quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

RAM - SVBVERSVM



O álbum Svbversvm lançado pela banda RAM em 2015, foi escolhido por Hellraiser para análise.







01. Return of the Iron Tyrant
02. Eyes of the Night
03. The Usurper
04. Enslaver
05. Holy Death
06. Terminus
07. The Omega Device
08. Forbidden Zone
09. Temples of Void
10. Svbversvm




















The Trooper
3
O metalcólatra que criou esta postagem está por aí viajando e enchendo a cara neste belo dia 31 de dezembro e eu duvido muito que sua resenha saia ainda em 2016.

Resta por tanto aos metalcólatras que não tem vida e que passarão o reveillon ouvindo heavy metal sem cachaça, resenharem este álbum. Obviamente, eu sou um desses metalcólatras. Farei então minha resenha superficial para encher linguiça, resenhas superficiais são, por fim, minha especialidade, e eu tenho muito orgulho delas.

Pois bem, vamos lá ... Svbversvm me surpreendeu positivamente, quando eu vejo uma capa com chifres de bode, caveiras, cabeças de porco num espeto, etc ... já fico alerta, esperando algum tipo de metal gorfo from hell (mesmo que o Hellraiser não pareça gostar desse tipo de música, o alerta foi ligado).

Mas Svbversvm é um trabalho sólido, sério, bem executado. É, como o esperado, bem pesado, mas as viagens que lembram satanismo estão bem limitadas (a interpretação mais estranha do vocalista está na faixa título), sobre as letras aliás, algumas são até bacanas (futuros distópicos em The Omega Device e Forbidden Zone, por exemplo).

O trabalho instrumental é bem construído, algumas pequenas viagens em paradas e inversões, mas nada que comprometa. O vocalista cumpre seu papel de maneira satisfatória, e a produção é muito boa. As faixas instrumentais não me impressionaram, e a última faixa é um pouco exótica demais para o meu gosto, mas o restante do álbum traz heavy metal de qualidade acima da média.

O RAM está em algum lugar sombrio entre Judas Priest e Black Sabbath que não sei especificar, mas é uma boa pedida de ao menos se conhecer. Você pode gostar bastante.

Destaque para The Omega Device.
Nota: \m/\m/\m/\m/


Hellraiser
3Óia nóis aqui outra vez ! 

Um ótimo 2017 a todos metalcólatras, e a todos que acessam o blog, e que esse ano, seja mais METAL que todos os anos anteriores. 

Bom, vamos lá..... 

Vamos escrever sobre o disco que, eu mesmo, trouxe ao blog. 

O, até então, último trabalho dos suecos do RAM, lançado em 2015. 

Antes de falar sobre o álbum em si, deixo claro que, essa é uma das minhas bandas preferidas do novo movimento intitulado NWOTHM (New Wave of Tradicional Heavy Metal). 

Deixo claro aqui, que concordo com meu amigo Trooper, onde também noto grandes influências de Judas Priest e Black Sabbath no som da banda. 

Considero o RAM, uma das grandes revelações do Metal atual, tendo à frente de uma banda pesada e certeira, um vocalista muito competente, e quatro discos excelentes. 

O disco em si, passeia muito por sons mais rápidos e outros mais cadenciados, começando com ``Return of the Iron Tyrant`` que já abre o disco numa bela paulada, pra cair num som que segue a mesma linha como ``Eyes of the Night``, e logo em seguida, um som mais cadenciado em ``The Usurper``. 

Já deu pra se ligar no naipe da bagaça né ?? 

´´Enslaver´´ tem uma levada mais rápida novamente. 

Aí temos ´´Holy Death``que tem uma levada bem legal, e alterna uma base mais branda, com momentos mais pesados.... 

Como de praxe, temos alguns efeitos sonoros, usando sintetizadores, trazendo um clima meio obscuro e até mesmo meio futurista para o disco, em ´´Terminus``, ....isso já se tornou uma constante nos discos do RAM. 

E a faixa já emenda direto com a excelente ´´The Omega Device``. 
Os riffs de guitarra são extremamente competentes, soando pesados e perfeitos. 
Acho o ponto alto do disco, e nessa faixa eles estão em alta ! 

´´Forbidden Zone`` é mais uma faixa mais acelerada e que não deixa a peteca cair. 
Tem uma excelente mudança de andamento, um riff excelente e um solo maravilhoso. 

Aí temos a maravilhosa, extraordinária e excelentíssima faixa instrumental ´´Temples of Void``. 
Faixa com diversas mudanças de andamento, efeitos, etc..... Sensacional !!! 

E o disco fecha em grande estilo com a faixa título, outro som mais rápido. 

Bom, resenha feita meio ``as pressas´´, pois já esta tarde, já estou atrasado, e já nem sei o que estou escrevendo, rsrs, .....mas, tomara que gostem, ..pois esse disco, já se tornou um dos meus preferidos da banda. 

Banda pesada, certeira, direta, com excelentes riffs, ótimos solos e com um vocalista totalmente competente. Uma grande promessa da nova geração ! 

Nota 8,00 

Phantom Lord
Eu não conhecia o trabalho do RAM. Pelo que parece neste álbum, a banda executa um heavy metal tradicional típico dos anos 80. Para quem gosta do estilo musical (como eu) Subversum começa muito bem, mostrando grande potencial, mas acaba caindo em alguns momentos não tão criativos no quesito sonoridade. Até aí, nada demais, faz parte dos gêneros musicais surrados como mencionei em X resenhas... Outro pequeno problema é que em alguns trechos de músicas existem mudanças bruscas de ritmo, mas ainda bem que isto ocorre poucas vezes neste álbum.

Parece que muita gente notou semelhanças com o Judas Priest, mas a verdade é que os caras do Ram devem ter mais influências. Ao menos eu notei um pouco de tudo: do Black Sabbath, passando pelo Maiden até pitadas de Merciful Fate. 
De qualquer maneria o álbum não parece plágio de coisa alguma e tem seus destaques... Ou melhor... Não tem pontos fracos. 

Return of the Iron Tyrant 7,7 
Eyes of the Night 7,5 
The Usurper 7,3 
Enslaver 7,7 
Holy Death 7 
Terminus/The Omega Device 7 
Forbidden Zone 7 
Temples of Void 7,1 
Svbversvm 7,4 

 Recomendo ouvir Subversum num volume alto, principalmente as duas primeiras faixas. Mesmo porque "música" para se ouvir em volume baixo é pop, mpb, Alpha FM e enfim, todas aquelas cacas jogáveis na categoria-zumbi de "som ambiente" ou "música de ambiente de trabalho". 

