quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Dr Sin - Brutal

O álbum Brutal lançado em 1995 pela banda Doctor Sin foi escolhido por Magician para análise.






Phantom Lord

Chamada por aí a fora de banda de Hard Rock, o Dr. Sin não me pareceu estar intimamente ligado a nenhum dos gêneros de Rock. A banda aparenta esbanjar técnica e criatividade, não apenas neste disco mas também em outros tabalhos, porém sem focar no virtuosismo (como faz Yngwie Malasteen em boa parte de suas músicas).
O álbum Brutal começa com boas três músicas que em minha opinião ficam entre o hard rock e o heavy metal: Silent Scream, Karma e Isolated. Down in the Trenches (part 1 e 2) apresentam sonoridade um pouco diferente das três faixas anteriores.
Fire é a minha favorita deste disco... talvez a "mais heavy" do Brutal.
Kizumba serve de abertura para Someone to Blame... esta que me pareceu muito familiar...


Enfim, a primeira vez que ouvi este disco, há meses atrás, não dei muita atenção. Na verdade lá pela faixa 7 ou 8 comecei ficar de saco cheio, mas agora descobri o problema: Eu tinha escutado o álbum em caixas de som de qualidade inferior... aquelas que parecem rádinhos capengas dos anos 80... mal dava pra ouvir o baixo e os sons mais graves das músicas. Portanto já fica a dica, ouçam este trabalho do Dr. Sin com boas caixas de som!

Talvez, se eu avaliasse de um modo completamente imparcial, o Brutal receberia uma nota 9, mas como os demais metalcólatras fazem... estou levando meu gosto musical em consideração. Conclusão: Bom álbum, sem pontos fracos, mas talvez ficasse melhor com apenas 11 ou 12 faixas.
Nota: 7,2





The Magician

Dr. Sin – Brutal 1995. O porquê desta minha proposta de postagem segue a linha do desconhecimento de bandas que estão de baixo de nossos narizes mas que não damos a devida atenção. Neste caso ainda tem o agravante do preconceito costumeiro de ser uma banda nacional; geralmente o camarada prefere consultar uma banda de metal da Noruega, Finlândia, EUA, Alemanha ou até Rússia, ao invés de procurar por aqui. Pudera, pois com 20 anos de carreira, inúmeros trabalhos para programas de TV, músicos de dar inveja a muita banda “grande” e participações em festivais com visibilidade, o Dr. Sin nunca decolou, e não decolou simplesmente por que está no país errado!


Uma outra característica que me levou à escolha deste CD é que conforme informações que consegui coletar seria neste segundo trabalho que a banda conseguiu uma produção coerente, afinal é um pouco complicado apresentar o primeiro disco de uma banda para discussão, principalmente para quem quer conhecer o estilo do som e as características do grupo.


Vamos à analise propriamente dita.


O trio é apresentado como Hard Rock nos compêndios dos estudiosos do Rock, e embora eu até concorde que a proposta principal seja essa mesma, acredito que em “Brutal” temos alguns desvios de percurso para o Heavy Metal. A faixa “Fire” é o maior exemplo disso, em uma levada de “Heavy Melódico” que muito se assemelha ao estilo rápido do Angra se torna facilmente a melhor faixa do CD.


“Shed your Skin” também mostra a face Metal pesado do CD, uma bela porrada que também se destaca no todo com uma monstruosidade de solo de guitarra executado por Ardanuy que termina seu trecho exclusivo e continua correndo sobre os vocais de Andria. Fucking Awesome...


Entre as demais músicas se destacam “Isolated”, onde o guitarrista regride profundamente às suas influencias VanHalianas, e “Inner Voices” uma sonzeira à la Slash (GNR). Dentro da parte 2 de “Down in the Trenches” se encontram ótimas linhas de solo que nos remetem ao estilo Vai ou Satriani de tocar.


Mas o restante composto pelas outras canções se mesclam, nas outras 10 faixas que esbanjam técnica e virtuosismo em todos os instrumentos, todas falham em adquirir uma identidade própria. São 10 faixas que não cansam, mas experimentam as mesmas pegadas na guitarra, a mesma cadencia e principalmente os mesmos vocais e backing vocals.O que me faz pensar que a banda devia ter abordado a produção de modo diferente: com menos músicas mais longas ao invés de muitas músicas rápidas.


Além disso a outra critica vai para o vocal padronizado de Andria Busic (que ao lado do irmão Ivan na batera, manda MUITO BEM nas frases de Baixo), acho eu que poderia ter experimentado mais nas melodias de suas linhas de canto. Na minha opinião a formação ideal para a banda é o quarteto que gravou “Dr. Sin II” em 2000, com Michael Vescera (ex-Malmsteen) responsável pelos vocais do “doutor”.


