1- Birds of Pray; 2- Beyond Tomorrow; 3- Magic Flame; 4- All I Am; 5- You'll Understand; 6- Invisible Cage; 7- Fragile Equality; 8- Torn; 9- Shade of My Soul; 10- Meaningless World.
The Magician
Eis mais um grande trabalho do Heavy Metal brazuca.
"Fragile Equility" da banda Almah - do controverso Edu Falaschi - tem sonoridade complexa e pouco acessível, e demanda sim por uma certa paciência do ouvinte. Em outras palavras, é um disco que precisa ser digerido pelo metaleiro para sua completa apreciação.
Se isso acontecer (e cá entre nós, provavelmente só acontecerá com o cujo que gosta ou já gostou de algum trabalho do Angra), o banger será surpreendido e presenteado pelas inúmeras qualidades do ótimo trabalho da banda.
A obra, no entanto, não deixa dúvida quanto ao gênero que pertence: com certeza Metal Melódico dos mais destilados que se pode encontrar. Ostensivo ao extremo, com camadas e mais camadas uma por sobre a outra; de teclados sobre guitarras, de guitarras solo sobre vocais, de guitarras em duetos, de coros sobre lead vocal, de vocais sobre mais todo resto, e por aí vai...
Mas as melodias são coesas e seguem linhas mestras que conduzem suas estruturas principais, por causa disso elas fogem daquele conhecido arcabouço progressivo do Metal (em que às vezes o Angra se arrisca), ao tempo que oferecem aderência com partes bastante "grudentas" e bem destacadas (menção especial para a faixa "Torn", nesse sentido).
A dupla de guitarristas fez a festa nesse material. Para os aficcionados nesse instrumento, o disco se mostra como um repertório inacabável de arpegios, tappings, saltos absurdos de cordas e fritação desenfreada, isso sem contar os riffs nervosos com palhetadas alternadas. Uma observação particular sobre este tema é que o falecido Paulo Schroeber escreveu um dos solos mais impactantes que já escutei; a faixa "Magic Flame" traz um solo-petardo de aproximadamente 1 minuto que começa em 1:56, arrancando sons extremamente malucos e aparentemente inexplicáveis da guitarra aos exatos 2:16 e 2:18 da música, que eu só posso associar a alguma modulagem customizada pelo músico.
O bumbo duplo de M. Moreira e o baixo de F.Andreoli são os grandes responsáveis por dar peso às músicas, e posso afirmar com segurança que nesse quesito a banda de Edu entrega um trabalho muito mais denso do que faz o Angra, na ocasião, sua outra carametade. Por vezes (mais perceptível nas faixas "Fragile Equality" e "Torn") essa interpretação da bateria e do contra baixo criou uma parede de sons que pega carona no estilo black metal, que posteriormente foi mais aprofundado na discografia do grupo (especificamente, no CD Unfold de 2013).
Mas é claro que Edu é o protagonista na parada. A banda é dele, é o dono da bola... se não jogar, ninguém joga! Essa afirmação reflete o trabalho, e muito.
Havia dois anos Edu tinha gravado com o Angra o fraquissímo "Aurora Consurgens", para aqui desfilar uma bela dose de criatividade por todo o álbum. Parecia claro para aonde a cabeça do cara começava a apontar, e aonde estava também sua vontade de trabalhar. Uma outra coisa que começava a ficar claro é o desgaste de suas cordas vocais, notado claramente no segundo tom do refrão da faixa "All I Am", quando o vocalista parece falsear sua voz para alcançar a nota da melodia. Toda essa história culminaria no fiasco do Rock in Rio 2011, naquela triste performance do Angra, e no desligamento de Edu do grupo. Afinal, era natural que Edu procurasse um estilo ao qual sua voz se encaixasse melhor em tempo integral.