 Modificadores:



 Nota Final: \m/ \m/ \m/ (7,5) 

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Rainbow - Long Live Rock n`Roll

O álbum Long Live Rock n`Roll lançado pela banda Rainbow em 1979, foi escolhido por Phantom Lord para análise.



  Phantom Lord
Seguindo o "espírito" de não deixar o blog "morrer", trago-vos esta velharia do rock: Long Live Rock n`Roll do extinto Rainbow. 
Vasculhei discos com Dio no vocal anteriores à sua entrada no Black Sabbath, mas não encontrei nada que eu considerasse próximo de uma obra prima. Long Live Rock n Roll é o disco com mais músicas marcantes da carreira "pré-sabbáthica" do baixinho. 
 A faixa título, Kill the King e Gates of Babylon são músicas espetaculares... e o restante do álbum alterna entre "legalzinho" e entediante. Os pontos mais fracos ficam por conta de The Shed e Rainbow Eyes, que em minha opinião, são as músicas menos atraentes, mas estão só um pouco "abaixo da média" e não chegam a ser horríveis. 
 Ronald James Padavona já cantava muito bem e o "líder" da banda, Blackmore, dispensa apresentações: Quando queria, fazia músicas inovadoras e marcantes e quando não queria... parecia fazer o gosto dos produtores. 
Enfim, como diz o próprio nome do álbum (Long Live Rock n`Roll), não é "metal", mas vale para conhecer um pouco das origens deste estilo musical. Meu destaque vai para pedrada na zoreba Kill the King, uma daquelas músicas que faz a gente se perguntar se alguém na banda não viajou no tempo para adquirir tamanha inspiração ainda nos anos 70... 

 Long Live Rock N Roll 8,7 
Lady of the Lake 7,6 
L.A. Connection 7,1 
Gates of Babylon 9,0 
Kill the King 9,1 
The Shed (Subtle) 6,9 
Sensitive to Light 7,3 
Rainbow Eyes 6,2 

 Obs.: Achei que a nota ficaria menor... 

 Nota Final: \m/ \m/ \m/ (7,7)

Hellraiser
3Taí !

Um excelente álbum no blog, de uma mega banda clássica. 


Banda essa, que foi o trampolim definitivo para apresentar ao mundo, os dotes vocais do mestre Ronnie James Dio. 
Serviu também para mostrar que Richie Blackmore ainda tinha muita lenha pra queimar, mesmo fora do Deep Purple, e ainda, apresentando também, o excelente Cozy Powell, que até então, não havia aparecido tão bem na mídia ainda. 

Falando sobre o disco, esse é o último da excelente trinca com o mestre Dio, que viria a sair logo após este disco. 

Porém, particularmente, mesmo contendo os mega clássicos ´´Kill the King´´, que já era tocada nos shows, antes mesmo de aparecer no disco, e a excelente e viciante faixa-título, eu acho o mais fraco (leia-se : menos fudido) que seus dois antecessores. 
Mas isso em nada desabona a bolacha. 

Mostra uma banda, em excelente sintonia, com nomes de peso, praticando o mais puro e perfeito Rock´n´Roll da época. 

O trio em questão, executa com maestria suas funções do começo ao fim do álbum. 

Outra faixa que merece atenção é a ´´Gates of Babylon``que é um verdadeiro primor. 

Não há muito o que se falar sobre o trabalho, apenas curtir uma verdadeira obra, feita por mestres, lá no longínquo ano de 1978.

´´Long Live Rock´n´Roll`` 


Nota 7,9

The Magician
"Clássico é clássico, e vice-versa."

Por causa disso não dá para compará-lo com obras mais recentes, as quais extraíram uma série de referências e ideias dessa época clássica aqui (70's), do verdadeiro nascimento do rock pesado escrito sobre as pautas blueseiras de heróis dos anos 50 e 60. Isso já foi dito e repetido nesse blog, por mim e pelos demais, e serve como uma espécie de introdução para explicar que antes de qualquer coisa, o trabalho é escutado "de outra forma" para a transcrição da resenha.

Podemos no entanto, levá-lo à baliza dos trabalhos daquela mesma época, e daí já posso tirar a primeira impressão; Blackmore sempre foi um músico que prezou pelos sons orgânicos no conjunto total que prensava. Seus modos de amplificação eram até certo ponto conservadores nessa ocasião, com bastante fidelidade ao que o projeto de cordas/captação podia entregar sem uso de poderosos sintetizadores, visto que um ano depois em 1979 Van Halen explodira o mundo do rock com suas distorções elétricas furiosas. Não à toa, R. Blackmore continuou sua carreira nos anos posteriores ao Rainbow sob a classificação de música 'folk'.

Mas se por um lado o bruxo Blackmore flertava com o blues dançante e vintage (L.A Connection é um bom exemplo para percebermos essa vertente) que nos remete ao estilo já consagrado pelo Deep Purple no início dos anos 70, por outro lado suas composições nunca conseguiram se limitar aos compassos acessíveis que as rádios populares da época procuravam. Provavelmente seu subconsciente condicionado à erudição de seus estudos evocavam, quase que como magia, linhas e fraseados mais do que sombrios que produziam músicas que destoavam não só do contexto do disco, mas sim do próprio movimento rockeiro daquela geração. Nesse sentido, a maravilhosa obra-prima progressiva "Gates of Babylon" sintetiza o que escrevi nesse parágrafo.

Converge com essa essência soturna a própria voz poderosa de Dio, que mesmo bastante desenvolta, revela timidez e morosidade ao embalar as canções mais pops do disco (para esse tipo de som não tem como: I. Gillan era o mestre); já quando convidado a interpretar musicas menos 'swingadas' e mais pesadas, diretas e apoteóticas (como 'Gates of Babylon' e 'Kill The King') é um espetáculo à parte. Suas expressões revoltosas e melancólicas impressas nessa fita, para mim, foram "a última prova" que Iommi precisava para recrutar o baixinho americano no seu Black Sabbath. 

Sobre Cozy não há o que dizer, foi cirúrgico; e sobre o baixo (na maior parte gravado por Blackmore) gostei bastante do que Bob Daisley fez em KtK  e GoB.

Além do bom rock/blues desenvolvido durante todo álbum, são destaques os três épicos referenciais para o Heavy Metal: "Long Live...", "Gates.." e "Kill The King", especial menção à essa última onde em uma rara brecha de Blackmore, Dio pode mostrar tudo que sabe e pode fazer ao microfone.

