quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Grave Digger - Tunes of War

O 2º álbum escolhido para comentários e avaliação é o Tunes of War lançado em 1996 pela banda alemã Grave Digger, eleito como um dos melhores álbuns de Heavy Metal pelos "metalcólatras".




Phantom Lord
Velocidade, muito peso, temas históricos interessantes fazem deste o melhor álbum do Grave Digger. É claro que não pode-se esperar peso ou velocidade da "Intro" e da faixa final, que estão ali apenas para completar este grande álbum. Sem dúvida recomendável para fãs de heavy metal, não há muito mais o que dizer, não farei avaliações musicais técnicas aqui, deixo esta parte com The Magician. Ignorando a opinião dos demais metalcólatras, e sem conspirar contra coisa alguma: 

 - "The Brave" 
 9.0  "Scotland United"
 9.1 "The Dark of the Sun"
 8.4 "William Wallace"
 8.0 "The Bruce"
 7.5 "The Battle of Flodden"
 8.6 "The Ballad of Mary"
 9.6 "The Truth"
 8.0 "Cry for Freedom"
 8.7 "Killing Time"
 8.8 "Rebellion"
 8.6 "Culloden Muir"
 - " The Fall of the Brave"

 The Gods Made Heavy Metal +0,1

 Solid +0,1

 Trough the Mist and The Madness +0,1

 Nota 8,9


O PENTELHO
Metallica e Iron Maiden são, para mim, as melhores bandas do mundo, são fodas...insuperáveis, porém, eles ainda não conseguiram uma proeza.


Sempre que escuto um álbum de uma banda de Heavy Metal, mesmo as que mais gosto, eu penso “meu que louco, mas essa música destoou do resto” mas, Tunes of War não é assim.


Ao re-ouvir o álbum eu senti que estava ouvindo Heavy Metal puro...em sua essência. Até Ballad of Mary Queen que é mais suave tem sentido no contexto geral. A ambientalização criada por eles, não só em Tunes, é fantástica e faz com que a música conte uma história. Metal cru e de peso eu poderia dizer.


Graças a Tunes of War o verdadeiro Heavy Metal estará vivo para sempre e não correrá o risco de se perder, misturado a outros estilos.


Álbum de peso, de musicalidade, de ambiente de história enfim talvez o álbum mais completo que já ouvi e por este motivo eu digo que mesmo as bandas que acho top, ainda não conseguiram criar um álbum deste porte.


The Magician
O mais inspirado álbum da história do heavy-metal germânico. Faz-lhe sentir como se finalmente o gênero dominasse o mundo, como se os vocais estridentes e guitarras transbordando eletricidade pudessem ser escutados a qualquer momento que ligássemos o rádio.


Isso por que o Grave Digger em Tunes of War vai muito alem de concatenar riffs rápidos e pesados que sustentam cantorias gritadas. O “coveiro” se faz soar natural, contagia a tal ponto que me fez cantarolar os refrãos de suas musicas por dias depois que ouvi o CD pela primeira vez (mesmo que não soubesse ao menos uma letra dos versos!).

O Álbum é o exemplo de que se pode chamar de consistente, só existem os pontos altos. Mesmo quando se arriscam em uma balada nada convencional (The Ballad of Mary), onde o vocalista acerta em cheio na interpretação da voz.

Embora não seja de confete e entrevistas em horário nobre que uma banda de Heavy Metal sobreviva, vale dizer que houve bandas que por muito menos tiveram reconhecimento na mídia comum.

Não abordei o trabalho temático porque entendo que mesmo se os caras do Digger estivessem cantando sobre o show da Xuxa, e não sobre a libertação dos escoceses, este ainda seria um primor de disco.
Viveríamos em mundo melhor se toda criança recebesse no berço um exemplar do Silmarillion e um Tunes of War – de preferência a versão digipack com as três faixas bônus.






The Trooper
3 Já assistiu "Coração Valente"? Se não assistiu, crie vergonha na cara e vá assistir, os caras do Grave Digger devem ter assistido, pois um ano depois, lançam o melhor álbum de sua carreira. Regido pela distorção "from hell" das guitarras e pela bateria maldita (ouçam o solo em Culloden Muir, finalmente um solo de bateria que empolga), o álbum possui peso até na introdução (aliás, o Digger deveria ser proibido de tocá-la sem emendar Scotland United). As gaitas de fole que parecem oriundas do heavy metal ( simplesmente fantástico o trecho de Rebellion onde uma linha de baixo poderosa acompanha as gaitas com a bateria), e o vocal versátil e fantasmagórico de Chris Boltendahl (quando o vi num show, um Valderrama magricela, desacreditei) levam esse álbum ao meu top 10. Assim, uma banda boa, mas não excepcional, fica lado a lado com as lendas. Se eu fosse escocês, arranjava uma claymore e dava um "charge" no inglês mais próximo.



