Phantom Lord
Quando cogitaram postar Riot aqui no blog, a 1ª coisa que me veio em mente foi aquela "Come feel the Noise" que a banda Quiet Riot regravou.
Sim, regravou. É cover. Não é do Quiet Riot.
Agora falando deste Riot que não é "Quieto", logo que coloquei o álbum para tocar percebi alguma criatividade no som pauleira dos caras. Mas como nem tudo é perfeito temos vocais no estilo Massacration, Katana ou Hellhound e outros papagaios desafinados, sejam acidentalmente desafinados ou propositalmente desafinados. O vocalista até tenta se aproximar do estilo arcaico do Rob Halford no início da carreira do Judas Priest, mas falha notoriamente. Sou implicante? Talvez. Porém não sou tão implicante o quanto este vocal é sem alcance "grave-agudo".
MAS (além de estar cansado de usar "mas" nesta resenha) não é justo por toda responsa nos vocais de banda alguma. Se a banda é fodona, ela vai (ou deveria) compensar a limitação das linhas vocais com construções musicais adequadas, técnica etc etc. E o Thundersteel até compensa, porém mais com a guitarra nos momentos dos solos, deixando a desejar quando repete alguns riffs não tão interessantes.
Outro detalhe digno de se destacar é que Thundersteel não é o debut dos caras do Riot e é um álbum toscão no quesito produção. Até aí ok... Isso é contornável também... Ou deveria ser. Será que ser criativo (o que requer algum nível de inovação) no heavy metal já não era tão fácil em 1988? Não sei dizer porque não sou músico. O que eu sei é que o gênero existia há pelo menos 6 anos. Eu estimaria 8 anos, mas alguns troozões dizem que o Révimetau surgiu lá nos anos 70 com a Banda Ledi Zé Pelin.
Mas porque essa volta toda para falar do álbum?? Talvez porque o álbum não tenha me chamado tanto a atenção ao seu decorrer. Além do vocal se mostrar limitado desde a faixa 1, a criatividade parece minguar entre as faixas 4 e 5. O trabalho acabou me lembrando uma mescla das bandas lado C: Katana com Phantom... Uns trechos bacanas surgem aqui e ali, mas só. Pode até ser que o álbum seja batuta e eu que estou ficando cansado dessa barulheira de ex-jovens. Mesmo assim tô aqui dando nota mermo, seja por tédio ou por desorientação mental.
01-Thundersteel; 7,2
02-Fight or Fall; 7,0
03-Sign of the Crimson Storm; 7,2
04-Flight of the Warrior; 6,6
05-On Wings of Eagles; 6,8
06-Johnny's Back; 7,3
07-Bloodstreets; 7,0
08-Run for Your Life; 7,3
09-Buried Alive (Tell Tale Heart) 6,0
É impressão minha ou uma das melhores músicas é a "Joãzinho está de Volta"?? O destaque comédia fica para o refrão pseudo moderno e cafona "Run for your Life" (uma boa música apesar dos efeitos hilários nesta frase) e o ponto fraco fica por conta da já auto enterrada Buried Alive.
Nota: 6, 9
P.s.: Há quem diga que algumas bandas dos 80s usavam desenhos no estilo comics com as limitações comuns das artes gráficas da época (ausência de arte digital, baixo orçamento, papel de qualidade medíocre, serviço gráfico tosco etc). Pode até ser, mas notei uma limitação artística e não de produção gráfica nesta capa do Riot, portanto sinto-me à vontade para citar que desenhei uma capa melhor para a banda de rock brazoca Armadilha.
The Magician
Metalzinho novo na quarentena é sempre bem vindo. Esse não é bem novo, é lá de 1988 mas acaba sendo novidade pra mim que não conhecia o álbum e conhecia pouquíssima coisa da banda americana em questão.
O grupo tem certa fama de ser uma banda de 'graduação', em que uma porrada de cara passa mas ninguém de expressão fica definitivamente (eu sei, é um rótulo injusto, mas só pra ter uma ideia, tem ex membros que passaram por aqui e que também estiveram no Iced Earth, Master Plan, Deep Purple, Halford,...), ou seja, daquelas com muitos anos de carreira e poucos trabalhos de sucesso.
Por isso me surpreendeu bastante a qualidade pra lá de aceitável de composição da banda em "Thundersteel", e também por manterem uma sonoridade geral bem mais aderente à esfera do power metal do que ao hard rock (para onde estavam voltadas a maioria das guitarras virtuosas durante os anos 80 nos Estados Unidos). Talvez isso seja explicado pela própria posição geográfica da banda dentro dos states, estavam em N.Y. ao invés de residirem na Califórnia...