Nota 7,6 ou \m/\m/\m/\m/.

P.S: Pra ninar, use a faixa "Rainbow Eyes".


The Trooper
3
A primeira coisa que é possível notar no começo do álbum é a assinatura inconfundível do Deep Purple, não tem jeito, Blackmore era o core daquela banda, e portanto a alma do Rainbow vem do Deep Purple.

Long Live Rock n' Roll então, obviamente, lembra Purple, mas ela se tornou um hino do rock n' roll, e por tabela, do heavy metal. Não é a melhor faixa do álbum, mas com certeza é um dos pontos mais altos do trabalho.

Então temos Lady of the Lake, outra música de rock n' roll na pegada Purple, alguns citam que neste álbum está o núcleo do power metal, talvez por letras como a desta faixa e a de Kill the King, mas eu discordo, se a pedra fundamental do heavy metal está aqui, então ela está em Gates of Babylon, que iremos analisar mais a frente.

L.A. Connection é a música mais fraca do álbum porque é um rock n' roll nos moldes da época, não é ruim, mas não possui nada de genial. A pegada é bem bacana até.

Gates of Babylon é a verdadeira obra-prima do álbum, ela é a nota 10 do trabalho, uma sonoridade que dá uma ambientação fantástica de oriente médio, com complexidade alta e uma dose cavalar de criatividade, somada aos vocais fantásticos de Dio (seu ponto alto no álbum) e que dá mostras de uma gênese de power metal.

Kill the King é o segundo ponto mais alto do álbum, provavelmente o outro 10 do trabalho, uma música na pegada Purple, pesada e rápida, com outra performance fantástica dos vocais de Dio.

The Shed e Sensitive to Light (a faixa com letra de pegação do álbum) são duas faixas de rock n' roll de nível instrumental próximo ao de Lady of the Lake, e Rainbow Eyes fecha o álbum com uma balada bonita, mas nada além disso.

Enfim, Long Live Rock n' Roll é um álbum clássico do rock, com mudas crescentes de heavy metal, está no âmago da gênese do gênero. É imprescindível conhecer músicas como Kill the King, e principalmente, Gates of Babylon, o restante do álbum é pra quem gosta de rock.


Nota: \m/\m/\m/\m/


segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Viper - Theatre of Fate

O álbum Theatre of Fate, lançado pelo Viper em 1989, foi escolhido por The Trooper para análise.


Faixas: 01- Illusions; 02-At Least A Chance; 03-To Live Again; 04-A Cry From the Edge; 05-Living For the Night; 06-Prelude to Oblivion; 07-Theatre of Fate; 08-Moonlight.




The Trooper
3
Mais uma vez na minha função de morto-vivo, aguardando até o último dia do mês para rastejar até aqui e jogar um pouquinho mais da poção de lich na boca do moribundo blog, posto Viper.

Por que Viper? Porque o caos assim quis ...

Dá pra rotular Viper? Neste álbum pelo menos, é um pouco difícil pra mim. Parece um heavy metal cru, principalmente por causa da produção, mas também lembra speed metal, e tem um toque de prog ... enfim, é metal e foda-se.

O segundo trabalho dos brazucas é bem bacana na minha opinião, os instrumentistas no geral me agradaram, com destaque para os guitarristas, com ênfase nos solos, a parte mais legal do cd. O vocalista não é necessário apresentar, embora não estivesse no pico, não tenho críticas a fazer, André mandou muito bem aqui também.

Acho que o Angra teve uma influência razoável do Viper, teve até uma passagem de baixo do Pit Passarelli que me lembrou Angra. E o Viper também deve ter recebido uma pequena influência de Helloween.

Enfim, o álbum tem uma intro legal, emenda com um recheio de heavy metal e termina com uma balada poderosa. Este trabalho é mais do que recomendado (uma pena que a produção não transforma o potencial do que isso tinha para ser uma monstruosidade em realidade).

Destaque para o álbum inteiro (tudo bem vai, tem poucas faixas, é quase um meio-álbum).

Nota: \m/\m/\m/\m/


Phantom Lord
Mais um álbum de grande importância no heavy metal que demorou para surgir aqui no blog dos Metalcólatras. Dois álbuns do Angra lançados nos anos 90 passaram aqui pelo blog dentro de um período de 5 anos.... Mas... De onde surgiu tal banda? O que fazem? Para onde foram? 
Bom... Praticamente todo metalhead sabe que o Angra é uma banda brasileira consideravelmente famosa, que incomoda quem não gosta dos gêneros mais melódicos do metal e também incomoda troozões, por causa da maneira como foi formada. Enfim, sem Viper, não haveria Angra, não haveria nome significante do "metal melô" brasileiro e talvez não haveriam os clássicos haters troozões do metal brazuca. 

Conheci a banda Viper há uns 17 anos, quando Magician me apresentou um "disco duplo" que continha os álbuns Soldiers of Sunrise e Theatre of Fate... Talvez eu tenha escutado algo desta banda antes de ouvir o(s) cd(s) do Magician, mas não me lembro com precisão... 

Theatre of Fate apresenta uma grande evolução em relação ao debut do Viper (Soldiers of Sunrise): Um trabalho instrumental super criativo e virtuoso apesar da produção ainda simplória (a bateria parece rudimentar em vários trechos mas as guitarras destruidoras compensam) , e vocais... bom o André Mattos estava com suas cordas vocais intactas imagino... O cara mandava MUITO bem. Theatre of Fate não tem faixas ruins e possuí uma quadra de obras-primas: At Least a Chance/ To Live Again / A Cry From the Edge / Living for the Night (esta última, pode não ser a melhor, mas é a mais emblemática). 

 Illusions / At Least a Chance 8,0 
 To Live Again 8,4
 A Cry From the Edge 8,7
 Living for the Night 8,3
 Prelude to Oblivion 7,1
 Theatre of Fate 7,1
 Moonlight 6,5

 Nota Final: 7,7 

Obs.: A resenha estava pronta porque além de eu já ter escutado este disco zilhões de vezes, eu tinha cogitado postar este álbum antes do Sirens (Savatage).

The Magician
Disco clássico no blog.

Mas além de sua representatividade e importância que nos remete ao período oitentista em que o Metal no Brasil (e no mundo) ainda era uma promessa real, o que me impressiona é mesmo sua qualidade.