Venâncio
Não tenho muito o que falar deste album, gostei tanto dele que o utilizava para embalar minhas noites.

As letras possuem uma grande inspiração em momentos históricos da Escócia (meu pais de coração, ao lado da Irlanda), somado a isso uma harmonia entre o vocal semi-gutural (se é que isso existe) e a pegada forte e rápida caracterizam bem a banda e não são, neste album em particular, agressores de timpanos mas sim seus estimuladores...

O vocalista possui grande desenvoltura ao lidar com a própria voz, transmitindo a sensação de perda e desolação em Ballad, inesperado dado a "fúria" das faixas anteriores.

Em suma, a melhor obra desta banda, 9 pitus e um rabo de galo pra ele!



Metal Merchant

CDs de Metal não ficam melhor do que isso, CDs de Metal não ficam mais Épicos do que isso...



Essa é a maior prova de que Metal vem do coração, não de dedos extremamente rápidos, técnica perfeita e um cabeludo chorão cantando que nem uma moça. Tunes of War é simples, é pesado e correndo o risco de ser redundante é épico...

Esse álbum é tão absurdo que os caras conseguiram tirar um som legal até uma maldita gaita de fole...

Eu poderia escrever parágrafos e mais parágrafos sobre o quão cada música é boa, sobre como os refrões são pegajosos, como os coros são cantados com agressividade e qualidade que eu nunca tinha ouvido antes, mas ao invés disso vou comentar somente que esse CD criou uma reviravolta na banda e, na minha (imatura) opinião, gerou uma seqüência de 13 anos consecutivos (a maior que eu já ví) de somente CDs ótimos, onde todos eles acabam sendo influenciados de alguma maneira pelo (épico) Tunes of War

Tirando o inexpressivo "Ballads of a Hangman", todos os álbuns que seguiram são de uma qualidade e consistências impressionantes.

A propósito, os caras do Grave Digger já se recuperaram do "Ballads of a Hangman", pois tive a oportunidade de escutar o novo "The Clans Will Rise Again" e já adianto....é Épico...




Julião
Esse cd é aquele que você ouve uma vez e se pergunta "PQP, como alguém conseguiu fazer isso? É coletânea né?" pois é... ouvindo mais algumas vezes você percebe que eles foram muito além do que você pensava e o disco não é uma coletânea. O Digger conseguiu gravar um CD só com músicas boas, sendo que a maioria é excelente. CD Inspirado mesmo, todo baseado nas histórias de guerra da Escócia. Acho que nunca dei tanta sorte com um CD na minha vida. Comprei por 8 reais há muito tempo atrás sem nem conhecer a banda. E o pior é que o CD é original ! ! Bom, pra quem não ouviu, certamente vale a pena. No conjunto é o melhor CD que já ouvi.

Treebeard
Se procura um album de Heavymetal com musicas marcantes, muito peso, pegada e velocidade, então acredito que este seja um dos CDs mais certo para o descrito.

Simplesmente uma grande obra-prima do metal. É uma pena que tal obra não tenha tomado uma proporção tão grande na cena, pois merecia e muito! Se procurarmos no cenario dos "Head Bangers" Grave Digger não é muito conhecido, o que é uma verdadeira tristeza.

Falando agora das musicas desse excelente CD, as que mais me marcaram foram " Scotland United ", " Willian Wallace (Brave Heart) ", " Ballad of Mary (Queen of Scotland) ", " Cry for Freedom " e " The Dark of the Sun ". São simplesmente uma das musicas mais épicas existentes no Heavymetal e arrisco dizer que deixam algumas musicas do Manowar BEM no chinelo.

O Tema escolhido no CD também é totalmente empolgante! Confesso que depois que escutei este CD e mais 2 musicas que foram trilha sonoras do filme " Coração Valente ", tive vontade de fazer 2 coisas: abrir o Age of Empires II e jogar a campanha do Willian Wallace e assistir Coração Valente na sequencia.

Em suma, o que temos aqui é um grande clássico do genero feito para os grandes apreciadores de uma boa musica, regado com letras sobre grandes batalhas, momentos de vitoria, derrota e perdas, como é bem traduzido na musica " The Ballad of Mary (Queen of Scotland).