Ainda que seja uma banda com certa senioridade, isso me parece uma quantidade absurda de 'aspirantes'... (fonte: wikipédia en)
Mesmo assim isso não impediu de que a banda conseguisse grandes contratos, pois trabalharam com selos como a EMI, CBS (nesse álbum), e até com a californiana Capitol Records; o que me espanta e que reforça mais ainda a minha tese sobre o Power Metal americano ser amaldiçoado pelos deuses do Heavy Metal.... (toquei nesse assunto inúmeras vezes aqui no blog, nas resenhas de Phantom, Jag Panzer, Savatage...). Inclusive, o álbum "Thundersteel" é o retorno da banda depois de um coma de cinco anos, mesmo sendo reverenciada por bandas mais novas do gênero, como o Hammerfall, que gravou um cover de "Flight of The Warrior" em seu 'Masterpieces'; foram na verdade os americanos que acabaram abrindo shows para os alemães em sua turnê europeia de 2011. Isso é um sinal mais do que claro em minha opinião, da "força" do Power Metal americano.
Mas como eu não posso alterar as linhas temporais e seus respectivos eventos passados para que o cenário norte americano de Power Metal fosse mais aceitado pelo mercado da música (até posso, mas resultaria em caos irreversível na estrutura cósmica... uma ruptura bastante não recomendada como visto em "Rick and Morty"), me resta falar do trabalho sugerido pelo Pirika.
Existe uma sinceridade valiosa no trabalho, em que o conteúdo lírico é abordado com bastante simplicidade mas percorre certos clichês sofisticados do Metal como: distopia (Sign of the Crimson Storm) paranoia (Run for Your Life), nostalgia (Bloodstreets), masculinidade (Johnny's Back), terror (Buried Alive), e personagens e batalhas épicas mas somente em versos superficiais e pouco descritivos (Flight Of the Warrior). A obra afinal demonstra a aplicação dessa semântica de uma forma bem genérica e desfocada, mas que se justifica simplesmente por estar definitivamente no imaginário do metaleiro e construída em inúmeros trabalhos prévios desse gênero.
Essa sinceridade e fidelidade da banda ao que o Power Metal tem que fazer para ser um bom Power Metal, também está presente principalmente nas linhas de guitarras, e é justamente aqui, que o trabalho se firma em um patamar diferenciado daquele extremamente "genérico" do Heavy Metal, ou ainda de uma banda que seria classificada como "meh" (afastando-os da qualidade que eu atribuí ao Phantom, por exemplo, e aproximando-os de trabalhos como dos russos do "Apust").
Pois bem, fica supostamente claro que o Riot não é A banda mais técnica do mundo, mas dá pra perceber bem o empenho do seu líder Mark Reale (também o produtor) em preencher os requisitos mínimos da escola virtuosa do speed metal, e seu trabalho é digno de nota. Nesse conjunto de repertório de Mark se destacam partes bem interessantes como digitações rápidas em overdub, pautas lentas de dedilhados para criar atmosferas mais imersivas, riffs pesados baseados em acordes em 5ª que possuem intersecções com ligados e floreios, para adicionar algo "a mais" às melodias, e com certeza os solos; que são exuberantes, muitos deles montados sobre técnicas de tappings, harmônicos artificiais e sustentações de distorções venenosas.
Se tem alguma afirmação que definiria Thundersteel como um todo é que não dá pra acusar o guitarrista de falta de comprometimento; o cara entregou a alma para incrementar algo a mais do que um simples 'heavy metal de gravadora', e se separarmos alguns recortes das músicas desse álbum, teremos uma coleção bastante singular de riffs e versos de guitarra, raros em comparação com muitas outras obras mais festejadas do gênero. Por isso, tomem nota dos pontos altos do álbum:
- a introdução da faixa título com seus ligados subsequentes de pulloffs e a conclusão da mesma música;
- o verso que conduz a maior parte da estrutura de "Run for Your Life" entrelaçado com solos de guitarra que invadem as linhas vocais,
- o refrão em cavalgadas de "Fight or Fall",
- o riff principal que é intercalado por um ligado progressivo de "Flight of The Warrior" (a base do solo é igual à Bark The Moon", e o solo não é de se jogar fora), e
- a introdução toda de "Buried Alive" - que é uma música dentro de outra....
O ponto fraco do disco é sim os vocais (conforme citado acima pelo ranzinza, Phantom Lord). Tem muita responsabilidade no vocalista, que não é uma vergonha completa e que tem razoável dote técnico, mas que tem uma dicção, para dizer no mínimo, peculiar, e que reveza os seus falsetes em momentos completamente errados (opinião mesmo). A produção do álbum, que não é ruim (aumenta o volume aí Phantom Lord!!), poderia ter sido mais cuidada no momento de prensar as linhas vocais, tinha muita coisa pra fazer no sentido de disfarçar o trabalho de Tony Moore.
