quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Pyramaze - Legend of the Bone Carver

O álbum Legend of the Bone Carver, lançado em 2006 pela banda Pyramaze, foi escolhido pelo MetalMercante para análise.


Phantom Lord
Em um estilo progressivo/melódico, o Pyramize traz mais um disco contador de histórias ao blog. 
Em minha opinião, a sonoridade do Legend of the Bone Carver poderia ser chamada de "metal meódico" por ficar entre os 2 subgêneros manjados: power e speed metal. E apesar da alta qualidade dos trabalhos instrumental e vocal, independente qual rótulo seja mais adequado ao álbum, em diversos momentos tive a impressão que já escutei os riiffs e solos em algum disco de outra banda... Isso acontece frequentemente dentro dos gêneros musicais envelhecidos... pois speed, power e progressive estão aí desde os anos 80, tão velhos quanto a maioria dos metalcólatras. E por falar em idade dos participantes do blog, isto é um fator determinante na avaliação de muitos discos... Afinal esta corja de tios já está com seu gosto musical bem definido e mesmo quando procuram novos álbuns para postar no blog, buscam apenas dentro de seu estilo (ou gênero) favorito. Isto explica atos como a redundância de estilos dos discos postados neste blog e o "empapuçamento" (muitas vezes seguidas de abandono) dos avaliadores. 

Voltando ao álbum, acredito que LotBC não contém o tipo de música impactante, mas tem seus momentos apreciáveis e suas faixas mais fracas não chegam a ser ruins (talvez sejam apenas do tipo "passa-batido"). Enfim, faltou mais agressividade, mas ainda pode ser considerado um trabalho acima da média dos discos "prog / melô". 

Era of Chaos/The Birth 7 
What Lies Beyond 7 
Ancient Words Whithin 6,8 
Souls in Pain 7,1 
She Who Summoned Me 6,3 
The Bone Carver 6,8 
Bring Back Live 7,3 
Blood Red Skies 6 
Tears of Hate 7 

 Nota Final: 6,8 

PS.: O teclado às vezes causa uma leve sonolência.

The Trooper
3Paciência, haja paciência para ouvir este álbum. Fiquei esperando o trabalho engrenar, daí entrava um riff legalzinho e eu pensava "Agora vai!", mas não foi, voltava para a mesmice lenta perfumada por tecladinhos. Ah...os tecladinhos, cagaram o álbum inteiro, com exceção da faixa Bring Back Life, onde deram um papel bacana para o teclado, até os riffs de guitarra são bons, pena que seja a faixa com quebras de ritmo mais bruscas do cd. O vocalista é bom, mas meio mortão, e a voz dele não pode ser usada em conjunto com teclados ou a sinergia resultará em sonolência, como advertiu o Phantom. Em grande parte do álbum os guitarristas intercalam trechos lentos e suaves com alguns riffs pesadões, mas naquela pegada "palhetada, palhetada, dois segundos parados, palhetada, palhetada, dois segundos parados", haja saco. Lá pela faixa título parece que vai dar uma acelerada, mas é um engodo, eles voltam a intercalar infinitos trechos lentos. Bem, e a história? Pelo menos ela tem que ser boa, já que parece que os caras estavam mais a fim de contá-la do que fazer heavy metal. Pois é, mas não é grande coisa, o moleque, meio plágio de Anakin, meio plágio de Mogli, luta contra os servos do mal (que não tem nome, nem um vilão principal pra fazer pressão), ressuscitando metade do planeta para a batalha final (a única do cd) ao gravar palavras mágicas com sua adaga nos ossos dos mortos. Se a intenção era fazer algo épico, bem, não me convenceu.
Por fim, é um trabalho mediano de metal "adaguinha", não é ruim, mas também não é bom. Confesso que o efeito repetição foi negativo nesta avaliação, ao ouvir o álbum pela primeira vez, sem ler todas as letras, a impressão tinha sido melhorzinha, mais ou menos do nível do Black Halo.
Meu destaque vai para Christina Øberg, que participa da faixa She Who Summoned Me, e tem a voz bonita.