De qualquer modo, o que se percebe aqui é que o cara ainda tinha relação mais próxima ao "estilo Angra de ser", e que ainda podia dar conta do recado em linhas mais melódicas. Nesse contexto, entregou um bom trabalho técnico e um ótimo trabalho de composição e criatividade, a ponto de escrever um "mangá" contextualizado no conceito de "Fragile Equality" (imagino eu , que nunca lançado).
Quanto às letras, é aquela velha história sobre o existencialismo - coletivo e pessoal - em quase todas as faixas, com alto grau de subjetividade e abstração. Por mim podia ter aberto mais o leque de abordagens, mas não dá pra negar a fina sintonia dessas letras com a sonoridade geral. Alias, por causa disso, o grande destaque do trabalho é a balada "Shade of My Soul", um puta som; fazia realmente muito tempo que não escutava uma balada tão contundente a ponto de ser o carro chefe de um disco, desde Dragonforce, eu acho... (essa música do Almah, inclusive seria uma bela trilha sonora de Anime!).
Para uma analise conclusiva desse disco: Consistência com competência técnica, porém a onipresente inspiração dos compositores, às vezes, é encoberta pela pretensiosa sofisticação da produção sonora.
Para uma analise conclusiva desse disco: Consistência com competência técnica, porém a onipresente inspiração dos compositores, às vezes, é encoberta pela pretensiosa sofisticação da produção sonora.
Eu sei que é cansativo ficar comparando bandas, mas dada as condições sobre os membros do grupo, e sobre a época em que foi lançado este álbum, não dá para não fazer referência ao Angra. E dá pra dizer que depois do "Temple of Shadows", esse aqui é um dos melhores discos criados pelo reduzido contingente do Metal Nacional.
Nota 7.7 ou \m/\m/\m/\m/.
Ah sim! depois de escutar esse disco aqui, dá pra entender um pouco a revolta do Edu. Pra neguinho achar CD do "Pyramaze", "Amorphis" e outras psicodelias fajutas melhor que "Fragile Equality"... tem que ser chupa p@&¨% de gringo mesmo!
Do Almah eu conhecia apenas o álbum Motion de 2011, um trabalho que se arrisca além das vertentes melódicas/power/speed, chegando a se aproximar um pouco do death.
Fragile Equality traz um "metal" das vertentes melódicas de qualidade, porém correndo o risco de sempre: ao explorar os gêneros surrados, este álbum do Almah traz momentos aparentemente não inovadores. Apesar destes momentos, a virtuosa banda consegue criar músicas boas que ocasionalmente chamam a atenção de quem gosta das vertentes "metálicas" que citei anteriormente.
Existem algumas grandes mudanças de ritmos em determinadas músicas, mas muito bem feitas e/ou sutis. Isto é mais um ponto positivo, pois não faz com que a música pareça um monte de retalhos mal costurados.
Os destaques (como indico abaixo) ficam por conta das porradas Beyond Tomorrow e You`ll Understand.
Enfim, Fragile Equality é um bom álbum que não deve quase nada para a maioria dos trabalhos do Angra.
Observação: Não podia faltar um maracatu Holy Landense no álbum né? Ainda assim, Invisible Cage não é mais fraca deste disco.
"Birds of Prey" 7,4
"Beyond Tomorrow" 8,0
"Magic Flame" 7,0
"All I Am" 7,1
"You'll Understand" 8,3
"Invisible Cage" 7,2
"Fragile Equality" 7,0
"Torn" 7,4
"Shade of My Soul" 6,9
"Meaningless World" 7,5
Média final: 7,4
The Trooper
Eu cheguei a pensar em xingar o Edu Falaschi por quebrar minha regra de máximo de baladas em um álbum, mas não pude porque o cara fez um trabalho EXCELENTE em Fragile Equality.
Esse é aquele tipo de álbum que você ouve pela primeira vez e pensa "opa, esse é bacana, hein?", e lá pela sexta ou sétima vez eu já to quase chorando "caralho, que álbum foda!".