Sob um certo aspecto, Theatre of Fate denota certo nível de amadorismo, no sentido que era realmente uma molecada que tocava na banda (o caçula André, tinha então apenas 18 anos) e que a parte lírica tinha - a despeito da sua proposta dramática - certos prosaísmos que soam estranhos à sonoridade geral ("I'm fucking tired of this fucking life"). Contudo, o material final compilado extrapola as expectativas do que seria uma banda de Power/Speed Metal naquela época no Brasil. Na verdade, se em 1987 você dissesse a qualquer um aqui que era membro de uma banda de power metal, 99,99999% das pessoas te indicariam o caminho do Charcô.

Mas os moleques realmente chamavam a atenção do nicho Metaleiro na época, e pode-se dizer que esse segundo álbum da banda foi bastante pretensioso. Foi produzido na Inglaterra por Roy Rowland que na época trabalhava com o Testament, foi divulgado e apoiado pela Rock Brigade, e acabou nos destaques das páginas de revistas como a japonesa Burrn! e a britânica Metal Hammer. As portas se abriram, não só para a banda, mas sim para o gênero.

Só que o Viper, não aproveitou essa janela de oportunidade e acabou "regredindo" para um estilo mais simples e mais direto, que tinha mais a ver com seu primeiro disco. Para quem já viu ou escutou Pit Passarel ao vivo, essa decisão não vai parecer estranha; aliás um disco rebuscado como "Theatre of Fate" é que parece não fazer sentido para a pegada e o estilo meio punk do líder da banda, que monopolizava as composições do Viper.

Bom, sobre a parte musical do trabalho, acredito ser muito boa, principalmente em se tratando de uma banda precoce como o Viper na era ocasião. Os arranjos de guitarra e os vocais de grande extensão são os óbvios protagonistas, ainda que o compositor era o baixista PP. É legal perceber que Matos não estava no seu auge de técnica, mas que usava o Viper como uma espécie de laboratório para seus projetos posteriores, e podemos dizer que muita coisa boa saiu daqui desses "testes". Inclusive é impossível não perceber as influências de Viper em todas ramificações do Prog Metal brasileiro, nesse sentido, esse disco especificamente foi a célula tronco desse gênero nacional.

Para resumir o disco na parte técnica, digo que o principal do CD está nas 4 primeiras faixas, onde a banda - e principalmente Yves/Machado, os dois guitarras - criou 4 épicos do Power Metal nacional, com menção especial para "A Cry From The Edge" e "Living for the Night" (ao vivo essa parada arrepia). Na segunda parte a imersão no Speed Metal é muito clara, com as arrastadas faixa-título e "Prelude to Oblivion" que apresentam o verdadeiro potencial dos agudinhos de André Matos. Diga-se de passagem que embora o estilo era sim Power/Speed, a crueza do álbum o deixa mais interessante do que uma sonolenta viagem progressiva.

Disco de coleção, inesquecível e obrigatório. O que fica após inúmeras audições desse clássico é aquela velha impressão que coisas boas assim não serão mais realizadas por essas bandas.   

Nota.7,9 ou \m/\m/\m/\m/.


Hellraiser
3Taí... 
Uma grande e merecida lembrança, ao que eu acho, um dos melhores e mais importantes discos de Heavy Metal feitos em terras tupiniquins. 

Neste trabalho, mesmo ainda não atingindo seu pico de qualidade, André Mattos já mostrava seus dotes vocais, dotes esses, que o faria se firmar como um dos melhores vocalistas brasileiros de sua época. 

Um disco maravilhoso, melódico, (não meloso), e com o devido peso. 

Musicas bem trabalhadas, de alto nível. 

O que peca apenas neste trabalho, é a produção, que mesmo pra época, ainda deixa um pouco a desejar. 

O disco mostra uma total evolução se comparado ao disco de estreia da banda, o instrumental é excelente, e um dos pontos altos, e o trabalho de guitarras chega quase a beirar a perfeição. 

Até os tecladinhos ( que todos já sabem que não gosto ) não chegam a incomodar. 

A dobradinha ´´A Cry from the Edge`` e ``Living for the Night`` são excepcionais, e não perdem pra outros sons de bandas gringas. 

Outro ponto que poderia ser melhor, é a duração do trabalho, bem curto, o que proporciona ao ouvinte aquela sensação de ´´quero mais´´. ( E poderia ter ). 

É claro que o Viper tem em seu currículo, a influência direta sobre a aparição e criação de diversas outras bandas brazucas na linha do (ainda fresco) Power Metal. 

Enfim, ...um álbum de Heavy Metal brazuca, com qualidade gringa, que tem seu devido merecimento, e figura como um dos melhores a mais importantes discos de nosso acervo metálico. 

PS.: Como no Brasil, nunca, nem tudo são rosas, eu, particularmente, achei desnecessária a tal baladinha. ( coisas de André Mattos ). 

Nota 7,7

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Iron Spell - Electric Conjuring

O álbum "Electric Conjuring" da banda Iron Spell, lançado em 2016, foi escolhido por Hellraiser para análise dos Metalcólatras.












Faixas :
1.Ave Zulbah (intro) 01:17
2. Torches in the Woods 04:34
3. Night of the Mothman 03:37
4. The Witch 04:07
5. Under the Iron Spell 04:08
6. Stormrider 04:47
7. Black Candle Light 03:16
8. We Are Legion 04:27
9. Evil Gypsy 03:28
10. Moonlight Maniac 03:57
11. Castle of Punitore 05:02











































Hellraiser
3Hail Metalcolatras. 

Venho aqui trazer mais uma pepita escondida no underground do cenário matalico a quem possa interessar. 

E desta vez, uma banda pertencente ao novo movimento do Heavy Metal mundial, o NWOTHM. 
 E um disco deste ano corrente, 2016. 

Como meus amigos já devem ter percebido, diferente de outros, eu só trago aqui, discos que realmente GOSTO muito. 

E esse não é diferente, muito pelo contrário, já se tornou um dos meus preferidos dos últimos anos. Uma banda de Heavy Metal tradicional, com muita melodia (sem soar meloso). 
Considero este disco meu preferido de 2016 até agora. 

Claro que meus amigos aqui, provavelmente não compartilharão da minha opinião, ...dizendo que teremos Hammerfall e afins ainda, mas esse, pra mim, não perde a majestade de jeito nenhum.

Sonoridade totalmente Old Scholl. 
Diferenciado claro, pela produção magnífica, desde a excelente capa, até a gravação. 

O álbum começa com uma intro, e já despenca pro Metal em ``Torches in the Woods``. 
Na sequência temos ´´The Night of the Mothman`` que continua na mesma pegada. 
Heavy Metal puro sangue ! 

