van Halen, notei muita gente afirmando que o Lee Roth era mais dark ou que deixava a banda mais original, mais metal... TUDO ASNEIRA, meras opiniões empurradas como (pseudo) verdades. Pois em 5150 ainda existem as faixas que seguem o estilo fanfarrão virtuoso praticamente idêntico à fase em que Lee Roth estava nos vocais. Melodicamente e tecnicamente as faixas “românticas” não devem em nada para outras faixas, a menos que você esteja completamente apegado ao estilo funkeado (metal, dark? Fala sério!) ou às letras boêmias, machonas etc. 

 

1. "Good Enough" 6,5 

2. "Why Can't This Be love" 8,7 

3. "Get Up" 6,8 

4. "Dreams" 9,5 

5. "Summer Night" 6,7 

6. "Best of Two Worlds" 6,3 

7. "Love Walks In" 7,0 

8. "5150" 7,2 

9. "Inside" 6,1 

Enfim, este post foi praticamente uma escolha aleatória, afinal eu já planejava abandonar o blog. Adios Amigos. Acho que daqui em diante só resenharei se for um álbum muito bom... e olhe lá. 

Nota: 7,1

Pirika 

Cá estamos nós para uma tardia homenagem do Eddie Van Halen, pessoa que fez parte da formação de qualquer roqueiro nesse planeta. Todos nós sabemos do exímio e visionário guitarrista que o Eddie foi então entendo que seria melhor deixar uma análise mais aprofundada sobre esse assunto para nosso querido Magician.

O cd em questão abordado pelo Phantom não poderia ser melhor para espelhar o momento que o Eddie e a banda viviam na metade dos anos 80. Primeiramente com o álbum 1984 que ficou em 2 na Billboard atrás do álbum Thriller do Michael Jackson  no qual Eddie participou da Beat it. 2 anos depois o Van Halen alcança o topo da Billboard com o 5150 então não tem muita discussão quanto ao valor do Van Halen nessa época.

Quanto ao álbum, realmente se faz jus a todo sucesso que fez. O cd possui 3 clássicos que estão espalhados por diversas coletâneas de rock, além da própria 5150 que é a hidden gem do álbum. O resto do álbum segue um bom nível com exceção da música Summer Nights que foi a única que não me agradou.

O Van Halen é o clássico exemplo da banda que transcendeu o rock tendo sua música por pessoas de diversos nichos musicais, a obra de Eddie jamais será esquecida. Rest in Peace.


Top 3: Why Can't This Be Love, Dreams e 5150. Shame Pit: Summer Nights.

Nota:  7,8

"There's still some fight in me
That's how it'll always be
Hold your head up high, look 'em in the eye
Never say die!"


The Trooper
3
Van Halen novamente. Essa é a segunda vez que a banda aparece no blog, a primeira foi há 8 anos, em 2012.
 
Desta vez ela aparece em um contexto especial, como homenagem ao falecido guitarrista. Espero também fazer uma resenha um pouquinho melhor do que a que fiz lá em 2012, mas não garanto nada.
 
Em primeiro lugar, sobre a discussão Lee Roth x Sammy Haggar, pra mim ela é completamente inócua, os dois são quase o mesmo em meus ouvidos, agradam em grande parte do tempo e me irritam na outra parte, iguaizinhos.
 
Acho que a discussão sobre Van Halen sempre vai cair na guitarra, não tem como evitar, a banda tem como alma a genialidade do guitarrista. A discussão rock x metal também é inútil aqui, todo mundo sabe que é rock (embora dê pra encaixar Get Up no heavy metal facilmente).
 
Então vamos lá, guitarra: com exceção das músicas mais transcendentais, que atingiram popularidade estratosférica (todo mundo sabe que estamos falando de Dreams), pra realmente saborear este álbum você precisa botar um fone de ouvido foda (ou o equivalente em caixas acústicas) e prestar atenção no instrumental (com foco na guitarra, claro), deve inclusive, ignorar letras e vocais muitas vezes.

Se você faz isso, vai perceber que a porra da guitarra sempre aparece fazendo alguma firula ou algum trecho devastador que sempre vai fazer valer a pena ouvir a música, mesmo que ela tenha uma letra idiota ou esteja cheia de gritinhos. Em alguns momentos eu até desejei que a música fosse instrumental (e acredite, eu não tenho saco nenhum pra ouvir um álbum instrumental).

Fecho aqui sendo forçado a admitir que Eddie Van Halen realmente vai fazer falta, que a energia criativa captada por sua mente volte ao estado bruto para que um dia, quem sabe, mais alguém venha ao mundo usando a mesma antena.

Destaque para Dreams, claro, o tecladinho só serviu para disfarçar que a guitarra estava por ali, foi um decoy, o tecladinho ficou tankando a música toda e quando a guitarra apareceu no primeiro solo, foi um backstab one hit kill ... que porra de solo é esse, véi? (fora que é uma daquelas poucas que os caras acertam a mão na letra)

Destaque secundário para Get Up, realmente bacana, álbum de rock precisa de pelo menos uma porrada, e para 5150, pelo instrumental (presta atenção, que foda).