Se você não gosta de metal melódico/power metal, provavelmente não vai gostar deste trabalho, mas se você é fã de prog metal talvez goste, Fragile Equality está no limiar das duas esferas, muito bom para mim, que gosto exatamente desse limiar.
Criatividade aparece por todo o trabalho, os instrumentistas são MUITO bons, destaque para os guitarristas e seus solos que parecem uma mistura de Dragonforce com Megaman X. Eu nunca critiquei o Falaschi por seus trabalhos de estúdio, muito pelo contrário, acho o cara muito bom (embora na velha discussão polêmica EduxAndré eu prefira o segundo), e aqui ele desfila sua criatividade, voz e habilidade de intérprete, a maioria das letras não chega a me chamar a atenção, mas o encaixe delas com a melodia é perfeito.
Algumas faixas puxam mais para o metal melódico/power metal, como Magic Flame e Meaningless World, mas a maioria se encontra naquele limiar que citei antes. A faixa título é a mais 'perdida' do álbum, lembrando muito nu metal, mas mesmo assim é muito boa. As baladas são muito boas, lembrando que eu ando de saco cheio de ouvir balada, hein?
Enfim, vale a pena ter esse álbum na sua coleção ... não sai mais do meu hd! Valeu Falaschi \m/
Destaque: Muito difícil, eu teria que escolher umas 5 faixas ou mais.
Esse é aquele tipo de álbum que você ouve pela primeira vez e pensa "opa, esse é bacana, hein?", e lá pela sexta ou sétima vez eu já to quase chorando "caralho, que álbum foda!".
Se você não gosta de metal melódico/power metal, provavelmente não vai gostar deste trabalho, mas se você é fã de prog metal talvez goste, Fragile Equality está no limiar das duas esferas, muito bom para mim, que gosto exatamente desse limiar.
Criatividade aparece por todo o trabalho, os instrumentistas são MUITO bons, destaque para os guitarristas e seus solos que parecem uma mistura de Dragonforce com Megaman X. Eu nunca critiquei o Falaschi por seus trabalhos de estúdio, muito pelo contrário, acho o cara muito bom (embora na velha discussão polêmica EduxAndré eu prefira o segundo), e aqui ele desfila sua criatividade, voz e habilidade de intérprete, a maioria das letras não chega a me chamar a atenção, mas o encaixe delas com a melodia é perfeito.
Algumas faixas puxam mais para o metal melódico/power metal, como Magic Flame e Meaningless World, mas a maioria se encontra naquele limiar que citei antes. A faixa título é a mais 'perdida' do álbum, lembrando muito nu metal, mas mesmo assim é muito boa. As baladas são muito boas, lembrando que eu ando de saco cheio de ouvir balada, hein?
Enfim, vale a pena ter esse álbum na sua coleção ... não sai mais do meu hd! Valeu Falaschi \m/
Destaque: Muito difícil, eu teria que escolher umas 5 faixas ou mais.
Nota: \m/\m/\m/\m/
Alguém mais achou essa capa meio "final fantasy"?
ResponderExcluirMagician, o solo é de fato muito bom de 2:04 até 2:12...de resto é uma farofada sem sentido costumeira de bandas speed/melodic.
ExcluirAbs!
Não achei não, Magician. Mas esse cd é muito foda! De vez em qdo vc acerta, né?
ExcluirNão valia a pena deixar registrado isso na resenha, mas nos comentários sim: Esse cd tá no nível dos melhores trabalhos do Angra, o que significa que ele tá MUITO acima do Aurora Consurgens e do Aqua.
ResponderExcluirMelhor trabalho do Edu. Superando inclusive todos os trabalhos no Angra. Hoje pode-se afirmar que sua saída do Angra foi melhor para ele Edu, do que para sua ex banda. Grande volta por cima
ResponderExcluirÉ um álbum fodão mesmo. Quanto mais ouço, melhor parece.
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