´´The Witch`` já é mais carregada, e soa muito bem aos ouvidos, com um belo refrão e riffs sensacionais. 
O trabalho de guitarras deste disco é excelente, lembra muito as bandas oitentistas que faziam as ´´dobras´´ como Iron e Judas. 

´´Under the Iron Spell`` volta a acelerar a coisa. EXCELENTE música instrumental, ótimos solos, guitarras dobradas, riffs, melodia. Tudo muito bem encaixado !!!! 
Trabalho magnífico ! 
Impossível não curtir esse petardo. 

Chega ´´Stormirider`` e a sonzeira continua no mesmo naipe, mas abre espaço para a mais rápida, e talvez uma das melhores do disco, ``Black Candle Light``. 
Refrão grudento, paulada desenfreada, mudança de andamento, ótimo solo, e tudo o que uma boa música de Heavy Metal precisa. 

Agora, vem uma ´´trinca´´ que é minha parte preferida deste disco. 
São 3 faixas mais cadenciadas, com muita melodia, esbanjando feeling, e deliciosas de se escutar. 
``We are Legion`` é excelente. 
Gruda na mente, e tem um refrão pegajoso demais. 
Quase um hino ! 
Queria saber se meus amigos Phantom, Magician e Trooper discordam ! 
´´Evil GypsY`` é outra de refrão marcante. Levada sensacional e um ótimo trabalho musical, tanto nos vocais, quanto na melodia. 
´´Moonlight Maniac´´. Cara, como eu gosto desta faixa !!! Acho incrível. 
Muita melodia, muito feeling. 
Um deleite aos ouvidos ! Mais um refrão marcante. 

E pra fechar a obra, ..mais uma intro, que descamba para a faixa de encerramento, a ``Castle of Punitore``, que fecha o disco em grande estilo, e não fica devendo nada ao resto do disco, muito pelo contrário. 

Convido todos Metalcólatras a se viciarem com isso. 

Nota 8,5

  Phantom Lord
Mais um álbum bacaninha no blog. Eu poderia classificar este disco do Iron Spell como uma das luzes no trevoso caminho do heavy tradicional. Trevoso no sentido de trevas de criatividade mesmo, não por uma suposta "ambientação dark". Electric Conjuring não é um disco espetacular mas consegue trazer muitas características de diversas bandas de heavy metal sem parecer cópia descarada de banda alguma. O vocal dá conta do recado e "o instrumental" parece bem inspirado e bem trabalhado, raramente mostrando momentos tediosos. 
 Diferente do Hellraiser, a minha opinião é a seguinte: As melhores faixas estão no começo do disco (também ouvi as faixas em "ordem aleatória" e não mudei minha opinião), enquanto os pontos mais fracos do disco são We Are the Legion e Moonlight Maniac.
 A produção parece boa sim, incluindo a arte da capa, muito bem feita, mas talvez a menina de camiseta listrada e tênis allstar esteja um pouco fora de contexto. Mas isto é um assunto subjetivo de semântica, projeto e "design" que nem vale ser discutido aqui.
 Referente ao "feeling" acho que também é um assunto muito subjetivo. Ao pé da letra podemos traduzir feeling como "sentimento", o que de fato, é necessário ter para se criar qualquer arte, seja música, artes visuais etc... Só que o "feeling" depende também de quem ouve, pois se não estaríamos falando de inspiração, que é outro assunto subjetivo que já levantei aqui no blog (interessados confiram na resenha do Unisonic...). Para mim feeling é a transmissão de mensagem e energia da banda aos ouvintes, tenho como maior exemplo de disco tosco cheio de feeling o Kill`em All daquela popular banda "mainstreamesca". 

 Ave Zulbah/Torches in theWood 7,6
 Night of the Mothman 8,0
 The Witch 7,2
 Under the Iron Spell 6,8
 Stormrider 7,0
 Black Candle Light 6,8
 We Are the Legion 6,4
 Evil Gypsy 7,2
 Moonlight Maniac 5,9
 Castle of Punitore 6,7

 Obs.: Existem trechos/músicas que parecem combinar riffs inspirados no Iron Maiden e na carreira solo de Ozzy Osbourne... interessante como demora para surgir tais transformações no heavy metal que permitem boas novas músicas neste surrado estilo musical.

 Nota Final: \m/ \m/ \m/ (7,0)

The Magician
"MASTER CHEF PANELEIRO" 

Esse é o mais novo apelido que recebi no nosso blog Metalcólatra.

Tal alcunha foi um batismo do caro amigo Hellraiser, indignado com as postagens Power Metal que ocorreram recentemente no blog - mais especificamente Helloween e Viper -, como se eu fosse uma espécie de organizador desse movimento, ainda que nenhuma delas tenha sido de minha autoria. Mas vou procurar responder essa acusação indevida em outra oportunidade.

Por hora, cabe a mim (o Master Chef paneleiro do site) fazer uma resenha digna de um verdadeiro Mestre-Cuca do Metal, ao analisar o trabalho dos candidatos do nosso "talent show": Iron Spell com Eletric Conjuring.

 Essa cozinha aí não tem problema para mostrar que sabe se virar com os ingredientes básicos para um bom Heavy Metal "mata-fome". Embora o 'menu' seja um pouco insosso no resultado final, os candidatos se dão bem com essa receita clássica de Metal e não passam vergonha, ficando claro que todos os temperos que esse prato pede são colocados na medida certa (principalmente quanto às distorções, solos bem feitos, versatilidade razoável nos vocais e cadência moderada e bem preenchida por todo o disco). Os acompanhamentos também são apresentados na medida certa, de música instrumental meio-progressiva até certas ambientações para aquelas músicas que possuem pitadas mais dramáticas como "Castle of Punitore".

Mas se por um lado os caras sabem as medidas certas dos ingredientes, assim como o tempo correto de forno, eles pecam pela falta de criatividade ao incrementar a receita clássica. Somente em algumas guarnições os cozinheiros surpreendem, pois na maioria do tempo estão preocupados em preparar aquele velho prato comercial de padaria, onde caso errem, o cliente pedreiro que vai rangar esse som, com certeza não irá perceber. E já que o prato principal é modesto os chefs em questão poderiam ter entregue alguma sobremesa, tipo um cover famoso, que daria mais ênfase para qual é seu verdadeiro estilo próprio, já que nas opções desse cardápio, não deu pra perceber qual é.

Como avaliação geral acredito que a banda em questão estaria qualificada para uma próxima etapa do Master Chef/Hell's Kitchen Metalcólatra. Mas que fique avisado que o grupo ainda tem o que evoluir.