Cheers mates! \m/



Joe The Barbarian


Rebelion! Rebelion! Rebelion! Quantas vezes temos que ouvir Rebelion para enjoar? Não existe resposta para essa pergunta! Enfim o CD realmente é uma MASTERPIECE, sem sombra de dúvidas, ainda mais para os fãs que além de gostarem de Metal, gostam de RPG com temas medievais e batalhas campais. As gaitas escocesas que saudavam os exércitos antes e depois da batalha dão um toque empolgante, ainda mais se olharmos o significado por trás do som e das letras. Meu único pesar é que a música que eu mais gosto dessa banda encontra-se em outro álbum, então seria perfeito demais se trocássemos Killing Time por Morgane Le Fay do Excalibur, para daí sim atingirmos nota máxima na concepção desde metaleiro. O vocal bem original, uma rouquidão forte, mas não estridente ou similar com um rugido de urso (by Beavis and Butthead), fica fácil identificar esse vocal em todas as composições da banda. A parte instrumental é bastante simples, simples mas muito bem elaborado, o que transforma esse álbum numa obra singular do Heavy Metal crú e nú como deve ser. As guitarras com um leve brilho de chorus e flanger dão um toque muito bom na distorção e não embolam, mesmo quando aumentam a velocidade. Diferente dos outros comentaristas desse blog, eu não considero as músicas rápidas ou aceleradas, na minha interpretação elas variam do moderado para o levemente acelerado, mas enfim, o CD é bom e para quem quer conhecer o melhor de Grave Digger com certeza deve comprá-lo! NOTA: 8.0

Kill, Crush n' Destroy...



Pirikitus Infernalis


Tunes of War é o um álbum conceitual que consta histórias da guerra entre Escócia e o Império Britânico, e inspirado “apenas” no épico filme Coração Valente.

O álbum é extremamente foda, todas as suas músicas têm os seus destaques merecidos. O impressionante é que algumas músicas conseguem chamar mais atenção do que outras em um cd de nível tão elevado. The Dark of The Sun, The Ballad Of Mary (Queen Of Scots) e Rebellion (The Clans are Marching) continuam sendo cantadas até hoje nos shows da banda.

The Brave é uma introdução com gaita de fole, apenas preparando terreno para a poderosa Scotland United, que chega com a marca máxima do Grave Digger que são riffs pesados, uma ótima letra e refrões que grudam na cabeça. The Dark of The Sun nem tem porque ficar analisando aqui, é uma canção praticamente perfeita em todos os aspectos, o vocal de Chris ficou absurdo nessa música. William Wallace (BraveHeart) tem um começinho calmo que logo dá lugar as riffs rápidos e pesados seguidos pela bateria no mesmo ritmo, mostrando como a guerra pode alterar o coração de um homem.

The Bruce (The Lion King) é mais calma comparada com a sua antecessora, porém sua letra é maldita e você não irá esquecê-la tão cedo, nem o ritmo da bateria, muito menos o solo final que é ótimo. The Battle of Flodden, segue a química: Riffs e baterias destruindo, refrões grudentos com back vocal e uma letra que mostra um dia nada feliz para os escoceses, ótima música!

The Ballad Of Mary (Queen Of Scots) É uma baladinha que ganha o devido respeito até de metaleiros que repugnam as mesmas, com todos os ingredientes na medida certa é uma música para ninguém botar defeito. The Truth traz de volta o Power Metal a la Grave Digger, e um refrão muito animal. Cry For Freedom (James The VI) já começa com a bateria arregaçando e assim vai até o seu final. Se eu tivesse que escolher uma música mais fraca para o cd seria Killing Time, apesar da sua alta qualidade.

Chega a tão aclamada Rebellion (The Clans are Marching) e logo no começo você já percebe o motivo, é mais uma canção que fala por si só. Possui um coro inicial muito legal, os riffs novamente estão presentes, juntamente com a ira na voz de Chris e a letra poderosa. A boa Culledon Muir, que conta o “fim” da saga e possui um solo de bateria bem no meio da canção. The Fall of The Brave é uma instrumental que põe fim a um dos melhores CDs de Heavy Metal escritos até hoje, que iniciou na banda uma idéia muito legal de criar álbuns conceituais. Pode ser uma idéia manjada, mas com a qualidade que Digger fez esse cd, chega a ser mais do que original.




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