Nota: \m/\m/\m/



The Magician
O disco atual vem engordar as estatísticas do Heavy Metal nórdico e também do Metal melódico no blog Metalcólatras. De meados de 2006, o trabalho executado pelos dinamarqueses do Pyramaze (com um americano infiltrado) reforça a ideia da migração do Metal para os domínios escandinavos na última década.
E, se estes registros estatísticos não são novidade no blog, o mesmo pode se dizer da musicalidade da banda. 
Em suma, ela trilha a fórmula de Heavy Metal com sofisticação, já comentada aqui no blog em trabalhos como "Burden of God" e principalmente "The Black Halo" (semelhança realmente muito forte), pois possui sonoridade ampla de múltiplas camadas com vocais bastante técnicos e super melódicos, que costuma executar duetos com linhas de guitarras agudas e reverberadas. E é claro sem esquecer de sua marca mais clara.... os teclados.
A interpretação desse instrumento (conforme Black Halo e Burden of God) imprime camadas super abertas que tratam de preencher tudo o tempo todo; a guitarra, os vocais, a bateria, os solos de guitarra, as bases de guitarra, o baixo, e tudo mais que se pode escutar, parecem apenas fagulhar e cintilar em torno da grande labareda sonora que são os teclados onipresentes... 
Cria um ambiente melancólico e hipnótico, trazendo a sensação de torpor e transe para o ouvinte (pelo menos foi o meu caso), que de supetão é dissipado na introdução da faixa "The Bone Carver", mas que como um vento uivante distante, volta a nos assombrar no primeiro verso da música. 
Muitos atribuem naturalmente essa característica marcante exclusivamente à influência do Metal Sinfônico no Metal Melódico mais moderno, mas ao meu ver existe um direcionamento dessas composições em direção ao Metal com inspiração gótica que no final dos anos 90 teve grande aceitação do público (Nightwish,  Within Temptation e After Forever). Não à toa é comum você escutar vocais femininos convidados para participarem desses álbuns.
No geral é um trabalho que considero de razoável para bom, facilmente digerido pelo meu gosto musical; mas, devido aos aspectos já descritos com o agravante de que algumas passagens que tratam da ambientação da história cantada se tornam, em minha opinião, totalmente desnecessárias (falatório e mais falatório NO MEIO DA MÚSICA) ,faz com que deprecie um pouco a nota final da obra.

Destaque para: "Souls in Pain" e "Tears of Hate" (até começar o falatório).

Nota: 6,9 ou \m/\m/\m/.  

p.s1: Achava que o álbum "Immortal" seria mais divertido com os vocais do Barlow, mas é mais esquecível ainda.
p.s2: o discurso de alguns Metalcólatras de que quanto mais você escuta uma música, mais você é atraído para esse tipo de música, começa a me convencer. Tem nego aqui que SÓ posta cabeludo chorão, desde o começo do blog...
Metal Mercante

Uma das coisas que eu particularmente gosto de fazer é encontrar bandas desconhecidas que mantém a chama do metal acesa. Bandas pequenas tem o poder de se expressar da maneira mais pura possível com foco total na arte, sem ter que se preocupar com gravadoras, fãs, rádios revistas, reviews etc. (acho que já falei sobre isso em algum outro post, só não lembro qual)


Desafio o leitor a pensar nas suas bandas preferidas… elas não eram melhores “antigamente”?

Pyramaze, é uma banda dessas, que acabou chegando ao meu conhecimento por conta do álbum “Immortal”, pois foi uma participação especial do vocalista “Matt Barlow” do “Iced Earth” que despertou minha curiosidade, porém ao escutar mais coisas sobre a banda descobri que o melhor álbum da banda, sem sombra de dúvidas foi o “The bone carver”.

A primeira coisa que é bacana no álbum é que ele é um álbum conceito que conta a história de uma criança que nasce através de desejos de uma tia que o invocou para lutar contra o mau, bla bla bla, vira o “bone carver”, bla bla bla, revive todo mundo, bla bla bla e adivinhem…

…apesar da estória ser meio batida o Pyramaze consegue conta-la através da sua música como poucas bandas conseguiram, alguns bons exemplos são o “nightfall in middle Earth” do “Blind Guardian” e o “The Puppet Master” do “King Diamond”. Isso somado a músicas bem pesadas, com os ótimos vocais do Lance King contribuem para criar uma atmosfera raramente vista no cenário do Metal.

O Phanton está certo, realmente existem alguns momentos de sonolência, porém isso é algo comum em álbuns conceituais, o próprio “nightfall in middle Earth” (que é o melhor álbum já gravado no universo) sofre com faixas estranhas que estão posicionadas somente para conectar uma música na outra.

De qualquer forma esse álbum é uma boa opção para quem curte metal melódico com um leve toque de progressivo.

Nota: 8

2 comentários:

  1. kkk , velho tava difícil resenhar algo diferente do Phantom, o pouco que tinha para escrever o Trooper antecipou (inclusive citando a óbvia relação com Kamelot) ,
    acho que vou pular esse álbum!

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    1. Você pode comentar sobre o Barlow ter sido o vocalista da banda ... sera que o Legend of The Stone Bone Carver ficaria menos pior com a voz grave dele contrastando com os teclados?

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