Para que tenham uma boa experiência degustativa e também para que se satisfaçam com um bom Heavy Metal, recomendo as músicas "Evil Gypsy" e "Under the Iron Spell", as melhores do Menu; para paladares menos exigentes acredito que "Castle of Punitore" e "Moonlight Maniac" são boas pedidas. 

Nota 7, ou \m/\m/\m/\m/.





The Trooper
3
Agooooooooooooooooooooooora sim, Hellraiser! Pqp, que achado! Dá pra entender perfeitamente porque é o melhor do ano pra você.

O que temos aqui, amiguinhos, é um trabalho fudido que não deixa nada a desejar se comparado aos melhores trabalhos das bandas mais conhecidas do heavy metal. Posso estar exagerando? Talvez, mas temos que ter um enorme respeito com bandas que conseguem impressionar na primeira audição, é muito difícil hoje em dia, com tanta obra-prima lançada nos anos 80 e 90, não dá pra esperar muita inovação impressionante.

O trabalho impressiona pela pegada, pela criatividade (ignorem o Magician), pelo feeling, pela técnica, e pela produção. O vocalista me lembrou um pouco o Joacim, mas mais sólido (!), nos poucos trechos lentos ele se parece mais com o André Matos ... O.o

Todos os instrumentistas mandam muito bem, mas esses guitarristas ... fazia muito tempo que eu não ouvia uns solos de guitarra tão bons, e os caras ainda conseguem variar bastante nas bases. Uma das coisas mais impressionantes deste trabalho é que ele lembra o metalzão clássico que a gente curte, mas se tiver 1 riff que parece cópia de alguma música clássica, é muito.

Enfim, eu só não gostei muito da intro, me deixou com um pé atrás, que foi logo empurrado pra frente na primeira música. O trabalho visual, embora eu tenha que concordar com Hellraiser novamente (é muito bonito), é meio bosta por querer entrar nessa porra de modinha de old school (e aí o Phantom já explicou com mais propriedade, já que seu alter ego é da área), fugindo do verdadeiro tema do álbum (que tende ao ocultismo, ou terror). Pô, faz um som bom e dane-se esses rótulos.

Eu acho que só faltou uns refrãos bem grudentos pra alcançar a perfeição. Espero trabalhos muito bons em breve. Eu estava concordando com o Phantom sobre gostar mais do lado A da bolacha, até ouvir a maldita Castle of Punitore. Os malditos fizeram tudo o que precisava pra fechar o álbum com chave de ouro (tava faltando uma música um pouco mais lenta).

Por isso sou obrigado a dar destaque pra porra do álbum inteiro.

É isso aí, venha você também falhar no teste de resistência e ficar sob efeito de Iron Spell!

Nota: \m/\m/\m/\m/


terça-feira, 16 de agosto de 2016

Slash - Slash

O álbum Slash, lançado em 2010 pelo próprio, foi escolhido para análise por The Trooper.

Faixas: 1 - Ghost; 2 - Crucify the Dead; 3 - Beautiful Dangerous; 4 - Back from Cali; 5 - Promise; 6 - By the Sword; 7 - Gotten; 8 - Doctor Alibi; 9 - Watch This Dave; 10 - I Hold On; 11 - Nothing to Say; 12 - Starlight; 13 - Saint Is a Sinner Too; 14 - We're All Gonna Die.



The Trooper
3
A decadência avança sobre o blog, será que os metalcólatras conseguirão postar pelo menos um álbum por mês?

Não sei responder, mas como bom morto-vivo eu não desisto e continuo me arrastando por aqui.

E já que tudo está muito parado, resolvi chutar o pau da barraca e postar um álbum para ser xingado por aqueles que vivem reclamando "mas isso não é metal!". E não é mesmo, mas como ninguém está postando nada, o primeiro que reclamar receberá um xingamento de volta via comentários.

Bem, é muito óbvio dizer que o heavy metal é um derivado do rock, e às vezes, se você fica muito bitolado em uma coisa você começa a ficar pinel ... cuidado aí.

Brincadeiras esdrúxulas à parte, gosto de ouvir um rock'n'roll de vez em quando, e acho que esse álbum do Slash fez uma bela mistureba que agrada os ouvidos. Tudo bem que às vezes fica lento demais, mas ainda dá pra curtir.

Desnecessário sair enumerando as participações especiais, Lemmy, Ozzy, etc. Acho que é mais divertido você ouvir e ficar tentando adivinhar quem é.

Destaque pessoal para as músicas mais porradas: a da Fergie (!), "Beautiful Dangerous"; "Nothing to Say"; e "Crucify the Dead" (tá, não é muito porrada, mas não tem muita porrada nesse cd).

Nota: \m/\m/\m/\m/


Phantom Lord
Minhas férias de tempo indeterminado foi interrompida para isso? Eu achei que minha sugestão de férias coletivas seria o golpe de misericórdia neste espaço decrépito dos Metalcólatras... 

Eu já tinha escutado este álbum do Slash uma ou duas vezes, que diga-se de passagem parece um pouco melhor do que a bagaceira "São 5 horas no relógio" do "Buraco de cobra do Slash". É um álbum relativamente simples com uns rocks genéricos e uns pós-grunge-hard-rocks-não-farofa (desglamorificado) que também apresenta uma grande fossa da faixa 4 (ou 3) até a ruim e deprê faixa 6 (Goten). 
O álbum como um todo não é nada insuportavelmente horrível mas está muuiiito longe de me agradar. 
Apesar de diferente, este trabalho do Slash deve entrar na categoria de "discos ganha pão duma baita galera", como foi o caso do "sei lá do Black" gravado pelo Black Label Society. 
Este disco TALVEZ sirva para substituir aquela hora que a estação de rádio começa a tocar lixo ou repetir músicas até teu cérebro derreter... Claro, isso SE você ouve rádio... Portanto em último caso, para quem tolera versões mais atuais e populares do rock, dá pra deixar escondido no PC para que um dia toque 1d4 músicas espalhadas pelo "random". 
Enfim, não há porque minha resenha ser mais longa do que a do pinel Trooper: é um disco bastante moderninho com participação duns tiozões do rock e longos momentos depressivos e/ou entediantes. 

Ghost 6 
Crucify the Dead 6,3 
Beautiful Dangerous 6 
Back from Cali 5,6 
Promise 5,4
By the Sword 5,4 
Goten 4,7
Doctor Allibi 6,8 
Watch this Dave 7 
I Hold On 5,2
Nothing to Say 7
Starlight 5,2
Saint is a Sinner Too 5 
We`re all Gonna Die 6 

 Nota Final: \m/ \m/ \m/ (5,7)

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Helloween - The Dark Ride

O álbum The Dark Ride lançado em 2000 pela banda Helloween foi escolhido para análise por Phantom Lord.