Fora os detalhes o CD se resume em um trabalho muito bom!


Nota: 7,1 ou \m/\m/\m/\m/


P.S: Algumas bandas de Metal/Death brasileiras que surgiram acerca de 1980 reclamavam que a ultra-valorização ao trabalho do Sepultura acabou ofuscando ou atrapalhando suas carreiras. Eu não duvido que a ascensão da banda Angra (que convenhamos, não se parece muito com o DR. Sin) no inicio da década de 90 também tenha atrapalhado o Dr. Sin que precisava de espaço na mídia míope e orelhuda do nosso país, que compara trabalhos para a seleção de apenas uma banda de cada gênero...


Talvez não seja mais assim mas naquela época funcionava tipo um “peneirão”, onde só podia haver uma banda de metal representando o país...




The Trooper
3
Ótima sugestão do Magician, eu sempre quis conhecer Dr. Sin mas a preguiça não deixava, e foi bom conhecer esse álbum. Qualidade técnica indiscutível, alto nível de criatividade, boa produção, só faltou mesmo um pouco mais de agressividade, mas aí é gosto pessoal mesmo.
A primeira impressão foi razoável (do tipo que a gente diz "legalzinho"), e conforme fui escutando no decorrer da quinzena, foi melhorando, até o ponto d'eu poder dizer "bem legal" (aí Mercante, dessa vez a técnica da repetição ajudou). Eu realmente não conhecia nada de Dr. Sin, nem ao menos o estilo de música que eles tocam, achei que a pegada varia de um hard rock rápido para um heavy metal leve, com alguns toques clássicos (por exemplo, a música Child of Sin me fez imaginar Hendrix tocando heavy metal), sendo Inner Voices a mais hard rock e Fire a mais heavy metal, mas no geral as músicas parecem muito mais heavy metal do que hard rock.
Meus destaques são Fire, Shed Your Skin e War (gostei bastante da linha de baixo). As três primeiras músicas também são uma boa introdução ao trabalho. Outro ponto interessante são os efeitos sonoros, como a voz distorcida que sempre me fazia lembrar das cabeças da capa.
Resumindo, bom trabalho, eu daria uma nota maior se não houvesse alguns curtos momentos de sonolência durante o álbum e se existisse um número maior de faixas rápidas/pesadas.
Nota: 7,8


Metal Mercante
É o que eu diria se me perguntassem sobre a banda Dr. Sin, no máximo eu conhecia de nome, pois um amigo de infância ficava repetida e insistentemente dizendo que era legal.

Em poucas palavras, Brutal do Dr. Sin é um CD chato, com breves momentos de destaque que ficam perdidos em meio a 15 músicas, que apesar de curtas em duração passam a impressão de termos em mãos um cd longo...beeeeeemmmm longo.

Obviamente a música Silent Scream e Fire são os destaques do trabalho, sendo que a segunda foi feita exatamente nos moldes do que existe de melhor no Melodic/Speed Metal, mas ainda assim simples demais se comparada aos “mestres do estilo” e, é claro, ao Angra.

Podemos até culpar o fato da banda ter nascido no Brasil, de ter nascido na década errada (90), ou até de ser ofuscada pelo sucesso de outras, mas mesmo controlando por esses fatores, a banda Dr. Sin teria que ter muito mais do que este cdzinho mediano para “decolar”. Sem contar que é um CD confuso, com vários estilos misturados, parece que o pessoal do Dr. Sin resolveu atirar para todos os lados, onde colar colou – Fire detona no metal melódico, aí vem Inner Voices que não tem nada a ver, lembra mais um ZZ Top do que qualquer outra coisa, mesma coisa Child of Sin e aí voltamos para um metalzinho “xoxo” em Hey You, depois “Kizumba” que é um solo de Bateria (nada mais chato do que isso!) e por aí vai...


PS: o termo “terceiro mundo” caiu em desuso, agora o correto é “Países em Desenvolvimento”


Nota: 5

4 comentários:

  1. Você citou o Malmsteen, não por acaso Phantom.

    Ardanuy o guitarra do Dr. Sin é considerados um dos melhores guitarristas brasileiros, e esbanja técnica.

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  2. Então... apesar de achar o álbum Brutal um pouco cansativo, citei Malmsteen, porque ouvi um disco dele há umas semanas atrás... e notei que as duas bandas tem essa "técnica".

    ... porém o Malmsteen realmente se perdeu em solos super-longos e exibicionistas no álbum Rising Force.

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  3. VAI BRASIL!!!!!!!!!!!!!

    http://www.youtube.com/watch?v=_bgFGk9NdqM

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  4. Nossa...se o Sepultura atrapalhou os caras eles deviam ser ruins demais...

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