Minha conclusão é que o Riot fez um trabalho que não foi somente digno no ramo do Power Metal americano, mas ouso dizer que com o empenho de Mark Reale e com ajuda da sua cozinha, esse trabalho colocou uma pequena estaca de 'milestone' na história do speed metal, ousando abordagens mais extremas em 1988, em um lugar e para um público que estava mais preocupado ou com as maquiagens e boobs do 'Hard farofa', ou com o som mais bruto e pesado do Death/Thrash Metal.
Nota 7,6 ou \m/\m/\m/\m/.
Pirika
Cá estamos nós postando novamente depois de muito tempo, se não me engano meu último post foi o cd do Avatar em 2013 então, como manda o protocolo, o cd do Riot foi escolhido por ser um bom cd que nem todos conhecem.
Como eu tenho o péssimo hábito de demorar anos pra consolidar todas as minhas anotações em uma resenha minimamente decente eu sempre acabo na situação onde minhas observações já foram expostas pelos colegas metalicanos, no caso desse cd isso ocorre com a voz de Tony Moore. Eu discordo do Phantom na questão de papagaio desafinado, creio que o Moore tenha seus méritos na função desse álbum.
Falando do álbum, Thundersteel é uma grata surpresa de uma situação de improvável sucesso. O álbum chega após um hiato onde apenas um membro permanece, geralmente a receita do fracasso está dada mas a banda conseguiu um trabalho sólido. Um ponto positivo são os trabalhos da guitarra, não os solos em si que também são bons, mas o trabalho que pode ser notado em Bloodstreets, na maravilhosa introdução de Buried Alive e na segunda bridge (?) de Flight Of The Warrior (Ouça de novo entre 3:03 e 3:17), coisas que pra mim aumentam consideravelmente a qualidade do som.
Para falar um pouco das músicas, os destaques ficam para Thundersteel que chega chutando a porta como a melhor música do álbum disparada, a mais sólida Johnny's Back, a mais lenta Bloodstreets e Buried Alive com uma introdução que poderia ser facilmente uma música. Como nem tudo são flores tem alguns fiascos que ficam bem evidentes como Sign of the Crimson Storm e Run for Your Life.
Top 3: Thundersteel, Johnny's Back e Bloodstreets. Shame Pit: Run for Your Life.
Nota: 6,8.
Nota: 6,8.
"Tell the boys to step aside
Tell the girls to form a line
The king is back to claim the land again"
PS1: A voz do vocal atual do Riot é muito semelhante a do Tony Moore:
PS2: Riot, na pessoa de seu vocalista, marcando presença no the voice:
The Trooper
Vamos lá avaliar um post do Pirika, faz um bom tempo que não podemos desfrutar do prazer de atingí-lo indiretamente com comentários maliciosos lançados em seu álbum indicado (reparou que o abusado nos chamou de 'metalicanos' em uma clara tentativa de tomar o lugar do Mercante - não é de metaleiro, é de fã do Metallica ... ***paranóia***?)
Bem, fica claro que Riot é uma banda de um dono só (pelo menos quando saiu este álbum). O tal Mark Reale deve ter ficado com os direitos do nome depois de uma 'major treta' ou do restante desistir completamente de ficarem ricos tocando em uma banda chamada Riot. O Reale foi bastante persistente e depois a história parece ter se repetido para ele abandonar o nome para a última formação e desistir de ficar rico também (toda essa história é hipotética já que eu estou pouco me lixando para saber o que realmente ocorreu).
Então vamos falar de Thundersteel. Mesmo sendo o trabalho de uma banda de um dono só, é um dono bem competente. Responsável por guitarra solo (e provavelmente por ser o maestro da banda), Reale mandou bem em todas as faixas. Riot neste trabalho me lembrou outras bandas de metal, dentre elas Rage, e nenhuma lembrança foi ruim. O baixista também fez um trabalho bem agradável e o vocalista tá naquele nível 'legalzinho'.
Faltou uma música do tipo obra-prima, mas é normal, né? Isso seria a exceção, não a regra. Confesso que as letras não me chamaram muito a atenção (é impressão minha ou Pirika usou sua marca registrada de citação de letras justamente em 'Johnny's Back'? É muita fanfarronice, decididamente tentando tomar o lugar do Mercante).
Já a capa, ao contrário do que o Ranzinza Lord afirma, é bem bacana ... Tosca, mas bacana. Hellraiser estaria se babando todo pela pegada 'Old School' (pera, se a joça é old, então não é school). Dentro da minha cabeça plenamente sã, a capa representa X-Men 53 (A Crucificação de Wolverine), onde Esmaga-ossos e Lady Letal, dos Carniceiros, estão caçando o pobre mutante que só escapou com a ajuda de Jubileu.