Phantom Lord
Próximo do 6º aniversário deste blog, o ritmo de postagem dos metalcólatras está diminuindo... Novamente. As razões são diversas e por isso decidi escolher um álbum que foi consideravelmente emblemático para os Metalcólatras. The Dark Ride poderia ser considerado mais do mesmo só que não é. Em nenhum sentido. É metal-melô / power metal e qualquer coisa próxima dos espadinhas, sunguinhas etc, sim! Mas musicalmente apresenta um experimentalismo significante depois de 2 ou 3 álbuns lançados entre 1995 e 1999 na zona de conforto do Helloween. 
Quem acompanhou o blog viu que 2 álbuns desta banda já passaram por aqui: o clássico (ou quase isso) Keeper of 7 Keys - part 2 e o diversificado-aleatório Chameleon. Diferente do clássico e do exageradamente diversificado, o disco The Dark Ride traz a proposta de tornar o som da banda um pouco mais sombrio, e consequentemente pesado. Do visual da capa, passando por alguns temas até a sonoridade com destaque às distorções temos um conjunto de características que gera uma ambientação mais soturna do que os típicos álbuns do Helloween. Além do diferencial, TDR mostra que a banda ainda tinha criatividade e competência para entregar um álbum atraente. 
Mr Torture e If I Could Fly são excelentes músicas que se tornaram algumas de minhas favoritas desde a primeira vez que ouví-las. Além destas duas faixas temos uma série de músicas bem trabalhadas: Mirrior, Mirrior, The Departed e I Live for Your Pain são ao menos mais 3 faixas que merecem destaque. 
Eu pensei em postar algo mais velhaco como o debut dos caras, mas gosto é gosto. Em minha opinião The Dark Ride não deve absolutamente nada para os clássicos do Helloween e só não digo que os clássicos são inferiores ao The Dark Ride porque considero o Keeper 2, um clássico, e o melhor disco desta banda. Por fim, este álbum só tem 1, talvez 2, pontos fracos, o restante é excelente. 
 Em relação ao álbum ser emblemático para os metalcólatras... Provavelmente não é o MAIS emblemático, mas parece ser um ponto de concórdia entre o fugido Mercante e seus supostos rivais Trooper-Magician-e-talvez-até-Eu. Um tipo incomum de disco. 

Beyond The Portal/Mr Torture 9,5 
All Over the Nations 6,0 
Escalation 666 7,6 
Mirror Mirror 8,2 
If I Could Fly 9,1 
Salvation 7,9 
The Departed (The Sun is Goig Down) 8,8 
I Live for Your Pain 8,0 
We Damn the Night 7,6
 Immortal 7,4 
The Dark Ride 7,0 

Modificadores: First Strike is Deadly +0,1 



\m/ \m/ \m/ \m/ Nota Final: 8


The Trooper
3
Tá, chamar The Dark Ride de melhor álbum do Helloween talvez seja forçar um pouco a barra, mas vou explicar meus motivos:

- Mr. Torture. Logo na porta de entrada já dá pra vislumbrar a mágica que os fdps conseguiram fazer nesse cd. A faixa vem com uma base distorcida até o inferno e quando chega no refrão fica melódico, tudo isso sem cagar a música! E aqui eu já dou uma resumida de todos os motivos no meu principal motivo: os caras conseguiram unir duas das coisas que eu mais gosto no heavy metal: distorção e melodia;

- Mirror, Mirror e If I Could Fly. Essas porras são simplesmente duas das melhores músicas do heavy metal. Tinha amigo meu que nem ouvia o cd inteiro quando saiu, ficava só no repeat dessas faixas;

- Força individual dos álbuns do Helloween. O Helloween fez uma tonelada de músicas fodásticas, mas com exceção do 'classiquíssimo' Keys II, os álbuns em si não tinham um impacto tão gigantesco como algumas músicas;

- Gosto pessoal. Sobram assim, Keys II e Dark Ride para eu escolher, e embora seja páreo duríssimo, DR tem aquela magia pilantra que uniu coisas impossíveis, daí meu gosto escolhe este.

Enfim, MELHOR cd da porra do Helloween!

Destaque pra porra do cd inteiro, mas tenho que admitir que 'Mr. Torture', 'Mirror, Mirror' e 'If I Could Fly' estão acima do que já está lá em cima.

Nota: \m/\m/\m/\m/\m/

P.S.: Quando quebrei o nariz numa roda do show dos Inocentes lá pelos idos de 99 e fui ao hospital 1 semana depois, os médicos perguntaram se eu conhecia Helloween e eu disse que não, eles então disseram com toda arrogância justificada de um metaleiro mais velho: "Esses moleques de hoje em dia não sabem de porra nenhuma."


The Magician
O disco “The Dark Ride” (TDR) é exímio.

Nada muito além dessa definição pode ser escrito, ao bem da verdade. Se você não é fã do estilo e toca a reclamar quando o escuta: “músiquinhas felizes com guitarras pesadas”, “cara que hora canta fininho e depois nervosinho”, “música de viagem na batata”, “letras de babaca”, “chato bagarai” .... não importa; diga o que você quiser e esse vai continuar sendo disco exímio. E se você é fã do Helloween, mas daqueles chatos diehards/turma do amendoim: “traíram o movimento”, “quiseram ser pesadões”, “não é Kiske”, “Não é Kai Hansen”, “não é Keepers”... também não importa; continuará sendo um trabalho exímio. Eu poderia acabar aqui com minha consciência tranquila, mas vou adicionar alguns comentários à esta resenha.

Embora este álbum guarde certa polêmica no meio do Metal por se tratar de uma produção que prenunciou uma nova ruptura na banda (partida de Grapow e Uli), e para muitos uma ruptura também na sonoridade do Helloween (inclusive para o próprio Weikath), eu o entendo como uma continuação lógica do álbum anterior “Better Than Raw” (BTR), compondo uma das partes da segunda fase da banda alemã com Deris. Essa fase é com certeza definida pela mudança do timbre vocal de Deris que a partir de BTR passa a atuar com tons mais graves e nasalados, um subterfúgio do vocalista para lidar com seu desgaste natural, e com essa mudança, toda a sonoridade do resto do grupo ingressou junto se apresentando de forma mais direta e pesada.