Enfim, não é metal mas você precisa ouvir antes de morrer.

Nota: \m/\m/\m/\m/

The Magician
Como o Trooper lembrou que houve postagem anterior relacionada ao Van Halen aqui no blog em 2012, fui correndo lembrar das besteiras que escrevi na época, para (é lógico) corrigir nessa nova oportunidade, e quando não houver alternativa, insistir no erro para manter a coerência..

Mas me surpreendi, afinal aquele post do Van Halen diz muito sobre o que acho da carreira sintetizada do falecido holandês (link), e mais do que isso, traz muita informação sobre seu estilo e obra também (não estou me gabando, afinal ser um Metalcólatra implica em escrever besteira e se manter firme nessas besteiras..).

Logo, não há muito a acrescentar fora o que escrevi naquela ocasião sobre Van Halen e sua banda. A diferença talvez, é que se analisarmos esta obra de 1986, a formação do grupo era ligeiramente diferente. Sobre isso, estou na mesma página do que o Phantom e o Trooper escreveram acima, a mudança de LeeRoth para S.Hagar não faz nem cócegas na sonoridade do álbum que é conduzido pelo estilo do guitarrista e nada mais. Aliás, é notório que Van Halen escolheu durante sua carreira vocalistas que tinham similaridade nos tons médios e que não interpretassem os versos principais nos limites de suas tessituras, de modo a evidenciar mais ainda seu estilo de tocar bastante distorcido. Embora eu admita que ambos possuem agudos altíssimos e solfejos em seus repertórios; VH utiliza bastante uma técnica blueseira de "duelar" sua guitarra com seus vocalistas em diversas passagens dos seus álbuns (coisa que pegou de B. Gibbons e Angus Y. e passou adiante para pupilos como D.Dimebag).

Sobre a coleção composta para "5150" acredito que é o bastante para sustentar um bom álbum de Rock n Roll/ Hard Rock. Três grandes hits foram escritos para essa obra: "Why Can't This Be Love", "Dreams" e "Love Walks In", e dos demais sons, que não foram selecionados como canções de divulgação, há de se destacar "Get Up" e "Best of Both Worlds".

Desses sons que formam o 'esqueleto' do álbum, pode-se dizer que "Why Cant..." é uma das melhores composições da banda, e embora apresente grandiosas linhas de guitarra, não depende delas para se emancipar como uma ótima música; 

Dreams também demonstra certa maturidade de composição da banda, evolui principalmente sobre os teclados (por opção de Edward, lógico) mas trouxe à luz a maior jóia dos solos de Van Halen em minha opinião - o segundo, não o primeiro solo da música. Essa pequena contribuição de Ed aparece nos últimos versos da música quando a mesma já está em seu auge, e apresenta-se simplesmente com a guitarra cantando a frase principal da música concatenada a um lindo ligado de tappings finalizado com um bend que o músico preferiu não sustentar por muito tempo. É um grade exemplo como Evh já se continha em algumas situações, preferindo dar valor à composição como um todo. 

Por fim "Love Walks In" é uma das músicas mais exaustivamente tocadas nas rádios, da banda (não sei como os demais Metalcólatras nem sequer citaram essa balada). Uma composição bem chiclete mesmo, que servia para a banda se manter nos topos das paradas musicais que davam muito valor às baladas hard farofa ou estilo "pop sessão da tarde" - que muitas vezes nos referimos aqui no Brasil. A banda era muito boa em utilizar a matéria prima "Love", assim como o KISS e o White Snake faziam na época.. 

Em minha opinião esse álbum demonstra muito bem o que o Van Halen mais fez em sua carreira, aproveitar o prestigio que a guitarra tinha no mainstream naquela epoca, para entregar algumas valiosas composições de hard rock entre álbuns recheados de farofa-pop criadas por um dos maiores estudiosos da guitarra de todos os tempos. 

Sabemos da história do Heavy Metal, da guitarra e do Rock, e sabemos que da forma que as coisas se desenrolaram, Van Halen se tornou uma espécie de padrinho do Hard Rock, e principalmente um dos papas da guitarra, ...... mas fico aqui espiando linhas paralelas de realidades, procurando por alguma em que Ed Van Halen escolheu trilhar o caminho das composições de Metal... imagina o estrago que a criança ia fazer... (fica pra vocês, o exercício de imaginar a canção 'Get Up', aonde Alex colocou um belo bumbo duplo para trabalhar, mas infelizmente Eddie limitou sua imaginação colocando alguns insignificantes acordes suingados, ao invés de destruir com um groove britado.. ¬¬') 

Nota 7, ou \m/\m/\m/\m/.