Bem, fica claro que Riot é uma banda de um dono só (pelo menos quando saiu este álbum). O tal Mark Reale deve ter ficado com os direitos do nome depois de uma 'major treta' ou do restante desistir completamente de ficarem ricos tocando em uma banda chamada Riot. O Reale foi bastante persistente e depois a história parece ter se repetido para ele abandonar o nome para a última formação e desistir de ficar rico também (toda essa história é hipotética já que eu estou pouco me lixando para saber o que realmente ocorreu).
Então vamos falar de Thundersteel. Mesmo sendo o trabalho de uma banda de um dono só, é um dono bem competente. Responsável por guitarra solo (e provavelmente por ser o maestro da banda), Reale mandou bem em todas as faixas. Riot neste trabalho me lembrou outras bandas de metal, dentre elas Rage, e nenhuma lembrança foi ruim. O baixista também fez um trabalho bem agradável e o vocalista tá naquele nível 'legalzinho'.
Faltou uma música do tipo obra-prima, mas é normal, né? Isso seria a exceção, não a regra. Confesso que as letras não me chamaram muito a atenção (é impressão minha ou Pirika usou sua marca registrada de citação de letras justamente em 'Johnny's Back'? É muita fanfarronice, decididamente tentando tomar o lugar do Mercante).
Já a capa, ao contrário do que o Ranzinza Lord afirma, é bem bacana ... Tosca, mas bacana. Hellraiser estaria se babando todo pela pegada 'Old School' (pera, se a joça é old, então não é school). Dentro da minha cabeça plenamente sã, a capa representa X-Men 53 (A Crucificação de Wolverine), onde Esmaga-ossos e Lady Letal, dos Carniceiros, estão caçando o pobre mutante que só escapou com a ajuda de Jubileu.
Já nosso querido Phantom Lord 'got cocky', não? Tá certo que a capa que ele desenhou para o Armadilha era melhor que esta aqui:
Mas até aí, qualquer outro desenhista com Parkinson faria melhor. Entretanto, não encontrei seu trabalho na internet. Sinal que o Armadilha gostava mais do desenhista que foi reprovado em todos os exames psicotécnicos que já fez (e agora Phantom?)
Destaque para Thundersteel, Fight or Fall e Johnny's Back (não por causa da letra).
Nota: \m/\m/\m/\m/
Não achei o vocalista tão ruim assim ... mas parecia Phantom mesmo, pesquisou aí pra ver se é o cara?
ResponderExcluirÉ um pouquinho melhor que o cabeça de diamante...
ExcluirEu tava falando do vocalista do Phantom
Excluirhttps://www.metal-archives.com/artists/Charley_Buckland/106294
Ops: https://www.metal-archives.com/artists/%22Falcon%22_Eddie_Green/106288
ExcluirChato demais hein Phantom... pqp...
ResponderExcluirDuas coisas: continue escrevendo para curar sua 'desorientação mental' e porque não colocou o desenho da banda Armadilha aqui?? seria uma promoção pros caras e seria a coisa mais útil de sua resenha... chatóide!
Ah, sai do meu pé, chulé.
ExcluirDesafio o Phantom a postar um link com seu desenho aqui!
ResponderExcluirNão posso. Foi feito a partir do esboço do T4vor4, então é preciso permissão dele tb.
ExcluirMetal Slug, precisamos de você! Envie a autorização por escrito, por obséquio.
ExcluirPode fazer o bagulho...
ExcluirE agora Phantom?²
ExcluirHahahahah que resenha fanfarrona hein Trooper... todo engraçadão! Comentário perdido: para mim a presença do Pierce no filme "Logan" é justamente para criar um vínculo com essa edição que você comentou no seu post.
ResponderExcluirConcordo...e ele foi o personagem que mais deixou a desejar no filme... lembrou quase nada do Rei Branco das HQs... parecia um moleque mau.
ExcluirAliás, a surra que Wolverine tomou nessa edição foi a maior que eu vi em todo o período que acompanhei as HQs (com exceção de quando o Magneto arrancou o adamantium de seus ossos, mas aí não vale).
ExcluirA personalidade do Pierce no filme é na verdade a do "Lindinho" das HQs ... Como sempre no cinema eles misturam tudo..
ExcluirNão sei não, o Lindinho (Pretty Boy) era capaz de xavecar a X-23.
ExcluirAchei! Muahahaha...nunca subestime um supervilão: https://www.instagram.com/p/BMcMkIal506/
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