Talvez o fato que mais contribuiu para essa característica aqui em TDR seja a quantidade de músicas que o vocalista compôs nesse trabalho – 5 de 11 – e provavelmente por causa disso as passagens possuem versos mais curtos e refrões mais diretos do que em outros discos mais festejados do Helloween. Consequentemente as longas sustentações de agudos melódicos de Deris são rareadas nesse trabalho dando espaço muitas vezes aos seus ganidos raivosos (no limite que ‘um Helloween’ permite é claro). Ainda assim, todos os registros de Andi Deris são impecáveis nesse trabalho, o homem soube usar os recursos que tinha na ocasião como poucos fariam, e foi muito além ao compor faixas inesquecíveis para a infindável carreira dos cabeças-de-abóbora (nada menos que “If I Could Fly”, “Mirror Mirror”, “I Live For Your Pain”, “We Damn The Night” e “Immortal (Stars)” são creditadas à mente criativa desse maluco).

O que os demais membros fizeram por sua vez, foi magistral. Cada faixa tem uma assinatura própria, retocada e inconfundível, mesmo sendo elas juntas responsáveis por oferecer uma sonoridade de certa forma soturna e insólita, que é diluída uniformemente pelas faixas do disco moldando uma personalidade genuína e única para o TDR. O nível de imersão do disco é espantoso, toma-se como exemplo a espetacular “The Departed” inaugurada por guitarras com distorções oníricas que quando mescladas com as camadas dos teclados transformam o locutor Deris em uma espécie de bruxo amaldiçoando seus inimigos em seu momento derradeiro..

Mas os momentos orgásmicos estão em toda parte, nos refrões imponentes de “I Live For Your Pain” e “Immortal”, nos riffs atordoantes de boas vindas de “Mr. Torture” (murro na boca do estômago!), na esplêndida atmosfera de “Departed” e “The Dark Ride” e é claro: em cada mísero segundo da obra prima chamada “If I Could Fly”.

Vale rasgar um parágrafo para esta música, que em minha opinião é a melhor do Helloween; o sincretismo das marteladas suaves no piano com a distorção desgraçadamente pesada que irrompe de repente das guitarras de Grapow/Weikath (0:13s) reforçadas pelo tom sombrio do contrabaixo serve como uma explosão, uma verdadeira granada estourando nos nossos ouvidos, e dão simultaneamente uma experiência atmosférica incrível. Um efeito parecido acontece quando se apresentam as linhas vocais de Deris - melódicas e seguras (e até certo ponto chorosas) que culminam no refrão gritado que continua totalmente fluído sobre a pontuação intensa da bateria incessante (o safado do vocalista não demonstra NENHUM esforço para manter o tempo da melodia!). O melhor ainda está por se apresentar; justamente quando a canção toda recua e se silencia para um grito órfão de Deris ecoar (aos 2:22) introduzindo o solo simples e meticuloso que R.Grapow criou para preencher as paredes super distorcidas de Weikath, que se inicia com um double-stop bend marcante de meio tom  é seguido de sequências de vibratos e slides descendentes que terminam em um ágil cromatismo conclusivo; além de ser uma ótima melodia, essa sua interpretação solista serviu para encorpar o belo timbre que escolheu. Nas bases de Weikath são destiladas lindas distorções super carregadas, que passam por efeitos como Hall e Flangers, mas a cereja do bolo da música é na verdade a sequência final onde os overdubs de Deris protagonizam diferentes interpretações para o refrão épico da sonzeira fechar a obra prima.

Não precisava ter escrito nada disso para que o álbum continuasse sendo exímio... mas tá aí. 

Ah, pra concluir posso assegurar que não tem música fraca, ou nada nem perto disso, mas as mais chatinhas em minha opinião são aquelas que mais se aproximaram do “tradicional” do Helloween – “All Over The Nation” e “Salvation” -, não por coincidência, as duas únicas compostas pelo líder Michael Weikath em TDR... é, ele estava meio fora de sintonia nesse disco.

Ah! E anota aí no seu caderninho: mais uns pontinhos para o melhor produtor do Heavy Metal de todos os tempos: Roy Z.

 Nota 8,9 ou \m/\m/\m/\m/.

Ainda bem que dessa briga aqui saiu um pusta de um CD... e não um Chameleon! UFA!


Hellraiser
3Saudações, Metalcólatras. 

Lembro que havia escutado esse registro do Helloween ha um bom tempo atrás, e este, não havia me chamado a atenção, visto que, eu estava bem acostumado com pérolas como ``Wall of Jerichó`` e os dois ´´Keepers..´´. 

Porém, após meu amigo Phantom trazer este disco à tona, e eu voltar a escutá-lo algumas vezes, agora com muito mais atenção, minha opinião é a seguinte: 

Continuo achando um disco bem mediano, ...na verdade diria, ´´meio sem graça´´ mesmo. Acho até um grande exagero dizerem que se trata de não só um dos melhores, como o melhor (??) disco da banda. 
Mas entendo que assim como eu, o gosto particular de cada um prevalece muito em cima de cada resenha dada. 
Ainda mais, levando em conta os primeiros álbuns de cada banda que cada um escutou, pois aí, sempre acaba permanecendo um carinho diferente pelo trabalho em si, tipo, ´´aquele álbum que te apresentou a banda´´. 

Não me importo se não é Hansen, ou Kiske que estão cantando, pois nunca me importei com troca de membros nas bandas, mas em muitos casos, as trocas acabam fazendo com que certas bandas caiam de nível bruscamente em suas criações. Helloween acredito ser um caso, assim como Iron Maiden, Sepultura, entre outros... 
Só pra citar alguns casos contrários, ....não é o que aconteceu com o Accept, AC/DC, entre outros também. 

Mas voltando ao Helloween, quando li alguns comentários com as palavras ´´guitarras distorcidas´´, ´´peso´´, etc. acabei até achando que eu não tinha escutado direito esse disco na época, mas infelizmente, sem querer soar ´´do contra´´, meu conceito de ´´peso´´ e ´´guitarras distorcidas´´ é muito, mas muito diferente dos meus amigos metalcólatras, rsrs. 

Enfim, sem querer se alongar muito, ..ainda mais sendo uma critica, acho um disco mediano, ..com alguns bons momentos, e vários outros que não empolgam, com uma banda bem afiada, que executa com maestria o que se propôs a fazer, mas que ao meu ver, fica extremamente longe dos verdadeiros clássicos da banda. 

Um tipo de Metal, bem ´´quebrável´´, muito fino, mas que até passa batido no meio de um pen drive de 1500 musicas rolando num churrasco com 100 pessoas bebendo a vontade. 

Nota 6,5